sexta-feira, maio 30, 2014

 

Ainda a questão de Marinho Pinto



A questão, para mim, não é Marinho Pinto, mas a necessidade que teve muita gente de votar nele para não votar noutros ou abster-se. Tem de haver alguma razão e não vale a pena fazer como a avestruz. Há muitos eleitores que não se reveem noutras propostas e isso tem uma explicação ou será que quem votou em Marinho é mentecapto? Em França também, na região mais industrializada, os operários votaram na filha de Le Pen. Por que seria? Temos de pensar nisso, se queremos a democracia, e dar a resposta necessária às expectativas dos eleitores. Tenho, para mim, uma explicação: a forma como os partidos se organizam e o “descartanço” que o regime anda a fazer dos mais pobres, dos que mais sofrem e dos que trabalham. O Estado social foi para corrigir essa tendência, mas é à custa dos mais pobres, dos que trabalham, que os governos, ditos democráticos, pagam as dívidas dos ricos. Já repararam? E vão obrigar toda essa gente descartada a votar no “arco do poder” que lhes destrói as vidas?

quinta-feira, maio 29, 2014

 

Os monges de Salamanca

Há por aí muita gente a diabolizar Marinho Pinto, sem se interrogar sobre as causas que levaram muita gente boa, inteligente e patriótica (como nós) a votar nele. Essa gente assemelha-se aos monges de Salamanca, nos finais da Idade Média. Nos finais da Idade Média, os monges de Salamanca tornaram-se politicamente correctos, ao exclamarem perante Isabel, a Católica: “Deus afaste de nós o maléfico vício de pensar!” Anos depois, Descartes abria as portas à modernidade, afirmando:”Não é suficiente ter bom espírito, mas o principal é aplicá-lo bem”. E justifica: “As maiores almas são capazes dos maiores vícios e das maiores virtudes, se não seguirem o caminho do melhor uso da razão: o de pôr tudo em dúvida”. E porquê? Ele próprio explica: “só fica esclarecido quem dissipou as suas próprias dúvidas”. Quem não encontrou razões para esclarecimento não suspeita de estar enganado. E não percebe quais são as razões que possam justificar determinado procedimento, nem fica com a luz do pensar que potencializa a descoberta das melhores ideias para melhor orientar a sua acção. Foi a ideia de que a razão ilumina a verdade que a modernidade se impôs, contra as ideias da Idade Média. Mas a própria modernidade foi posta em causa. Com a teoria da relatividade e as matemáticas não euclidianas, começou-se a pôr em causa a ideia da modernidade de que só há uma razão única e universal. Passou-se a aceitar que havia várias razões inerentes a diferentes modos de ver ou paradigmas. A ideia de paradigma terá surgido a Wittgenstein, um filósofo austríaco, considerado por muitos, o maior filósofo do século XX. No seu entender, o conceito não só significa “um modo de ver” ou “sistema de crenças” como também “uma técnica de operar”. O “modo de ver” configurado por um paradigma tem, segundo o Filósofo, um papel análogo ao de um par de óculos com certas características (por exemplo, cor e graduação com que vemos as coisas). O mundo, as nossas certezas, não se conhecem em si mesmas, independentemente do nosso modo de ver. Estão moldadas pelos óculos ou crenças que temos. O diálogo entre paradigmas ou modos de ver abriu espaço á tolerância e tornou a verdade no melhor denominador comum. Para encontrar essa convergência não serve usar o espirito matemático: é necessário o espírito hermenêutico; isto é, procurar as razões que me levam a pensar como penso, que me levam a ver o mundo como o vejo, a ter as crenças que tenho. Ora, para conseguir isto é preciso grande liberdade de pensamento e muita humildade e, sobretudo não julgar que as nossas ideias são únicas e irrefutáveis. Talvez, por isso, em vez de diabolizar o Homem, seja Marinho Pinto ou António Costa, o melhor é reflectir por que há muita gente a apoiá-lo, a encontrar sentido na sua candidatura!

 
O problema mais frustrante para a base de apoio eleitoral do PS é, sem dúvida, ter a certeza que a degradação que o aparelhismo causou ao partido pode levar a que um número muito pequeno de militantes de secções sejam levados a pensar, como se pensa nas máfias, que Costa traiu um código de honra e, no próximo congresso ou diretas, Seguro seja eleito por uma minoria,, muito minoritária, que não entende os interesses nacionais nem do socialismo.

terça-feira, maio 27, 2014

 

Ainda há quem pense que a cacicar se colhe votos.

José Luís Carneiro, líder da Distrital do Porto, faz “jus” ao nome! Numa declaração à tsf, as federações que viram com bons olhos a declaração de António Costa não têm moral para desconsiderarem a vitória de Seguro e Assis. Segundo ele, basta olhar para os resultados do PS nessas federações para se perceber que não trabalharam --novo conceito para significar cacicar. Não é a primeira vez que José Luís Carneiro, presidente da Câmara de Baião, dá uma justificação estapafúrdia. Em 2004, perante a acumulação de faltas de Assis (como é seu costume!) na Assembleia Municipal do Marco, o que o obrigou a renunciar ao mandato, o mesmo líder, Luís Carneiro, justificou a atitude com uma tirada de antologia: “A presença de Assis na Assembleia Municipal do Marco era suscetível de limitar e inibir a participação dos restantes membros do seu partido”. (ver texto: “Todos Iguais, todos diferentes” no JN 09/05/2004 ou “Memória de uma causa”, publicação da Associação dos Amigos do Marco) Há, como Luís Carneiro, muita gente do aparelho do PS que ainda não percebeu que há um descrédito enorme dos partidos e os movimentos cívicos, que já galvanizam muito mais gente, tornaram evidente que os partidos ou se reformam e põem a liderá-los gente com mérito ou o eleitorado vira-lhes as costas, como aconteceu nestas eleições. É que o eleitorado já deixou de ser um bando de carneiros.

segunda-feira, maio 26, 2014

 

Mudem de paradigma!

Só por piada este governo pode dizer que o resultado eleitoral, “permite encarar com confiança o caminho que vem sendo trilhado" Somando votos expressos, a esquerda tem o dobro dos votos. E, agora, Cavaco? Outra questão: a ideia de dispersão dos votos. Então não percebem que a dispersão significa que os partidos, na sua forma de fazerem política, de se estruturarem e representarem os eleitores, está saturado? Finalmente: chamar comunidade ao grupo de partidos que tomaram conta da Europa para servir o império financeiro dos mercados, é de um cinismo que os povos já não suportam.

domingo, maio 25, 2014

 

Tudo blá..., blá...blá..., etc.

Os comentadores e o diretório dos partidos já estão a analisar a alta abstenção e dizem: “Blá…blá… blá…, etc”. Se fizermos regressar a bobine ao que eles disseram nas últimas eleições, ouviremos: “Blá…blá…blá…, etc”. Sobre as conclusões para a vida prática, não há dúvida:“blá…, blá…, blá…, etc”. Esta gente não quer entender a evidência: a ideia de Europa dos fundadores da Comunidade Europeia foi traída e é preciso recuperar o espírito de comunidade que esteve na sua origem; os partidos tornaram-se grupos de interesses que nada dizem aos eleitores. Ou seja: não podemos esperar conclusões práticas. Tudo ficará pelo blá…blá…blá…etc. Entretanto, o Le Pen está, também entre nós, a crescer e isso percebe-se nas aldeias, na rua, nas saídas dos hospitais, junto às repartições de finanças e até no fim das missas, ouvindo as pessoas a justificar o não votar, porque é preciso desenterrar o Botas de Santa Comba Dão.

quinta-feira, maio 22, 2014

 

Só sei que voto contra!

Amanhã vou para a aldeia, onde a Serra da Aboboreira se vê, levantando a cabeça Tenho lá muito que fazer, mas vou reflectir sobre a questão que La Boétie colocou, mais ou menos nestes termos:
 “Há três espécies de tiranos. Uns reinam por eleição do povo, outros por força das armas, outros sucedendo aos da sua raça (…) É estranho que dois, três homens ou até mil se deixem enganar por um governo, mas quando vemos milhões a submeterem-se a um governo que os humilha, explora e tiraniza, que nome pode ser dada a esta situação? (…) Que razão levará o povo, podendo escolher entre a liberdade e o opróbrio, se decida pela ignomínia? ”
E eu vou acrescentar: Como compreender que um partido para ganhar eleições prometa leite e mel e, depois de as ganhar passe de 60% do PIB para 130 %, imponha o exílio a milhares de jovens, leve para o desemprego cerca de dois milhões de trabalhadores, suba os impostos de forma insuportável, provoque a falência de milhares de empresas, trate os funcionários públicos como os cães não tratam os gatos, roube parte do vencimento dos velhos e desproteja os serviços de saúde, a escola e a justiça, se justifique com os erros que prometeu corrigir, e, com todas estas malfeitorias ainda consiga ser o segundo partido mais votado?
Talvez a forma enviesada que a partidocracia criou de representação dos eleitores explique por que é que em democracia pode governar a incompetência, a corrupção e a mediocridade, descartando-se dos pobres, dos velhos, dos novos, dos que mais sofrem?
Entretanto, vou consolidando uma ideia: continuo a não ter razões para votar neste ou naquele partido, mas se tivesse um milhão de votos não tinha dúvidas: votaria contra esta gente que está no governa para me desprezar. E vou fazer cerca de 50 + 50 quilómetros para votar

 

Francamente desiludido!

De Gasperi, Monet, Shuman e Adenauer, entre outros, queriam uma Europa que não fosse agregação de recursos económicos e de procedimentos burocráticos; que não dividisse os povos do Norte contra os do Sul, o Oriente contra o Ocidente, os protestantes contra os católicos, que não ressuscitasse as tendências imperialistas herdadas dos sanguinários imperadores romanos, de Hitler ou outros. Queriam uma Europa que soubesse aprofundar a síntese entre o logos dos gregos, a justiça do direito romano e a caridade do cristianismo.
 Nestas preocupações, os fundadores da Comunidade Europeia olhavam para a Europa como a Europa dos cidadãos, aberta aos valores da dignidade humana, defensora da solidariedade, da justiça social e da paz, dos direitos humanos, da liberdade e do pensamento crítico, isto é, de tudo o que cimenta a coesão entre povos e constrói a paz. Mas, a que assistimos nesta campanha eleitoral para o Parlamento Europeu? Nada que tenha a ver com as preocupações dos que construíram a Comunidade Europeia. Fez-se apenas exposição do que há de pior no ser humano: a intriga, o fanatismo, a boçalidade, a hipocrisia, o charlatanismo e, sobretudo, a demagogia e a palhaçada no seu esplendor.
Para completar toda esta traição aos princípios fundadores da Europa, surgiu o Sr. Juncker, que traindo a sua própria condição social, defende o primado do dinheiro e diz que as pessoas são tão importantes como o capital. Não admira que os eleitores europeus sintam vómitos ao ouvirem esta gente que ignora o que deu sentido à Comunidade Europeia, que não a quer mais coerente com os seus princípios e menos dominada pelos imperialismos que cavaram a sua destruição. E, por isso, as sondagens que já apareceram revelam que um governo de Portugal, tão incompetente e desastroso como o que temos, pode não ser tão penalizado como o que julgávamos normal.

quarta-feira, maio 21, 2014

 

Troca-se por uns patacos!

Não percebo como alguém pode votar em quem diz ter como seu ídolo Juncker, uma criatura que afirma valer ele próprio tanto como o capital, isto é, depende do preço para poder ser trocado por umas patacas. Esta campanha prima pela imbecilidade, mas, se Freud tem razão, deixou vir à superfície a falta de valores, de humanismo e do sentido ímpar da dignidade humana que, lá no fundo da consciência, existe nesta direita de Passos/ Portas que anda por aí a pedir um voto, como quem pede uns trocados.

segunda-feira, maio 19, 2014

 

Tambem quero que ele emigre!



António José Seguro avisa que "só o PS pode derrotar o Governo". Toda a gente de bom-senso (e bom-gosto) quer que Passos Coelho emigre e nos deixe em paz. Se possível com toda a camarilha de incompetentes que somam com ele  a incompetência colossal. Mas o apelo de Seguro tem um problema: muita gente pensará como eu: é importante concentrar votos, mas com Assis e Seguro no diretório da campanha e do partido é dar-lhes um cheque que utilizam sem perceberem que o que está em causa é este (des)governo. E não percebendo o sentido de tal voto, ficam convencidos que os discursos redondos são os melhores, que vale a pena os jogos de poder, o carreirismo político e que não são necessárias reformas profundas no Partido Socialista, harmonizando-o com as espectativas da sua base de apoio e não com o aparelhismo dos “chicos-espertos” que dominam o partido. Este é o meu drama! Deveria ser possível revelar no voto o sentido dado ao mesmo. Ficávamos mais sossegados!

sexta-feira, maio 16, 2014

 

Aldrabões!

Afinal, toda a crueldade que a Troika e esta cambada impuseram aos portugueses foi para salvar os bancos. A culpa não foi por gastarmos mais do que podíamos, mas porque os Bancos andaram a financiar mais do que o dinheiro que neles tínhamos confiado. A aldrabice de Passos e Portas deveria ter resposta nas próximas eleições: nem um voto para esta gentalha que se serve da confiança dos portugueses para os trair. http://economico.sapo.pt/noticias/as-origens-da-crise-soberana-segundo-o-bce_193363.html

quinta-feira, maio 15, 2014

 
Tenho pena que o Benfica perdesse. Vi o jogo num Café e fiquei desolado. Muita gente era contra o Benfica. Esta gente não percebe que dividindo-nos quando está em causa o interesse de Portugal é como nos excluirmos duma parte do interesse colectivo. O chauvinismo clubístico é como o chauvinismo partidário: espelha o pouco uso da razão e também do bom-senso.

quarta-feira, maio 14, 2014

 

A importan$ia de votar no arco do poder.

Se quer conhecer as vantagens de pertencer ao arco do poder, consulte este site. Mas, repare, não vale a pena ser ambicioso: já está tudo preenchido! Foi o nosso voto que lhes deu tanta importân$ia! Alguns deles, virados ao contrário, não deitavam um cêntimo, algum tempo atrás. E se conhecer de perto alguns destes figurações ficará com a ideia que eu tenho: nem para porteiro do prédio os queria. http://www.osburgueses.net/consulta/index.html

 

Triste sina

Podíamos intitular estas notícias “Os mixordeiros”, mas a questão é mais grave. Trata-se do “gamanço” de quem nos trata por imbecis. E os meios de comunicação ao serviço dos mixordeiros a fazer-nos crerem que devemos votar em quem tão mal nos trata. E é velha esta triste sina. Já la Boétie havia escrito: “Que vício, que triste vício é este: um número infinito de pessoas a servir (diríamos, hoje, a votar) em quem os explora, a suportar a pilhagem, a luxúria, as crueldades de quem fica com o poder de os tiranizar” Vejam na Sábado a entrevista “O patrão de Passos Coelho na Tecnoforma conta como o contratou” Ou, então, este blog: http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/10/tecnoforma-tem-empresa-gemea-passos.html

quinta-feira, maio 08, 2014

 

Só bocas!

Custa-me dizer isto: o cabeça de lista do PS é um verbo-de-encher, recorre a frases muito tonitruantes, mas quem o conhece sabe que é um medíocre, que nunca leva nada até ao fim e só funciona como picareta falante. O PS podia ter feito as reformas necessárias ao combate à corrupção, mas dependurou-se no princípio das liberdades e garantias para não as fazer e vem, agora, com o pacote da transparência para ser esquecida amanhã; o PS frustrou sempre as expectativas de uma prática socialista, coerente com as suas raízes e, agora, vê no risco do desencanto e descrédito dos políticos a possibilidade duma subida, nestas eleições, da extrema direita. E refere-se a isso, para fazer chantagem: ou votam em nós ou vão er pela frente a xenofobia, o racismo, etc. Não há aqui um estilo de propaganda (feita pelo medo) que foi sempre o estilo da direita? Não seria melhor que o PS fizesse uma autocrítica como partido que se diz de esquerda, reformasse o seu funcionamento, criasse condições para que o mérito fosse o único critério de sucesso, promovesse a escola uninominal e não o carreirismo, os jogos de interesses, o eu dou-te este lugar se me apoiares naquele, etc.? Precisamos de um partido socialista e não de mixordeiros! Será que não percebem isto?!...

quarta-feira, maio 07, 2014

 

Um paradoxo brutal!

Aprendemos com os nossos pais (os de sangue e os outros) a amarmos a virtude, estimarmos as boas acções, ficarmos gratos aos que fazem o bem, termos respeito por aqueles que foram previdentes na governação e tiveram como objectivo político diminuir o sofrimento dos que mais sofrem. Não há maior estupidez do que suportar quem nos trata mal, quem governa para nos infernalizar a vida, quem nos infantiliza com a demagogia massiva nos meios de comunicação e nos fala em liberdade para nos enclausurar na solidão. E o paradoxo mais brutal é o de se saber que, aproximando-se eleições, não é preciso recusar servir quem nos trata tão mal: basta não lhe dar um simples voto, aquilo que eles precisam para poderem ser os nossos malfeitores. Receio que não se perceba isto! Vejo na campanha eleitoral uma guerra entre territórios de voto e não a luta por um País mais justo, mais humano, mais solidário. Que triste sorte!...

domingo, maio 04, 2014

 
A melhor medida cautelar era a saída deste governo. Quem se lembra do que Passos Coelho prometeu durante as eleições, dos seus golpes para subir a líder do Partido e para ser chefe do Governo? Embora o governo de Sócrates fosse mau, quem estava contra Sócrates não imaginava que lhe saísse na “rifa” um governo tão mau, tão incompetente, tão aldrabão e com tanta falta de sentido de Estado e até de dignidade como este grupo de malfeitores. Apareceram com a bandeira de acabar com a dívida pública e subiram-na para quase o dobro, criaram a miséria, obrigaram os jovens a fugir de Portugal, deram cabo da escola pública, do Serviço Nacional de Saúde, desertificaram o interior de instituições, assaltaram os bolsos de velhos e funcionários públicos, fizeram subir os impostos para níveis insuportáveis e tornaram a vida de comerciantes, pequenos e médios empresários num desespero. Procuremos na história quem mais utilizou o preceito maquiavélico de dividir para reinar? Nenhum governante utilizou mais essa estratégica, que destruiu a coesão social, do que Passos Coelho: colocou novos contra velhos, trabalhadores da Função Pública contra trabalhadores do privado, litoral contra o interior e, agora, dividiu a história em duas partes: a da bancarrota e a do seu sucesso com os vampiros da Troika. Pretendem-nos fazer crer que vamos sair da Troika de forma limpa e utilizam todas as derivas semânticas para esconder esse embuste. Mas que significado poderá ter isso no mundo da vida dos portugueses, se a dívida pública com este governo já atingiu 130%? Com o servilismo perante a Troika deste Governo não vamos lá e se o mercado fez descer os juros, isso só significa que a crise na Europa também já afecta esses abutres que vivem de emprestar dinheiro. A economia real não se anima e, nessas circunstâncias, para quê pedir dinheiro aos mercados, dizem os banqueiros que são o pousio dos abutres?!...

quinta-feira, maio 01, 2014

 

O "esplendor" da incompetência!

Diz-me um velho amigo, professor universitário de economia, que leu numa publicação estrangeira uma crítica contundente à forma como a Europa tem sido gerida por Merkel e pelo seu funcionário Durão Barroso. O acordo comercial com o governo chinês foi desastroso, a relação do Banco Central Europeu com as outras agências financeiras, um servilismo deplorável. Sem uma estratégia de futuro para a Europa, a vida dos povos mediterrâneos foi esmagada pela austeridade e tornou-se semelhante à vida que levaram estes povos após as guerras mundiais. E é um embuste falar-se na confiança dos mercados. Estes baixaram os juros porque a crise financeira também os atingiu (dinheiro já não gera mais dinheiro, porque não há nos bancos capacidade de pagar juros para mais empréstimos). A direita cresce e esta gente medíocre e incompetente abriu-lhes a porta. Não será de admirar que velhos demónios criem os pesadelos que nos amedrontam!

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