quinta-feira, setembro 28, 2017

 

O voto é uma arma. Não a vire contra si!


Está a terminar a campanha eleitoral. Neste São Miguel dos votos, foi um fartote de beijinhos, sorrisos, distribuição a granel de panfletos, comícios com gente à pinha, palmas e muitas palmas, cantares de ocasião, distribuição de esferográficas, etc.. Mas nesta espuma do festival eleiçoeiro o que terá ficado de verdadeiramente importante? Que ideias, projetos para o futuro, formas concretas de resolver problemas, como o da água, princípios democráticos de relação do edil com os munícipes ficaram claros e em compromisso? O que é que conhecemos de cada elemento que constitui uma candidatura, como a sua postura política, sua intervenção cívica, preocupação com a “coisa pública”, etc., que possa constituir certificado de qualidade da honestidade do candidato?

É que o blá…blá.. não chega!
Se é certo que a nível nacional os partidos gostam de contar vitória com os resultados globais, em cada autarquia quem sofre as consequências de escolher um mau candidato são os munícipes. Logo a seguir vem a fatura: são os munícipes que sofrem com a incompetência, o esbanjamento, o aumento de taxas e a ausência de sentido do bem-comum.
O Marco de Canaveses já teve experiência de escolher quem levasse praticamente a autarquia à falência; e, a nível nacional, colocasse o Concelho ao lado dos países do terceiro mundo, entregando a água e outros bens públicos a privados e julgando-se dono do Marco.
Se votasse no Marco de Canaveses (como espero votar nas próximas eleições), preocupava-me com as questões que referi. E não descuidaria o facto de saber se o candidato tinha ou não dado provas de estar integrado na defesa de causas (como, por exemplo, pertencer à Associação dos Amigos do Marco), se era pessoa em quem se podia confiar porque não tinha cadastro, se tinha sentido de Estado ou era um aldrabão, se caiu de paraquedas na política e agarra-se a ela com a sofreguidão de quem espera um tacho,  se  é um vira-casaca como um camaleão, etc..
O voto é uma escolha que também nos define: é o nosso próprio critério de avaliação dos candidatos, o nosso sentido de responsabilidade cívica que está em causa. Se somos cidadãos honestos e responsáveis, faremos uma escolha que esteja de harmonia com os valores da honestidade, sentido de Estado, espirito de serviço e democrático; se não somos, podemos até escolher um oportunista ou um “fora de lei” qualquer.
Numa altura em que as bandeiras já desbotaram a sua ideologia, a nossa escolha define mais o nosso carácter que o partido a que pertencemos. E haverá sempre quem nos julgue por isso, se a nossa consciência cívica não o fizer!

domingo, setembro 10, 2017

 

apresentação de "uma união cheia de História"

Um volumoso livro, com óptima encadernação e um trabalho de investigação exaustivo, com título de capa “MARCO (a nova freguesia), UMA UNIÃOCHEIA DE HISTÓRIA” (seiscentas páginas). São seus autores o arqueólogo Luís de Sousa e o historiador Cristiano Cardoso.
A iniciativa pertenceu ao Presidente da Junta de Freguesia, António Santana, bom filho da Terra e, como bom filho, sente por ela o que ninguém mais pode sentir: uma grande paixão que soma a três qualidades raras: a inteligência, uma invejável cultura e o sentido de empreendedorismo.
Convidou para participar no evento a Associação dos Amigos do Marco, o que muito honrou esta Associação
Apresentou o livro a prof. Drª. Teresa Soeiro e o Prof. Dr. Jorge Fernando Alves. Participei nete evento (é raríssimo no Marco ser convidado para este tipo de eventos, o que não acontece em Amarante), com uma pequena reflexão, a pedido de António Santana, o que senti como generosidade sua, sobre três homens que têm sido esquecidos na minha Terra: José Monteiro da Rocha (1734-1819), criador do

Observatório de astronomia de Coimbra, reitor dessa Universidade e reconhecido como o maior
cientista do tempo, em toda a Europa; Dr Fernando Monterroso (1875-1947), cirurgião-médico, interveio na campanha de Africa, salvando a vida a Mouzinho de Albuquerque, e na Primeira Guerra Mundial, comandando a primeira ambulância (uma espécie de hospital de campanha) e sendo director do Hospital militar do CEP na Flandres. É, por certo, o militar mais medalhado da história do Exército Português. Deixou grande parte da sua fortuna ao Asilo do Marco, que, a suas expensas mandou construir, e à Misericórdia do Marco, mas, hoje, até desapareceu a foto que lá havia sido colocada em sua honra. Mais próximo do nosso tempo, lembrei o
Presidente da Câmara do Marco José Cabral de Matos
(1949-1953), que se inspirou nas “cidade-jardins” para criar o Jardim do centro da Cidade, e a quem a União Nacional lhe fez a vida negra, obrigando-o a exonerar-se do cargo três anos depois de o ter assumido.
Francamente, foi para mim um dia que me senti bem, não só pela importância de participar no evento, como pela honra que o presidente da Junta, António Santana, que conheci há pouco tempo, me deu.


segunda-feira, setembro 04, 2017

 

Uma união cheia de História


Foi um grande filósofo françês,  RICOEUR, professor do actual Presidente da República de França, Emmanuel  Macron (Quando este estudou Filosofia),  que, apoiando-se em Santo Agostinho, escreveu:”O tempo é uma distensão da alma! Medimos as impressões que permanecem no espírito depois da passagem do tempo, e não as coisas que passam (…)

Os tempos (QUE PASSAM) indo embora, deixam uma espécie de espaço temporal (uma extensão; como uma dobra no tempo) que a MEMÓRIA retém”. A  memória de um povo, de uma comunidade, do MARCO, é a sua alma.


O livro que vai ser apresentado no próximo dia 8, dia de Nossa Senhora do Castelinho,  que o Concelho em 1946 consagrou sua protetora e tornou DIA DO CONCELHO, tem por titulo: MARCO, UMA UNIÃO CHEIA DE HISTÓRIA.
Para quem gosta do saber da MEMORIA, apareça no AUDITÓRIO DO CENTRO PROQUIAL DE SANTA MARIA (Igreja do Siza), às 21h, e regale-se com o que foi fazendo a identidade do MARCO

This page is powered by Blogger. Isn't yours?