sexta-feira, outubro 30, 2015

 

A posse do pinóquio

Ouvi o discurso de Passos Coelho e lembrei-me da sua arrogância, do seu desprezo elo diálogo, dos suicídios causados pelo desemprego que provocou, da emigração forçada de milhares e milhares de jovens, da fome e miséria de muitos portugueses da classe média e das estatísticas terem referido que Portugal, durante o seu governo,  tornou os ricos mais ricos e em menor número e os pobres mais pobres e em maior número. Ainda me ocorreu que estivesse a fazer uma autocrítica, quando dizia no seu discurso que iria fazer o contrário, mas logo me veio à cabeça tudo o que ele tinha prometido antes de ser governo e agora repetia.
De facto, este Pinóquio na ganha juízo e toma-nos por papalvos! Mente, mente e mente, convencido que a mentira persistente acaba por iludir e ser pensada como verdade. Mas isso só acontece a quem se comporta perante o que ouve de Passos Coelho como o burro perante a cenoura.

segunda-feira, outubro 26, 2015

 

O golpe da direita!

O golpe de Estado já decorreu há muito tempo: aconteceu com a aliança do PS aos partidos de direita, o que fez com que, pouco a pouco, os interesses do capital produtivo e financeiro conseguissem ir tomando conta do país, com a soberba que os escândalos do BPN, BES, submarinos, etc. demonstram, esmagando os que viviam da força do seu trabalho e confiavam nos seus investimentos. Com isso se traíram as esperanças criadas com a Revolução de Abril, Hoje, o que há de novo é a ideia de uma reparação moral do PS que evite convulsões sociais, aliando-se ao PC e ao BE.
E, assim, a maioria  de cidadãos, os que estão representados nos partidos de esquerda, poderão ver expressa a sua representatividade na DEMOCRACIA.
A reação da direita, com o apoio do seu representante da presidência da República  é na verdade a tentativa de um golpe de Estado: fazer de Portugal, um Portugal mais pequenino, só da direita, sendo os outros, a maioria, a pagar a fatura! E tem apoio não só na Presidência da República, mas também na maioria dos meios de comunicação, dos comentadores que por lá querem fazer crer que até Cristo se subordinou à economia  e, ainda, dos governos pró-fascistas da Europa.
A história dos povos deixa claro que a direita pagou sempre muito caro o seu soberbo egoísmo. Não foi por acaso que ocorreu a Revolução Francesa com o sangue que escorria pelas guilhotinas, nem foi por acaso que ocorreu a Revolução Russa, etc.

quinta-feira, outubro 22, 2015

 

Sou um cidadão desqualificado, para um presidente sem qualificação!

O Presidente da República no seu discurso disse quatro coisas: 1º um milhão de portugueses fica na clandestinidade, porque  o seu voto não vale nada,  não são cidadãos portugueses de corpo inteiro; 2º Ele, Cavaco Silva, não é o presidente de todos os portugueses, mas de 38%; 3º os deputados “patriotas” são os fura-decisões do partido, os que seguem o seu exemplo de fura-greves de estudantes durante o fascismo; 4º em democracia, podia chamar-se Américo Tomás, mas mais magrinho, mas mais alto!
Em suma: Se não querem outro Cavaco Silva não escolham Marcelo Caetano. E cuidado: Maria de Belém pode ser uma espécie de Cavaco Silva dos fura-decisões do partido no parlamento.
Para mim, um governo da maioria excluída por Cavaco Silva só pode ser um governo do PS, do BE, do PC e do PAN
Para mim, o único candidato a PR que me dá garantias de ser presidente de todos os portugueses é Sampaio na Nóvoa. E fiquei avisado dessa importância!
Agora, lembremo-nos do 25 de Abril: Lembram-se do poema de Sophia, ”dia inicial inteiro e limpo/ onde emergimos da noite e do silêncio”, lembram-se do quadro de Vieira da Silva, lembram-se daquela onda de milhares e milhares e milhares de homens, mulheres, crianças, soldados e marinheiros, todos de braço erguido, com um cravo na mão ou no cano de uma arme, e com uma imensa alegria, irmanados num olhar festivo? Lembram-se?!....
Pois esse tempo foi escavacado! Com Cavaco Silva se temos fome deveremos lembrarmo-nos da Nato; se há um suicídio pelo desespero da falta de emprego, devemos lembrar-nos dos mercados; se faltar escola, hospitais, lembrem-se dos 38% dos portugueses que têm como Cavaco Silva o seu presidente; se se lembrarem de um ex-informador da PIDE que regressou aos seus velhos tempos, não digam o que eu penso, porque o que eu penso não cabo no desabafo: p.q.p. !!!!!!!!!!!!!!!!!!..........

terça-feira, outubro 06, 2015

 

Caça aos gambozinos!

Não há politólogo que se prese que não fale nesse local imaginário a que chamam centrão. Têm-no como um ponto fixo de atracção das maiorias, para onde se deve dirigir as técnicas de marketing político.  
Pois é!... Mas das conversas que tenho tido reparo que esse centrão se existe, é de geometria política variável. Muito dessa gente, alguns muito conotados com o PSD, mas descontentes com as suas políticas, outros do PS e até do PCP, votaram no BE. Por que terá sido?!...
O centrão é um gambozino. O PS tem sido um partido  à caça dos gambozinos e, por isso, em 10 anos perdeu um milhão de votos.

Não seria melhor deixar essa extravagância que o desconfigura e procurar ser fiel às suas raízes?!...

segunda-feira, outubro 05, 2015

 

Viva a República

Viva a República!
Viva a República, a “coisa santa”, como a definiu perante o Tribunal, um dos revoltosos do 31 de Janeiro.
Viva a República, a “coisa” todos nós, por quem os melhores entre nós se bateram, sofreram e morreram.
Viva a República, símbolo da Liberdade, da Fraternidade e da Igualdade.
Viva a República que não é a “coisa” deles, o monopólio de uma classe enquistada ao poder, que não é a voz apenas de alguns.
Viva a República que não seja a esclerotização duma república incapaz de ser República, incapaz de entender, representar e defender os interesses da Nação. Nesta desrepública fica bem Cavaco Silva como presidente que não comemora o sentido da verdadeira República, a que se conquistou para  servir o ideal do bem-comum.
Viva a República, como a Cidade de todos nós, a pátria que foi o berço comum, o torrão onde nascemos, fizemos amigos e queremos ter o direito a sermos felizes.

Viva a República!

domingo, outubro 04, 2015

 

Volto sempre ao mesmo lugar!

No Liceu Alexandre Herculano, onde João de Barros deixou muito da sua sabedoria e onde eu trabalhei durante quase três décadas, funciona a minha secção de voto. Todos os anos dou à saudade uma voltinha pelos corredores antes de votar. A minha condição de peste grisalha permite esse devaneio, uma vez que a saudade é a alma da velhice.
Contrariamente ao costume as primeiras mesas de voto, hoje, pelas 11,30h, já tinham longas filas.
Depois de votar, andei a deambular pelos corredores alimentando para os meus botões memórias de outros tempos. Esperava encontrar amigos, mas, contra o costume, só encontrei um!
Á saída não notei nenhuma dessas caixinhas preparadas para o voto na urna e que logo à tardinha jorram expectativas.
Não sei o que significa esta situação!
A manhã era muito ventosa, mas a chuva miudinha permitia não deixar para tarde a hora do dever cívico.
O que irá acontecer?
Ontem dizia-me um indefectível do FáP que só iriam votar os que queriam que vencesse o dito. Mas, se assim fosse, não se justificava tanta gente, sobretudo da peste grisalha, a  procurar o voto.
Fico entre o apreensivo e o optimismo, ou melhor, sinto as emoções das expectativas com o tolo no meio da ponte!

quinta-feira, outubro 01, 2015

 

Tudo já estava pronto para o espectáculo começar

Estive na Praça D. João I. Estava a Praça ocupada por um pequeno espaço, cercado por cartazes do PSD/CDS e outros com PáF. Um camião dos aparelhos de som virava-se para um palco e, ao lado, muitas carrinhas dos diferentes canais de televisão preparavam-se para a acção. No interior, sentados, estavam cinco ou seis velhinhos, um deles dormia, deixando que no canto da boca espreitasse saliva branca. Uma carrinha despejava bandeiras e lenços para enrolar no pescoço (o que entendi como metáfora do trabalho do PáF). Pela Rua Passos Manuel cruzei-me com alguns casais de meia-idade, de mão dada, conforme lhes ensinou a Madre Igreja no abandonado interior. Traziam um olhar estranho à Cidade, uma feição pesada e triste, de quem se sentia forasteiro à força, e um lenço do PáF ao pescoço
Logo à noite, nos noticiários, os discípulos de Leni Rienfenstahl mostrarão uma multidão apinhada em torno do chapéu de Portas e do crucifixo de Passos Coelho.
Esta campanha é uma burla como tem sido este governo

This page is powered by Blogger. Isn't yours?