sexta-feira, janeiro 30, 2009

 

Contra a invasão de Gaza

Felizmente há quem, entre os poderosos que se reuniram em Davos, seja solidário com o povo de Gaza e não esqueça os crimes contra os que mais sofrem.
http://www.youtube.com/watch?v=hdh6X7vX3uE

quinta-feira, janeiro 29, 2009

 

Que dizer?!...

Pensei que iria ouvir um Primeiro-ministro, mas a comunicação que Sócrates acabou de fazer ao País fez-me lembrar, curiosamente, outras, as que nos habituaram alguns autarcas, matando os mensageiros e vitimizando-se.

Merecíamos melhor sorte!...

quarta-feira, janeiro 28, 2009

 

Contrafacção da OCDE

Clique em cima--------------------->

Basta de proganda enganosa!... Hoje, Sócrates foi acusado de enganar os portugueses ao afirmar que era da OCDE um relatório que o próprio Governo encomendou.

Sócrates e o seu Governo vão-se tornando num caso para a ASAE!


 

Manifesto pelo último grande jornal da cidade do Porto

To: Toda a sociedade portuguesa
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Há um só jornal de dimensão nacional sedeado fora de Lisboa, o “Jornal de Notícias”, resistente último à razia que o tempo e as opções de gestão fizeram na Imprensa da cidade do Porto.

Todavia, nunca a precariedade dessa sobrevivência foi tão notória como hoje, sendo tempo de todas as forças vivas da sociedade reclamarem contra o definhamento da identidade de uma instituição centenária que sempre as representou, passo primeiro para a efectiva e irreversível extinção.

Desde sempre duramente penalizado pela integração em grupos de Comunicação Social, pois sempre foi impedido de viver à medida das audiências e dos resultados, o “Jornal de Notícias” tende a ser profundamente descaracterizado pela remodelação que o Grupo Controlinveste encetou, ao lançar um processo de despedimento colectivo que afectou, para já, 122 pessoas em quatro dos títulos de que é proprietário.

São cada vez mais nítidos os indícios de que o referido grupo económico está a usar a crise para levar a cabo uma reestruturação, longamente pensada, que, através da criação de sinergias, destruirá a identidade dos dois jornais centenários de que é proprietário: o JN e o “Diário de Notícias”.

Se o processo não for travado, os dois jornais, mesmo que mantenham cabeçalhos diferenciados, serão apenas suportes de conteúdos sem alma. A ideia não é nova e, com a concentração dos media e com alterações legislativas feitas à medida, está em pleno curso.

É agora prática corrente a figura do “enviado notícias”, jornalista de um dos dois títulos em serviço no estrangeiro, que vê a sua reportagem (ipsis verbis) publicada em ambos, ainda ontem concorrentes, mesmo que integrados no mesmo grupo.

Foi agora criada, à custa do despedimento de fotojornalistas, uma agência fotográfica cujos membros integrantes trabalharão, indiscriminadamente, para os jornais “Diário de Notícias”, “24Horas” e “O Jogo” (o JN entrará logo depois nesse esquema, a primeira grande machadada nas matrizes identitárias das publicações). O resto virá a seguir.

Os jornais do Grupo Controlinveste passarão a ser, não importa se sob uma ou várias marcas, veículos de um pensamento unificado. Pensando apenas em optimização de recursos, descaracterizam-se redacções e nada impedirá, como acabou de suceder no JN com a informação internacional, que secções sejam extintas, uma vez que, nesta visão redutora, um só jornalista chegará para alimentar quantos jornais e páginas da Internet for necessário.

A prática que se adivinha está já em curso na informação desportiva, em que JN e “O Jogo” partilham trabalho jornalístico.

Com a solidificação deste assustador processo, será o JN o mais penalizado e, com ele, a cidade do Porto, todo o Norte do país, vastas extensões da região Centro e, por conseguinte, a própria qualidade da democracia portuguesa.

Toda esta estratégia está a ser desenhada à distância, integrando-se nela a recuperação, há menos de um ano, do cargo de director-geral de publicações, entregue ao director do “Diário de Notícias”.

Não importa a qualidade boa ou má dos propósitos, apenas que a estratégia do JN vem sendo traçada por pessoas que desconhecem por completo a história, o papel social, o estilo, os leitores ou os agentes sociais que ao longo de décadas tiveram neste jornal a sua voz.

Cada vez mais, o JN deixará de ser a montra dos problemas e dos anseios de vastas zonas do país (o fecho e o emagrecimento de filiais são paradigmáticos).

Com isso, haverá um crescente isolamento de regiões que o centralismo tem colocado cada vez mais na periferia. Com isso, o debate sobre a regionalização será restrito e controlado pelo espírito centralista. Com isso, questões como o peso do Porto e do Norte no Noroeste Peninsular serão menorizadas. Problemas como o da gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro serão menos discutidos. A progressão da rede de metro do Porto será menos reclamada. O poder local será ainda mais invisível. O empreendedorismo será asfixiado. A vida cultural será ainda mais silenciada. O país exterior à capital será cada vez mais paisagem.

Em sede própria, estão os trabalhadores afectados pelos despedimentos (não apenas jornalistas), muitos deles em situações dramáticas, a lutar pelos direitos que lhes assistem.

Aqui, é o jornal que luta pela própria existência.

Dentro dos deveres que lhes são impostos, os representantes eleitos pelos jornalistas do “Jornal de Notícias” erguem a voz pela história que lhes cumpre honrar, pedindo que se lhes juntem as vozes de quantos virem na preservação desta identidade uma causa justa.

A cidade do Porto e o Norte assistiram, calados, ao desmantelamento de ícones como “O Primeiro de Janeiro” e “O Comércio do Porto”. Quando reclamaram, era tarde. No caso do JN vão ainda tempo de exigir responsabilidade e sensatez. Quando perceber que o fim de tudo foi assim evitado, também o Grupo Controlinveste agradecerá, e é por isso que reclamamos a recuperação urgente do verdadeiro JN. Nacional mas do Porto.

Sincerely,
The Undersigned

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terça-feira, janeiro 27, 2009

 

Petição.

Exmª Srª Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, por favor DEMITA-SE!

A Exmª Senhora Ministra revelou ao longo deste seu mandato, já demasiado longo, incompetência nas áreas mais básicas da pasta que tutela e que na realidade desconhece.

Qualquer professor com meia dúzia de anos de experiência tem mais conhecimento e consequentemente mais competência nesta área do que Vossa Excelência.

Os alunos continuam a dividir-se por demasiadas áreas curriculares disciplinares e não disciplinares. Passam o dia na escola sem que isto se traduza na melhoria das aprendizagens. Não têm tempo para brincar e socializar. O Estatuto do Aluno é mais uma tentativa de mudar o ensino por Decreto-Lei.

Tudo se baseia na manipulação de dados estatísticos. Um sistema de ensino que permite a progressão de um aluno com seis, sete, oito, ou mais níveis dois e retém outro com quatro níveis dois, dificilmente pode ser defendido.

O sucesso escolar está a ser fabricado de uma forma falaciosa. A Senhora Ministra é incapaz de idealizar e implementar uma avaliação de professores que se revele mais justa e realista do que aquela que existe há largos anos.

Na realidade não se mostra nada interessada na justiça desta avaliação.

A Senhora Ministra revelou-se incapaz de dialogar e aprender com aqueles que realmente sabem do que falam. Os Professores, os Pais e os Alunos. Uns porque têm formação e experiência profissional. Outros porque vivenciam a realidade da Escola todos os dias.

As razões para a sua demissão são muitas mais do que as que são possíveis de aqui enumerar, mas razões para permanecer neste cargo, contra os alunos, os pais e os professores, não existe uma única.

Exmª Senhora Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, por ser parte do problema e nunca ter sido parte da solução, por favor favor DEMITA-SE!

Assinar petição em:

http://www.petitiononline.com/demissao/petition.html

 

OCDE em contrafacção


O tão propagandeado relatório da OCDE, a final não é um relatório, mas um estudo encomendado pelo Governo a um gabinete internacional de estudos que afirma seguir as metodologias da OCDE. E curiosamente chegou às conclusões que fazem parte dos planos da Ministra da Educação.

É um caso para a ASAE resolver!



Vale a pena ler os posts de Ramiro Marques no blog:
http://www.profblog.org/

 

Desta gente é que Sócrates precisa!

Luís Filipe Menezes, Presidente da Câmara de Gaia e o maior opositor à Dama de Ferro, Manuela Ferreira Leite, antecipou-se a todas as conclusões a que possam chegar, em relação ao caso Freeport, não só a polícia mas também os Tribunais e categoricamente afirma: “acredito na seriedade do primeiro-ministro e não tenho dúvidas quanto ao comportamento ético de Sócrates”.

É destes homens de fé que o PS precisa.


Mais palavras para quê!!!...

 

Lewis Carroll [1832-1898]



E não é a mão carinhosa de uma mãe que remove tuas cortinas?

E a voz doce de uma mãe que te chama a levantar?

Levantar e esquecer, na luz brilhante do sol

os sonhos feios que te assustaram quando tudo era escuridão.


Lewis Caroll, Alice no país das maravilhas.
(versão da revista "Asilo Arkham")

segunda-feira, janeiro 26, 2009

 

Gato escondido com Sócrates de fora!

Há qualquer coisa de mixórdia no que Sócrates diz. Não é só o dizer-se socialista, mas são as suas explicações sobre o caso Freeport, a sua licenciatura em engenharia, os mamarrachos da Cova da Beira, os elogios destemperados de propaganda á Ministra da Educação, etc., etc.Nada nele parece genuíno.

Mas o pior é ter feito escola. Mário Lino, questionado sobre o caso Freeport declara de verdade científica que não tem dúvidas que o processo tem motivações políticas. Mas quando lhe perguntaram para esclarecer melhor a sua certeza, responde que nada sabia. Hoje, na entrevista a Mário Crespo, o Ministro Silva Pereira descrevia tudo de forma certinha tudo o que segundo ele aconteceu, mas nas interrogações via provocações e, questionado se sabia quando tinha sido uma reunião que descrevera com “toda a verdade” científica, respondeu que não sabia.

A escola que Sócrates desenvolveu é assim: falar muito sem esclarecer o que falta saber. E é por isso que o País está cada vez mais incrédulo, desconfiado e vê na política um espectáculo pantanoso de chico-espertismo.

 

Ser professor!... Como as Putas!

O que é ser professor?

Sem ofensa para ninguém*
Trabalhamos em horários estranhos....... (como as putas!)*
Pagam-nos para fazer o aluno feliz......... (como as putas!)*
Os pais do aluno até pagam muito, mas o nosso governo fica comquase tudo ... (como as putas!)* O nosso trabalho vai sempre além do expediente................ (comoas putas!)*
Somos recompensados por realizar as ideias, os projectos, asloucuras do aluno ....... (como as putas!)*
Os nossos amigos distanciam-se e só andamos com outros iguais a nós........... (como as putas!)* Quando vamos ao encontro do aluno temos que estar sempreapresentáveis ....... (como as putas!)*
Mas quando voltamos parecemos saídos do Inferno .............. (comoas putas!)*
O governo quer sempre pagar menos e que façamos maravilhas .......(como as putas!)*
Quando nos perguntam em que é que trabalhamos, temos dificuldade emexplicar .............. (como as putas!)*
e as coisas dão errado é sempre culpa nossa ............ (como asputas!)*
Todos os dias ao acordar dizemos "NÃO VOU PASSAR O RESTO DA VIDA AFAZER ISTO!" .............. (como as putas!)

Só hoje, este Professor aceitou o que ainda menino e moço, nas vielas de Coimbra aprendeu e cito:

A Vida é Filha da Puta!
A Puta é Filha da Vida!
Mais vale a Vida de uma Puta
Que a Puta da Minha Vida!..

obs: recebido por e-mail

quinta-feira, janeiro 22, 2009

 

Em nome duma birra…

O PS está tão certo das virtudes do diploma sobre a avaliação dos professores que, amanhã, quando for votada a proposto do CDS para suspensão desse diploma, exige que todos os seus deputados votem contra.

O diploma, considerado pelos especialistas da matéria, confuso, ineficaz e injusto (serve apenas para afunilar o acesso dos professores ao topo da carreira, pela criação de cotas) terá, mais cedo ou mais tarde, o destino inevitável: cair no caixote do lixo. No entanto, o PS, numa manifestação psicopata, insensível ao clima de instabilidade vivido no sistema de ensino, quer fazer deste diploma o “caso de regime”. E, assim, não haverá amanhã representantes dos eleitores do PS, mas funcionários deste partido que despejam um voto de forma servil e obediente.

Assim vai este PS!

terça-feira, janeiro 20, 2009

 

Faleceu o sr. Estrela.

Todos os da minha geração, que nasceram e viveram uma parte da sua vida no Marco, o conheciam.
Convivi muito de perto com o sr. Estrela na altura em que estive no Conselho Municipal, depois, na Direcção dos Bombeiros e, mais recentemente, na Associação dos Amigos do Marco e no Fórum Marcoense.
Tive sempre por ele uma grande estima e sempre o vi como o exemplo de um Homem bom, de bons costumes, dedicado a causas, com convicções firmes e tolerante.
Recebia-nos com um sorriso aberto e tinha palavras sábias sobre as questões que com ele partilhávamos.
Vamos ficando mais pobres, quando do nosso convívio partem os melhores que conhecemos.
Sr. Estrela, onde estiver, receba o nosso abraço de amizade e saudade.

João Baptista Magalhães

 

Expectaobamania!

Todos acreditamos que o mundo vai ser diferente a partir de Hoje. Nunca ninguém como Barack Obama criou tantas expectativas, inspirou tanta confiança e deu tanto sentido à esperança de realização de um sonho: o sonho de ver a humanidade a conviver de forma fraterna e mais justa.


Os tempos em que vivemos são difíceis. Precisávamos da confiança que Obama gerou em todo o mundo. Mas, para quem foi acumulando sonhos que se transformaram em desilusões, esta expectativa em Obama deixa sempre uma dúvida: a dúvida de ser apenas uma expectaobamania.

 

Gaza, a Hiroshima dos árabes

A Faixa de Gaza faz, hoje, lembrar Hiroshima. O grau de destruição é terrível, com corpos de mulheres e crianças misturados com destroços.

A Amnistia Internacional acusa Israel de crimes de guerra por ter utilizado o fósforo branco, uma arma incendiária e tóxica que provoca a curto prazo danos fatais no coração, no fígado e nos rins, sendo, por isso, considerada um tipo de arma de destruição maciça.

Fica claro que o governo xenófobo de Israel não pretendeu apenas destruir o Hamas, mas também o povo árabe que vivia na Faixa de Gaza.

Não se pode estar contra o holocausto dos judeus e a favos do holocausto dos árabes que vivem na Faixa de Gaza.
Esperamos que o Tribunal Internacional dos Direitos Humanos intervenha!

segunda-feira, janeiro 19, 2009

 

Não se percebe!...

Num mundo em que o saber é cada vez mais problematizado, se percebe que o conhecimento avança com a descoberta de erros e em que a interdisciplinaridade parece ser a única chave para a resolução sábia dos problemas, o Sindicato dos Juízes parece ter-se tornado numa nova religião. Não só põe em causa, como heresia, o direito do Colégio da Psiquiatria de Infância tomar posição sobre o "dogma" da douta decisão da juíza que conferiu ao pai biológico, Baltazar Nunes, a guarda definitiva da criança, como também acusa o Colégio de desrespeitar os Tribunais e considera «inadmissíveis» as suas considerações.

Numa sociedade democrática, em que julgavamos viver, parecia-nos que ninguém poderia estar acima da crítica e que o direito a tomar a palavra para manifestar uma posição diferente era a essência da ética da responsabilidade cívica.

Já não sabemos se o Sindicato (ou Associação Sindical, conceito que, sob o ponto de vista semântico, harmoniza-se melhor com o entendimento que os Juízes têm do seu soberano papel) se tornou (como já se tornaram os partidos) numa religião que persegue hereges ou se as colendas e venerandas criaturas da referida instituição não têm outras questões que mais as preocupem!...


Mas é assim (no tom que o Sindicato utiliza) que se vai percebendo o prestígio que hoje tem a Justiça em portugal!

 

Um governo do Ps, duas posições do PS!

O Governo PS dos Açores suspendeu o actual modelo de avaliação dos professores, por considerá-lo sem interesse para a melhoria da qualidade do ensino. Reduziu-o a um mero relatório, no presente ano.

No continente, o PS contínua surdo e cego á razão que assiste aos professores.
Naturalmente, ganhará a simpatia duma extrema-direita que gosta de subjugar os cidadãos a imperativos categóricos, mas para isso valerá a pena ao governo de Sócrates dizer-se socialista?!...

domingo, janeiro 18, 2009

 

Boas ideias para quem não as pratica!

Na moção que vai apresentar ao Congresso do PS, Sócrates é obrigado a dar conta de que no seu governo os ricos se tornaram mais ricos e em menor número e os pobres mais pobres e em maior número; é obrigado a reconhecer que a classe média empobreceu e que a pressão dos impostos se tornou insuportável. E acolheu boas ideias para resolver essas questões: desagravar impostos pagos pelas famílias de rendimentos médios, apoiar essas famílias, estimular a natalidade (o que não se percebe bem com a precariedade do emprego dos jovens), promover uma melhor distribuição do esforço fiscal, etc. etc.

A experiência já nos demonstrou que Sócrates acolhe boas ideias, mas não as pratica. Não seria melhor entregar essas ideias a quem fosse capaz de as praticar?!...

Não sendo assim, temos de concluir que o PS de Sócrates segue a estratégia do moleiro: para fazer o burro andar (neste caso, captar os votos do eleitorado), dependura-lhe à frente uma cenoura-- boas ideias.


Será que o eleitorado vai nessa conversa?!....

 

Quem não se sente, não é filho de boa gente.

"admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Mariade Lurdes Rodrigues, Junho/2006)

"vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos"(Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008)

"caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil" (Jorge Pedreira, Novembro/2008)

"quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo deleite!" (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008)

"[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete(depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!" (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008)

Depois disto... que se pode dizer?

 

MENSAGEM AOS PORTUGUESES

Os professores vêem-se na necessidade de proceder a formas de luta, depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração na elaboração de várias leis que estão a contribuir para que a confusão e o mal-estar se instalem nas nossas escolas: fizeram abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações – duas das quais com mais de 100 mil professores –, sendo estas formas de luta desenvolvidas ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos.

O que querem os professores?

- Querem que as escolas continuem a ser geridas democraticamente. Não querem voltar a ter um reitor à moda antiga; Só dando exemplo diário de democracia é possível formar consequentemente para a democracia.

- Querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional.

- Querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente, onde o mérito só é premiado em alguns casos.

- Querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo – em desprezo pelos que estão há anos no terreno – procura impor, ignorando todos.

- Querem leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas e não a sua constante desautorização e desvalorização por parte do ME.

- Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias.

- Não estão a reivindicar aumentos salariais – apesar de a crise ser profunda e o seu grupo profissional, desde há oito anos, ter vindo a ver decrescer o seu salário real.

Embora, pelas razões expostas, os professores se vejam obrigados a lutar, irão empenhar-se para garantir a leccionação das matérias previstas.

Os professores desejam salientar que não esquecerão os seus alunos e reiteram que esta luta é de todos – pais, alunos e professores – por uma escola pública de qualidade.

APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)
CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
MEP (Movimento Escola Pública)
MUP (Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores)
PROmova (Movimento de Valorização dos Professores)

sábado, janeiro 17, 2009

 

Parou a invasão da Faixa de Gaza!

Sabia-se, desde o início, que a invasão da Faixa de Gaza terminaria na véspera da tomada de posse de Barack Obama. E assim parece acontecer.

Hoje, após vinte e dois dias de intensos combates, o primeiro-ministro israelita Ehud Olmert (o tal que está acusado de confundir os seus interesses privados com os interesses do estado de Israel) anunciou que os objectivos da ofensiva militar contra o Hamas estão cumpridos. Significativamente, agradeceu a George W. Bush e à secretária de Estado Condoleezza Rice o terem compreendido o "direito de defesa de Israel".

Para que serviu esta guerra?!...

Na Faixa de Gaza foram mortas mais de 1.200 pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, ficaram feridos cerca de 6 mil e cresceu uma crise humanitária, sem precedentes.

Israel não terá sofrido mais que uma dezena de mortos e, com toda a certeza, o Likud ganhará as eleições que se aproximam.

Entretanto, o Hamas terá sido abalado na sua estrutura, mas é evidente que não foi destruído e já declarou o que sempre disse: só baixará as armas, quando Israel retirar as suas tropas e pôr fim ao bloqueio da Faixa de Gaza.

O novo presidente dos Estados Unidos garantiu que, após a sua tomada de posse, tudo fará para que a América tenha mais parceiros e menos inimigos. Aguardamos para saber se as palavras de Barack Obbama têm algum significado.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

 

Guerra na Faixa de Gaza

Regras da propaganda

1º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a um apoio ao Hamas.

2º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a um apoio ao fanatismo religioso.

3º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a anti-semitismo.

4º- Aproveitar o facto de Palestina não ser, porque não a deixam, um Estado estruturado, para dar a Israel (”um país”) uma legitimidade diferente da de qualquer grupo palestiniano (”um gangue”).

5º- Aproveitar os crescentes conflitos com os árabes para apelar ao sentimento de proximidade cultural com Israel e de distância cultural com os palestinianos, como se isso desse qualquer tipo de autoridade moral a um ataque.

6º- Usar o facto de Israel ser uma democracia para legitimar qualquer acto, como se a democracia desse às bombas de um país uma natureza diferente. E nunca permitir que alguém recorde que o Hamas, também ele, foi eleito. Quem o disser, apesar de ser um facto, é apoiante do Hamas.

7º- Aproveitar o facto de Israel não deixar que haja testemunhas em Gaza para desumanizar esta guerra, para a tornar “limpa”.

8º- Desacreditar todas as testemunhas, como foi feito com os médicos noruegueses.

9º- Deslegitimar qualquer imagem de mortos, tratando-a como propaganda e manipulação.

10º- Feito isto, criar um paralelo entre o número de rockets lançados para Israel com o número de mortos na Palestina, em vez de, como obriga a lógica e a honestidade, comparar mortos com mortos e feridos com feridos.

11º- Usar qualquer imagem falsa dos acontecimentos para desacreditar todas as imagens que nos chegam, através de correspondentes, de Gaza. Assim, as pessoas deixam de acreditar mesmo no que vêem.

12º- Manipular as palavras: um ataque do Hamas é um ataque, um ataque de Israel é uma reacção. O ofensiva de Israel é uma guerra, os ataques do Hamas são terrorismo. Uma morte de um israelita civil resulta de um atentado, uma morte de um palestiniano civil é um “inevitável dano colateral”.

13º- Quem não usar a palavra “terrorismo” para falar do Hamas é um fanático. Quem usar a palavra “terrorismo” para falar de Israel é um fanático. A posição equilibrada e neutral exige linguagem desequilibrada e parcial.

14º- Impor a ideia de que qualquer morte de um civil palestiniano não é premeditada.

15º- Tratar todos os palestinianos civis como supostos militares do Hamas.

16º- Quando assim não pode ser justificado (caso de crianças pequenas), responsabilizar o Hamas por cada morte, já que usarão os civis (numa das regiões mais densamente povoadas do Mundo) como escudo humano. Desresponsabilizar, mais uma vez, Israel por qualquer consequência dos seus actos.

17º- Fazer esquecer todos os precedentes e todo o contexto de cerco e bloqueio, fazendo passar a ideia que estamos perante um paralelismo de situações entre Israel e a Palestina, em que o primeiro se limita a reagir aos actos da segunda.

18º- Fingir que este conflito sempre foi com o Hamas, esquecendo toda a história das últimas décadas, dando assim a ideia de que os palestinianos estão do lado de Israel e Israel do lado dos palestinianos.

19º- Tratar a disponibilidade dos israelitas para combater como sinal de resistência e patriotismo.

20º- Tratar a disponibilidade dos palestinianos para combater como sinal de fanatismo.

Obs: com a devida vénia, retirado dehttp://arrastao.org/

quarta-feira, janeiro 14, 2009

 
Não. Não digam que é triste. Digam só que avançamos
Mais para dentro da nossa solidão.
Digam que ouvir é campo
Medindo o som
Que nos situa ainda próximos do pranto,
Ou de onde estão.

Mas se formos um pouco mais pra dentro
Da solidão, abrir-se-á
A dureza sem fim do pensamento.
E, então, ficará
Ser triste cá fora. O vento
Esfriará o ar.
E, então só, seremos
Longe do mundo que à nossa volta está

Fernando Echeverria

 

E os bons exemplos!...

O Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, considerou, ontem, que o casamento com pessoas de outras religiões “pode causar uma carga de sarilhos”.

Naturalmente, todos os casamentos podem causar sarilhos, desde que as pessoas descubram que não se amam, mas penso que é um preconceito considerar-se que esses sarilhos surjam com os casamentos entre pessoas de religiões diferentes.

Conheço casos que demonstram precisamente o contrário, com óptimas consequências pedagógicas para os seus filhos. Aprendem, com o exemplo dos pais, a tolerância e o respeito por valores diferentes. E quando os fundamentalismos crescem, seria melhor sublinhar os bons exemplos, em vez dos maus.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

 

CANÇÃO DA SAUDADE

Se eu fosse cego amava toda a gente.
Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gémea
que nasceu sem vida, e amo-a a fantasiá-la viva na minha idade.
Tu, meu amor, que nome é o teu? Dize onde vives, dize onde moras, dize se
vives ou se já nasceste.
Eu amo aquela mão branca dependurada da amurada da galé que partia em
busca de outras galés perdidas em mares longíssimos.
Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes
apressadas.
Eu amo aquelas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e
nunca mais os meus olhos pararam nelas.
Eu amo os cemitérios - as lajens são espessas vidraças transparentes, e eu vejo
deitadas em leitos floridos virgens nuas, mulheres belas rindo-se para mim.
Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são
como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos. Eu amo a
lua do lado que eu nunca vi.
Se eu fosse cego amava toda a gente.

Almada Negreiros

sábado, janeiro 10, 2009

 

Explicação convincente!

Para quem quiser apreender bem as causas da crise financeira global e compreender a razão dos balúrdios que ganham justificadamente (claro!) os administradores dos Bancos tem aqui uma explicação convincente.
Deixo a referência

http://www.youtube.com/watch?v=CmGTnveyG7E

sexta-feira, janeiro 09, 2009

 

Um artigo que ajuda a esclarecer

O genocídio do povo de Gaza Desafio neonazi sionista à humanidade
Neste artigo Miguel Urbano Rodrigues esclarece que cabe a Israel a responsabilidade pela ruptura da trégua em Gaza e, citando Michel Chossudovsky, lembra que o bombardeamento e a invasão da Faixa foram preparados com seis meses de antecedência. Na sua opinião, o sionismo neonazi de Israel configura uma ameaça à humanidade.


Escrevo no momento em que está em desenvolvimento a escalada genocida do Estado sionista de Israel contra o povo de Gaza.Essa bárbara operação exterminista – apoiada pela esmagadora maioria dos israelenses e incentivada pelo sistema de poder dos EUA com a cumplicidade da maioria dos governos da União Europeia – é acompanhada de uma ambiciosa e massacrante ofensiva mediática de âmbito mundial que deforma a História e pretende justificar o crime com o argumento de que Israel exerce o direito de defesa para proteger as suas populações e sobreviver como nação.

Estamos perante uma daquelas tragédias em que as palavras são insuficientes – como aconteceu com as chacinas do III Reich alemão – para qualificar as proporções e o significado do crime.A desinformação, garantida pelo controle hegemónico dos grandes media, dificulta extraordinariamente o esclarecimento dos povos porque a vítima é apresentada como agressor e este como representante de valores inalienáveis da democracia.A primeira e fundamental mentira é a que responsabiliza o Hamas pelo rompimento da trégua. Israel, ao iniciar o bombardeamento aéreo e naval seguido da invasão terrestre, estaria a proteger as populações das suas cidades e aldeias atingidas por rockets palestinianos.Trata-se de uma grosseira inverdade.

Existe uma abundante documentação secreta do próprio Ministério da Defesa isfraelense que demonstra com clareza a premeditação do crime pelo governo de Tel Aviv.Encontramos uma síntese de factos relacionados com essa premeditação num importante artigo do professor canadiano Michel Chossudovsky, da Universidade de Otawa. Nesse texto (divulgado por globalresearch.ca/PrintArticle.php? articleId=2009) o prestigiado economista e escritor lembra que a «operação chumbo fundido») foi minuciosamente planeada com seis meses de antecedência, quando Israel iniciava a negociação de um acordo de cessar fogo com o Hamas.

O projecto foi, porem, concebido em 2001.A 4 de Novembro pp., dia das eleições presidências dos EUA, Israel aliás rompeu a trégua, bombardeando a Faixa de Gaza, alegando a necessidade de impedir a construção de túneis pelos palestinos.Chossudovsky chama a atenção para o facto de transcorridas 24 horas, a 5 de Novembro, o governo de Tel Aviv ter iniciado o monstruoso bloqueio de Gaza, cortando o abastecimento à Faixa de alimentos, combustível e medicamentos. Posteriormente o exército israelense realizou numerosas incursões armadas no território de Gaza.

O Hamas, em legitima defesa, respondeu com o lançamento de rockets de fabrico caseiro. Não há mentiras e calunias que possam apagar a evidência: apenas 4 israelenses morreram em consequência do disparo de rockets do Hamas, mas a agressão sionista é responsável, até ontem, pela morte de mais de 600 palestinos, superando já 2000 o número de feridos.

GAZA, UM CENÁRIO DE APOCALIPSE

As notícias que chegam de Gaza e as imagens transmitidas pela televisão iluminam um cenário de apocalipse: quarteirões inteiros arrasados, mesquitas bombardeadas na hora da oração, hospitais e universidades destruídos. Crianças mulheres ensanguentadas movendo-se entre ruínas, corpos humanos esfacelados. Em Gaza acabou o pão, bairros inteiros estão privados de electricidade e água.Mas a monstruosidade do genocídio merece o apoio de Washington.

O Presidente Bush justifica-o em nome da democracia, tal como a sente. Mais: impede que o Conselho de Segurança aprove uma Resolução que imponha o cessar-fogo. A atitude prevalecente nos governos da União Europeia é de hipocrisia e cinismo. Afirmam desejar um cessar-fogo, alguns definem como «desproporcionada, a resposta de Israel», mas manifestam compreensão pela sua «reacção defensiva» contra «os terroristas do Hamas».A Rússia e a China condenam a escalada de violência que atinge Gaza, mas a sua atitude carece de firmeza no Conselho de Segurança.

Os povos árabes saem massivamente às ruas para expressar a sua condenação da matança de Gaza. Mas diferente é a posição assumida pelos governos da maioria dos países árabes. Os seus governantes comportam-se como cúmplices envergonhados de Tel Aviv.Sarkozy, a chanceler Merkel, Berlusconi, Brown, Durão Barroso trocam sorrisos e amabilidades com Olmert e a ministra Livni. Hipócrita e covarde é também a postura assumida pelo Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana. Mahmud Abbas pede um cessar-fogo, mas responsabilizou inicialmente os seus compatriotas do Hamas pela escalada de violência.

Na cobertura da agressão israelense pelos meios de comunicação dos EUA e da União Europeia identifico um retrato chocante do jornalismo mercenário.Os enviados especiais, com poucas excepções, limitam – se a transmitir as declarações dos ministros e dos militares de Israel. As imagens de casas atingidas nas cidades judaicas fronteiriças ocupam em algumas reportagens quase tanto espaço e tempo como as do inferno em que Gaza foi transformada pelos bombardeamentos israelenses.

Nos media portugueses de referencia a satanização do Hamas tornou-se rotineira. Editores, analistas, apresentadores, enviados especiais competem na repetição monocórdica do «direito de defesa de Israel» contra o terrorismo.

De Washington a Paris passou também a ser quase obrigatória a responsabilização do Irão pela resistência heróica dos milicianos do Hamas. A extrema-direita estadounidense, sobretudo, não esconde o seu desejo de que a barbárie que abrasa Gaza seja o prólogo de uma tragédia maior que envolva o Irão, berço de uma das maiores civilizações criadas pela humanidade.

O apocalipse de Gaza transmite uma lição assustadora: a barbárie do Estado sionista de Israel, apoiada pelo imperialismo estadounidense e contemplada compreensivamente pelos seus aliados da União Europeia configura uma ameaça à civilização.

Num contexto histórico muito diferente, as burguesias do Ocidente trazem à memória a atmosfera europeia nas vésperas de Munique. Afirmam a sua fidelidade aos valores da democracia tal como a concebem, mas actuam como cúmplices de um Estado cuja politica os nega e espezinha ao promover chacinas como a de Gaza.

A solidariedade de todos os homens e mulheres progressistas com o heróico povo da Palestina martirizada é mais do que nunca um dever.

Nestes dias os combatentes do Hamas, ao lutarem pelo direito do seu povo a ser livre e independente, batem-se, afinal, por valores eternos.

O genocídio de Gaza é um desafio do sionismo neonazi à Humanidade.

Miguel Urbano Rodrigues
Serpa, 6 de Janeiro de 2009

 

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
- Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

Augusto Gil
Luar de Janeiro


 

OUVE, ISRAEL


Quando fomos perseguidos
era um dos vossos
Como posso continuar a sê-lo
se vos tornais perseguidores?

A vossa aspiração era
tornar-vos com os outros povos
que vos assassinavam
Agora tornaste-vos como eles

Sobrevivestes
aos que foram cruéis para convosco
Acaso a sua crueldade perdura
agora em vós?

Ordenastes aos vencidos:
“Descalçai os sapatos”
Tal como ao bode expiatório
Impeliste-los para o deserto

para a grande mesquita da morte
cujas sandálias são areia
eles porém não aceitaram os pecados
que quisestes impor-lhes

A marca dos pés nus
na areia do deserto
prevalece sobre o rasto
das vossas bombas e tanques

ERICH FRIED

In:100 Poemas sem Pátria,Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1979
Retirado do blog: http://servir-o-porto.blogspot.com/

quinta-feira, janeiro 08, 2009

 

Chora em meu coração,
Chove sobre a cidade.
Donde vem lassidão
Que me entra o coração?

Ó chuva! Ó doce ruído!
Por chão e telhas! e
Para um peito ferido
Ó canto! Ó doce ruído!

Chora sem razão
Neste peito desfeito.
Será alguma traição?
Mágoa sem razão.

É bem a maior dor
Nunca saber porquê
Sem ódio e sem amor
Mora em mim tanta dor.


Paul Verlaine (1844-1896)

 
Transcrevo parte de um texto escrito por um Homem que muito admiro:

« Honra aos milhares de israelitas que se manifestam na rua em Israel para que se ponha um fim ao massacre. Não estão só a dignificar o seu povo, mas estão a permitir que se mantenha uma janela aberta para o diálogo, imprescindível de retomar como único caminho capaz de construir o entendimento e levar à Paz!
- Honra aos milhares de jovens israelitas que preferem ir para as prisões do que servir num exército de ocupação e opressão. São eles, como os referidos no ponto anterior, que notabilizam a sabedoria e o humanismo do povo judeu e demonstram mais uma vez a coragem dos judeus zelotas de Massada e os resistentes judeus do Gueto de Varsóvia!
Vergonha para todos aqueles que, entre nós, se calam por cobardia ou por omissão. Acuso-os de não assistência a um povo em perigo! Não tenham medo: os espíritos livres são eternos!

É chegado o tempo dos Seres Humanos de Boa Vontade de Israel e da Palestina fazerem calar os seus falcões, se sentarem à mesa e, com equidade, encontrarem uma solução. Ela existe! Mais tarde ou mais cedo terá que ser implementada ou vamos todos direito ao Caos: já estivemos bem mais longe do período das Trevas e do Apocalipse.
É chegado o tempo de dizer BASTA! Este é o meu grito por Gaza e por Israel (conheço ambos): quero, exijo vê-los viver como irmãos que são.»

Ler in:
http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/6062.html

quarta-feira, janeiro 07, 2009

 

O inglês técnico do nosso Primeiro!

Não é nenhum crime um PM falar mal inglês, mas é vergonhoso ver o PM português cometer tantos erros primários, em trinta segundos, com um ar tão orgulhoso e convencido, perante o gozo da Merkel & companhia!

Clique na frase abaixo, com o nome do primeiro-ministro, que abre o site...

AQUI: José Sócrates mostrando a utilidade do Inglês Técnico no Ensino Superior


Obs: recebido por mail

 

Fanatismo!

A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho. Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.

José Saramago

Disponível em: http://caderno.josesaramago.org/2008/12/22/gaza/

terça-feira, janeiro 06, 2009

 

Parem o ódio!...

A Faixa de Gaza é hoje um campo de concentração. Não há fornos crematórios, mas há bombas e balas que matam gente indefesa, que não poupam quem vai nas ambulâncias, quem presta serviço nos hospitais, quem se esconde numa igreja, quem, em suma, não tem possibilidade de romper um bloqueio imposto de uma forma bárbara por Israel.

A nossa solidariedade vai para os que mais sofrem. Esta guerra só serve para radicalizar o ódio e com o ódio não se faz a paz.

 

O verdadeiro artista tropeçou!...

Sócrates teve o seu primeiro “enrascanço”, como verdadeiro artista. Sócrates estava treinado para desempenhar com sucesso o espectáculo que pretendia dar na entrevista à SIC.

Duas condições tinha bem presente: que o jogo de ilusões se conjugasse sedutoramente em palavras e expressões do rosto e que repetisse até á exaustão o que ele queria que os portugueses gravassem no ouvido, ridicularizando sempre as perguntas que não lhe agradavam.

Mas, pela primeira vez, teve entrevistadores que o enrascaram e foi notório que fora da propaganda, o primeiro-ministro não está à vontade.

O artista tropeçou, ficando quase a gaguejar!

domingo, janeiro 04, 2009

 

Cresce o repúdio!

Por toda a parte surgem manifestações de repúdio pela cruel e criminosa invasão israelita da Faixa de Gaza.

Duas manifestações estão já marcadas em Portugal:

5 de Janeiro, 18 horas, Largo de S. Domingos (Rossio) Lisboa
8 de Janeiro, 17 horas, Embaixada de Israel, R. António Enes, Lisboa
Entretanto há um blog a não perder:

http://bandeiranegra1.wordpress.com/2009/01/04/resistir-e-lutar-contra-o-genocidio-contra-o-reich-sionista-mas-tambem-contra-a-cobardia-e-a-traicao-aqui-ninguem-e-neutral/

sábado, janeiro 03, 2009

 

Faixa de Gaza invadida!

Israel invadiu, hoje, o território da Faixa de Gaza. Para os que só olham para a árvore e não conseguem ver a floresta, convém lembrar que Israel nasceu há 60 anos num território que lhes foi cedido para que o povo judeu se sentisse seguro, depois do holocausto nazi.

Seria de esperar que a solidariedade para com os judeus tivesse reciprocidade, mas os mapas não deixam dúvidas sobre as intenções dos israelitas.

A Faixa de Gaza tem cerca de 40km de cumprimento e a sua área é, hoje, de cerca de 360km2. Nela vivem cerca de 1,4 milhões de habitantes, sendo 60% da população feita de refugiados. Vivem abaixo do limiar de pobreza cerca de 80% da população, por via de um bloqueio imposto por Israel. Pelas forças de Israel, entre Setembro de 2000 e Agosto de 2008, foram mortos 3.727 e 848 crianças palestinianas e ficaram feridos 12.261
As guerras são sempre um mal em absoluto. Pode-se saber como começam, mas nunca se sabe como terminam.

 

Avelino, em hino de campanha!






Avelino Ferreira Torres já está em campanha eleitoral. Depois de muitas condenações e outros tantos recursos, e continuando, ainda, a ser julgado por crimes de peculato, Avelino regressa ao "local do crime" e com hino.

Ouçam, que vale a pena!

http://www.box.net/index.php?rm=box_v2_mp3_player_shared&node=f_229700996

Para não haver confusão, lembrem-se que Avelino é o mesmo do site seguinte:

http://www.youtube.com/watch?v=-R0A_FR8BYc

Naturalmente, a culpa não é do Avelino, mas das condições que lhe são criadas! Ele só aproveita o estado de pântano em que se encontra o País.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

 

[NO DIA MUNDIAL DA PAZ ]

Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.


Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

S.Francisco de Assis

(poeta e homem bom)

Obs. enviado por Amélia Pais

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