sexta-feira, novembro 29, 2013

 
Na história da Europa sempre houve países que entraram em bancarrota. Aconteceu à Inglaterra, à Espanha, à terra que já foi dos dos banqueiros, Itália, e, Portugal entrou em bancarrota em diferentes períodos, logo a seguir aos descobrimentos, na primeira república, etc. Nunca aconteceu aos povos destes países sofrerem o que sofrem, hoje, os portugueses (a mais antiga nação da Europa), depois da construção de uma Europa dita comunitária, unida e solidária. Também nunca tivemos governantes tão medíocres, incompetentes e, por tudo, isso tão nefastos. A política para eles é a chicana. Estamos entregues a um grupo de interesses, a que chamam bloco central, ou arco do poder, que no charivari que faz na Televisão apenas tem como preocupação entrar um a um na bicha de um lugar para o governo ou do abocanhamento dos pedaços dos destroços desta governação. É altura de experimentar outro arco para o poder e colocar de frente a questão do interesse de pertencer a esta organização de malfeitores que preside a uma Europa, transformada no braço armado de um bárbaro império financeiro. Mas, para isso teremos, desde já, que trabalhar. Há muitos preconceitos que é preciso destruir e há um PS abatido pela inutilidade de um secretário que o prostrou no chão da desilusão.

quinta-feira, novembro 28, 2013

 
Anda, por aqui, muita criatura indignado com o que disse Mário Soares, a forma como se manifestaram os polícias, os sindicalistas e, se calhar, até com o que eu digo. Mas o que será possível fazer para que este governo ouça os que são vitimas da sua desgovernação? O governo fala em diálogo, mas impõe o que ele quer, de orçamento em orçamento conduz-nos à miséria total, faz funcionários de instituições estrangeiras deixar recados para o Tribunal Constitucional(o que é sempre sinal de indigência, de falta de sentido de Estado), gaba-se de fazer crescer as exportações em 40% (sem ninguém reconhecer no dia a dia a importância desse número) e vai lançando mais gente para o desespero, não se faz respeitar, não sabe honrar a sua palavra, não responde às acusações, fecha-se no seu bunker e viaja em carros blindados com guarda-costas, como queria ser tratado? O governo criou um “estado de sítio” e nesta situação as formas de luta que têm aparecido são muito moderadas, diria mesmo, conservadoras!

terça-feira, novembro 26, 2013

 
Todos sabemos que depois de espremidos os sacrifícios exigidos com este orçamento, o que é que vai resultar para a gente que não negociou as PPP, os Swaps e outras vigarices é nada! Absolutamente nada, ao não ser o ficarmos muito piores e os culpados de todos os males ficarão mais ricos. As referências lisonjeiras aos sacrifícios dos portugueses são o retrato do terrorismo cínico com que nos tratam. Basta!!!!!!..............

 
Para quem assistiu à discussão e votação do orçamento, uma ideia terá ficado clara. A ejaculação palavrosa é a nossa ruína. O que abunda no paleio falta em sensibilidade, estudo, honestidade e competência. Os comentadores de ocasião querem que a oposição apresenta uma alternativa, bem moldada e bem estrutura em cimento armada. Sabem que isso não é possível nem desejado: os problemas são complexos, com muitas derivadas e o que se pede é apenas que esta gente ignorante, insensível e incompetente que nos desgoverna dê lugar a quem tenha credibilidade nas instituições europeias, imponha o que o País pensa com alma, coração, razão e sentimentos. Precisamos também de uma reforma do sistema político: ouvir aquelas bancadas de cinturão protetor de incompetentes que traíram quem os elegeu é não só confrangedor , mas, sobretudo, revoltante!

quinta-feira, novembro 21, 2013

 

Manifestação da Polícia

A polícia lutou pela sua condição de ser um ser humano e isso prestigiou-a e disse aos cidadãos que ser polícia não é ser cão de guarda de dentes arreganhados para defender os senhores do poder. Sinto segurança nesta polícia que não se deixa tornar na manivela da opressão nem é cinzenta nem de cimento armado. Sinto segurança nesta polícia que quer a vida que faz a vida de todos nós Sinto segurança nesta polícia que nos tira o medo da morte, da morte que nos faz ser “coisa” de saldo em fim de estação. Espero a primavera com esta gente do meu sangue que hoje reconheci ser polícia! naturalmente, há sempre quem pense que a polícia é só para cumprir ordem! Mas a história revela o trágico dessa concepção.

 
Há quem pense que a constituição deveria ser limpa das ideologias. É o ponto de vista do pragmatismo, mas o pragmatismo neoliberal também é uma ideologia e querer impô-lo como desideologizado é outra forma ideológica, mascarada e demagógica. A Constituição , como Lei fundamental, de onde emanam todas as outras, pressupõe sempre, mesmo a não escrita, uma forma de ver o homem, a sua relação com os outros e com o mundo. E é este modo de ver, apoiado sempre numa crença, no sentido peirceano, que dá sentido às regras duma nação num estado. Há quem queira lançar no caixote do lixo o melhor património da luta pelos direitos sociais, cívicos e políticos, mas eles regressarão sempre. É que a vida dos povos não se faz aos saltos para o abismo. O património de luta que os povos conquistaram é o sangue da sua vida e renascerá sempre com novas formas de expressão, mas sempre a responder às aspirações que mais profundas do ser humano. Não está, agora, o Papa Francisco a retomar muito do que defendeu Prisciliano? No entanto, cortaram-lhe a cabeça e lançaram-os pedaços do seu corpo no lixo. Há quem diga que o seu túmulo foi tomado pelo túmulo de Santiago e o que moveu as pessoas pelos caminhos de Santiago foi Prisciliano. As crenças não acabaram: continuam ainda no princípio!

terça-feira, novembro 19, 2013

 
Uma verdade que a história confirma: referindo-se à ascensão (em eleições) de Adolf Hitler ao poder na Alemanha em 1933, Carlos Silva (UGT) lembrou que, tal como hoje, as primeiras vítimas do ditador nazi foram os sindicalistas. E acrescentou: "Não permitiremos que, com o medo, toldem a nossa visão", declarou o secretário-geral da UGT, numa intervenção em que prometeu que lutará "contra a destruição da negociação coletiva (…) Nós não vamos vergar. Estaremos mobilizados". Esperamos que sim! http://www.noticiasaominuto.com/politica/133429/propostas-do-ps-serao-teste-a-vontade-de-consenso-de-passos

 

Comportamento execrável!

O comportamento de Merkal, Durão Barroso e Passos Coelho é execrável A Alemanha tem, hoje, um excedente comercial (à custa do Euro) que, pelas regras da comunidade deve ser tão penalizado como o deficit excessivo. Entretanto, nem Durão Barroso nem Passos Coelho reivindicam para Portugal (contrariamente aos outros países intervencionados) o mesmo tratamento que a Alemanha impõe a si própria. Não temos um governo, temos serviçais! Será que ninguém se revolta?!... http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=695490&tm=6&layout=121&visual=49

quinta-feira, novembro 14, 2013

 

Levanta-te do chão!

Este Governo ultrapassou a “linha vermelha” e tornou-se na tropa de choque da Troika, uma espécie de máfia do imperialismo financeiro. E todas as máfias, independentemente de se chamarem troikas ou outra coisa qualquer, sempre colocaram o dinheiro à frente das pessoas. Consideram o ser humano uma mera peça dos seus lucros. Pouco lhes interessa a empresa pelo lado de uma comunidade de trabalhadores, com família e direito a um salário justo para poderem consumir o que produzem. O papel dos governos é combater os agiotas, os que desprezam a dignidade das pessoas, o seu bem-estar, os seus direitos e colocam acima de tudo-- dos princípios, da moral e até da economia e do bom-senso-- as suas ambições mafiosas. O triste, muito triste, reside no facto daqueles que representam as pessoas, os cidadãos, obedecerem aos critérios mafiosos e não á delegação que lhes foi dada para representarem os interesses dos eleitores. Dividem novos contra velhos, funcionários públicos contra privados e tudo fazem para que o povo, a nação, durma nas trevas E são obscenas as chantagens que fzem sobre o Tribunal que faz respeitar as leis e a dignidade do ser humano. Tudo em nome de um empréstimo que é uma perfídia. Não há nenhum empréstimo que justifique a imoralidade, a indecência, o que nos está acontecer: espezinhados, tratados como peças sem alma nem dignidade. Temos de nos levantar do chão, onde nos espezinham! http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=92508

sexta-feira, novembro 08, 2013

 
Os deserdados da democracia

No rescaldo do holocausto nazi, muitos intelectuais, nomeadamente o filósofo Jacques Maritain, interrogaram-se: “Por que é que as democracias não evitaram a guerra?”

A conclusão foi óbvia: as democracias que intercalaram as duas guerras mundiais abandonaram os seus princípios e valores e deixaram-se conduzir para o descrédito por uma classe dirigente corrupta e burocrática.

Os gregos viam na democracia mais do que um sistema de maioria; era uma maneira humana de viver com dignidade, onde o cidadão se dignifica pela participação num Estado que cultiva o bem-comum.

Tal como no tempo que intercalou as duas guerras mundiais, os valores, princípios e expectativas que a democracia criou e marcaram a nossa civilização foram-se perdendo.

Vivemos, hoje, um tempo de agonia: o mal-estar social vai crescendo, a abstenção, nas últimas eleições, subiu para 47% e cerca de 7% dos votos foram considerados nulos por aparecerem com insultos e desenhos pornográficos.

A proposta de orçamento para 2014 denuncia a inutilidade dos sacrifícios do anterior orçamento e gera a sensação de mais inutilidade nos sacrifícios que são impostos, sobretudo a reformados, viúvas e funcionários públicos, que nunca foram tão mal tratados.

É certo que no tempo do fascismo, tinham sobre si o olho policial, mas a carreira de servidores do Estado era protegida e prestigiada. Reconhecia-se a sua elevada competência e serviam de referência para o sector privado. Nessa carreira, estiveram historiadores, romancistas, artistas e poetas, como Eugénio de Andrade. Seria de esperar que a democracia lhes confirmasse esse reconhecimento e que o saber e experiência que foram acumulando fossem aproveitados para, independentemente dos governos, assessorarem a gestão da “coisa-pública” com pareceres técnicos e estudos, uma vez que eles, melhor do que ninguém, conhecem por dentro o que faz a ineficácia do aparelho do estado.

Mas, em nome da confiança política, o chamado “arco do poder” começou a nomear os seus “boys” para cargos do topo da administração pública e, logo a seguir, o poder do estado foi substituído pelo poder de interesses privados, incrustados aos governos, através de gabinetes de advogados, consultores e assessores.

Foi dito pelos representantes da Troika que não eram eles que indicavam o plano dos cortes, mas apenas o montante dos mesmos. O Governo fez a sua opção: impõe 80% dos sacrifícios a reformados, viúvas e funcionários públicos e, nem no tempo de Salazar, esta gente foi tão espezinhada.

Obama chamou-lhes “sacos de murros” e este Governo faz deles os “bombos da festa” da austeridade. E há uma explicação: dos 230 deputados, 117 do “arco do poder” acumulam funções parlamentares com outras actividades profissionais no sector privado, e, em muitos casos, em empresas que prestam serviços de consultoria ao próprio Estado. No índice PSI 20, das 20 empresas cotadas, 16 têm, em cargos de administração, ex-políticos.

A democracia está capturada por interesses particulares, perdeu a sua força moral e, nela, o voto já não impede a brutalidade do arbítrio.

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