domingo, março 30, 2014

 

Direita e extrema-direita proclamam vitórias nas municipais francesas

Não era coisa que não se esperasse. O partido socialista francês, tal como o destas bandas, tem, em relação á Comunidade Europeia, a mesma triste subserviência. Não fazem respeitar os acordos e lançam os cidadãos para o desespero. Os cidadãos franceses não acreditam nesta Europa e o seu voto é a evidência desse facto. Por cá, acontecerá o mesmo! Só espero que a frustração encaminhe os votos para o PC ou para o B.E. São os únicos partidos que se demarcam dessa Europa do agiotismo dos mercados e onde os cidadãos, as Nações nada conta. Começa a ser oportuno levantar a questão: por que é que os partidos socialistas já nada dizem aos povos, o que é que os difere da direita? Será que as democracias saídas da Segunda Guerra Mundial não vão evitar uma Terceira, tal como aconteceu com as democracias saídas da Primeira Guerra Mundial? Era bom que se pensasse nisto, antes que seja demasiado tarde!

 
Um imperativo moral, patriótico e de solidariedade com todos os que continuam a sofrer com uma Europa dos financeiros, subscreva! Petição “Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente” http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=manifesto74

sexta-feira, março 28, 2014

 

Diz o "Público", hoje: Mais um estrangeiro com visto gold investigado por branqueamento de capitais

Paulo Portas é um esbanjador!... Que desperdício importar com vistos gold vigaristas, se cá dentro já há que cheguem! E até são amigos de Paulo Portas, do Governo e até do Presidente da República. Lembram-se do BPN, por exemplo?

quarta-feira, março 26, 2014

 

Doi-me!

Cerca de dois milhões de portugueses estão em situação de pobreza. Não estranho a indiferença do governo, não me incomoda o teatro e malabarismo demagógico de Paulo Portas, não fico revoltado com o ordenado milionário que vai ser dado aos administradores do novo Banco, o Banco de Fomento. Não esperava outra postura de um governo de incompetentes e neoliberais fundamentalistas. O que me dói, e muito(!), é o silêncio dos bispos no tempo de um Papa que procura identificar-se com S. Francisco, que vive o Evangelho como se vive a prática das bem-aventuranças do Sermão da Montanha. Calaram D. Januário e o episcopado silenciou-se como durante o exílio de D. Ferreira Gomes.

terça-feira, março 25, 2014

 

Pensar com a cabeça nos pés.

Triste país, onde os governantes não querem reestruturar uma dívida porque querem empobrecer os seus cidadãos e, com isso, impedir as importações! Podiam pensar que é pelo desenvolvimento económico, pela produção de riqueza, que se paga o que se deve, mas andam invertidos, pensam com a cabeça nos pés. Entretanto, não sofrem o pesadelo que vão criando. E os seus apaniguados, de barriga cheia, vão proclamando que não há alternativas, e procuram (muito “democraticamente”!) tapar a boca ao manifesto dos 70 http://www.publico.pt/sociedade/noticia/risco-de-pobreza-em-portugal-no-nivel-mais-elevado-desde-2005-1629498

segunda-feira, março 24, 2014

 

A incompetência e a hipocrisia são atrevidas!

Passos Coelho todos os dias revela melhor a faceta de um ignorante bem-falante. Diz, agora, que a Alemanha não tem que sustentar os preguiçosos dos portugueses. E diz isso sem corar! Se percebesse a origem da crise saberia que ela não teve origem no trabalho e se olhasse para o espelho e a sua consciência lhe falasse, entenderia que, para além de ser insultuosos falar assim dos portugueses sobrecarregados de austeridade, cortes de ordenados, perdas de direitos sociais, o critério teria de ser aplicado também a ele, Passos Coelho: nunca fez puto na vida, viveu sempre encostado aos amigalhaços, nomeadamente ao eng. Ângelo Correia, e os contribuintes estão a sustentar o fausto de um malandro incompetente, com uma frota de carros, um exército de boys e cartão de crédito à disposição, sem que os portugueses obtenham qualquer benefício. Bem pelo contrário! E depois do espelho lhe falar nestes termos, só uma conclusão se impunha: demitir-se, porque não representa os portugueses, não os sabe defender e falta-lhe perfil para ocupar o cargo que ocupa. Mas Portugal tem dois problemas: um primeiro-ministro ignorante bem-falante e um Presidente da República que ninguém, hoje, quereria para dirigir a assembleia do seu condomínio.

quinta-feira, março 20, 2014

 

Uma reflexão.

Talvez o filósofo que melhor definiu o espírito alemão foi Max Stirner, que terá influenciado Nietzsche. Albino Forjaz de Sampaio, no seu trabalho “A Avalanche” refere-se a esse filósofo para definir a alma alemã e diz que nesta existiu sempre a vontade de dominar os outros povos. Sente-se orgulhoso por ser escolhido por deus (teoria da predestinação) para estender os seus tentáculos a todo o mundo. E cita o que diz Stirner no livro “O único e sua propriedade”: «os comunistas sustentam que a terra pertence a quem a cultiva e os seus produtos aos que os fazem nascer. Eu penso que a terra pertence ao que sabe conquistá-la ou que não a deixa arrebatar (…) O direito é uma coisa de que se faz o que se quere e não é dos mansos e dos misericordiosos que virá a salvação, mas dos que sabem dizer: isto é para mim! (…) Deus é terrível e brutal. Todos os fracos são motivo de ódio para os seus olhos e para o seu coração». Albino Forjaz faz estas considerações para que se compreenda a origem da Primeira Guerra Mundial. Penso que também nos pode ajudar a compreender a Segunda Guerra Mundial. Vem, então, a propósito a interrogação de Jaques Maritain: “Por que as democracias saídas da primeira guerra mundial não conseguiram evitar a segunda” É que esta é também hoje a nossa perplexidade! A democracia esvaziou-se na mera formalidade de enfiar um voto numa urna e desprotegeu os cidadãos. Os valores da liberdade, da justiça e da solidariedade deixaram de promover a coesão social. Ficamos estrangeiros na nossa própria Pátria, entregues aos iluminados do pensamento único, os que não gostam do manifesto dos 70, porque só querem que a servidão não deixe de parecer voluntária e total. São os lacaios do espírito de domínio da Alemanha, o que inspira a Chanceler. Uma nova guerra vai caindo sobre todos nós, os povos do Sul, como uma avalanche: a do imperialismo financeiro da Alemanha. O agiotismo obsceno deste é comparável aos canhões e ás bombas da primeira e da segunda Guerra Mundial e os lacaios servem os interesses da Chanceler, mistificando esta guerra como fez o governo de Vichy durante a Segunda Guerra Mundial A história não é mecânica, mas repete-se!

quarta-feira, março 19, 2014

 

Só há um motivo para votar.

Primeiro, esvaziaram o papel do voto, depois tornaram o parlamento europeu num órgão sem nenhum poder; terceiro, fizeram da comunidade europeia um grupo de iluminados encabeçados por aquela senhora muito feia que dizem que é baronesa e se chama Merkel. Agora, vem o Presidente da República, os comentadores de algibeira dizer que é muito importante votar para o parlamento europeu, porque é preciso dar um novo rumo à Europa. Mas que rumo, se tudo é definido pelos iluminados? E o que vão fazer do meu voto, se nunca lhe ligaram patavina e fizeram sempre o contrário daquilo que prometiam em troca do voto? E até o Presidente da República devia estar calado, porque não cumpre o que jurou pelo voto que lhe foi dado? Vivemos uma situação dramática! Só encontro uma razão para votar: votar em quem, como diz um velho amigo ”seja capaz de ferrar nas canelas de quem, desse bloco de interesses, vier a ser poder”. Só isso é que dá importância ao voto.

segunda-feira, março 17, 2014

 
Ferreira Torres conseguiu que todos os seus processos prescrevessem. Daí para cá nenhuma iniciativa houve para que esta lavagem de crimes acabasse. Porquê?!... Qualquer partido poderia tomar a iniciativa de promover uma lei que contrariasse uma justiça amiga dos poderosos, mas não o fez. Passa-se de deputado para administrador de empresa, de ministro para administrador de um banco e talvez esteja neste percurso a razão desta impunidade! Depois, procuram responsabilidades, mas não há consequências. E, ainda por cima, admirem-se do descrédito da democracia!

sábado, março 15, 2014

 
Os comentadores da TV de ocasião vão desenvolvendo, acerca dos subscritores do Manifesto dos 70, o raciocínio mais contraditório e obscurantista que se possa imaginar. Cravinho, dizem eles, se tivesse vergonha não subscreveria o manifesto porque é um dos responsáveis pelas PPP. Quer-se dizer: quem cometeu um erro tem de persistir no mesmo, não pode procurar que o mesmo se corrija. A cultura da expansão da imbecilidade não poderia ter melhores arautos!

sexta-feira, março 14, 2014

 
A reação destemperada do governo ao manifesto dos 70 evidenciou o que é, para eles do governo, a democracia: (a democracia) é o que o governo pensa ser oportuno, esclarecedor, legal, fazer parte do consenso e do interesse do país. Só saber pensar como o governo é democrático e não ideológico, nem faz parte de nenhuma agenda política, quando é repetido pelos seus lacaios na imprensa económica, nas sabatinas a que chamam debates políticos. O voto, no sentido de optar por uma de diferentes posições, já está a mais!

quarta-feira, março 12, 2014

 

Nunca vivemos uma crise tão profunda

Exonerados consultores de Cavaco que assinaram manifesto pela reestruturação da dívida. Esta exoneração espelha bem a crise moral, de inteligência e de vontade só comparável à vivida pelos franceses no regime de Vichy. O manifesto dos 70 é a expressão de vida da sociedade civil, a ruptura com o pensamento único, o rasgar o direito a ver de forma diferente os problemas que a todos nós dizem respeito. E é isso que dá sentido à ideia de democracia, de república e de aconselhamento de um presidente. Digam que sou exagerado, mas a crise que, hoje vivemos, em Portugal é semelhante à crise que os franceses sentiram com o regime de Vichy. Perdemos a independência, a dignidade, o direito a sermos portugueses e até de pensarmos pela nossa própria cabeça. Só a subserviência aos mercados, à troika, a Merkel e ás oligarquias que dominam a europa pode justificar a castração das forças vivas de um povo que o manifesto traduz.

domingo, março 09, 2014

 
“A turba acéfala, alternadamente feroz e sentimental que em Portugal faz as vezes de povo, é uma força de inércia sem a menor consciência da sua própria força; (…) a classe média está, hoje, subalternizada à procura de pão. Todos vociferam, mas cada um procura um lugar na mesa do orçamento para o seu filho não emigrar e, em surdina, vai apoiando o partido que o esmaga”. -- Uma reflexão do homem bom, em baixo referenciado, que, para demonstrar que a história se repete, me lê um excerto do livro “Saibam quantos ” (de 1920) escrito por Fialho de Almeida

 
“A grande maluqueira, a maluqueira que está na onda é arvorarem-se em propagandistas da austeridade os que se enriqueceram com o esbanjamento de que continuam a ser cúmplices”, dizia-me, hoje, um homem velho e bom, da alta burguesia e antifascistas da velha memória social-democrata. E, de facto, é isso mesmo: a vergonha já não faz corar ninguém!

sábado, março 08, 2014

 

O dono de portugal e os donos do mundo

Diz quem sabe: o homem mais poderoso de Portugal é Proença de Carvalho, esse homem de falinha adocicada que aparece em tudo o que seja comunicação social. O seu gabinete de advogados tem tentáculos sobre tudo o que gira á volta das privatizações, da legislação que é produzida, dos grandes negócios que envolvem o Estado. Esta gente muito defensora da democracia formal, exercida só pelo voto, sem preocupação de fidelidade aos programas eleitorais, sem ser o regime que promove a diminuição do sofrimento dos que mais sofrem, tem aqui a sua explicação. Com as democracias formais, Proença de carvalho a nível nacional pode mandar nos governos do arco do poder (como chamam aos partidos do bloco central) e a nível global os mercados financeiros, tornados credores dos governos, são ao que mandam, os que desenvolvem a propaganda que lhes interessa a nível geoestratégico, como está a ser o caso da Ucrânia, onde, praticamente, ninguém conhece o contraditório das notícias proclamadas. A democracia formal faz das eleições uma fantochada, da notícia a vontade do dono e isto deveria ser denunciado até á exaustão.

quinta-feira, março 06, 2014

 

Deem vaga, por favor!

Há gente que cospe para o chão, que atira papeis para a rua e sempre que o seu clube perde bate na mulher, mas, com todo o respeito (como diz o estribilho dos políticos), ser ministro ou secretário de estado odiado por toda a gente: polícias, operários, marinheiros, professores, funcionários públicos e das privadas, cavalheiros e senhoras, mulheres do povo e homens da rua, toda a gente contra si, é demais! Mesmo que um cargo do governo seja a via mais fácil para um dourado emprego, numa das multinacionais que por aí se dedicam ao vampirismo, sujeitar-se a tanta lama não deveria valer a pena! Por que Passos Coelho, Portas e todos esses malfeitores não dão vaga a gente limpa, com dignidade, capaz de ser uma referência para os nossos filhos?

quarta-feira, março 05, 2014

 

Tempos terríveis!

Os tempos que vivemos são terríveis! Impera o egoísmo, a subserviência e somos governados por medíocres que se acham iluminados. O sonho europeu deixou de entusiasmar e ninguém se sente envolvido nas grandes questões do seu tempo, tempo em que os mercados tomaram conta das democracias e estas se reduziram a um ritual sem interesse. Os acontecimentos da Ucrânia, que em outros tempos galvanizariam opiniões sobre ameaças previsíveis, são olhados com indiferença e é esta indiferença que mais protege a mentira. Mas o drama não está só aqui: o maior drama é não termos consciência da nossa força como corpo social, não percebermos a velha metáfora das varas de vime unidas serem difíceis de quebrar, é não termos anticorpos culturais e de coesão social que nos defendam da mentira: vivemos como ausentes dos problemas que sofremos, dos medíocres, incompetentes e vendidos que corroem a sociedade a que pertencemos!

terça-feira, março 04, 2014

 

Nos tempos que correm...

Nos tempos que estamos a viver convém ter presente este pensamento de um filósofo da história de origem russa: “Nunca se mentiu tanto como nos dias que correm. Nem de modo tão desavergonhado, sistemático e constante (…) A mentira é uma arma e, por isso, se considera lícito utilizá-la na luta. Mente-se ao adversário, engana-se o inimigo (…). Define uma relação de forças e, por isso, é uma arma do mais fraco: não usamos de manha contra quem estamos certos de esmagar sem grande risco; fá-lo-emos, pelo contrário para escapar ao perigo, a uma ameaça” Alexandre Koyré, in “Reflexões sobre a mentira” Ed. frenesi

 
A notícia terrível veio depressa: faleceu um amigo, Dr. Coutinho Ribeiro. Partilhou comigo as preocupações da Associação dos Amigos do Marco e, num trabalho recentemente publicado de homenagem a um médico do Marco, Dr. Horácio, nosso comum amigo, tinha escrito alguns textos de grande luminosidade. Menos um amigo da Terra que nos viu nascer e crescer, é triste!

 
Para quem pensa que a única visão do mundo correta é a nossa; para quem pensa que é verdade tudo o que nos é transmitido pela Televisão; para quem pensa que na Ucrânia há os democratas contra os ditadores; para quem pensa que os comentadores políticos não são chafurdeiros num prato das lentilhas; para quem pensa que de um lado há os bons e do outro os maus; para quem pensa que a liberdade é poder ir ou não ao cinema e que a democracia é depositar um voto e não um sistema que visa promover a felicidade de todos, convém ouvir com atenção a interpretação dos acontecimentos na Ucrânia dada na conferência de imprensa por Putin. Para quem pensa que a única visão do mundo correta é a nossa; para quem pensa que é verdade tudo o que nos é transmitido pela Televisão; para quem pensa que na Ucrânia há os democratas contra os ditadores; para quem pensa que os comentadores políticos não são chafurdeiros num prato das lentilhas; para quem pensa que de um lado há os bons e do outro os maus; para quem pensa que a liberdade é poder ir ou não ao cinema e que a democracia é depositar um voto e não um sistema que visa promover a felicidade de todos, convém ouvir com atenção a interpretação dos acontecimentos na Ucrânia dada na conferência de imprensa por Putin.

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