segunda-feira, julho 31, 2006
Algumas reacções ao bombardeamento de Qana

Jacques Chirac considerou que foi uma “acção injustificável” e que mostrava mais uma vez como um cessar-fogo era necessário.
A secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Margaret Beckett, disse que a morte dos civis era “pavorosa” e reafirmou que Israel exagera na resposta ao Hezbollah.
Condoleezza Rice afirmou que as operações militares israelitas estavam a preocupá-la e a deixá-la ficar “profundamente entristecida”. Em nome do governo americano prestou condolências à família dos martirizados pelo bombardeamento de Qana.
O chefe de Política Externa da União Européia, Javier Solana, disse que nada justificava a morte de civis inocentes.
O Governo da Palestina exige um cessar-fogo imediato.
Mahmoud Abbas, e o egípcio, Hosni Mubarak, além do Papa Bento XVI, também pediram um cessar-fogo.
O Governo do Irão disse que oficiais israelitas e americanos que são conselheiros de guerra em Israel deveriam ser julgados criminalmente, enquanto a Síria classificou o ataque a Qana de terrorismo de Estado.
O Hezbollah afirmou que o ataque a Qana foi um “massacre horrível” e, naturalmente, prometeu vingar os mortos.
Basta de crimes!

Há já quem defenda que o rapto de dois ou três soldados não é o verdadeiro motivo deste conflito, mas outras razões, entre as quais, não será estranha,a desestabilização do Médio Oriente. De facto, ninguém compreende que massacres de civis, a destruição de bairros sociais, de infra-estruturas indispensáveis a uma vida com o minimo de dignidade, como pontes, estradas, depósitos de abastecimento de água e centrais eléctricas, possa ser uma resposta proporcional a esses raptos e aos próprios ataques do Hezbollah.
A incapacidade das organizações internacionais, como a ONU, para pôr termo aos bombardeamentos da aviação israelita a populações civis, tem provocado o descrédito destas instituições e o avolumar de revolta e desejo de vingança.
Como caracterizar os ataques de Israel à luz da legislação internacional? Não se pode responder ao terrorismo com terrorismo de estado e é isso que Israel está a fazer.
Numa guerra a mentira, o embuste e a hipocrisia são armas poderosas. A propaganda de que civis estão a ser utilizados pelo Hezbollah, como escudo humano, não legitima o massacre de mulheres e crianças. Mas mesmo essa propaganda vai perdendo sentido, à medida do conhecimento que se vai tendo de que os bombardeamentos passam ao lado do Hezbollah.
O mortífero bombardeamento de Qana, onde foram mortos cerca de 60 civis, incluindo 37 crianças, fez de nós todos habitantes de Qana. Todos nós partilhamos a mesma revolta e a mesma indignação. È preciso acabar com esta guerra e obrigar Israel a responder pelos crimes que está a cometer, se queremos credibilizar as instituições internacionais. Não há "holocaustos" melhores do que outros.
domingo, julho 30, 2006
AMI no Líbano

Composta por três elementos (um médico, um enfermeiro e um logístico), esta equipa a partir de Sábado já distribui medicamentos, alimentos e água nas zonas mais afectadas pela guerra à população mais afectada por este conflito, nomeadamente mulheres e crianças.
Actualmente, a situação humanitária no Líbano é gravíssima, estimando-se que os deslocados superam as 700 mil pessoas. Muitas delas apresentam sinais de stress traumático e encontram-se a viver em situações de extrema precaridade em escolas, edifícios públicos ou com famílias de acolhimento. Destas, perto de 150 mil encontraram refúgio na fronteira síria e apresentam como doenças mais referenciadas, para além dos já referidos traumatismos psicológicos, ferimentos, infecções respiratórias, diarreia e toda uma panóplia de doenças crónicas, como hipertensão, diabetes e doenças do foro cardio-vascular.
Para além de prestar assistência à população libanesa, a AMI vai igualmente identificar estruturas danificadas pelo conflito, como escolas, equipamentos sociais e centros de saúde para posterior reconstrução e reabilitação.
Não é a primeira vez que Fernando Nobre está no Líbano. 24 anos depois da Guerra Civil, onde prestou assistência e auxílio à população libanesa, o Presidente da AMI regressou a Beirute. Mais uma vez, pelos piores motivos.
Lisboa, Julho de 2006
Para apoiar a AMI http://www.fundacao-ami.org/ami/matriz.asp
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Hoje é noticiado: O número de mortos no Líbano desde o início do conflito, em 12 de Julho, eleva-se a 750, e o de feridos a dois mil, segundo um balanço actualizado hoje divulgado pelo ministro da Saúde libanês.
Uma outra opinão diferente da dos analistas de serviço na TV
Rebelión
Existem pelo menos 50 resoluções do Conselho de Segurança da ONU condenando o estado terrorista de Israel por crimes contra o povo palestino. Israel dispõe de armas químicas e nucleares, ocupa terras palestinas, mata crianças, mulheres, atira, como hoje, em manifestações pacíficas, demole casas, mas nada.
No único momento que a paz parecia visível, o acordo entre os governos de Rabin e de Arafat, um fundamentalista judeu matou o primeiro ministro de seu país. É difícil acreditar que o ato tenha sido vontade isolada de um louco. É só olhar os acontecimentos que se seguiram para perceber que Sharon é consequência de um projecto consistente de impor o terror sionista aos palestinos.Genocídio sem qualquer contestação.
Nem tradicionais aliados da barbárie israelense conseguem disfarçar o incómodo diante de medonha boçalidade. Brian Cowen, ministro das relações exteriores da Irlanda, país que preside a União Européia, classificou a acção sionista de "desprezo irresponsável dos soldados de Israel, pela vida humana".
E daí?
Bush e os integrantes da organização terrorista Casa Branca vão tomar atitudes como fizeram no caso de Saddam?
Sharon e Saddam são iguais. Criminosos. São crimes contra pessoas inocentes, contra a liberdade, trazem a marca da suástica sionista.
Bombardeiros americanos perceberam cerca de 80 pessoas numa aldeia no Iraque, na fronteira com a Síria, celebrando um casamento. Dispararam mísseis e bombas. Mataram 40.
Rumsfeld, marechal de campo do IV Reich, chama isso de "liberdade duradoura", "justiça infinita", através de operações de "choque e pavor".
Sharon, chefe do estado sionista/terrorista, chama sua operação de "Arco Íris e Nuvens".
Soam ridículas as acusações contra homens bomba. São gestos desesperados e possíveis de um povo humilhado, espoliado em suas terras, contra um inimigo sádico, sem limites e que traz o terror, esse sim, como prática deliberada e constante.
Há um flagelo partindo da Casa Branca. Um carrasco sem entranhas em Tel Aviv.
Milhares de inocentes mortos em nome dos interesses econômicos de empresas às quais são ligados.
O mundo do mercado.
Bush e Sharon chamam suas ações de movimentos pela paz, pela democracia, clamam por direitos humanos.
O sargento Jeremy Sivits foi condenado a um ano de prisão por ter torturado iraquianos numa prisão em Bagdá. Admitiu sua culpa, poupou o comando e foi rebaixado a soldado. Vai ser expulso do exército dos Estados Unidos.
Os fatos que vão surgindo a cada dia revelam que eram precisas e matemáticas as instruções do comando militar para que prisioneiros fossem submetidos a humilhações, torturas, todo o repertório nazi/fascista das forças invasoras que ocupam aquele país.
A ação terrorista da Casa Branca e de Israel não é isolada e nem excesso de militares ou seus agentes.Quando reclamam por direitos humanos, fingem tomar providências ou atitudes contra abusos, apenas repetem situações que a História mostra de forma repetida em todos os tempos.
Hitler, por exemplo, mandou por fogo no Parlamento alemão e culpou os comunistas.Deu o golpe final e iniciou uma estúpida escalada de guerra que devastou a Europa.
Pelo poder que dispõe, o fuhrer norte-americano devasta o mundo em poucos minutos.
Pela sanha assassina que o caracteriza, Sharon em pouco tempo bate recordes dos campos de concentração nazistas.
O entendimento que palestinos e iraquianos somos todos nós é vital para a percepção que estamos diante de um novo Reich, com maior poder de destruição, mas na mesma medida da boçalidade do chanceler alemão. Ou talvez medida maior.
E, mais uma vez, fica com foros de definitiva, indesmentível, a afirmação de Saramago: "a democracia é uma farsa, você vota para mudar e não muda nada, continuamos governados pelo FMI".
Pelo FMI, pelas bombas despejadas sobre crianças, mulheres e noivos por aviões norte-americanos. Por mísseis de Israel.Pela maneira cruel e desprezível com que terroristas sionistas matam palestinos.
Aprenderam com Hitler.
Laerte Braga
sábado, julho 29, 2006
A propósito de um comentário

Além disso, os que se julgam investidos dum papel histórico foram sempre grandes criminosos no seu tempo. Veja o que aconteceu com o papel dos cruzados ou da inquisição?!... Defendiam uma espécie de democracia do tempo (a religião católica apostólica romana) com o poder das armas, sem olhar a consequências. Pensavam que fora da religião (da democracia do tempo), não havia salvação para o mundo. E os terroristas são um sucedâneo dos infiéis.
Ora, os problemas do mundo não podem ser resolvidos sem as pessoas que fazem parte do mundo. Aceitar que há estados ou dirigentes políticos eivados duma missão histórica deu sempre maus resultados. Lembremo-nos, ainda, do caso Hitler.
Não há patrões da história e ninguém é descartável na construção do futuro, porque o futuro a todos pertence.
Ver os problemas a branco e preto foi sempre o desvario dos diferentes maniqueísmos, religiosos ou políticos.
Dois pesos e duas medidas

A resposta está na reacção do Governo Americano a um relatório sobre este país, emitido, hoje, pelo órgão jurídico das Nações Unidas.
Nesse relatório, o Comité de Direitos Humanos da ONU lembrou que os EUA "só podem manter pessoas detidas em lugares onde possam gozar da total protecção da lei" e pediu ao Governo americano que assegure o acesso do pessoal do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a todos os prisioneiros no exterior, a imediata abolição de todas as instalações secretas de detenção e um inquérito, por personalidades independentes, ás denúncias de tortura nas prisões de Guantánamo (Cuba), do Afeganistão e do Iraque. Recordou também que os EUA assinaram as convenções onde se apoiam tais determinações jurídicas em 1977 e as ratificaram em 1992.
O subsecretário de Estado adjunto para Organizações Internacionais dos EUA, Mark Lagon, em nome do seu Governo, reagiu, afirmando que o seu Governo não vai respeitar essas determinações fora do território dos EU.
Como se vê, o Governo dos E.U. tem dois pesos e duas medidas para os direitos humanos e, consequentemente para o valor do ser humano (naturalmente, tudo em nome do seu conceito de democracia e liberdade).
sexta-feira, julho 28, 2006
BASTA!!!

Israel, no final da I Guerra Mundial, foi encaixada, por pressão da ONU, no mundo árabe contra a vontade dos países vizinhos que consideravam ser esse território a sua pátria de há séculos e não admitiam dividi-lo com os judeus.
Nesta circunstância, o natural seria que os países responsáveis por essa situação encorajassem os Judeus a desenvolverem uma política de boa-vizinhança que assegurasse o diálogo e promovesse um

Não foi isso que aconteceu: Israel foi estimulada a basear a sua autoridade de Estado no poder de armas sofisticadas de guerra. Pela força ambicionou expandir o seu território e os países vizinhos sentiram-se cada vez mais terrivelmente ameaçados, desenvolvendo entre eles um sentimento de desespero furioso por se acharem traídos pelos poderosos do mundo. É neste contexto que se pode compreender o conflito entre Israel, o Líbano e Faixa de Gaza. E é também neste contexto que o terrorismo surge como o outro lado da arrogância belicista do "quero, posso e mando"
Se nos metessemos na pele dos árabes, perceberíamos que Israel nunca conseguirá a paz pela Guerra. É que a guerra não é um jogo virtual: significa uma catástrofe de sofrimento e terror incomensuráveis, significa perder milhares de irmãos do mesmo sangue, sentir alastrar a miséria, o sofrimento e desenvolver um sentimento incontido de vingança.

Só uma outra ordem internacional, que faça da solidariedade e do diálogo as componentes fundamentais da relação entre os povos, pode restabelecer a paz entre Israel e os seus vizinhos que, tragicamente, se separaram pela guerra.
Será que os analistas da Quadratura do Circulo ou outros retóricos do pensamento correcto já pensaram nisto?!...
quinta-feira, julho 27, 2006
Medalhas há muitas, meu.…

Ora, se um louvor era grave para o meu currículo, o que seria o apoucamento de uma medalha nesta era da compulsiva medalhação!...
quarta-feira, julho 26, 2006
Esperava-se uma atitude diferente

Manuel Alegre foi, durante cerca de três meses, director de programas da RDP. Deixou este cargo, do qual já nem se lembrava, para cumprir o mandato de deputado.
Naturalmente, como qualquer cidadão que trabalha, fez os descontos para a segurança social. È certo que tinha o direito de ficar com o vínculo à RDP, mas deixou de trabalhar lá. Passou a fazer os descontos pelo trabalho que desempenhava como deputado. Por mais retórica que Manuel Alegre ou os dirigentes do PS desenvolvam, por mais vitimização que façam, ninguém pode entender que cerca de três meses de trabalho dêem direito a uma pensão de reforma com uma subvenção vitalícia.
Esta espécie de pensão suplementar criada por políticos para beneficiar os próprios pode ser legal, mas não deixa de ser também imoral, injusta e escandalosa. E, num tempo em que tantos sacrifícios são pedidos aos trabalhadores portugueses, é obscena uma reforma com subvenções.
Manuel Alegre pode dizer de si o que quiser, mas avaliar a sua situação de privilégio apenas pelo lado da legalidade, manchará definitivamente a sua imagem.
Esperar-se-ia uma atitude diferente perante privilégios “muito legais”, mas muito obscenos.
PELA PAZ, CONTRA A GUERRA!

Esperamos por si!
Beirute

Quem recordará como foi
Duvido que ainda haja alguém de pé
Que tenha dançado ao som das noites quentes
De Beirute
Será que alguém chora um ausente
Já não há ninguém para ausentar
Já não há ninguém para soluçar
Em Beirute
Em Beirute
Nem o sol nasce
Em Beirute
Como merece
É mais quente que o ar do deserto
É mais escuro que um buraco aberto
Na memória de uma terra ainda morna
Que já não torna
A ser Beirute
Em Beirute há bares fantasma
Onde outrora o amor se acoitou
E a alegria andava lado a lado
Com Beirute
Na terra onde o calor é quem manda
Havia uma cidade que era assim
Dizia nessa altura mais para mim
Do que Beirute
Quando enfim a história virar
Num tempo de arqueólogos errantes
Veremos corpos e ruínas militantes
Por Beirute
Encontraremos gente tão velha
Que nem parece ser da nossa era
Beijaremos os filhos da guerra
E choraremos
Por Beirute
(do álbum Um destes dias, 1990 - Letra de Luís Represas / Música de João Gil)
Recolhido em http://ruialme.blogspot.com/
Enviado por Amélia Pais
PAREMOS LOS ATAQUES CONTRA LA POBLACION CIVIL
Director Amnistía Internacional
PS: Por favor si puedes, reenvía este mensaje a tus contactos. Gracias.
Como ya sabes, la crisis de Oriente Próximo ha costado la vida a cientos de civiles en los últimos días, atrapados en un conflicto que viola el derecho internacional y en el que se cometen crímenes de guerra.

Amnistía Internacional ya ha pedido al Consejo de Seguridad de la ONU una misión de investigación en Líbano e Israel y la suspensión de los suministros militares a Israel y Hezbolá.
También tenemos que presionar para que la población civil no sufra las consecuencias en este conflicto, por ello pedimos: Al Gobierno del Líbano y de la Autoridad Palestina Que impidan los ataques a los civiles de Israel por parte de Hezbolá y de los grupos armados palestinos.
Al Gobierno de Israel Que termine con los ataques deliberados a población e infraestructuras civiles de Palestina y Líbano; que dé fin al uso excesivo de la fuerza contra civiles desarmados; que acabe con los castigos colectivos y levante el cierre a los pasos fronterizos de Gaza, y que restaure el acceso al agua y a la luz para el millón y medio de personas que allí viven. A los grupos armados palestinos y Hezbolá Que pongan fin a los ataques deliberados a la población civil de Israel.
Muchas gracias por tu solidaridad y apoyo.Esteban BeltránDirector Amnistía Internacional
Aviso legal y política de privacidad Dar de baja Modificar datos.
© 2006 Amnistía Internacional
Obs: Consulta:http://www.es.amnesty.org/actua/acciones/israel-libano-julio-06/

partir
meus olhos a arrastarem-se pelo chão,
a vida destruída e lenta,
dor a pregar-se no meu corpo.
minha terra revolvida
- tinta do sangue desavisado
dos meus -
pela morte a cair do céu,
pelos pés e mãos armados.
destituída a terra do seu fim,
alimento e sombra a crescerem
sobre ela;
para ter o destino inumano,
esta invenção da guerra:
a carne do homem.
não há mais lágrimas para a dor.
afasto-me absoluto do solo,
deixo para trás meu país.
nunca mais serei eu.
silvia chueire
O que diz a Imprensa espanhola!

Varias manifestaciones convocadas por sindicatos, partidos políticos y diversas entidades, piden en Madrid, Barcelona, Valencia y Zaragoza la "paz en Oriente Próximo" y el fin de la ocupación israelí en Gaza y el Líbano.
La concentración celebrada hoy en Madrid fue la que consiguió reunir un mayor número de personas, con una cifra que oscila entre 15.000 y 20.000 personas, según los organizadores.
Bajo el lema "Contra la guerra y la ocupación. Paz en Oriente Próximo" y convocada por PSOE, IU, CCOO, UGT junto a otras organizaciones, la marcha partió de la Puerta del Sol para terminar en la Plaza de Opera con la lectura de un manifiesto realizada por el actor Juan Diego Botto y la periodista Teresa Aranguren.
Entre los asistentes se encontraba Pedro Zerolo, secretario de Movimientos Sociales y Relaciones con las ONG del PSOE, quien señaló, respecto a las críticas que ha recibido este partido por su postura ante el conflicto, que el PSOE "no está en contra de ningún pueblo sino a favor de que los pueblos vivan y coexistan en libertad", y que condena la violencia "venga de donde venga, de las milicias de Hamas o de las de Hezbolá, pero también la violencia desmesurada de las milicias de Israel".
Por cá… onde pára o PS?!...
O "Movimento Pela Paz" promove, hoje, Quarta-Feira, como é notícia no post em baixo, uma manifestação contra a guerra, na Praça da Batalha, pelas 18 h.
Como de costume, ver-se-á muita gente que diz já não ser do PS. Por que será?!...
terça-feira, julho 25, 2006
É preciso dizer NÃO À GUERRA

A morte de inocentes, a destruição do Líbano, o bombardeamento de bairros sociais, igrejas, conventos, ambulâncias, etc., não nos pode deixar indiferentes.
Hoje, o grupo de defesa de direitos humanos, Human Rights Watch, sediado em Nova York, divulgou factos que tornam evidente que Israel usa bombas de fragmentação em áreas civis durante a sua ofensiva no Líbano. Essas bombas deixam para trás um grande número de pequenas bombas sem explodirem, que matam crianças muito tempo depois de disparadas.

O espectáculo de destruição do Líbano, muito semelhante ao do 11 de Março, e o massacre por bombardeamentos de milhares de fugitivos tem de nos deixar revoltados.
A desproporção de mortos, feridos e da extensão de danos entre Israel, Libado e Faixa de Gaza torna evidente a necessidade de forçar Israel a parar esta barbárie.
Não é solução responder ao terrorismo de Hezbollah com um terrorismo de Estado muito mais poderosos e destrutivo.
É preciso dizer NÃO À GUERRA e encontrar soluções POLÍTICAS para este conflito.
Contra o trespasse do Rivoli

Nestas verbas ficaram por referir as despesas associadas ao circuito dos carros antigos que se repetirá no próximo ano.
Naturalmente, a política cultural de uma cidade custa dinheiro. E, se ela não for para adormecer os munícipes, ainda mais dinheiro custa e raramente arrasta multidões.
Mas só a cultura, que obriga a pensar, pode promover a capacidade criadora que transforma o mundo num mundo mais humano. Sendo assim, a cultura é o fermento da alma da cidade.
Como sabemos, “cidade” para os gregos não é um mero território, mas o espírito de uma vida em comum. E o que alimenta e desenvolve esta alma ou espírito é a cultura. Poderíamos considerá-la um direito a poder desenvolver um olhar crítico e criador sobre a vida para fazer da cidade uma cidade melhor. Por alguma razão “culto” se aproxima da ideia de “sagrado”.
A qualidade de uma política cultural depende, por isso, da sua capacidade para desenvolver este objectivo. Trespassar o Rivoli para shows do La Féria pode dar muito dinheiro à empresa do La Féria e encher o olho a muitos papalvos, mas não faz com que o Rivoli desempenhe o seu papel de promover a cultura.

Estranha-se que um presidente da Câmara, ainda por cima medalhado culturalmente, paute a cultura por critérios que lhe são incompatíveis, como são os critérios comerciais. Seria melhor que o presidente da Câmara do Porto reservasse esses critérios para o circuito dos calhambeques: estes passando, só deixam ruído, o que não é o caso da cultura, no sentido que lhe foi dado pelos clássicos.
Por isso, a manifestação que, ontem, se realizou frente ao Rivoli, com muitas centenas de pessoas, justificou-se e espera-se que o Presidente da Câmara do Porto corrija o disparate de entregar o Rivoli ao comércio dos espectáculos
segunda-feira, julho 24, 2006
Não à Guerra!

As Convenções de Genebra são claras: em guerra, os ataques "devem ser limitados a objectivos militares". O artigo 52 esclarece: são “objectos militares os que pela sua natureza, localização, objectivos ou utilização dêem uma contribuição efectiva para acção militar".
É certo que não é fácil definir se determinado alvo está ou não a dar uma "contribuição efectiva" militar. Mesmo neste caso, é considerado um crime de guerra um ataque que, visando um alvo militar, cause uma maioria de vítimas civis, com o conhecimento do atacante.
Israel ficará impune pelos ataques a alvos civis, como bairros residenciais, escolas, conventos, igrejas, etc., por cerca de meio milhar de civis mortos?!...
Infelizmente quem impõe a lei é o mais forte e o mais forte é o governo dos EUA. Além disso, o estado de Israel não ratificou o tratado do Tribunal Penal Internacional e, por isso, só poderia ser julgado perante uma instância ad-hoc criada pela ONU . Mas isso só seria possível com a aprovação dos EUA e, como sabemos, os americanos estão apoiados, nas instâncias internacionais, por numeroso grupo de governantes lacaios.
Naturalmente, o movimento xiita libanês não está impune, segundo a lei internacional. Este movimento é um actor não-estatal . E, embora as Convenções de Genebra só se apliquem a estados, os elementos das milícias xiitas do Hezbollahe, sendo presos, são facilmente julgados por crimes de homicídio e terrorismo (a guerra dos pobres).
domingo, julho 23, 2006
Juntos no Rivoli

Juntos no Rivoli, segunda-feira (dia 24) às 19h00
Em defesa do teatro municipal como espaço de todos, ao serviço público. Juntos no Rivoli, uma vigília que, lançada pela Plateia - Associação de Profissionais das Artes Cénicas, pretende congregar todas as vozes, todos os sectores, todos aqueles que querem manter este espaço aberto e vivo.
Coloque o seu apoio em: www.juntosnorivoli.com
Basta de barbárie!

A esta catástrofe ecológica de treze dias de bombardeamento se junta a tragédia humanitária: já há meio milhão de deslocados, pelo menos 362 libaneses civis perderam a vida, um terço dos quais crianças, e há mais de 1.500 feridos.
Precisamos de dizer: basta de barbárie!
POEMA EM G
Guilherme não gosta da guerra.
Guida não gosta da guerra.
A guerra matou-lhes o pai.
A guerra queimou-lhes a casa.
A guerra espantou-lhes o gado.
Graça, Guilherme, Guida gritam.
As granadas estoiram.
Agora o sangue irriga as ruas.
Graça, Guilherme, Guida
querem gritarà gente grande
que se fica sempre a perder,
mesmo que os generais
ganhem as guerras.
Luísa Ducla Soares -n.1939
Enviado por Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com/
sábado, julho 22, 2006
Boa Noticia
O governante [Eduardo Cabrita] falava sobre a Lei do Sector Empresarial Local, que se encontra em fase de discussão pública, num encontro com militantes socialistas de Leiria e defendeu que as empresas municipais "não podem ser uma forma de duplicação de tarefas, de remunerações ou de actividades". "As empresas municipais justificam-se quando há um sector de actividade que exige uma gestão própria, independente e profissionalizada. Não passa pela cabeça de ninguém fazer o ministro das Finanças acumular o cargo com o de presidente da Caixa Geral de Depósitos", indicou. "Não faz sentido, porque estamos a falar de actividades extremamente absorventes para serem bem feitas. (...)
Eduardo Cabrita considerou que "as empresas municipais não podem servir para fingir que se desenvolve de forma empresarial actividades que são puramente administrativas". "Há empresas municipais que são puramente fictícias e algumas são uma forma de endividamento escondido das autarquias", referiu.
A Lei do Sector Empresarial Local surge para regular a actividade empresarial dos municípios, que engloba não só empresas municipais, mas também empresas multimunicipais, intermunicipais e a participação em empresas com o sector privado. Eduardo Cabrita explicou ainda que a Lei das Finanças Locais, em processo de revisão, prevê ainda "o princípio da consolidação de contas entre municípios e empresas municipais, quando estas existam"."Em nome do reforço da transparência e rigor no financiamento local, só tem sentido olhar para a dimensão financeira de uma autarquia, olhando globalmente para o que é a sua expressão", sublinhou Eduardo Cabrita.
posto por Kamikaze (L.P.) 22.7.06
Obs: post transcrito, com a devida vénia, do http://www.incursoes.blogspot.com/
Caiu em desgraça

Mas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Agora, todos os jornais, todos os “fazedores de opinião” da direita a criticam, acusando-a de incompetente, incapaz de saber assumir erros e de pusilanimidade. Até o grupo parlamentar do PS parece tê-la deixado no Parlamento sozinha e numa situação que só lhe faltou chorar.
A somar a tudo isto, segundo alguns especialistas em Direito Administrativo, os exames nacionais do 12º ano poderão ser impugnados pelos alunos do ensino secundário devido à excepção (ilegal) criada para alguns estudantes nas provas de Química e Física.
Nós, sempre dissemos o que dizemos hoje: precisamos de um outro ministro da educação que conheça os reais problemas da escola, que valorize a função social de ensinar para fazer cidadãos responsáveis e profissionais competentes. E que esse ministro não guinde a lugares de responsabilidade no ministério os que apenas têm lábia e cartão do partido e se rodeie de quem tenha dado aulas, saiba o que diz, quando fala da escola, para ajudar o ministro a resolver os problemas complicados do ensino, em Portugal.

Ah, como tudo é nulo e vão!
A pobreza da inteligência
Ante a riqueza da emoção!
Aquela mulher que trabalha
Como uma santa em sacrifício,
Com quanto esforço dado ralha!
Contra o pensar, que é o meu vício!
A ciência! Como é pobre e nada!
Rico é o que alma dá e tem.
4-10-1934
Fernando Pessoa(1888-1935)
Enviado por Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com/
sexta-feira, julho 21, 2006
Na oposição apoiam as criticas, no Governo condenam-nas

José Magalhães, agora no Governo, considera que a decisão do Executivo socialista de condenar à aposentação compulsiva o presidente do SPP, António Ramos e o secretário regional da mesma organização sindical para o Algarve e Alentejo, António Cartaxo, na sequência de criticas na comunicação social a governantes, nomeadamente a Sócrates, resultou apenas da aplicação da lei -- «"foi aplicada a lei consoante a gravidade da ofensa”
Naturalmente, toda a critica a um superior hierárquico é passível de punição, mas o exercício da luta sindical não pode ser enquadrada neste contexto. Se os sindicatos não podem criticar as posturas contraditórias dos governantes, então para que servem os sindicatos?!...
José Magalhães na oposição e José Magalhães no Governo são o espelho da arrogância e duplicidade de atitudes que o PS tem (no Governo e na oposição). E isso não dá credibilidade a um partido e muito menos aos políticos.
quinta-feira, julho 20, 2006
Outros virão depois de nós

Mais pacientes, mais teimosos,
Mais fortes ou mais hábeis.
Hão-de saber extrair à terra
Mais do que nós.
E hão-de ter como suporte
O canto que foi cantado
Quando era a nossa vez
Guillevic (1907-1997)
Trad. de David Mourão Ferreira
Enviado por Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com/
Quimicamente imperfeito

Outra coisa não seria de esperar: o primeiro exame foi quimicamente imperfeito -- nem PS (s), nem catedráticos, nem a comunidade cientítica se entenderam quanto à interpretação do próprio exame.
quarta-feira, julho 19, 2006
O outro lado da guerra

E interrogou:«As pessoas do Líbano não têm o mesmo valor do que noutras partes do mundo? Vocês ainda não entenderam que estão a permitir que se continue a massacrar inoce

Interrogado sobre o envio de uma força internacional para o sul do Líbano, Siniora confessa «não ter nada de concreto entre mãos». E acrescenta:«Só estamos prontos a admiti-lo no quadro de um pacote global de medidas para resolver a crise. Uma força internacional só para criar uma zona tampão entre Israel e o Líbano não resolverá duradouramente a crise».
Um Homem integro, bom e solidário que nos deixou
Os seus amigos sempre o conheceram como um Homem íntegro, bom e solidário.
Não sei se foi há um mês ou se foi há mais tempo que o encontrei na Av. da Liberdade, no Porto. Falamos sobre o Marco, sobre o Jornal de que fui director, dos últimos artigos que escrevi no JN, da situação política e da frustração que ambos sentíamos com as desilusões vividas.
Despedimo-nos como se fosse impossível uma ausência incomensurável. Alberto Andrade faz-me falta: sinto uma imensa saudade deste Amigo.
terça-feira, julho 18, 2006
Destapa-se o véu da incompetência da Ministra

Naturalmente, este facto é mais um sinal, a somar-se a muitos outros(como, p.ex., o que diz respeito aos exames do 12º ano), da impreparação da equipa ministerial para assumir as suas responsabilidades.
E isto acontece, porque muitos quadros que apoiavam, sob o ponto de vista da avaliação da legalidade, as directivas elaboradas pelo Ministério e muitos professores que faziam parte das equipas que elaboravam as provas de exame foram substituídos por gente incompetente, mas com ficha partidária.
A demagogia nunca conseguiu tapar tudo. O véu da incompetência vai-se soltando aos poucos. O pior é que o desperdiçar de conhecimentos, saberes e experiência é repetidamente debitado aos contribuintes que pagam impostos e não as partidos que dão emprego aos “boys”.
Precisamos de um provedor do sistema educativo que atravesse vários governos.
DAVA A ÚLTIMA CAMISA POR UM POEMA
Domingo ao fim da tarde só restam cinzas.
Todos. Tudo inteiramente consumido.
Tudo, o quê? Segunda, sobrava alguma palavra intacta na lareira?
Terça tão comprida como um ano
quarta, outra vez a esperança
Não, sem poema não se pode viver!
Quinta a memória entra em pânico
A pouca claridade que restava anoiteceu
também na sexta as vagonetas com o meu minério
perdem-se no túnel.
Sábado: trabalho em vão!
Domingo tudo recomeça e voltava a dar
a última camisa por um poema
Jan Kostra - Eslováquia trad. de Ernesto sampaio
Enviado por Amélia Pais: http://barcosflores.blogspot.com/
segunda-feira, julho 17, 2006
Sócrates e Zapatero

José Luis Zapatero, “ ha exigido al Gobierno de Israel que "respete los derechos que marca la legalidad internacional". "Cualquier lucha contra la violencia y contra el terrorismo no puede justificar bajo ningún concepto la pérdida de vidas humanas de seres inocentes", y ha pedido a la comunidad internacional que imponga la autoridad derivada de la ONU y haga todos los esfuerzos para poner fin a la "locura de las hostilidades y la confrontación bélica".

Quanto a José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa só sabemos que fica bem nas fotografias, veste bem e usa belas gravatas, mas continua em silêncio sobre os bombardeamentos maciços de Israel sobre o Líbano.
A diferença pode estar entre um ter sido sempre socialista e o outro ter passado pelo PSD antes de se filiar no PS.
Temos, no entanto, de reconhecer o seguinte: enquanto que Durão Barrosos arrependeu-se de ter vindo da esquerda, José Sócrates nunca se arrependeu de ter vindo da direita.
domingo, julho 16, 2006
Vinte processos em Tribunal e um regresso anunciado ao Marco

Mesmo com tanta fartura, o “Público” assegura que o ex-presidente da autarquia do Marco, candidato frustrado no “Amar Amarante” e vereador desta Autarquia com mandato suspenso, já está a preparar-se para convencer os marcoenses de que é a melhor alternativa para o actual presidente do Marco nas próximas eleições. O ponto de partida foi dado, através do futebol.
Para um cidadão estranho ao Marco esta notícia cairá como um disparate absurdo, mas com o descrédito sempre crescente dos políticos, o péssimo funcionamento da Justiça e para quem se apercebe das desilusões causadas pelas contradições da nova gestão da autarquia marcoense, a notícia tem fundamento e não pode deixar de causar preocupação. Um só exemplo: não se pode apregoar aos sete ventos que a Câmara está falida e ao mesmo tempo adquirir, para uso pessoal (do Presidente), um Audi A6.
É que as palavras tornam-se ruído insuportável, quando as posturas e as atitudes estão sempre a contradizê-las. E é isso que estão a sentir os marcoenses.
Não se estranham, por isso, os calafrios de frustração revoltante que sentem todos os marcoenses que se bateram pela dignificação do poder autárquico no Marco, ao se aperceberem do desbaratar do património de luta que levou à “fuga” para Amarante de Avelino e ao verificarem que a desilusão vai abrindo as portas ao regresso do “dito”com a conivência de todos os que desprezam aqueles que se bateram pelos princípios, contra a prepotência, a arbitrariedade e a demagogia do ex-presidente.
Na verdade, os sinais que esses senhores do novo poder autárquico paradoxalmente transmitem é que é melhor estar com Avelino do que com os cidadãos que levaram à sua "fuga" para Amarante e, consequentemente, com o próprio poder que, hoje, gere o Marco. Será que não entendem isto?!...
Rembrandt

A cidade natal de Rembrandt, onde nasceu a 15 de Julho de 1606, será palco de um festival de música durante o fim-de-semana, ao passo que em Amesterdão, cidade que o artista escolheu para instalar o seu estúdio, estreou no sábado, no restaurado teatro «Le Carré», um musical sobre a vida do pintor do Século de Ouro. Nessa produção, Rembrandt é apresentado como um lutador que sempre confiou na qualidade do seu trabalho, mesmo depois de cair na bancarrota, após a glória dos primeiros anos, na actual capital da Holanda, para onde se mudou em 1631. A fortuna e o prestígio do pintor entraram em declínio quando, depois da morte da mulher, Saskia Uylenburgh, com quem se casou em 1634, a sua reputação social se deteriorou por manter relações com várias mulheres sem estar casado, algo que era muito mal visto pela burguesia puritana da época. Por causa do seu estilo de vida considerado libertino, os grandes “senhores” dos canais para os quais Rembrandt pintava deixaram de encomendar-lhe quadros, o que, juntamente com os seus hábitos de esbanjamento, acabou por levá-lo à ruína. Com um guarda-roupa e uma reposição de época considerados excelentes, o musical ilustra os casos amorosos e o declínio económico do autor de «Ronda Nocturna» (1642). Os últimos anos de vida de Rembrandt são também retratados no enredo do musical, que se debruça sobre o drama pessoal que experimentou com a epidemia de peste de 1663, que causou a morte da sua amada, Hendrickje Stoffels, e depois do seu filho Tito. Inauguradas pela rainha Beatriz a 15 de Dezembro do ano passado, as actividades culturais do “Ano Rembrandt” prolongam-se até Fevereiro de 2007. Nessa data, encerrará no Museu de História Judaica de Amesterdão a exposição “O Rembrandt Judeu”, mostra que estará patente a partir de Novembro próximo e que tenta explicar, com obras e documentos, por que é que o pintor holandês é por vezes apresentado como um artista judeu apesar de não o ser.
Enviado por Amélia Pais. http://barcosflores.blogspot.com/
sábado, julho 15, 2006
Significativo!!!!....
Correio dos leitores: Simplex
«Quantos professores dos ensinos básico e secundário se encontram a trabalhar nos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação? Desejando tentar obter uma pergunta a esta simples questão decidi contactar a Direcção Regional de Educação do Norte e, com enorme rapidez, ligaram-me a um Director de Serviços que simpaticamente me disse que esta informação deveria ser obtida na Secretaria Geral do Ministério. Liguei para este organismo e durante muito tempo andei a ser desviado de serviço para serviço. Ao fim de quase entrar em desespero alguém me comunicou que deveria contactar o Departamento de Recursos Humanos do ME. Também aqui fui tratado como uma bola de "pinball" até que, de outro lado da linha, alguém me diz: "Nós não tratamos disto. Nós só tratamos de informação estatística." "Mas o que eu quero é uma informação estatística", retorqui. Mandaram-me aguardar. Ao fim de algum tempo fui informado de que a informação pretendida deveria ser solicitada por escrito em carta dirigida à Senhora Ministra da Educação. É por isso que foi criado o Simplex não foi?»
Paulo S.
[Publicado por vital moreira] 11.7.06
A bagunça destapa a incompetência e a demagogia

A Ministra foi sendo aplaudida por todos os que vêem na escola pública apenas um sorvedouro de dinheiros e querem que o Estado subsidie o ensino privado.

Mas, a incompetência e a demagogia não podem ser sempre escondidas por encómios interesseiros.
Os exames do 12º ano começaram a destapar essa incompetência. As notas das disciplinas de Química e Física dos novos programas foram péssimas. As associações de pais (a quem o ME dá cada vez mais poderes sobre a escola) dizem que os exames continham erros e o GAVE do próprio ministério diz que não. Mas o Ministério (repleto de gente que nunca trabalhou nas escolas) dá razão aos pais, como se esperava, e determina a repetição das provas.

A bagunça instala-se sempre onde o populismo e a incompetência substitui o rigor e é isso que está a acontecer neste ministério.
sexta-feira, julho 14, 2006
Pôr termo à escalada da guerra.

A desproporcionalidade de meios entre palestinianos e israelitas é revoltante. Continuará o Conselho de Segurança da ONU a ficar por meros apelos ao cessar-fogo?!...
A Síria já fala em «agressão contra mundo islâmico» e o Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, advertiu hoje que um eventual ataque israelita contra a Síria no decorrer da actual crise no Líbano será considerado como «uma agressão contra todo o mundo islâmico».
A escalada de uma guerra com consequências imprevisíveis está em curso. Quem põe travão a esta situação dramática?!... Será que comodamente cairemos na enormidade de pensarmos que isso não é connosco?!...
Lembram-se das consequências dessa postura no inicio da expansão hitleriana?!..
quinta-feira, julho 13, 2006
Festa do BRAVO
quarta-feira, julho 12, 2006
Avelino vale prémio gazeta 2005
«Cândida Pinto e Alexandra Lucas Coelho venceram o Prémio Gazeta de 2005, o principal prémio de jornalismo em Portugal. Entre os trabalhos que justificam o prémio a ALC, está o seu trabalho no Público sobre o legado de Ferreira Torres no Marco. Para ler, aqui, e não esquecer.»
Não apaguem a memória!

Os seus objectivos abrangem as vertentes da acção cívica, da investigação histórica, da produção de materiais didácticos e da divulgação das actividades tendentes a romper o silêncio em torno dos processos desencadeados pela PVDE/PIDE/DGS contra os cidadãos opositores ao regime totalitário.
A 14 de Julho, sexta-feira, promove a sua primeira sessão pública no Porto, no Teatro do Campo Alegre, onde, a partir das 18 horas, será exibido o filme de Susana de Sousa Dias "Natureza Morta". Após o seu visionamento, terá lugar um debate com a presença da autora e do historiador Manuel Loff. Esta sessão tem a colaboração com Medeia Filmes, que detem os direitos de exibição deste filme .
A 15 de Julho, sábado, a partir das 14.30h, será realizada uma visita de estudo ao edifício do actual Museu Militar do Porto, em cujos espaços funcionou a polícia política do chamado "Estado Novo". Esta visita será guiada por cidadãos que estiveram encarcerados nessas instalações Seguir-se-á um colóquio entre os participantes.
maismemória@gmail.com
Uma boa notícia

Entre as mais devedoras consta Aveiro, Maia, Santa Maria da Feira, V. N. Poiares, Coimbra, Guarda, Ovar, Penafiel e Valongo.
A autarquia do Marco não faz parte da lista por razões obvias: está falida-- não tem obras em curso.
terça-feira, julho 11, 2006
O desespero

Abandonada a agricultura, o interior desertifica-se e mais dependentes ficamos de outros países. Por alguma razão, os camiões que abastecem as grandes superfícies comerciais fazem filas nas nossas fronteiras. Ninguém consegue perceber o que fica, hoje, da ideia de socialismo no partido que nos governa.
O papel de qualquer governo é minimizar o sofrimento dos que mais sofrem. Este Governo parece esquecer este princípio que é, no fundo, o princípio que consubstancia um Estado de Direito. E a prova está no espírito de confraria da beneficência que vai sendo exposta à publicidade por empresários, nos roteiros da exclusão, nos apelos á filantropia, etc,.
Os pobres, os excluídos, os abandonados não dizem respeito ao amesquinhamento da nossa própria dignidade colectiva de cidadãos/seres humanos. Em vez desse aviltamento de desumanização cívica nos interrogar sobre o papel do Estado, a pobreza e a exclusão servem de “matéria-prima” necessária à lavagem da má consciência dos que à custa do desemprego, da pobreza e da exclusão vão ficando cada vez mais ricos.
As sondagens dizem que o Partido Socialista ganharia, hoje, novamente as eleições. Se o governo orienta as suas políticas por sondagens, está na linha correcta, politicamente correcta. Mas as sondagens reflectem um estado de espírito e este pode ser apenas o de não se acreditar em eventuais alternativas. Mas o PS parece tudo fazer para deixar espaço livre, pelo descontentamento que se vai alastrando, a qualquer outra alternativa.
Pior do que o que está a acontecer no mundo da vida, de quem só tem os braços para sobreviver, nenhum outro partido conseguiria fazer. E, se esta consciência de escuridão for alastrando, qualquer outro alternativa acabará por surgir como uma luz ao fundo do túnel para substituir este Governo.
Será que os militantes do PS não percebem isto?!...Talvez não!
segunda-feira, julho 10, 2006
Aniversário de Marcel Proust (10 de Julho de 1871)

- Salve, amigos!- dizia-nos ele vindo ao nosso encontro. - Tendes a felicidade de viver muito tempo aqui; eu amanhã tenho de regressar a Paris, ao meu nicho.
Ah -acrescentava com aquele sorriso docemente irónico e desapontado, um pouco distraído, que lhe era próprio -, é certo que na minha casa há todas as coisas inúteis. Só lá falta o necessário, um grande pedaço de céu como aqui. Meu rapazinho, trate de conservar sempre um pedaço de céu por cima da sua vida - acrescentava, ainda, virando-se para mim. -Tem uma linda alma, de uma qualidade rara, uma natureza de artista, não deixe que lhe falte aquilo de que precisa.
Marcel Proust ( Em Busca do Tempo Perdido -vol.I-Do lado de Swann)
(excerto enviado por Amélia Pais)

Obs:
Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust (10 de Julho de 1871 - 18 de Novembro de 1922) é um escritor francês. Filho de Adrien Proust, um professor de Medicina famoso, e Jeanne Weil, alsaciana [alemã] de origem judia, Marcel Proust nasceu em Paris numa família rica que lhe assegurou uma vida tranquila e lhe permitiu frequentar os salões da alta sociedade da época.
A sua principal obra “Em Busca do Tempo Perdido” está traduzida em português Publicou, ainda, novelas e fez traduções de diferentes autores, essencialmente ligados à estética. Faleceu de bronquite em 1922
domingo, julho 09, 2006

“Falemos de heróis, falemos de heróis: o Michális
Que fugiu com feridas abertas do hospital
Talvez estivesse a falar de heróis, na noite
em que, arrastando os pés pela cidade velada,
Gritava e tocava a nossa dor: “Pela escuridão
É que vamos, pela escuridão avançamos…”
Os heróis avançam na escuridão.”
Giórgos Seferis
(Grécia,1900-1971-Prémio Nobel de1963)
In: Última Estação
Tradução: Manuel Resende
sábado, julho 08, 2006
O balão esvaziou-se

Agora, é preciso olhar para o Futuro. É necessário fazer a ponte entre esta selecção e as camadas mais jovens de jogadores. Será que Luiz Felipe Scolari é o seleccionador capaz de fazer essa ponte ou pensará mais na sua própria carreira?!...
Não há nada que chegue às Ãntas.

Não tenho feitio que se adeqúe a tão prolixa e piadética criatura e, por isso, resolvi ir ao Bolhão, enquanto o professor, com o cachecol da selecção, jorrava as curiosidades da sua infindável análise futebolística. Além disso, em matéria de futebol, basta-me ir ao Dragão, nas Antas, onde num enorme écran se plasma o fundamental: o jogo a jogar-se entre Portugal e Alemanha. E, feliz coincidência: no Bolhão encontrei a alma do povo aficionado a dar-me razão.
Reparem neste diálogo, entre a “Bánia” e a “Véla”.
A “Bánia” pergunta à “Véla”:
- Ó Véla, bais às Ãntas?!..

- Não, bou ao cinema.
- Vais ao cenema?!... Ver o quê?!...
- Ver os colh… do Navaroni.
- Não é colh…, mas canhões.
- Foood..-se…, então bou às Ãntas.
Digam-me lá?!... Haverá algo melhor que as Ãntas!?...
sexta-feira, julho 07, 2006
Marc Chagall, um poeta na pintura-- 7 de Julho de 1887

Iniciou-se em pintura no ateliê de um retratista local. Em 1908 estudou na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, de quem pintou um retrato em 1909 (Kunstmuseum, Basiléia).
Retornou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris em 1910, ligando-se a Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.
Marc Chagall trabalhou intensamente para integrar seu mundo de fantasias na linguagem moderna, derivada do fauvismo e do cubismo.
Obras importantes desse período são "Moi et le village" (1911; "Eu e a aldeia"), "L'Autoportrait aux sept doigts" (1911; "Auto-retrato com sete dedos"), "La Femme enceinte" (1912-1913; "Mulher grávida"), "Le Soldat boit" (1912; "O soldado bebe").
Quase todos esses títulos foram dados por Cendrars. Coube a Apollinaire escolher as telas que Chagall expôs em 1914 em Berlim, com grande influência sobre o expressionismo de pós-guerra.
Quando explodiu a guerra, Chagall, de volta à Rússia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella.
Irrompendo a revolução socialista de 1917, foi nomeado comissário de belas-artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, entrou em conflito com Malevitch e acabou demitindo-se.
Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro judeu de Moscou.
Retornou a Paris em 1922. Por encomenda do editor Ambroise Vollard, ilustrou a Bíblia e executou 96 gravuras para uma edição de Almas mortas de Gogol, só publicada em 1949.
Em 1927 ilustrou também as Fábulas de La Fontaine (cem gravuras publicadas em 1952). São dessa fase suas primeiras paisagens, bem como quadros que renovaram o tema lírico das flores.
Em 1931 Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou Ma vie (Minha vida), autobiografia ilustrada por gravuras que já haviam aparecido em Berlim em 1923. Em 1933 realizou grande retrospectiva no Kunstmuseum de Basiléia.
A partir de 1935 o clima de guerra e de perseguição aos judeus repercutiu em sua pintura, na qual os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a tomar vulto.
Em 1941 foi para os Estados Unidos, onde em 1944 morreu Bella Chagall, causando-lhe grande depressão. Mergulhou de novo no mundo das evocações e concluiu o quadro "Autour d'elle" ("Em torno dela", Musée National d'Art Moderne, Paris), iniciado em 1937 e que se tornou uma síntese de sua temática. Em 1945 pintou grandes telas de fundo, cenários para o balé O pássaro de fogo, de Stravinski.
Regressou definitivamente à França em 1947. Em 1950 criou vitrais para a sinagoga da universidade hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a catedral de Metz, dos muitos que concebeu a seguir, datam de 1958. Chagall esteve várias vezes em Israel nessa época, desincumbindo-se de várias encomendas.
Na França e nos Estados Unidos, além de vitrais, realizou mosaicos, cerâmicas, murais e projectos de tapeçaria. Em 1973 foi inaugurado em Nice o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall. Em 1977 o governo francês agraciou-o com a grã-cruz da Legião de Honra.
Reconhecido como um dos maiores pintores do Século 20, Marc Chagall morreu em Saint-Paul de Vence, no sul da França, em 28 de Março de 1985.
In: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Obs: agradeço a Amélia Pais
Não bastam boas sugestões

Mas não é só no Algarve que tais pressões se fazem sentir.
A acção dos “patos bravos” com a conivência dos autarcas que reformulam, à medida dos interesses daqueles, os planos directores é conhecida em todo o país e esse mal é o espelho da corrupção que graça em muitas câmaras. Pôr termo a este desmando não pode surgir apenas de uma mera sugestão com apelo à coragem: o que é preciso é que a lei se aplique, a honestidade seja regra da normalidade e que todos os autarcas que se entregam aos "patos bravos" percebam que é crime comprometer o futuro das nossas Terras , porque os seus desmandos não ficam impunes. E isso consegue-se promovendo uma legislação clara e criando condições para que as inspecções actuem, os tribunais funcionem e os culpados das transgressões urbanisticas sejam punidos.

A densidade de construções é o principal factor de insegurança, exclusão social e perda de qualidade de vida. Além disso, descaracteriza as cidades e as vilas, afronta a memória da nossa identidade colectiva e provoca prejuízos avultados para o desenvolvimento do turismo e do futuro dos nossos filhos.
Contra isto sempre nos batemos e é preciso que se passe das “boas sugestões” para a responsabilização criminal das perversões urbanísticas.