quinta-feira, janeiro 31, 2013

 

A baboseira, a hipocrisia e o cinismo deveriam ter limites!

Fernando Ulrich, que é uma das pessoas que nunca se saberá ao certo o balúrdio que ganha, disse: «Se você andar aí na rua e infelizmente encontramos pessoas que são sem-abrigo, isso não lhe pode acontecer a si ou a mim porquê? Isso também nos pode acontecer».

Este “inteligente” não terá quem lhe diga que só teria moral para dizer o que disse, se fosse capaz de trocar de campo com um sem-abrigo e durante um mês, sem vencimento, dormisse na soleira da porta de uma rua, entre caixotes de lixo e comesse a sopa que lhe levava a misericórdia de uma das instituições que se dedicam a esse serviço?

A baboseira, a hipocrisia e o cinismo deveriam ter limites!
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=613686

 
Fui ao cemitério do Prado de Repouso para participar nas comemorações do 31 de Janeiro. Só o monumento que aí lembra os homens que deram a vida na luta contra a humilhação do Ultimato parecia lembrar que, hoje, se repete a mesma humilhação com o ultimato troikiano.

Poucos patriotas compareceram, talvez porque o jugo do nosso tempo é mais pesado, lembra tempos de guerra e não de revolta.

Gostei muito de ter estado com a neta de Alves da Veiga, mas uma dor por dentro me fez travar a respiração, quando percebi que, entre os muitos poucos que ali honravam os mártires dos ideais nobres da nação, também havia quem confundisse Alves da Veiga com Alves dos Reis e ali estava, na espera de que as eleições autárquicas lhe permitisse subir à varanda da Câmara, não para saudar, como Alves da Veiga, os ideais republicanos, mas, possivelmente, a vitória dos dragões.

Triste sorte da Invicta Cidade!


terça-feira, janeiro 29, 2013

 
Uma entrevista que vale a pena ler de um presidente que, infelizmente, não temos a honra de ter.
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/84981-Mujica-Uruguay-entrevista-exclusiva-RT-texto#.UQfxppS9BGs.facebook

segunda-feira, janeiro 28, 2013

 

A fórmula não é nova, mas é significativa.

Guilherme Pinto é o Presidente da Câmara de Matozinhos. Perdeu as eleições da comissão política concelhia do PS. Não era difícil: bastava ao candidato que concorresse contra ele saber aproveitar as frustrações, causadas aos militantes do PS, com a gestão de Guilherme Pinto na autarquia e prometer resolvê-las. Foi isso que fez António Parada. Ganhou a comissão política e, dentro do espirito oligárquico que se cultiva nos partidos (quem ganha uma comissão política passa a ser o candidato á autarquia), é agora o candidato natural à Câmara.

Entretanto, Guilherme Pinto, confiante de que terá criado menos frustrações aos eleitores de Matozinhos do que aos militantes do seu partido, ameaça candidatar-se à Câmara como independente.

Como resolver esta questão?

O Presidente da Distrital do PS ( e também, por isso, dirigente natural do PS) não quer que sejam os eleitores a resolvê-la e sugere uma distribuição do bolo do orçamento dos contribuintes: António Parada fica como candidato do PS à Câmara (foi eleito presidente da Comissão política!) e Guilherme Pinto (se aceitar!) é candidato a deputado.

Então não se vê, em tudo isto, claramente, o papel dos partidos?


segunda-feira, janeiro 21, 2013

 
De facto, é muito triste: a geração dos meus pais foi uma geração de sacrifícios, muitos sacrifícios. A minha, foi da generosidade e dos afetos: fazemos parte da geração de Maio: da geração que lutou pela liberdade e pela igualdade, que queria fazer amor e recusava a guerra. Muitos de nós sacrificamos tudo, estivemos presos, fomos afastados de empregos, porque queríamos que a geração dos nossos filhos fosse uma geração da felicidade e da abundância: tivesse direito ao trabalho, à educação, à saúde, à qualidade de vida e vivesse de harmonia com as suas escolhas. No final, reparamos que produzimos a geração que fez do mostrar o rabo aos governantes e do blá…blá… a sua bandeira. Chegou ao poder, renegou os seus pais e pôs a geração seguinte à rasca.

A pensar nisto tive, hoje, dificuldade em dormir. Isto é triste, muito triste!


segunda-feira, janeiro 14, 2013

 

O estado social é um investimento e não um custo

A propósito da questão que o Governo debate às escondidas, escrevi, para o Semanário Grande Porto, o seguinte texto:

A questão: “Que Estado social queremos para os impostos que estamos dispostos a pagar?” é, não só, uma questão mal colocada, como eivada de um preconceito ideológico.

E é espantoso que seja um governo dito social-democrata a escolher esta forma de colocar o problema, sendo certo que a social-democracia se configurou em torno dos princípios do Estado-social. É triste ouvir-se elogiar a inteligência de um ministro das finanças e verificar que essa inteligência se torna cada vez mais inútil, quando não serve para acertar nas previsões que o próprio anuncia ou quando não retira ensinamentos do que aconteceu com a Grande Depressão dos anos 30 ou com as consequências da aplicação na América Latina, nomeadamente no Chile, da receita que nos quer aplicar. E é confrangedor que esqueça Roosevelt e, obstinadamente, siga Milton Friedman, uma espécie de António Borges de Pinochet.

Estamos a viver uma situação semelhante à vivida na República de Weimar e só esperamos que os cortes nos apoios sociais não gerem o mesmo efeito, promovendo a ascensão de um outro führer.

Este Governo, em nome da Troika, quer recuperar uma ideia retrógrada do neoliberalismo, já sobejamente demonstrada como errada, de que os direitos sociais são custos insuportáveis e responsáveis pela crise financeira e pela ausência de crescimento económico. Nesse sentido, estabelece uma espécie de relação estímulo-resposta entre os impostos que se pagam e o estado social que se quer. Mas, numa sociedade, tal como num organismo vivo, tudo está ligado a tudo.

Como se pode apelar ao empreendedorismo, diminuindo o apoio à educação, às universidades e desvalorizando os professores? Como querer aumento de produção retirando apoios à saúde e à segurança social? Como esperar que a economia e os negócios cresçam, sem perceber que as políticas sociais são vitais para esse crescimento?

O problema não é saber “que Estado social temos de definir para o dinheiro que temos”, mas onde temos de cortar (e há muito onde fazê-lo!) para manter o Estado segundo a Constituição que temos e os valores que representam a civilização a que pertencemos.

Os portugueses não querem que a taxa de mortalidade infantil aumente por falta de cuidados de saúde; que a esperança de vida diminua por cortes no apoio à terceira-idade; que a violência aumente por cortes nos subsídios de desemprego; que os roubos cresçam por falta de apoios sociais; que a ordem e o direito não se imponham por falta de polícias e de tribunais; que o interior esteja contra o litoral, os velhos contra os novos, o público contra o privado por falta de solidariedade social.

Os portugueses querem que sejam colocadas as questões que devem ser colocadas para não se criar uma cortina de fumo sobre a realidade que pretendem esclarecida.

Precisamos de manter a dignidade a que temos direito e que não se abram, mansa e troikamente, as portas de um Estado salazarento, do pé descalço e da mãozinha esticada.

 

Este mundo não é para pessoas decentes.

A tragédia de Aaron Zwartz é a tragédia de quem nesta vida sonha com um mundo mais justo e mais humano. Aaronz tinha escrito: “A informação é um poder. Mas há aqueles que querem guardá-lo só para si”.

Se o homem é o princípio e o fim de todas as coisas, porque será que alguns se arrogam no direito de quererem ter o poder de chamar só para si todas as coisas?

Aarons partiu. Não disse adeus e a quem o poderia dizer: este mundo não é para pessoas decentes’

http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/aaron-swartz-fundador-do-sistema-rss-suicidouse-aos-26-anos-1580563

domingo, janeiro 13, 2013

 

Por que não se refunde esta criatura para nos deixar em paz?

O problema não é saber que Estado temos de definir para o dinheiro que temos, mas onde temos de cortar (e há muito onde fazê-lo!) para manter o Estado segundo a Constituição que recebemos e os valores que representam a civilização a que pertencemos.

Passos Coelho quer que as crianças venham a morrer com o sarampo, porque o estado não tem dinheiro para vacinas; quer que as crianças vão trabalhar depois do ensino básico, porque o estado não tem dinheiro para garantir o ensino secundário; quer os velhinhos a receberem uma manta para morrerem, porque o estado não tem dinheiro para os cuidados com a terceira-idade.

Passos Coelho quer um Estado salazarento, do pé descalço e da mãozinha esticada, não está interessado em colocar as questões que devem ser colocados para não perdermos a dignidade a que temos direito.

Passos Coelho não se enquadra com a Constituição da República que lhe deu o poder que tem.

Passos Coelho: É preciso começar a pensar no pós-troika - Política - Sol

sexta-feira, janeiro 11, 2013

 

António Costa e Pacheco Pereira estilhaçaram por completo a jogada do Governo

Ontem na “Quadratura do Circulo” , as intervenções de António Costa e Pacheco Pereira estilhaçaram por completo a jogada do Governo com o pseudoestudo do F.M.I. Demonstraram que esse pseudoestudo é uma aldrabice, construída com os dados manipulados que o Governo forneceu para construir um recado com a chancela do F.M.I.

Este Governo funciona como uma ceita obstinada no neoliberalismo, desprezando cinicamente o mundo da vida concreta dos portugueses. Não lhes interessa, como foi dito na “Quadratura do Circulo”, fazer as interrogações que devem ser feitas, para evitar despedimentos, baixar rendimentos, impedir insolvências e pôr o País a crescer. Fazem as interrogações que lhes interessam para encomendar ao F.M.I. os estudos que lhes permitem levar a cabo o desígnio obstinadamente cruel de empobrecer o País.

Como é miserável esta ideia, só própria de malfeitores!

Lamentável, terrivelmente lamentável, é haver comentadores políticos, muito convencidos de que o blá…blá… que jorram a propósito de tudo e de nada é sabedoria eloquente. Como parolos que são, nunca problematizam o que julgam vir de lá fora, do mundo dos inteligentes. Agarram a cenoura do estudo do F.M.I. e masturbam-se com cenários do que deveria ter sido o passado, servindo os interesses da ceita que nos desgoverna. E não se dão ao cuidado de verificar que o estudo não é mais do que propósitos antigos, já há mais de um mês anunciados por esse professor de segunda classe, chamado Marques Mendes, nas suas “amarrações” à ceita que tomou conta deste país.

Que pena não termos um jornalismo inteligente, que tristeza ficar entregues a comentadores políticos de um provincianismo chocante!
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/01/11/quadratura-do-circulo-debate-relatorio-do-fmi

quinta-feira, janeiro 10, 2013

 
Hoje, na Universidade Católica, o Professor Arnaldo de Pinho deu a última lição. Foi um momento sublime! Falou do diálogo, do Concílio Vaticano II e da importância da ligação da filosofia à teologia para que nada deixasse de ser questionado num contexto de vida de grande fragilidade, como aquele em que vivemos.

O maior anfiteatro da U.C. estava repleto. Ali estavam poetas, homens das artes, das ciências, do direito, da justiça e da literatura, homens da Igreja, simplesmente cristãos, muitos agnósticos e muitos alunos. E gostei de lá ver o Presidente da Autarquia do Marco de Canaveses, onde nasci e cresci, o Dr, Manuel Moreira.

No livro que, em homenagem ao Prof. Arnaldo de Pinho foi publicado, deixei o seguinte desabafo:

“Os novos tempos, o tempo em que vivem as gerações que nos sucederam não é fácil, perdeu a memória do que constrói o futuro, fez tábua-rasa do contexto vivido, abandonou o sentido poético da vida e sente, por isso, o drama da incomunicabilidade na era da informação.

Reflectir sobre Religião e Cultura numa homenagem a um Amigo foi para mim a melhor oportunidade para pensar a amizade, como expressão paradigmática duma comunicação que se exerce a partir não só do que é dito, mas também do que já está pressuposto. Significou repensar os valores humanísticos, pelos quais o Prof Arnaldo Pinho tem construído a sua vida. E significou um ato de fé no futuro: acreditar que há sempre uma reviravolta para as crises, porque o jogo da vida não termina numa fase de desconfiança do triunfo dos valores que tornam a vida mais humana”.


quarta-feira, janeiro 09, 2013

 

Governo fala à tarde sobre documento do FMI - Política - Sol

Lembram-se do post que coloquei há dias? Diz-me quem sabe do que fala: “A pressão sobre o Tribunal Constitucional ainda está no princípio. A ida relâmpago de Passos Coelho à Turquia só pode ter um significado: levar um recado da Merkel. Este favor, muito semelhante ao que Durão Barroso fez aos E.U. com a sua visão de armas de destruição massiva no eixo do mal, vai ter contrapartidas: Merkel e os malfeitores que ela representa, farão tudo para que Passos Coelho não seja obrigado a demitir-se por esta flagrante manifestação de desrespeito pela Constituição”.


O relatório do F.M.I., que para alguns não é um relatório, nem um estudo, funciona como aquele mensageiro que diz ao familiar de uma vítima: “morreu toda a tua família”.

O rapaz entra em choque e logo o mensageiro o sossega: “Não entres em polvorosa: morreu só o teu avô e já era esperado.”

O ambiente que o dito relatório pretende criar é este: as medidas arbitrárias do orçamento são melhores do que o que aí vem.

Para esta gente vale tudo, desde que sirva um fim: esmifrar-nos até ao tutano!

Não acreditam? Está nos manuais da política como arte de ludibriar. Maquiavel não foi tão longe, porque não tinha a Godman sachs a orientar o seu manual do governante, nem conhecia António Borges, Moedas, Relvas, Passos Coelho ou Gaspar.

Governo fala à tarde sobre documento do FMI - Política - Sol

terça-feira, janeiro 08, 2013

 
Há uns anos li a reflexão que Joaquim Canotilho, com quem me tornei amigo durante o serviço militar, fez sobre “Direito Constitucional”, publicado pela Almedina. Hoje encontrei o livro. Na pág.39 define Constituição como “estatuto jurídico do político”. Esta obra valia a pena ser hoje lida por algumas pessoas que falam da Constituição sem saberem bem do que falam.

Canotilho faz uma reflexão pelas diferentes constituições e pelas correntes filosóficas, sociológicas, científicas e económicas, desde o liberalismo ao positivismo e ao comunismo, que as inspiram. Defende que é a jurisprudência valorativa (os valores que obriga respeitar) da Constituição que dá sentido a um Estado de direito e não meramente os votos.

Os que acusam de jurisdicionalismo o pedido de fiscalização do Orçamento do Estado ao Tribunal Constitucional deveriam ler esta obra de Joaquim Canotilho.

 
Me acostumbro a envejecer, es el oficio más difícil del mundo...

Me acostumbro a envejecer, es el oficio más difícil del mundo,
llamar a las puertas por última vez,
la separación para siempre.
Horas que corréis, corréis, corréis...
Trato de comprender a costa de dejar de creer.
Te iba a decir una palabra pero no pude.
En mi mundo el sabor de un pitillo por la mañana
con el estómago vacío.
La muerte antes de llegar me envió su soledad.
Envidio a los que no se dan cuenta de que envejecen,
tan ocupados están con sus cosas.

12 de enero de 1963
NAZIM HIKMET


domingo, janeiro 06, 2013

 

Estamos entregues aos bárbaros.

Diz-me quem sabe do que fala: “A pressão sobre o Tribunal Constitucional ainda está no princípio. A ida relâmpago de Passos Coelho à Turquia só pode ter um significado: levar um recado da Merkel. Este favor, muito semelhante ao que Durão Barroso fez aos E.U. com a sua visão de armas de destruição massiva no eixo do mal, vai ter contrapartidas: Merkel e os malfeitores que ela representa, farão tudo para que Passos Coelho não seja obrigado a demitir-se por esta flagrante manifestação de desrespeito pela Constituição”.

E diga-se de passagem: como bem aluno de Merkel, Passos Coelho terá pensado que isso da Constituição não seria para levar a sério, tal como a sua Mestra não dava importância aos acordos que deram sentido à União Europeia.

Os bárbaros não actuavam de outra forma!



 

Taberna do Agricultor

Seguindo léguas da rota que os romanos tinham traçado junto à margem esquerda (não andamos por outro lado) do Rio Ovelha, chegamos ao Castro, hoje, por alguma razão denominado “Salvador” (freguesia onde Teixeira de Pascoais possuía os esplendidos bagos que baco tanto exaltou), muito perto da terra onde nasceu Carmen Miranda.

Aí esperava-nos a Taberna do Agricultor.

Não nos perdemos a imaginar os lindos tornozelos de Carmen Miranda (tal como consta nos manuais especializados) e fomos directos ao pernil divinamente confecionado.

Pensamos mesmo que os romanos, sobretudo no tempo do Imperador Constantino, ao reconhecerem o Domingo como Dia Santo, pensaram na Taberna do Agricultor para refúgio das investidas troikianas, depois de todos os feriados nos terem sido sacados.

E também aqui:
https://www.facebook.com/joaobaptista.magalhaes

sábado, janeiro 05, 2013

 
Na sua entrevista, Cavaco Silva confessa não ter muito jeito para desempenhar o cargo que desempenha. Nós já tínhamos percebido isso e vamos mais longe: sabemos que nunca poderia desempenhar bem o cargo depois de se ter deixado enlamear com as más companhias do BPN.

Mas para quem está no poder há mais de uma dezena de anos, como Cavaco Silva, teve tempo bastante para compreender que não podia deixar em roda livre os incompetentes, súbditos obstinados da Merkel e dos mercados, que nos governam. E nesse sentido, não lhe ficava nada mal ter-se disposto a ir ao Conselho de Ministros que aprovou o O.E. para dar dois murros na mesa e impedir esta situação que a própria Cristine Lagarde critica: a inconstitucionalidade de muitas medidas do orçamento.

Só há, em tudo isto, uma vantagem: com a inconstitucionalidade, o governo deve ser obrigado a demitir-se, dando lugar a quem saiba governar com sentido patriótico. E no país (obviamente não estou a pensar em Seguro) não falta gente capaz de dar a volta a este caminhar para o precipício.

Os que dizem que não há alternativas, não conhecem a história e, sobretudo, fazem desse embuste uma deriva que esconde o muito medo que têm de perder as poucas migalhas que este governo lhes vai proporcionando.

http://www.diariodigitalcastelobranco.pt/detalhe.php?id=13746

sexta-feira, janeiro 04, 2013

 
O pior cego é o que não vê.

Hoje estive na Loja do Cidadão. Estive, entre uma autêntica multidão, duas horas à espera para ser atendido sobre uma questão muito simples, que não demorou mais que um ou dois minutos. Enquanto esperava, assisti a insultos, ameaças de agressões e intervenção da polícia.

Aumenta claramente a revolta e sobe a agressividade.

Não estranho, por isso, as palavras de Mota Amaral: verifica-se o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal, face à "crescente indignação" dos cidadãos, que "não vêm nem finalidade, nem fim para os cortes de benefícios".

Há fundamentalistas que não percebem isto: ninguém lhes ensinou que um ser humano não deve viver com o nariz enfiado no prato.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/01/04/mota-amaral-alerta-para-alastramento-de-verdadeira-catastrofe-no-pais-face-a-crescente-indignacao

quarta-feira, janeiro 02, 2013

 
Há estudos que dizem que a profissão mais stressante, devido a avaliação cega de objetivos traçados aos seus profissionais, é, hoje, a de bancário e isso justifica o número de suicídios que tem havido entre estes profissionais. Com a gula do lucro traçado por objetivos de venda de todo o tipo de produtos financeiros, as administrações dos bancos tornaram-se as principais responsáveis pela crise que atravessamos. Tudo isto na maior impunidade. E numa conivência obscena, o governador do Banco de Portugal, responsável pelo regabofe, foi promovido a vice-presidente do BCE e este governo premeia o regabofe entregando ao Banif 1,1 mil milhões de euros.


Entretanto, para que se perceba bem para quem este governo governa, o governo faz aprovar um diploma que corta as indemnizações por despedimento de 20 para 12 dias.

Querem prova dos nove mais clara?
http://economico.sapo.pt/noticias/estado-injecta-11-mil-milhoes-e-fica-com-60-do-banif_159375.html

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