sábado, fevereiro 26, 2011

 

Os meus parabéns ao Expresso e aos seus dois mil exemplares.

No Expresso de hoje não foi a parolice dos nossos governantes, o seu novo riquismo, que os levou a gastar milhões com brinquedos de guerra, bem como ter um primeiro ministro que se preocupa mais em ser o governante que melhor veste do que em governar com rigor e verdade.


O que mais gostei nesta Edição foi do artigo de Henrique Monteiro, na última página “Sementes de uma revolta”.


Precisamos de outros políticos. Mas isso é difícil, porque os partidos são máquinas que servem de cinturão de segurança a uma oligarquia que anda a esbanjar o nosso dinheiro, o dinheiro dos contribuintes.


Sem uma reforma dos partidos não é possível aparecer gente que entenda a política como um serviço púbico. Os partidos “fabricam” chicos-espertos e não políticos com sentido de Estado.

Mas essa reforma tem de vir por uma pressão dos cidadãos. Havia um processo que faria essa pressão: bastava que o voto em branco fosse reconhecido como um acto útil, porque tinha consequências: contar, na distribuição proporcional que é seguida pelo método D’Hondt, como voto num imaginário partido dos que não se sentem representados pelos candidatos propostos. E a sua percentagem corresponder a uma percentagem de cadeiras vazias no Parlamento.


Não tem tido muitas adesões a petição que neste sentido coloquei na internet. Pode ser que esta crise económica, de lideranças, de mediocridade e com uma corrupção que graça por todos os lados, inclusivamente pelas instituições, leve os cidadãos a pensarem nisso.


Pensem e subscrevam então:

http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

 

Políticos de aviário

Lamentavelmente, Pedro Passos Coelho, um dirigente de aviário como Sócrates, pretende resolver o problema do desemprego, elaborando uma proposta para ser discutida, hoje, na Assembleia da República.

Propõe um regime de contratos de trabalho a prazo orais; isto é, sem contrato escrito nem direitos, tal como existia no período feudal.



Não sabe que muitas lutas foram travadas pela social-democracia contra o totalitarismo estatal e contra a “miséria imerecida” provocada pela exploração dos trabalhadores.


A matriz ideológica da social-democracia configurou-se no combate pela liberdade (possibilidade de escolher o melhor) e contra as injustiças sociais que resultavam do estatismo económico e da burocracia. Defendiam que só pela melhor distribuição da riqueza se podia fazer melhor justiça social: o dinheiro circula mais e a qualidade de vida é melhor.


Estes passos coelhos consideram-se social-democratas, mas não sabem o que isso significa, porque não entendem que o lucro não é a razão de ser do trabalho e que não se pode separar o trabalho da dignidade do trabalhador e da sua vida familiar.


Estamos entregues a gente que nunca se colocou no papel dos que precisam de trabalhar para sustentar a família e ter uma garantia para a velhice.


Essa gente, configura a geração dos políticos de aviário, que vem do carreirismo das jotas que vagueiam nesta partidocracia; não têm raízes teóricas e falta-lhe uma formação moral que a levasse a compreender a dignidade do ser HUMANO.


Precisamos de outra gente, mais madura e com raízes na história!

terça-feira, fevereiro 22, 2011

 

Geração à rasca

No próximo dia 12, nas manifestações do Porto e Lisboa, talvez fosse oportuno fazer como a campeão Albertina Dias, e, em vez de pôr à venda medalhas olímpicas, colocar numa banca os “canudos” do desemprego. Quem os adquiria poderia estar certo que levava para casa, um “canudo” muito mais certificado do que o obtido por Sócrates.

E, como no Facebook já se conta com mais de 20 mil confirmações nas manifestações, tudo indica que apareceu à “Geração à rasca” uma oportunidade para à custa do canudo fazer alguns euros.

http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=25439

 

É só truques!

Tal como se previa, a redução do deficit foi feito à custa dos impostos, da diminuição dos salários (não nos gestores públicos) e da redução nos apoios sociais. As despesas dos Estado aumentaram 0,9 %.



Como os impostos são soberbos, a economia não se desenvolve, diminui os salários, o desemprego e os apoios sociais, a miséria aumenta e os juros da dívida crescem.


Que raio de política é esta?

 

As crianças roubadas.

Parece inacreditável!...

Vai ganhando foros de escândalo terrível, o que já se dizia há muitos anos. Franco, para além de liquidar os seus opositores (entrem num cemitério espanhol e reparem naquelas cruzes em cima uma das outras, denunciando as valas comuns), retirava a educação dos filhos aos pais que não eram do regime e os recém-nascidos eram dados como mortos e entregues a famílias de confiança.



Mas a verdade, mais cedo ou mais tarde vem ao de cima. Análises genéticas vieram colocar a desconfiança geral. Agora, longe do fascismo franquista, há uma geração que quer saber quem são realmente os seus pais.


Para avaliar esse drama desumano das crianças roubadas, coloque-se cada um no lugar dessa geração.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

 

Coligação de interesses

Foi proposto pelo BE e pelo PC um tecto salarial às remunerações dos gestores públicos, equivalente ao Presidente da República.


Mas, pasme-se! ... Segundo o PSD (sendo Miguel Frasquilho, conhecido deputado ligado aos interesses dos banqueiros, o mais entusiasmado em contrariar essa proposta) e o PS não se pode olhar para as remunerações por si só, sem ter em conta os resultados e os objectivos.

Só se aplica aos gestores públicos essa “treta” da gestão por objectivos?!...

Dos assalariados ao Presidente da República não há a preocupação com objectivos?!...

E o que é ser gestor? Não é inerente a esse cargo a expectativa de saber gerir por objectivos e obter bons resultados?!... Acrescerá mais obrigações?

Sendo ministro ou deputado (bem comportado) no bloco central, já está traçado o trajecto: depois de sair do governo ou da assembleia acaba-se numa empresas públicas ou autárquica, daquelas que dão prejuízos enormes, mas sempre com objectivos cumpridos e bons resultados.

Como se pode perceber o sentido ético desta coligação de interesses (oligárquica), quando se impõe uma redução de salários, uma subida escandalosa de impostos, se contribuiu para um aumento assustador de desempregados e uma diminuição assustadora e desumana na protecção social aos mais velhos, aos desempregados, às famílias mais desfavorecidas, etc., e , quando, com o seu blá…blá…blá…, dizem estar preocupados com a divida do Estado?

Também na “Quadratura do Ciclo”, aquelas doutas personagem, num paradigma semelhante, para descredibilizar a canção de Deolinda “Que parva que eu sou”, dizem que é muito medíocre e não percebem a recepção que a mesma teve nos meios de comunicação social.

Entretanto, uma campeã mundial, Albertina Dias, desempregada, já coloca as suas medalhas, nomeadamente a de ouro, à venda para fazer face à sua desesperada vida.

É assim este Portugal, bem longe do 25 de Abril e dem perto dos povos do norte de África.


domingo, fevereiro 20, 2011

 

Sem esperança!

Conheço este Homem, Fonseca Ferreira, e sei que com ele o PS seria PS. Mas o caminho já está armadilhado. Os caciques trazem atrás deles todos os “carneirinhos da família” e Fonseca Ferreira, um homem competente e honrado, não terá mais que 20 a 30% dos votos.


A ameaça de um Passos Coelho que, cada dia, se vai tornando mais parecido com Sócrates, nos seus “rodriguinhos retóricos”, deixa-me em pânico. Não por causa de mim, mas por causa da minha neta com quem vou estar daqui a três horas. O País berlusconizou-se e se temos, hoje, uma geração “parva”, a geração da minha neta terá de procurar num outro País o que este nega: o direito a um Futuro feliz.

sábado, fevereiro 19, 2011

 

Os parlamentos, em democracia, são os locais da procura de convergências.

Só agora tive acesso ao fundamental da moção do BE. Melhorou a sua argumentação, mas já causou demasiado ruído e não vai ter consequências.


Na política não é a “lábia”, nem a propaganda (uma imitação socrática que apareceu no Facebook) que muda o mundo, mas a acção que tem consequências.

O ruído em volta da moção já se ampliou de tal forma que não é possível levar a sério a moção.

Além disso, o espírito jacobino de distinguir uma crítica de direita (necessariamente má) e uma crítica de esquerda (necessariamente boa) é uma postura pouco aberta e inaceitável.

O fundamental são os problemas reais, dos que mais sofrem, e para encontrar soluções que diminuam o sofrimento dos desempregados, dos trabalhadores a prazo, dos que a canção de Deolinda denuncia, é preciso encontrar pontos de acordo.

O BE pode dar-se ao luxo de ficar só (o PC sempre procurou encontrar pontos de apoio com os partidos de direita e fez isso em algumas autarquias), mas se assim acontecer também os eleitores podem achar que é uma organização política desnecessária no Parlamento, sem efeitos práticos.


É preciso encontrar condições para impor os seus pontos de vista e isso é sempre possível, mas não se faz com uma retórica fundamentalista. Tel retórica só tem sentido fora do parlamento.


Tendo representação parlamentar, um partido tem de jogar as regras do diálogo e da congregação de esforços para resolver os problemas do País. É para isso que existem, em democracia, os parlamentos.


Há gente que sob o ponto de vista ideológico está na direita, mas sob o ponto de vista da acção, da tolerância, da abertura ao diálogo e da solidariedade está mais à esquerda que muitos ideológicos arrogantes, ditos de esquerda.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

 

Dia dos Namorados


 

É inexplicável!

Numa “pulsão” falaciosa, hoje, no Público, Francisco Louçã, procura justificar (fazendo dos portugueses burros) a moção de censura do BE.


Lemos que “é contra a irresponsabilidade”. Mas não percebemos a necessidade de uma moção contra o que todos os dias é afirmado pelo BE. Esperávamos que nos explicasse o sentido prático da moção, suas consequências objectivas na viragem das políticas do Governo? Isso é que nos interessava!

Sobre isso, nada é dito: O Governo não cai, não altera a suas “lamentáveis” políticas e foi aberto um espaço para que a lábia de Sócrates se expandisse durante um, dois, três meses, a vitimizar-se por não reconhecerem o feito”heróico” de impedir a entrada em Portugal do FMI.


E ficamos a pensar: o BE acaba de fazer a Sócrates um jeito: possibilita-lhe construir uma “cortina de ruído” que não deixa ouvir os reais problemas que todos os dias são criados aos portugueses mais desfavorecidos por este Governo. E isso só tem um nome: é uma obscenidade.


Se isto é de esquerda, eu já nada tenho a ver com isto. E tristemente o digo.

sábado, fevereiro 12, 2011

 

Não percebo!

Se a moção de censura do BE tem em vista derrotar o Governo, tem de obter a adesão de 116 votos. Nesse sentido, tem de contar com o PSD.
Se é apenas uma manobra para pôr em causa o PC, dizer que está mais à esquerda que o PC, pois é não só contra o governo do PS, mas também contra os governos do PSD, então entende-se a necessidade de frisar que é contra o PS e o PSD.

Mas, o PC sempre afirmou que considera o PS e o PSD de direita. E quem governa de forma arrogante, com desprezo pelos que mais sofrem é o governo do PS de Sócrates. Então, o que é que a moção vai adiantar?

Nada, é uma espécie de masturbação política.

Entretanto, esta jogada do BE corre o riso de fazer com que a moção se vire em sentido contrário e faça um jeito ao PS. Fica com bons argumentos para sublinhar sobre as moções de censura o que sempre tem dito.

Entretanto, os desempregados, os que ficaram com os seus salários diminuídos, os que vêem o centro de saúde e a escola das suas terras fechadas, os que não encontram um lugar para colocar os seus filhos ou os seus avós, todos os que sofrem com as medidas draconianas deste PS de Sócrates, que dirão desta estratégia do BE?


Naturalmente, mais distantes ficarão desta organização política .


O BE está desorientado. Não lhe fez bem a aliança com o PS para eleger Manuel Alegre e este pesadelo que desajeitadamente quer esconjurar vai desagregar esta organização política.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

 

Uma decisão oportuna, em tempos de crise.

A política assemelha-se a uma rua de má fama e não há melhor ideia do que levar isso a sério.



António Costa vai mudar as instalações da autarquia para o Largo do Intendente.


É uma boa ideia, em tempos de crise, e que tem um significado preciso: os munícipes vão ter o atendimento ajustado.


Levem também a Assembleia da República e todos os ministérios, bem como as centenas de divisões, departamentos e gabinetes que a Câmara distribuiu por toda a Cidade.


Espero que Sócrates inaugure esta nova forma de aproximar as funções do Governo ao estilo que mais se ajusta ao seu desempenho.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

 

Apresentem, porra!

Será só réplica ao PC?


Ontem o BE não aprovava uma moção de censura do PC, porque não estava interessado em entregar o Governo ao PSD/ CDS. Hoje, o BE, pela voz de Louçã, garante que vai apresentar uma moção de censura no dia 10 do próximo mês.


Espero que não seja só para criar dificuldades a Sócrates e à oposição.



Apresentem a moção de censura concertadamente, porra!

Estamos fartos dos desmandos deste governo, estamos fartos de viver em crise, estamos fartos de dizermos “que parvos que somos!”

http://www.youtube.com/watch?v=F6NuI2tnNRQ&feature=related

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

 

Os sete pecados mortais do PS, segundo Ana Benavente

1. Adoptou "políticas neoliberais e, portanto, abandonou a matriz ideológica socialista";


2. "Autoritarismo interno e ausência de debate, empobrecendo o papel do PS no país";


3. "Imposição de medidas governativas como inevitáveis e sem alternativa, o que traduz dependências nacionais e internacionais não assumidas nem clarificadas para o presente e o futuro";


4. "Marketing político banal e constante, de par com uma superficialidade nas bandeiras de modernização da sociedade portuguesa";


5. "Falta de ética democrática e republicana na vida pública e na governação";


6. "Sacrifício de políticas sociais construídas pelo próprio PS em fases anteriores";


7. "Falta de credibilidade, quer por incompetência quer por hipocrisia, dando o dito por não dito em demasiadas situações de pesadas consequências".

http://jornal.publico.pt/noticia/07-02-2011/os-sete-pecados-mortais-do-ps-segundo-ana-benavente-21233172.htm

 

O Prometido é devido, Sr Engenheiro! Gato Fedorento Vídeos Tesour...


 

Xutos & Pontapés - Sem Eira Nem Beira (Ao Vivo)


 

José Afonso - Os Vampiros (ao vivo no Coliseu)


Zeca foi o primeiro a prever a que chegamos!

domingo, fevereiro 06, 2011

 

«Que mundo tão parvo, para se ser escravo é preciso estudar».



Sou da geração sem remuneração

e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

sábado, fevereiro 05, 2011

 

best of socrates (2009 - 2010)



"Não haverá despedimentos na função pública"- Sócrates

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

 

ANGOLA, O INÍCIO DA GUERRA COLONIAL



Foi em 04 de Fevereiro de 1961. No princípio não se sabia bem se era o que alguns de nós suspeitavam. Ouvia-se falar do direito dos povos à sua autodeterminação. África era um continente ainda colonizado. Salazar enviou-nos “em força” para África. O pior veio depois: não havia lágrimas que secassem a tristeza dos que partiam sem nunca saber se voltavam. Pertenci aos que fizeram o serviço militar nessa altura. Fui contra a guerra e, tal como milhares de outros militares, sofremos com isso. Veio o 25 de Abril e, quer em relação à África quer em relação ao nosso próprio País, estamos tão distantes de tantos sonhos acalentados!...

 

O Cancro é um inimigo a abater



O Cancro é a doença que mais mata e não pára de aumentar. Neste dia mundial contra o cancro, deixamos a todos os que são suas vitimas o desejo que se encontre uma fórmula, a todos acessível, de diminuir o seu sofrimento  e a nossa solidariedade para com os que padecem dessa doença.

 

Diminuição de deputados, mantendo a representatividade dos partidos minoritários.

O País tem de reduzir os gastos. Não pode continuar a impor um crescimento de impostos e de redução de salários só do parlamento ou do governo para fora.



O aparelho de Estado é um monstro complicado que absorve 45% do PIB. Nada é feito para emagrecer este “bicho” e promover o desenvolvimento económico.


Agora, foi retomado a questão da necessidade de diminuir o número de deputados. Paradoxalmente, há quem torne isto numa conspiração contra a esquerda, mas a direita também “sofreria” com isso. E não é por acaso que a recusa.


Ser deputado é, hoje, mais um emprego que um serviço de representação: eles são escolhidos pelos seus partidos e não pelos eleitores.


Parecia ser mais inteligente pensar numa fórmula que, partindo da representatividade actual, criasse condições para a manter em próximas eleições. Precisamos que as minorias, de esquerda e de direita, estejam representadas. Assim há mais democracia!


E parecia também crucial que para corrigir o divorcio entre eleitores e eleitos se promovesse o voto de preferência.


Todos os cidadãos acham excedentário230 deputados para o tamanho do País e que os deputados servem mais os partidos que os colocaram nas listas de candidatos que os eleitores.


Seriam, por isso, populares as duas medidas.


Mas, aqueles que tanto procuram o voto do povo, agora chamam ao que é um desejo popular, populismo.


Que poderemos esperar desta gente!

 

Dia do "sorriso"


No dia “sorria”.

Vivemos um tempo da lágrima, tempo em que faz falta a esperança que nasce do sorrir. Precisamos de fazer um esforço para ter uma madrugada de esperança. O sorriso harmoniza-se com o nascer do Sol. É bom sorrir e encantador afivelar um sorriso. Pelo menos, hoje, afivele um sorriso com os amigos que encontrar. Afivelar um sorriso é o mesmo que dizer “somos amigos”. E a amizade é o melhor bem em tempos de crise.


Desejo-lhe um bom dia com um sorriso amigo

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

 

Lacão insiste e tem razão.

Lacão, hoje, no Diário Económico, insiste:



1º- «A diminuição do número de deputados até ao limite constitucional de 180 manteria uma representatividade adequada da população».


2º- «Estas reformas impõem-se como necessárias a uma séria refundação do clima de confiança popular, que progressivamente tem vindo a ficar comprometida em relação ao funcionamento do sistema político como um todo».


3º- «Os eleitores tendem a desvalorizar o Parlamento vendo sobretudo nele a emergência de uma arena para a disputa política».


4º - Em relação às autarquias diz: têm «um número superabundante de elementos», tornando o sistema ineficaz. Eu diria: muitas autarquias já não fazem sentidos existirem; em muitas delas, após as eleições desaparece a oposição e todos estão com o Presidente para ver se conseguem alguns favores, que vão desde as alterações nos planos directores (o que dá milhões e serve de troca para apoios aos partidos em dinheiro vivo) até a um empregozito na Câmara para os filhos. .


Ninguém pensa em corrigir tudo isto. E isto é um dos aspectos que mais corrói a confiança no sistema democrático e mais contribui para o descrédito dos políticos. Nada me prende a Lacão, mas neste caso concordo com ele.

O que irá dizer sobre isto o aparelho do PS e nomeadamente o seu ventríloquo, Assis.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

 

Aprender com os que mais sofrem!

Sempre se achou que havia um excedente desnecessário de deputados no Parlamento, com ausência de mérito e custos elevados para o erário público.

Acresce que há um divórcio insuportável entre os deputados e os eleitores. A subida da abstenção confirma-o e põe em causa o modelo que temos de democracia.

A crise económica colocou em debate a diminuição de deputados e o voto uninominal.


Estou totalmente de acordo e não percebo as objecções que, inesperadamente, surgem da Esquerda.


Por que terá de ser a Esquerda (e não a Direita) a perder representatividade no Parlamento, com a diminuição do número de deputados?


É crise de confiança, falta das melhores ideias ou o convencimento de que a Direita tem mais poder de convicção?


A fúria que, da Tunísia entrou no Egipto, torna evidente uma questão: as lideranças tradicionais já não conduzem as massas, com as suas narrativas prometaicas.


O povo sentiu-se traído pelos líderes tradicionais, deixou de confiar neles e os ímpetos da sua ira transmitem-se, agora, pelas redes da Net, em msn , facebook, twitter etc.


Não esperam pelos condutores de massas, nem acreditam nas promessas dos líderes tradicionais dos partidos: combinam pelas redes da Net sair para a rua, protestar e esperam que ali, na rua, se possa escolher quem poderá melhor governar, quem é mais capaz de diminuir o sofrimento dos que mais sofrem. E não vão em profecias.


Talvez tenhamos de reflectir muito sobre tudo isto!


Estamos a passar uma mudança de paradigma e essa ruptura com os modelos do passado, assemelha-se à que aconteceu com a passagem do antigo regime feudal para a modernidade.

Simplesmente, de outra forma e com uma neo-modernidade.

Os traídos da história procuram, agora, com as suas próprias mãos construir um novo mundo e a onda dos desesperados não ficará no Norte de África.

O darwinismo social, que torna os pobres miseráveis e os ricos cada vez mais ricos e em menor número, implantou-se por cá, em nome do neo-liberalismo.


A fúria não tardará e não se vê que os cidadãos estejam muito preocupados com o que irão fazer os partidos. Eles andam enrolados em jogos de poder que nada dizem ao povo que sofre a miséria no dia a dia.


Não tenhamos dúvidas!...

http://www.youtube.com/watch?v=aCt17Cmgq_s&feature=channel

This page is powered by Blogger. Isn't yours?