segunda-feira, setembro 30, 2013

 

Uma pedrada no charco!

A vitória de Rui Moreira é a vitória dos valores da cidadania, da democracia e da dignidade. Honra a invicta cidade e prestigia os portuenses. Foi uma pedrada no charco! Estava como certo que Manuel Moreira ganhava no Marco de Canaveses. Podem-lhe atribuir muitos defeitos, mas é um Homem honesto e trabalhador. Lançaram contra ele uma campanha negra, mas, felizmente, os marcoenses não lhe deram ouvidos. Só não entendo o resultado de Ferreira Torres. A cultura que ele imprimiu nalguns marcoenses ainda não foi expurgada. Também gostei que Guilherme Pinto tivesse ganho a Parada, símbolo dos vícios aparelhistas. Parada ganhou a comissão política concelhia, o que não é difícil, se arregimentar descontentes com o anterior líder. Mas uma concelhia não tem significado nenhum no universo de leitores de uma autarquia. Parada e Seguro não quiseram saber desta realidade e confiantes que levantando a bandeira do PS, corria logo atrás deles a carneirada geral, tiveram o prémio desse chico-espertismo: o PS perdeu Matosinhos. Tive pena que o PS tivesse perdido Amarante. Armindo Abreu foi um bom presidente e imprimiu aquela autarquia o seu estilo: honestidade, transparência e resolver os problemas básicos da população, como saneamento, abastecimento de água, vias de comunicação, etc. Só vejo na escolha do candidato a causa deste insucesso!

domingo, setembro 29, 2013

 

Uma vitória da decência

A vitória de Rui Moreira na Invicta e Leal Cidade tem um significado muito importante: foi a demonstração de que está falida a forma de fazer política tradicional. Rui Moreira congregou gente de todos os partidos (todos!) que não estavam colados aos arranjos aparelhisticos e sobretudo muita gente, imensa gente, descontente com este governo, penalizando o estilo Passos Coelho de que é cópia fiel Meneses. A derrota, a nível nacional, do PSD era óbvia e bem merecida. É um partido que levou a primeiro ministro um homem incompetente, impreparado e demagogo, que se tem descartado do que prometeu e, agora, tem a resposta O PS não teve a vitória que se esperava, porque escolheu mal os seus candidatos, subordinou-se ao tráfico de interesses locais e é um partido poluído por gente carreirista que quer o poder para benefício próprio. Sem romper com essa gente, a diferença entre o PSD e o PS nunca se torna clara. Tive pena que o PC e o BE não subissem mais. Foram corridos os dinossauros da mobilidade territorial. Espero que os políticos tirem conclusões destas eleições para que a democracia não acabe por ser a mais derrotada.

terça-feira, setembro 24, 2013

 
Independentemente do voto, revolta-me a campanha negra no Marco de Canaveses. Faz lembrar velhos tempos. Quando o Presidente Jorge Sampaio telefonou pessoalmente ao candidato vencedor na disputa contra Ferreira Torres, uma das suas preocupações era o clima político de guerra suja que havia no meu Concelho: calúnias, telefonemas e cartas anónimas Parecia que tinha acabado a campanha negra. Revoltei-me há dias, quando me apercebi que, se um candidato é honesto e não há argumentos políticos, há quem continue a não ter pejo de recorrer à calúnia sobre a sua vida privada, aos ataques pessoais. São os mesmos de outros tempos, não tenho dúvidas!

domingo, setembro 22, 2013

 

Os discípulos da dupla Passos Coelho/ Portas

A política desceu ao nível zero: uns condicionam pela cenoura, outros pelo medo. Passos coelho, umas vezes condiciona pelo medo; outras, pela cenoura e já tem discípulos. Dizia uma candidata à presidência de uma junta de freguesia do Portugal profundo: “Se estou no PSD é porque o PSD precisa de mim. Como sabe, eu sempre tive jeito para discursos e eles sabem disso e, por isso, me convidam para fazer parte das suas listas”. Perguntei-lhe: e o que faz depois às palavras que utiliza nos seus discursos? Respondeu-me: “Esqueço-as e os eleitores também as esquecem”

sexta-feira, setembro 20, 2013

 

O messias e o herege

Escrevi para o Semanário Grande Porto, o seguinte texto que, hoje, vem publicado. "Para quem se dê ao trabalho de ler as frases que os cartazes sustentam nesta campanha autárquica terá ficado com um problema: perceber se estamos numa campanha política ou na propaganda de uma seita religiosa. A ambiguidade e o vazio dos slogans é o espelho do que se passa no país: silenciosamente, como não se dando conta, deixamos de pensar politicamente. Não é um problema da política, mas da falta de espaço para a exercer. Deste vazio, não é responsável a política, mas os políticos que, no interior dos sistemas partidários, se vão profissionalizando por arranjos aparelhistas, sempre à margem da vida civil, real, e sem se sujeitarem a critérios de mérito. Este pântano acompanha a crise financeira, gerando um paradoxo terrível: quem tem ideias para governar e se orienta por princípios não chega ao poder; só chega ao poder quem nenhuma ideia tem para governar e a nenhum princípio é capaz de obedecer. O esvaziamento da política, como espaço público de debate, acentuou-se com a crise, o desemprego, o corte de salários, a fome e a miséria. E a precaridade vai cavando o desânimo, a tendência para desistir da actividade cívica e política de debater problemas e lutar pela sua resolução. É neste terreno que o populismo e a demagogia se alastram como ervas daninhas. Um outro paradoxo surge: quanto mais cresce o número de cidadãos que desistem do debate político, mais a política fica entregue a burocratas, aldrabões, politiqueiros e demagogos. O debate é, então, substituído pelas promessas salvíficas, o político pelo messias: um fulano espetacular, uma espécie de salvador que torna supérflua a reflexão responsável, a luta e a solidariedade. Para este “messias” a sociedade é uma soma de indivíduos, ele pensa por todos e salvará cada um das penas deste mundo. E se aparece alguém independente com valor, que emerge das elites locais, fez currículo na vida empresarial, ganhou prestígio social e quer abrir espaço à política, é considerado herege e diabolizado pelos fanáticos do “messias”. Isso está a acontecer com a candidatura de Rui Moreira à Câmara do Porto. Não só foi colocado fora dos “sound bytes” dos títulos dos jornais e dos canais da TV (que só vão aonde aparecem os líderes partidários ou governantes), como, para dar largas à imaginação perversa, se escondem os resultados duma auditoria à Sociedade de Reabilitação Urbana (SERU) que o prestigia. Aqueles que ainda há pouco tempo louvavam o seu trabalho como gestor e empresário, admiravam a sua liderança na Associação Comercial do Porto e as suas propostas para o Porto de Leixões e Aeroporto Francisco Sá Carneiro, hoje silenciam tudo isso e fazem dele um herege, pondo em causa a sua genuína vontade de servir a sua Cidade, onde nasceu e a sente como Leal e Invicta. Mas pergunta-se: o que esperam, numa época de terrível austeridade, de uma propaganda feita de churrascos e Quins Barreiros, com cartazes por todo lado, ultrapassando já 70% de gastos do limite fixado por lei? Será que depende da vontade pessoal de um candidato que deixou o concelho vizinho na bancarrota, com o custo mais elevado do país de um bem primário, como a água, baixar em 30% as rendas dos bairros sociais, cobrir 65 recintos desportivos, construir túneis rodoviários e não sei mais o quê? Será que os cidadãos da Sempre Leal e Invicta Cidade não entendem que os custos da campanha de Meneses e as suas promessas vão ser apresentadas aos contribuintes e não ao bolso pessoal do candidato? Será que os portuenses vão recusar a oportunidade de terem à frente da sua cidade um gestor de reconhecido mérito, com ideias e que faz das boas contas o seu compromisso com os eleitores? Penso que os munícipes da Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto não se vão deixar infantilizar nestas eleições e o seu voto será determinado pela reflexão responsável e não pelo primarismo das emoções populistas.

quinta-feira, setembro 19, 2013

 

Dever de autocrítica

O "Público" publicou, hoje, um texto que escrevi e passo a transcrever:http://www.publico.pt/opiniao/jornal/dever-de-autocritica-27117104. A minha geração é, na verdade, a grande responsável pelo pântano político que hoje se vive. É certo que foi uma geração muito sacrificada e muito generosa: bateu-se contra o fascismo, sofreu os custos de uma guerra colonial, ergueu a bandeira da liberdade, da justiça social e da democracia e lutou por esses ideais, muitas vezes, até á morte, como aconteceu ao meu amigo Daniel Sousa Teixeira. Celebrou o 25 de Abril como a festa da sua vida e em cada cravo que apertou ao peito via o afeto e a inteligência a conjugarem-se no rasgar futuro, um futuro melhor para os seus filhos, os seus netos e seus concidadãos. Mas não soube, perante o desabamento das ideologias com a queda do muro de Berlim, unir-se em torno de valores e princípios que, atravessando todos os partidos, defendessem a genuína natureza da política, tal como vem do tempo dos gregos: gerar esperança e não ser uma vigarice feita por gente sem escrúpulos, como acontece hoje! Podiam ter sido criadas regras que impedissem o desprezo das instituições, que a política não se fizesse à margem da responsabilidade, que a pressão dos aparelhos partidários não colocasse em importantes cargos da administração pública quem não tem preparação, nem sensibilidade, nem capacidade para os exercer e, ainda por cima, com níveis de remuneração e privilégios obscenos, que as elites locais não fossem marginalizadas e, sobretudo, não se desprezasse a verdade e a inteligência. Isso não aconteceu e, hoje, ainda bem perto do 25 de Abril, nunca nos sentimos tão distantes da Revolução dos Cravos. A vida política vive da agenda mediática num mundo de conveniências e jogos de ilusões. Sente-se, como diria Nietzsche, uma depreciação mórbida de todos os valores e princípios. Não se ouve um pensamento sobre o País, sobre uma autarquia, sobre um problema concreto. Se quiséssemos encontrar um exemplo da qualidade da vida política, bastava-nos olhar para o que acontece nestas eleições autárquicas. Não há debate, porque a comunicação não se faz, quando se despreza o valor da verdade e da responsabilidade. E é por isso que, quando aparece alguém com valor, emergindo das elites locais, que fez currículo no interior da vida empresarial e ganhou prestígio civil e está à margem do artificialismo bluffeiro da vida partidária, logo é, pelo próprio sistema, marginalizado, colocado fora dos “sound bytes” que ecoam nos títulos dos jornais e nos entram em casa pelos canais da TV. Nesta campanha autárquica, as televisões só aparecem onde vão os membros do governo ou os dirigentes partidários e, assim, de uma penada, os candidatos independentes ficam retirados dos écrans desses canais de informação. E com essa pressão mediática, sem a desconstrução da demagogia e do populismo, as escolhas eleitorais deixam de ser orientadas pela razão e ficam à mercê da manipulação mais grosseira. Como se pode perceber que, numa época de terrível constrangimento económico e financeiro, fique sem censura cívica os balúrdios gastos por uma propaganda feita de churrascos e Quins Barreiros, com cartazes por todo lado, ultrapassando já 70% do limite fixado por lei? Será que alguém, que ponha a razão a funcionar, acredita que Meneses vai baixar em 30% as rendas dos bairros sociais, cobrir 65 recintos desportivos, construir túneis rodoviários e não sei mais o quê? Será que quem se queixa das assimetrias entre o litoral e o interior pode deixar de problematizar uma gestão do Concelho de Vila Nova de Gaia que desenhou duas imagens: a do litoral, moderna e rica; e a do interior, atrasada e pobre? Será que não dá que pensar a situação financeira de Gaia, o elevado custo da água nessa autarquia, o passado de Meneses, com as suas promiscuidades entre política e futebol, o seu apoio, enquanto dirigente distrital, a Ferreira Torres, no Marco de Canaveses, contra a Comissão Política Concelhia do seu partido, só pela sofreguidão de averbar para o seu currículo uma vitória eleitoral? Será que os cidadãos da Leal e Invicta Cidade não entendem que os custos da campanha de Meneses esperam, no fim da linha, o desembolsar dos contribuintes? Será que os portuenses vão recusar a oportunidade de terem à frente da sua cidade um gestor de reconhecido mérito e que faz das boas contas o seu compromisso com a Cidade? Espero que no futuro não nos envergonhemos de continuar a premiar o populismo, a demagogia e o espetáculo de ilusões.

sexta-feira, setembro 13, 2013

 
Considero que há três candidatos à Câmara do Porto com categoria: Rui Moreira, o candidato do PC e o jovem do BE. Votarei em Rui Moreira por que conheço a sua dimensão humana, a sua capacidade de gestor, a sua ligação à Cidade onde nasceu e é o único que pode derrotar o demagogo Meneses. Numa sociedade com mais dignidade e exigência, o demagogo Meneses já estaria impedido de ser autarca. Recorrendo ao populismo mais primário socorre-se da estratégia da cenoura e promete este mundo e o outro, faz comezainas de churrascos pelos bairros mais pobres da Cidade com o objectivo de ser um senhor do Norte e construir a dinastia dos filipes (Meneses), sendo já o seu filho praticamente o senhor dos laboratórios de análises clinicas do Porto e arredores. Receio que nesta terrível crise muita gente, não só os mais pobres, se deixe levar pela estratégia da cenoura e vai pagar cara essa ilusão! http://www.publico.pt/politica/noticia/debate-morno-entre-os-candidatos-a-camara-do-porto-1605702

quinta-feira, setembro 12, 2013

 
Para se compreender que na Função Pública se ganha mais do que no privado: MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2) Cargo: Assessora Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ? Cargo: Adjunto Nome: João Miguel Saraiva Annes Idade:28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 ? MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1) Cargo: Adjunto Nome: Filipe Fernandes Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 ? MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4) Cargo: Adjunto Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida Idade: 26 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ? Cargo: Assessor Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ? Cargo: Assessor Nome: Filipe Gil França Abreu Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ? Cargo: Adjunto Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2) Cargo: Assessor Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Assessor Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 ? MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5) Cargo: Especialista Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Adjunto Nome: Ademar Vala Marques Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Especialista Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Especialista Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Especialista Nome: André Tiago Pardal da Silva Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8) Cargo: Adjunta Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: Tiago Lebres Moutinho Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: João Miguel Cristóvão Baptista Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: André Filipe Abreu Regateiro Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte Idade: 25 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: João Miguel Folgado Verol Marques Idade: 24 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ? MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3) Cargo: Especialista/Assessor Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo Idade: 25 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Especialista/Assessor Nome: Antero Silva Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ? Cargo: Especialista Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 ? MINISTÉRIO DA SAÚDE (1) Cargo: Adjunto Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 5.069,37 ? MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2) Cargo: Assessoria Técnica Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.198,80 ? Cargo: Assessor Nome: Ricardo Morgado Idade: 24 anos Vencimento Mensal Bruto: 4.505,46 ? SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1) Cargo: Colaboradora/Especialista Nome: Filipa Martins Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.950,00 ?*

 
É obscena esta disposição de favor aos visados criada pelos próprios. Ora reparem: Com esta petição queremos informar os cidadãos portugueses para a recém promulgada Lei150/XII no seu art.º 2, n.º 4, que através da alínea b) exceciona propositadamente da publicitação "os subsídios, subvenções, bonificações, ajudas, incentivos ou donativos cuja decisão de atribuição se restrinja à mera verificação objetiva dos pressupostos legais", ou seja, coloca de fora do conhecimento público, portanto ficam protegidas pelo sigilo, as subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos. Legalizando desta forma os privilégios daqueles que fazem carreira política podendo desta forma acumular reformas, pensões e cargos pagos pelo Estado Português, ou seja pelos cidadãos portugueses. Através das assinaturas recolhidas poderemos levar a umanova discussão desta alínea pela Assembleia da Republica e à sua devida alteração por ser uma flagrante e escandalosa violação, entre outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da transparência e publicidade dos actos administrativos. https://secure.avaaz.org/en/petition/Alteracao_da_Lei_do_Sigilo_dos_privilegios_dos_politicos_no_artigo_2_no_4_da_Lei_150_XII/?dZtpdbb

quarta-feira, setembro 11, 2013

 

Que tristeza!...

Não sei se cheguei, hoje, do Portugal profundo, mas venho de um Portugal aonde ainda se vê carros de bois. O que eu ouvi é o que eu penso: «Este governo anda á deriva, dizem uma coisa e o seu contrário, cada ministro fala para o seu canto. Nunca se viu tanta incompetência e uma total ausência de rumo. Querem-nos convencer que a economia está a crescer, mas declaram guerra aos reformados para sacarem o dinheiro que a economia não gera. Não temos um governo, mas um desnorte.» E pergunto-me: por que será que o Secretário-geral do PS não aparece inequivocamente a ser o preferido dos eleitores? A razão é simples: Seguro foi escolhido pelo aparelho e o aparelhe é mesmo isso: um mecanismo que gira em torno se si próprio, sem alma, gerando expectativas de favores e proveitos para o interior do próprio aparelho. Seguro não foi escolhido pela base de apoio socialista, por aqueles que ideologicamente são socialistas, mas não estão inscritos no PS, não pertencem ao mecanismo do aparelho. O que acontece com o secretário-geral do PS, também parece acontecer com muitos candidatos a autarcas escolhidos pelo aparelho do PS, como é o caso do Porto e de tantas vilórias, aonde é mesmo possível que haja mudança da gestão: do PS para o PSD, o que é terrível! Temos um secretário-geral de um aparelho, mas não de um partido, de uma corrente ideológica. Faz mais oposição Constança Cunha e Sá, Bagão Félix, Pacheco Pereira que Seguro e convence mais Basílio Horta que aquela gente que Seguro colocou como porta-vozes do Partido. Sinto isto com profunda tristeza. Por favor, digam ao Seguro para estudar história e filosofia, que esqueça o marketing que ensinava com esse vulto das equiparações chamado relvas e faça um estágio com Cunha e Sá, Bagão Félix, Pacheco Pereira e Basílio Horta. Precisamos que ele vá aos problemas que todos sentimos e não daquela retórica de virgem ofendida das suas lições de marketing. De qualquer forma, não votem nesta gentalha que nos desgoverna, nem nos seus candidatos que vencendo vão ser contabilizados como vitória de passos Coelho. Não contribuam para que nos coloquem num tempo que julgávamos ultrapassado: o tempo do Homem das Botas, o que caiu da cadeira!

quinta-feira, setembro 05, 2013

 
O Tribunal Constitucional foi a favor dos dinossauros e aceita-se. Seria interessante que , agora, aqueles que acusam o T.C. de ser de esquerda analisassem a composição dos que decidiram a limitação de mandatos. No meu entender, é uma interpretação possível, mas não era a que eu esperava. E se lerem o texto que escrevi para o Semanário Grande Porto, compreenderão os meus argumentos. É fantástico!...Já estão a tentar vitimizar os dinossauros pela contestação a um cargo que pode tornar-se vitalício. Alguém irá nessa conversa?

terça-feira, setembro 03, 2013

 

A solidão terrível!

Falta-nos gente com princípios, como foram os políticos no séc. XIX, já poucos no início do séc.XX e sobretudo os que apareceram nos períodos em que foi necessário coragem para manter convicções, coerência para as levar á prática e frontalidade para enfrentar o medo. Agora, temos papagaios sem convicções, oportunistas de todos os matizes e, sobretudo, muitos corruptos. Repetem tudo o que é previsível, segundo o modo de ver mais de harmonia com o camaleonismo de proveito. São novos-ricos que utilizaram os partidos para se sentarem na mesa do orçamento pago pelos contribuintes. Fazem parte do “arco do poder” (como os seus devotos lhe chamam) e essa é a sua ideologia. São pragmáticos, porque vivem com o nariz enfiado no prato. Nada sabem mais fazer do que manipular argumentos, dizendo uma coisa e o seu contrário. São servidos por um exército de “comunicadores” que fazem a ressonância do que eles dizem. E, criminosamente, desprezam o que está a suceder a muita gente, muito semelhante ao que sucede a muita gente na Síria: ficaram sem emprego (e já muitos com cursos superiores), na miséria, com filhos e tornaram-se estrangeiros no seu próprio pais. Andam na rua a falar soizinhos e a destapar caixotes do lixo e outros já se suicidaram. E o governo, cinicamente, até lhes agrade os sacrifícios, em vez de os diminuir o seu sofrimento, como era sua obrigação. Vivemos um clima de guerra e, ainda não percebi por que é que não se dá uma explosão social. Não vivemos numa comunidade europeia, mas numa organização de malfeitores que se orienta pelo princípio darwinista da seleção dos mais poderosos.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?