quinta-feira, agosto 29, 2013

 

Irão conseguir?!...

A primeira vez que fui para a escola, esta funcionava numa sala alugada, numa casa solarenga, a dos monterrosos, em Várzea de Ovelha. Eramos cerca de 30 alunos na primeira classe. No meu concelho, Marco de Canaveses, não havia ensino oficial depois da escola primária. Havia um Colégio até ao 5º ano (hoje nono ano). Quem tinha dinheiro, deslocava-se para o Porto, alugava quarto e frequentava o Liceu Alexandre Herculano ou D. Manuel II. As meninas também tinham dois liceus na Capital do Norte à escolha: Carolina ou Santa Isabel. Usavam uma bata azul que lhe cobria os joelhinhos. Hoje, o “progresso”, caminha nesse sentido: é um progresso de costas viradas para o Futuro. É verdade que todos os concelhos têm escolas, mas não têm meios para dar ao ensino o rumo da qualidade que o 25 de Abril potencializou: funcionários disponíveis para evitar a balbúrdia, professores motivados e menos alunos por turma. E sobretudo professores motivados! Tal como no outro tempo, esta gente que nos desgoverna entra em pânico com a possibilidade dos filhos dos pobres poderem ter sucesso na aprendizagem. E têm razão: estes rapazes que nos desgovernam frequentaram os aviários de “canudos”, não leem, são quase analfabetos, embora falem quase musicalmente. Mas têm um quiproquó contra a escola pública, contra a leitura e o rigor na aprendizagem. Não tinham notas para entrarem nas universidades públicas: eram o que são hoje!. E, agora, querem que tudo se nivele pelas suas mediocridades. Irão conseguir?!...

segunda-feira, agosto 26, 2013

 

Os candongueiros da "Res-pública"

Escrevi para o Semanário Grande Porto o seguinte texto que espero que seja publicado na próxima edição: Os candongueiros da “res-publica”. A questão da limitação de mandatos é, sobretudo, uma questão de respeito pela natureza essencial da democracia. Todos, em democracia, têm o direito de exercer a direcção dos assuntos da “res-publica” e, cada um, por sua vez. É isso que pressupõe a limitação do mandato do presidente da República. Por que haveria de ser diferente para com os autarcas? Será que os autarcas podem apropriar-se do cargo, ainda que sujeitos à mobilidade territorial? Alguns candongueiros da política, sempre interessados nas mistelas e não no sentido da república, procuram “dar a volta” à lei, traduzindo “cargo” por “lugar”. Com isso, pretendem argumentar que os dinossauros do poder local podem mudar de lugar, candidatando-se num outro território ao mesmo cargo. Desvirtuam assim o direito de todos (e não alguns) tomarem parte na gestão direta dos assuntos públicos. Naturalmente, para que este direito se possa exercer é necessário abrir vaga, impor limites ao desempenho do cargo pelos mesmos, para que ninguém se torne vitalício num cargo, retirando oportunidades a outros. É preciso abrir espaço e, no limite, evitar que se constitua uma oligarquia de senhores que se revezam na ocupação dos mesmos cargos. Alguns sofistas dizem-nos que a decisão da limitação deve caber ao povo. Mas há alguma relação direta entre eleitor/ candidato? São os partidos que escolhem os candidatos e é nos partidos que os eleitores votam. Nem sequer há o voto uninominal! Mas, mesmo que assim fosse, o princípio da igualdade de oportunidades e da universalidade de direitos tinha que ser respeitado. Se todos têm o direito de tomar parte na direcção dos assuntos da “res-publica”, por que haveriam de estar sempre a passar à frente o samaritano de ocasião Filipe Meneses, o futeboleiro Fernando Seara ou o detetive Moita Flores? Há uma outra razão para limitar mandatos: a da higiene cívica. Sem limitação de mandatos não há possibilidade de criar condições que possam travar a formação de relações promíscuas entre empreiteiros, clubes de futebol, empresários e autarcas. Nem há possibilidade de desencorajar as redes de clientelismo que o aparelhismo e o carreirismo desenvolvem à custa dos lugares que, nos municípios, são criados para os boys. E muito menos se pode combater a falta de transparência nas decisões urbanísticas, a corrupção, o caudilhismo, o populismo, o fulanismo, etc. Será que é razoável aceitar que os vícios de clientelismo, tráfico de influências, esbanjamento de dinheiros dos contribuintes, etc., adquiridos num cargo não constituem problema, desde que o autarca mude de local, os leve para outro território?!... O espetáculo que está a ser dado pelos diretórios partidários que defendem que a limitação de mandatos só se aplica ao local do cargo, podendo os autarcas andarem de território em território, numa espécie de cargo vitalício com mobilidade geográfica, é não só obsceno, como demonstra bem a tentação oligárquica que domina os diretórios partidários. O poder local saído do 25 de Abril inspirou-se no municipalismo proclamado por Alexandre Herculano: “um governo local feito por munícipes para os munícipes”. Como seria bom que nessas lojas maçónicas tão frequentadas por esses partidos, se lesse a carta que o historiador-maçon escreveu aos eleitores de Sintra!...

sábado, agosto 17, 2013

 

O embuste!

É um ignorante. Cai-lhe os papéis e já não diz coisa com coisa. Fala como se posse o Divino. O divino só tem três dogmas, mas Passos Coelho despeja sobre o nosso país um verbo dogmático, que nem o Tribunal Constitucional, nem a posição nem o seu próprio partido podem pôr em causa. E o que mais me espantou foi ver aqueles basbaques de boca aberta a beber toda aquela imundice verbal! Vou para a Terra. Não suporto esta poluição para atrasados mentais! http://diariodigital.sapo.pt/

terça-feira, agosto 13, 2013

 

Façam-lhes um manguito!

Querem roubar 25% das reformas, mas não vão buscar o dinheiro ao buraco do BPN (cerca de 8 mil milões de euros) nem ao do BPP (onde só de uma vez o estado injetou 450milhões de euros) nem aos bancos que fizeram contratos leoninos a seu favor nas PPPs, nem a essa arte de vigarizar o contribuinte a que chamam swaps, nem a esses empregos de favor a que dão o nome boys e enxameiam autarquias, ministérios, nem a essa frota topo de gama donde acenam com o deficit, etc. Façam-lhes um manguito em vez de lhes entregarem um voto!

sábado, agosto 10, 2013

 
Estamos entregues aos “produtos” dos supermercados de diplomas (o aviário de Passos Coelho, Luís Albuquerque, etc., isto é, destes governantes). São os interesses dessas universidades, do capital financeiro que a elas está ligada, que orientam as decisões dos ministérios. Para além de termos de suportar os sagrados interesses das PPPs, dos Swaps e coisas do género. Aí vem o cheque-ensino para engordar os colégios privados e destruir a escola pública. Tudo isto é feito á bruta, como o fascismo costumava governar!

sexta-feira, agosto 09, 2013

 
Sobre Hiroshima caiu há 60 anos um hediondo pesadelo. Foi terrível! Nunca é demais lembrar. A luta contra o armamento nuclear é a luta contra a banalização do mal, pelo direito à memória e pelo respeito pelos direitos humanos. Não podemos esquecer!... http://www.youtube.com/watch?v=ac4-dpwNTyA&feature=share

 

O paradoxo dos vigários:

Swaps, contratos PPP, etc., são produtos e operações financeiras muito complexas. Só quem está por dentro da venda desses produtos, nos bancos, é que os entende. Logo, num lado e no outro lado da secretária do Governo o mesmo que vende tem de ser o mesmo que compra, os mesmos gabinetes de advogados que acompanham a venda têm de ser os mesmos que acompanham a compra, os mesmos que fazem os contratos têm de ser os mesmos que os assinam, etc. etc. Técnicos da Função Pública e todos os trabalhadores da mesma que existem para defender os interesses do Estado, estudando estas questões, agora só servem para corrigir o deficit, abatendo-lhes os ordenados ou poupando ordenados com os despedimentos dos mesmos. O exército de assessores que vagueiam pelo mundo dos ministérios e das autarquias são pagos, com balúrdios, para fabricar a imagem dos governantes e mais nada. A democracia está ao serviço dos chicos-espertos no mundo de vigários

This page is powered by Blogger. Isn't yours?