quinta-feira, janeiro 29, 2015

 

O argumento dos erros é um argumento de pacóvios que se acham ilustrados. Com esse labéu lançam no caixote do lixo uma experiência de ensino, relações estimáveis no plano da educação e da aprendizagem. Até nesta questão se topa que este ministério e seus jagunços não estão preocupados com o sistema educativo público. Se os sindicatos tivessem alguma imaginação, já teriam enchido uma camionete de erros que aparecem todos os dias nas circulares e nos despachos saídos do Ministério do sr. Crato

A demagogia com os erros é a mesma com a propaganda da diminuição do desemprego

domingo, janeiro 25, 2015

 

O arco do poder na Grécia, como vai acontecer em Portugal, na Espanha, em França e nos países do sul, implodiu e o Bildeberg tem de dar outras ordens aos seus mandarins . O PS em Portugal nem entusiasma nem deixa de entusiasmar e em algumas distritais e concelhias dá sinal de continuar a ser dominado por um aparelho muito parecido com as máfias e que já faz parte do bolor da política. Esta de tornar Orlando Gaspar um presidente honorário da concelhia do Porto é bem significativo!... Não sei que ideia tem esta gente, já não digo do socialismo, mas da qualidade das referências que cria, da honra e dignidade.

Não sei se há manifestações no Porto de solidariedade festiva com o Sirysa, mas, se houver, lá estarei!

sábado, janeiro 24, 2015

 

A união Europeia foi uma obra do Bildeberg e os povos esmagados por estes “donos do mundo” começam a libertar-se desses colonizadores.

Os jagunços do arco do governo que por cá servem os “donos do mundo”, esgrimindo com dentes cerrados todos os argumentos a que conseguem dar mão, já não convencem ninguém. É que nada justifica que um homem colonizado viva na miséria, se suicide, não tenha pão para das aos filhos, nem recorra a um hospital para morrer nos seus corredores, nem escola para os seus filhos. O mundo é a casa de todos e não dos jagunços do arco do poder do clube de bildeberg.

A esperança chama-se Syriza. Todos, hoje, somos Siryza, contra o radicalismo e colonialismo dos jagunços do Bildeberg

quarta-feira, janeiro 14, 2015

 

Uma pequena nota de reflexão


Todos nos sentimos franceses nesta hora(até os terroristas doutros matizes), mas a emoção não deveria deixar de nos obrigar a pensar. As religiões são sistemas de crenças como as ideologias e tal como estas, para se imporem já, como nos ensina a História, recorreram diferentes vezes á força militar.

Não preciso de invocar a autoridade de um cardeal como faz hoje, no Expresso, um tal Henrique, para estar convencido que o multiculturalismo (que muito defendi) é um risco para a sociedade ocidental. Hoje defendo o interculturalismo, sempre como matriz de integração a cultura do País de acolhimento. E não penso apenas nas comunidades muçulmanas, com a sua maneira de ver o mundo, a vida e os outros, que leva, a partir da sua crença,  a construir uma missão histórica, como foi a destes terroristas islâmicos. Vivemos num mundo que tem como única determinante do progresso a económica. E a ela associa o factor ideológico (como é o neoliberalismo) e até o militar, quando se torne necessário.

Muitas vezes me pergunto: que influência irá ter sobre nós o profuso investimento de capital chinês, vindo de uma cultura que não tem a mesma concepção que nós temos de direitos humanos, sociais e políticos?!... Não terão também a necessidade de impor o seu modo de ver o trabalho, o homem, os direitos humanos aos portugueses?!

Estou convencido que o desleixo dos nossos governantes, da sua ignorância e falta de sentido de Estado relativamente a esta invasão financeira chinesa irá ter a curto espaço de tempo um efeito  cruel, muito parecido com o que descobrimos no islamismo. Esse efeito vai-se sentir (e já se sente nos direitos sociais) a curto espaço de tempo.

Morrer com um tiro é mais espectacular que morrer na miséria, mas a morte é da mesma forma abominável.

Não será que daqui por algum tempo vivemos como vivem muitos chineses nas zonas mais remotas da China?

Se não nos queremos deixar levar pelas emoções desta hora, temos de reflectir sobre estas questões.

Com este governo estou muito apreensivo! E não sou só eu!....

 

É preciso acordar e avisar toda a gente!


O que mais me custa, sinceramente, é  sentir que muita gente com quem convivo enfiou na cabeça a narrativa da propaganda deste governo: fazem crer que vivemos acima das nossas possibilidades, que os governos anteriores esbanjaram dinheiro ( e nestes só vêem o de Sócrates) quando a verdade é outra, muito diferente: o roubo da banca, o colapso do sistema financeiro. É para resolver o problema das vigarices do capital financeiro que estamos na miséria, que nos impõem a austeridade traduzida no roubo de salários, no desemprego, na falta de médicos, de professores, etc. E quem nos impinge essa narrativa sabe muito bem por que o faz: é que essa gente transita sempre da política para a banca ou empresas, gabinetes ou outras formas de sugar dinheiro pelas instituições financeiras.

É preciso acordar e avisar toda a gente!

sexta-feira, janeiro 09, 2015

 

Desprezaram as ciências humanas e elas são fundamentais para evitar erros do passado.


Num livro que vou publicar de homenagem a um médico, da minha terra e meu parente, que participou na Grande Guerra, escrevi :


"Temos atrás de nós um século de guerras mundiais, de atrocidades que julgávamos impensáveis e já estamos sentindo outras ameaças, igualmente de terror e barbárie. Irrompem as injustiças sociais e o islamismo totalitário e cruel entrou numa cruzada que faz do mundo um covil de feras e abutres, em nome de um deus que, pela sua própria natureza, quer a paz e a fraternidade.

 

Neste absurdo, uma questão se levanta: por que não se aprende com o passado, para evitar os seus erros?

 

Vivemos a época da globalização e dizemos que a sociedade do nosso tempo é a sociedade da informação. Por que será que a informação global não gera a tolerância entre culturas, religiões e etnias?

 

A incapacidade para organizar a informação está a fazer surgir um novo tipo de ignorância: a dos que têm muita informação mas não sabem interpretar o que ouvem ou leem.

Os ensinamentos da história, ao colocar-nos num modo de ver e num quadro ou contexto que constituem o tempo duma experiência humana, tornam-nos conscientes das causas que determinaram esses acontecimentos e factos. Ao percebermos as suas circunstâncias, entendemos que tais acontecimentos e factos não ficaram no passado, influenciam o tempo em que vivemos e alertam-nos para que circunstâncias idênticas possam gerar acontecimentos e factos semelhantes.

A História não se repete, mas as causas que originam os acontecimentos derivam sempre de circunstâncias parecidas que, sendo bem compreendidas, constituem avisos que não só ajudam  a evitar os erros do passado no presente, mas também a escolher as melhores opções no rumo a dar à construção de um futuro mais humano e mais justo".

 

Este governo despreza os professores e despreza as forças de segurança. Para esta direita que está no poder só conta o dinheiro, mas uma sociedade que assim pensa é uma sociedade sem futuro, como estamos a presenciar. Precisamos de quem valorize as ciências humanas, quem privilegie a história, a sociologia e a filosofia à contabilidade; quem pense em resolver as questões sociais, em vez de pensar como esmagar a vida dos mais pobres para resolver os problemas dos mercados.

quinta-feira, janeiro 08, 2015

 

Não estou nesse paradigma

Não sei o que dizer neste dia de Reis! Pertenci ao tempo republicano em que ao escorrer da noite se cantavam os Reis. Vivi, sofri as arduras das paixões  num tempo em que amar era ficar debruçado à janela da alma, esperando que a tardinha trouxesse os sorrisos da amada. Foi este o meu paradigma.
Só muito tarde ouvi falar das uniões sentimentais, coisas passageiras, onde o entardecer se faz sem nostalgia e o cantar de Reis não é relevante e o amor é uma espécie de ginástica do corpo sem fazer soluçar a alma!
Sou um dinossauro do matrimónio, virado para as raízes. Permanece em mim a  ideia de que a roda do tempo deve girar sempre em torno do que nos faz amar e ser amado, procurar um mundo feliz e ver nesse horizonte o direito fundamental do sentido da existência.
De vez em quando, deparo-me, reflectido nas águas onde me vejo a anoitecer, a configuração de um outro paradigma. E isso aconteceu ontem: enquanto o autocarro que me levava de Alcochete para a Gare do Oriente, ouço (e não podia deixar de ouvir, tal era a intensidade do timbre) uma conversa de uma jovem, sentada ao meu lado, que  dizia em voz alta, ao telemóvel, a uma sua interlocutora: “ela (alguém que desconheço) quer ir para a cama com ele só para dizer que tem um filho  de…” (e deu o nome de um jovem que pertencia a um grupo rock musical que não fixei).
Voltei a pensar no meu paradigma, o que guardava retratos antigos, cantares de dia de Reis e sempre pensou a existência no  consolo de gente amada. Já o autocarro saía do longo braço da Vasco da Gama, quando passaram na minha memória gente de outra finura, outras companheiras de viagem. Pensei nas senhoras das ruas paralelas à rua onde moro no Porto e vi nelas (em contraponto com a companheira da viagem) uma enorme grandeza de alma: são os hospícios das horas de amargura, com valsas de seduções, sempre em  interpelações generosas. De vez em quando, dizem-me: “Avozinho, leva á carcela desapertada!” Ao que eu sempre respondo: “Muito obrigado, minha senhora”. E outras vezes, talvez porque o dia não esteja a ser afortunado, me desafiam: “Meu anjo, vamos brincar um bocadinho?!...” E, no receio de ficar mal, lhe replico o agradecimento habitual: “Muito obrigado, minha senhora!”
E depois de me lembrar dos Reis que procuraram o menino de uma nova infância, onde a ternura é convicta e o amor é o local onde a poesia pode repousar, senti que na puta desta vida, o único paradigma em que me consigo abrigar é o de Gabriel Garcia Marquez, nas “Memórias das Minha Putas”.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

 

Muitas análises vão ser feitas sobre este acto de terrorismo. Continuo a pensar que a melhor forma de dar resposta a esta barbárie é restituir ao Ocidente os valores da civilização que o tornaram num farol dos direitos humanos, da justiça social, da fraternidade. Ridicularizar ou combater pelas armas o islamismo não é dar razões para o repudiar. A força das razões é sempre moral e só com estas armas se pode vencer a barbárie cruel que utiliza o nome de um deus para fazer do mundo um covil de feras sanguinárias.

quinta-feira, janeiro 01, 2015

 
"O papa Francisco defendeu hoje a necessidade de colocar no "centro das preocupações" os mais desfavorecidos e apelou a que as pessoas "sirvam os mais fracos" em vez de se servirem deles." Escreveu La Boétie: "É estranho que dois, três ou quatro se deixem esmagar por um só, mas é possível; poderão dar a desculpa de lhes ter faltado o ânimo. Mas quando vemos cem ou mil submissos a um só (a um governo), ainda se poderá nesse caso dizer que não querem ou não se atrevem a desafia-lo? (…) Mas se mil homens, se um milhão deles, se mil cidades não se defendem de quem os esmaga, então, nem sequer merecem o nome vil de covardia.” In: Discurso sobre a servidão voluntária”.

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