domingo, junho 29, 2008

 

Viva Espanha!

A Espanha venceu merecidamente o Euro 2008. Derrotou a Alemanha por 1 a 0. Uma vitória justa de uma equipa que teve um conceito para o jogo e não sofreu qualquer derrota ao longo do torneio.

Viva Torres autor do golo da vitória.

http://www.youtube.com/watch?v=TMyodJ1JXVg&NR=1

 

Espelho meu, espelho meu…

O Primeiro-ministro, José Sócrates, este Domingo, em Setúbal, afirmou o seguinte: «os partidos podem controlar os sindicatos, mas não devem fazê-lo (…); podem mobilizar os sindicatos para as suas estratégias, mas não devem fazê-lo».

E acrescenta: «o PCP e o BE há 30 anos não desistem de dizer que dentro do Partido Socialista há uns que talvez sejam de esquerda, mas há outros que certamente não o são».

Por que terá necessidade de dizer o que diz?!... Será que anda a dormir, quer contrariar o que dentro do PS toda a gente sabe ou pretende enganar o seu próprio espelho?!...

 

Os estilhaços do Bastonário!...

O DN noticia, hoje: «O Bastonário dos Advogados deliberou em pleno conselho geral uma regra que lhe garante receber seis ordenados no final do mandato, em 2011, de uma vez só, descrito como um subsídio de “reintegração” na profissão».

Percebia-se que de tantos estilhaços que as intervenções de Marinho Pinto (contra tudo e contra todos) provocavam, alguns lhe haviam de cair em cima.


Mas, a ser verdade o que diz o DN, o pior é desenvolver-se a ideia entre os cidadãos de que “todos são diferentes e iguais” e perder crédito muitas das denúncias que o Bastonário tem feito, nomeadamente as que dizem respeito ao aproveitamento de cargos públicos (ou de interesse público) para vantagens privadas.
Até podemos concordar com o ordenado, mas o subsídio de reintegração achamos obsceno num tempo em que para os trabalhadores é imposta a flexibilidade no emprego. E, se nos dizem que o cargo de bastonário não é um emprego, por que estipular o vencimento que foi estipulado?!...

sexta-feira, junho 27, 2008

 

O «HOMEM» do século XX

Algumas das suas ideias:

« Je ne suis pas vraiment libre si je prive quelqu'un d'autre de sa liberté » - Não sou verdadeiramente livre se privar alguém da sua liberdade

«Nous ne sommes pas encore libres, nous avons seulement atteint la liberté d'être libres.» - Não somos ainda livres, apenas atingimos a liberdade de ser livres.


«Etre libre, ce n'est pas seulement se débarrasser de ses chaînes ; c'est vivre d'une façon qui respecte et renforce la liberté des autres.» - Ser livre não é apenas livrar-nos das grilhetas;é viver de maneira que respeite e reforce a liberdade dos outros

«En faisant scintiller notre lumière, nous offrons aux autres la possibilité d'en faire autant.»-Ao fazer brilhar a nossa luz, oferecemos aos outros a possibilidade de o fazer também.

«Un homme qui prive un autre homme de sa liberté est prisonnier de la haine, des préjugés et de l'étroitesse d'esprit.» - Um homem que priva outro homem da sua liberdade é prisioneiro do ódio,dos preconceitos e da estreiteza de espírito.

Nelson Mandela,nascido em 18 de julho de 1918
Hoje:Concerto em homenagem a Mandela em Hyde Park -os fundos reverterão para a luta conta o SIDA.
Obs: texto enviado por Amélia Pais.
http://www.youtube.com/watch?v=ODQ4WiDsEBQ

quinta-feira, junho 26, 2008

 

O pântano já se tornou obsceno!

Nos últimos tempos, a degradação da Justiça tem-se acentuado. Hoje foram mesmo agredidos dois juízes em Santa Maria da Feira.

São muitos os factores que contribuem para o descrédito da Justiça: para além da degradação das condições de trabalho dos juízes, de leis mal feitas e inoperantes, da lentidão (desprestigiante da justiça), da ineficácia da mesma pela prescrição de processos, há ainda casos que nos arrepiam, como foi, por exemplo, o facto de um Avelino Ferreira Torres, em pleno julgamento e à porta do Tribunal, perante a rádio, os Jornais e a TV, dar largas ao achincalhamento dos juízes e da Justiça, sem que nada de substancial lhe tenha acontecido que se conheça.

Este sinal público de que “vale tudo”, naturalmente terá reflexo em outros arguidos.

Mas Avelino ainda consegue ir mais longe: a lei permite-lhe que despreze as decisões das sentenças dos Tribunais que o condenaram por corrupção e abuso de poder, enquanto presidente da Câmara do Marco, e, contando com a prescrição dessas sentenças que continuam “ad eternum” em trânsito, faz, durante mais um julgamento por crimes semelhantes, o anúncio da sua candidatura a essa mesma Autarquia.

A crise da Justiça não pode ser por isso dissociada da credibilidade da política e do esvaziamento do prestígio e do papel das instituições.
O pântano já se tornou obsceno. É preciso por cobro a esta situação!

terça-feira, junho 24, 2008

 

Medida à prova de bullying!

Só agora descobri onde encontrou a Ministra da Educação a ideia de introduzir na sala de aula mais do que um professor para impor disciplina e acabar com o bullying.

Só agora, também percebo por que desautorizou e desvalorizou o papel dos professores, acabando com o prestígio que possibilitava serem uma referência de valores para os alunos.

Esta Ministra sabe procurar nos “bons exemplos” as estratégias de sucesso. Depois do sucesso a português, a matemátiva, vejam como não precisa de devolver a autoridade aos professores para impor com evidente sucesso a autoridade na sala de aula e como tal medida se enquadra perfeitamente no seu espírito reformista.

Ora vejam:

http://www.youtube.com/watch?v=sGpgIT32qPk

segunda-feira, junho 23, 2008

 

Viva o S. João

Diz-se que o S. João do Porto era um eremita natural desta Cidade, mas a sua vida (séc.IX) foi vivida na região de TUY, em frente a Valença.

O culto deste Santo foi assimilado a um Santo maior, se assim se pode dizer, o S. João Baptista, nascido a 24 de Junho.

A tradição festiva das comemorações do S. João consistia em saltar fogueiras, andar com um alho porro para bater na cabeça das pessoas, comprar um manjerico, fazer subir balões e a tradicional sardinhada. Hoje as festas são mais feitas de fogo de artifício, martelos de plástico e as sardinhas são poucas e estão muito caras.

Que todos os foliões se sintam felizes nestas festas. Ficarei por casa a “ruminar” algumas memórias que nestas alturas aparecem para nos amargurar.

 

No seu aniversário (1889-1966)

Eu, porém, aviso-vos
Que vivo pela última vez.
Nem de andorinha, nem de plátano,
Nem de canavial, nem de estrela,
Nem de água de uma fonte,
Nem de repicar dos sinos —
Virei perturbar as pessoas
E os sonhos alheios visitar
Com um gemido insaciado.


Anna Akmhatova, Poemas,
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães e Vadim Demitriev,

Edições Cotovia, 1992.

domingo, junho 22, 2008

 

Princípio preocupante!...

No congresso do PSD, Rui Rio justificou o mau funcionamento da Justiça com a seguinte interrogação: “É normal que o presidente da segunda maior câmara do país seja arguido quase desde que tomou posse e esteja com termo de identidade e residência?!...”

Como resposta, obteve uma estrondosa ovação. A coerência política deste aplauso só pode residir no seguinte pressuposto: “quem for presidente da segunda maior câmara do país não pode ser arguido ou sofrer, como os outros, o custo da lentidão da justiça”.

Julgava que um dos sinais do império da Justiça fosse o de todos (sem excepção) serem iguais perante a lei e o funcionamento dos tribunais, mas parece que não é assim para o PSD.

Perante o vazio de projectos deste Congresso do PSD, o estrondoso aplauso à problematização do Rui Rio, na ambiguidade com que foi colocada, não torna muito diferente a ideia que para Portugal terá uma eventual governação de Ferreira Leite da praticada por Sócrates.

sábado, junho 21, 2008

 

Alheados da pobreza!...

O Vale do Baixo-Tâmega tornou-se uma das regiões mais pobres do País.

Um estudo recente sobre os oito concelhos que o compõem (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira e Penafiel) revelou que esta é a região mais deprimida do País.

Mais de 20 mil entre os 470 mil habitantes destes concelhos não têm trabalho ou têm trabalho precário, mas não ganham o suficiente para subsistir sem dívidas e dificuldades.

Representam o crescimento dos "novos pobres" , os abandonados pelas políticas sociais e vítimas duma exploração e exclusão que surgiram nos últimos tempos.

Para apresentação deste estudo, a Rede Europeia Anti-Pobreza convidou todos os presidentes das Câmaras desta região, mas só compareceu um, e um outro presidente de câmara fez-se representar. Tal circunstância deixa bem claro por onde andam as preocupações dos nossos políticos locais, os presidentes de câmara.

Sob o ponto de vista do corpo social, uma parte da dignidade do humano a que pertencemos, aquela parte que configura a injustiça que o pobre traz consigo, está abandonada pelo poder local.

Não se importando com essa outra parte do corpo social, da que constitui a grande maioria de uma comunidade, alheando-se do estado de depressão e diminuição da dignidade que a pobreza cria, o que poderemos pensar destes autarcas?!..

sexta-feira, junho 20, 2008

 

O “facilitismo” como arma de sucesso

O que aconteceu com a disciplina de português, aconteceu, agora, com matemática do 9º ano.

A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o «mais fácil» desde que a prova se realiza.
Naturalmente, com esta política de ensino, o melhor é fazer exames por fax.
As gerações que terão de concorrer com diplomados por outros países é que vão pagar esta factura.

Caminhamos para o que já referi mais abaixo.
Vejam:
http://paulocarvalhoeducacao.wordpress.com/2008/06/10/vejam-ja-aquilo-em-que-querem-transformar-a-educacao-em-portugal/

 
A suposição de que Remedios, a bela, possuía poderes de morte estava agora sustentada por quatro factos irrebatíveis. Ainda que alguns homens de palavra fácil gostassem de dizer que bem valia sacrificar a vida por uma noite de amor com uma mulher tão perturbadora, a verdade foi que nenhum fez qualquer esforço para o conseguir. Talvez, não só para a render como também para esconjurar os seus perigos, tivesse bastado um sentimento tão primitivo e simples como o amor, mas essa foi a única coisa de que ninguém se lembrou. Úrsula não voltou a preocupar-se com ela. Noutra época, quando ainda não tinha renunciado ao propósito de a salvar do mundo, tentou que se interessasse pelos assuntos elementares da casa. «Os homens pedem mais do que tu julgas», dizia-lhe enigmaticamente. «É preciso cozinhar muito, varrer muito, sofrer muito por ninharias, muito mais do que tu julgas.» No fundo, enganava-se a si própria, tentando prepará-la para a felicidade doméstica, porque estava convencida que uma vez satisfeita a paixão, não havia homem na Terra capaz de suportar nem que fosse por um dia uma negligência que estava para além de toda a compreensão. O nascimento do último José Arcadio e a sua firme vontade de o educar para papa, acabaram por fazê-la desistir das preocupações com a bisneta. Abandonando-a à sua sorte, confiando que, mais cedo ou mais tarde aconteceria um milagre e que, neste mundo, onde havia de tudo, também haveria um homem com pachorra suficiente para se encarregar dela. Há já muitos meses que Amaranta desistira de todas as tentativas para a tornar numa mulher útil. Desde as tardes esquecidas da sala de costura, quando a sobrinha apenas se interessava por dar à manivela da máquina de costura, que chegara à conclusão simples de que era tonta. «Vamos ter de te rifar», dizia-lhe, perplexa, perante a sua impermeabilidade à palavra dos homens. Mais tarde, quando Úrsula se empenhou em que Remedios, a bela, assistisse à missa com a cara coberta por um véu, Amaranta pensou que aquele recurso misterioso se tornaria tão provocador que depressa haveria um homem suficientemente intrigado para procurar com paciência o ponto fraco do seu coração. Mas quando viu a forma insensata como desprezou um pretendente que, por muitos motivos, era mais apetecível do que um príncipe, renunciou a toda a esperança. Fernanda não fez sequer uma tentativa para a compreender. Quando viu Remedios, a bela, vestida de rainha no Carnaval sangrento, pensou que era uma criatura extraordinária. Mas quando a viu a comer com as mãos, incapaz de dar uma resposta que não fosse um prodígio de simplicidade, a única coisa que lamentou foi que os tontos da família tivessem uma vida tão longa. Apesar de o coronel Aureliano Buendía continuar a acreditar e a repetir que Remedios, a bela, era, de facto, o ser mais lúcido que jamais conhecera e que o demonstrava a todo o momento com a sua assombrosa habilidade para fazer pouco de toda a gente, abandonaram-na ao deus-dará. Remedios, a bela, ficou a vaguear pelo deserto da solidão, sem cruzes às costas, amadurecendo nos seus sonhos sem pesadelos, nos seus banhos intermináveis, nas suas refeições sem horários, nos seus profundos e prolongados silêncios sem recordações, até uma tarde de Março em que Fernanda quis dobrar no jardim os seus lençóis de barbante e pediu a ajuda das mulheres da casa. Mal tinham começado quando Amaranta reparou que Remedios, a bela, estava transparente, com uma palidez intensa.»

(Gabriel García Márquez, "Cem Anos de Solidão", Círculo de Leitores, 1988. Tradução de Margarida Santiago.)
Obs: enviado por Amélia Pais

quinta-feira, junho 19, 2008

 

Portugal perdeu!...

A Selecção Nacional perdeu. Luiz Felipe Scolari passou cerca de cinco anos por Portugal e só ganhou com isso. Ao despedir-se deixa a porta entreaberta, mas, quem se despede como fez Scolari, não merece que lhe abram as portas para poder regressar.

No futebol e na política tudo é possível. Até mesmo a ausência de vergonha!...

quarta-feira, junho 18, 2008

 

GASÓLEO A 0,80€ PARA OS IATES

O Governo democrático e maioritário do PS tem por hábito quando é confrontado com realidades, apontar os canhões para o PSD, seu parceiro do «Bloco Central de Interesses».

Mas agora, todos ficam a saber : os que têm iates e embarcações de recreio que através do Artº 29 do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008, beneficiam de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores.Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates…

É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,42€, e os banqueiros e empresários do 'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80€, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!!!

Porreiro pá !
Obs: recebido por e-mail

 

Mira Amaral e o seu "sentido de Estado"

Mira Amaral, ex-ministro e gestor pago milionariamente, diz-se “chocado com os que pedem a diminuição dos impostos sobre os combustíveis”. E o primeiro canal da TV apressou-se a anunciar abundantemente esse "choque".

Mas Mira Amaral podia ter outro "choque". Por exemplo, ficar chocado com os lucros milionários das petrolíferas, a suspeita de dumping por elas praticado ou, então, que uma auditoria do Tribunal de Contas tornasse claro que as chamadas empresas municipais são agências de emprego para boys dos partidos, nomeados sem critério a auferirem chorudos ordenados (8.800€, p.ex) e a beneficiarem de regalias, como cartões de crédito e telecomunicações, entre outras.

Mira Amaral sabe que o petróleo é, hoje, como a água, um bem de primeira necessidade. Mas, como não bebe água, não lhe incomoda que o preço dum bem de primeira necessidade seja o mesmo que o de um uísque.

terça-feira, junho 17, 2008

 

Dá-me tua mão
E eu te levarei aos campos musicados pela canção das colheitas
Cheguemos antes que os pássaros nos disputem os frutos,
Antes que os insetos se alimentem das folhas entreabertas.
Dá-me tua mão
E eu te levarei a gozar a alegria do solo agradecido,
Te darei por leito a terra amiga
E repousarei tua cabeça envelhecida
Na relva silenciosa dos campos.
Nada te perguntarei,
Apenas ouvirás o cantar das águas adolescentes
E as palavras do meu olhar sobre tua face muito amada.

Adalgisa Nery

segunda-feira, junho 16, 2008

 

oficial

UEFA confirma admisssão do FC Porto na Liga Campeões.
http://www.youtube.com/watch?v=wAT6UsD-YUk

 

Para onde vai o ensino!

Com as políticas de Educação que imitam a América latina, é muito possível que os pais dos alunos portugueses tenham de seguir o conselho dos brasileiros.
Ora vejam:
http://paulocarvalhoeducacao.wordpress.com/2008/06/10/vejam-ja-aquilo-em-que-querem-transformar-a-educacao-em-portugal/

domingo, junho 15, 2008

 

Avelino no seu estilo!

Avelino Ferreira Torres no próximo dia 18,aquando da terceira audiência do julgamento a que está a ser submetido no Tribunal do Marco, vai aproveitar a presença dos jornalistas e das câmaras da TV para "produzir" mais um número do seu habitual espectáculo.

Desta vez será anunciar a sua candidatura à Câmara do Marco. Mas o seu objectivo é outro: fazer crer que ainda “existe” e com isso reunir um “rebanho” que já não possui, gerar uma “onda de simpatia” que já não tem e vitimizar-se como de costume.


É o desespero de quem não ignora o que todos nós suspeitamos: mais uma condenação para o seu currículo.

É certo que recorrerá e, enquanto a sentença transita em julgado, sempre pode continuar a fazer o número que na próxima quarta-feira fará. Se outras sentenças já tivessem sido definitivas, o próximo espectáculo não teria lugar. Mas este País está mais para o “circo” do que propriamente para prestigiar a lei e a Justiça
.

sexta-feira, junho 13, 2008

 

Um “não” previsível!

O “Não”ao Tratado de Lisboa pelo referendo na Irlanda era previsível. E só veio confirmar que estavam certos os que acusavam os governos, que não sujeitaram o Tratado a um referendo, de recearem a manifestação da vontade dos seus respectivos povos.

Afinal os governos sentiam o que sente a maioria dos cidadãos da Europa: não há uma Europa para cidadãos, mas para alguns, os que "ganharam um taxo" e os que representam os interesses dos poderosos grupos económicos da Alemanha, Itália e França.

As classes médias que se dedicam á agricultura, ao comércio ou à actividade empresarial, sentem-se cada vez mais reféns duma minoria de poderosos que falam em nome de cerca de 500 milhões de cidadãos, mas não os ouve. Por ironia do destino, quando essa minoria de poderosos teve de ouvir uma minoria de cidadãos, pouco mais de três milhões de irlandeses, escutou um redondo NÃO.

Sócrates não pode, agora, dizer "está porreiro pá!" Ficou em causa (como ele diz) a sua "carreira política", mas não é isso que incomoda os cidadãos europeus.


Esperamos que este “Não” obrigue aos 27 governos a avaliarem as consequências de uma Europa que está acima dos problemas reais dos seus povos e pensa as questões sociais apenas para retóricas de circunstância.

 

O perigo espreita numa sardinha!

A ASAE anuncia que, durante os festejos dos Santos Populares vai andar a inspeccionar as barraquinhas das sardinhas.

Nenhuma tarefa mais nobre se vislumbra!

quinta-feira, junho 12, 2008

 

Todos, em nome do Povão!...

Valentim Loureiro admitiu, hoje, como “quase certa” a sua recandidatura à Câmara de Gondomar. E esclarece, para que não haja dúvidas, que só quer servir os gondomarenses e tanto o pode fazer pelo PSD ou como independente. E há quem diga que ganhará as eleições.

No Marco de Canaveses Avelino Ferreira Torres deixou o “amar Amarante” e já tem jornal de campanha à autarquia do Marco de Canaveses. Garante que só quer servir os marcoenses e tanto o pode fazer pelo CDS/PP, como pelo PSD ou como independente. E há quem diga que ganhará as eleições.

Fátima Felgueiras também consta que se vai recandidatar à autarquia de Felgueiras e só quer servir os felgueirenses e tanto o pode fazer pelo PS ou como independente. E tudo indica que ganhará as eleições.

Isaltino Morais também consta que se vai recandidatar à Câmara de Oeiras. Só quer servir os oeirenses e tanto o pode fazer pelo PSD ou como independente. E há quem diga que a vitória é certa.


À mulher de César não bastava ser honesta, deveria também parecer que era honesta. Em Portugal qualquer corrupto, enquanto não transitar em julgado, é presumidamente um cidadão honestos e de bons costumes.
Como esse “trânsito em julgado” pode demorar uma eternidade, eles continuam acima de qualquer suspeita e só têm uma única intenção: servir o povo!

O centrão não está disponível para obrigar a Lei e a Justiça a mostrar a diferença; e, por isso, o "Povão" acredita que são todos iguais e todos diferentes, entendendo-se melhor com os que são mais iguais do que diferentes --tal como ele (Povão) gostaria de ser!...
Temos, assim. um "nivelamento" das grandes referências políticas para a felicidade do "Povão"!

 

Uma normalidade precária!

O entendimento entre o Governo e a comissão dos transportadores de mercadorias fez parar uma crise muito profunda e com consequências imprevisíveis. Não resolveu a crise, mas segurou a explosão do desespero.
A crise que o País vive é a crise dos pequenos e médios comerciantes, das pequenas e médias empresas, dos que só têm as mãos para fazer face à vida. Sobre eles, que criam 75% dos postos de trabalho, cai o peso asfixiante dos impostos e a indiferença do Estado. São eles (que constituem a maioria dos portugueses) os esquecidos por um Governo dito socialista e são eles que criaram as maiores expectativas em relação às promessas deste Governo.

Espera-se que o PS perceba o descontentamento generalizado e quase explosivo. Por todo o lado se encontram sintomas de um desespero afogado na solidão. Mas como ficou demonstrado na “greve dos transportadores” os desesperados são solidários na luta: eles já nada têm a perder!

É preciso olhar por esta gente que desesperadamente procura fazer face à vida. Já não está em causa o Governo voltar ou não a ganhar as eleições (o que me parece, apesar do favoritismo relativo das sondagens, difícil): o que está em causa é a própria estabilidade do País.

quarta-feira, junho 11, 2008

 

Situação pré-insurreccional

Estamos, com a crise provocada pela subida de combustíveis, a viver uma situação pré-insurreccional.

Desapareceu o sentido do Estado, não foram dignificadas as instituições mediadoras, os partidos tornaram-se grupos de interesse e os governantes que os partidos “produzem” estão mais interessados em olhar pela sua vidinha que propriamente preocupados em servir o bem-comum.

As consequências são claras: leis ad hominem (veja-se o caso Estoril-Sol), justiça inoperante, desmotivação dos servidores do Estado, propaganda de reformatismo, ninguém representa ninguém e ausência de esperança no Futuro.

Nada que não pudesse estar previsto no paradigma individualista e egoísta do neo-liberalismo que nos desgoverna.

Sem fazer do Estado uma referência ética, sem fazer da lei um imperativo do bem-comum, sem dignificar as instituições representativas dos interesses sócio-profissionais, tudo fica entregue ao egoísmo e só no desespero há solidariedade.

O Governo autista e sem credibilidade só tem, como única solução, o recurso às forças policiais, mas estas estão desmotivadas, não são a solução num regime democrático e para quem vive uma situação de desespero nada há que possa recear.

Se tivéssemos tido quem nos governasse com sentido de Futuro, podíamos ter os caminhos-de-ferro como alternativa aos camionistas, mas abandonaram-se as linhas-férreas que cobriam todo o País e só temos quem pense, provincianamente, no TGV.

Este Governo, arrogante e autista, está a deixar que o País caminhe para uma situação insurreccional e o Presidente da República e a Oposição tornaram-se figuras de estilo, não se dando conta da sua existência.

Se queremos salvar a democracia, temos de exigir a primeira e urgente reforma : a reforma dos partidos. Não podemos continuar a deixar que os partidos continuem a ser uma escola de chico-espertismo, "produzindo" os (des)governentes que temos.
Sem uma reforma dos partidos, a própria democracia está em causa.
Os melhores, os mais responsáveis, os mais competentes não são ouvidos e não temos quem pense no nosso futuro colectivo.
A própria ideia de uma Europa para todos vai-se tornando num embuste.

terça-feira, junho 10, 2008

 

CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS


Podereis roubar-me tudo:
As ideias, as palavras, as imagens,
E também as metáforas, os temas, os motivos,
Os símbolos, e a primazia
Nas dores sofridas de uma língua nova,
No entendimento de outros, na coragem
De combater, julgar, de penetrar
Em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
Suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
Outros ladrões mais felizes..
Não importa nada: que o castigo
Será terrível. Não só quando
Vossos netos não souberem já quem sois
Terão de me saber melhor ainda
Do que fingis que não sabeis,
Como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
Reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
Tido por meu, contado como meu,
Até mesmo aquele pouco e miserável
Que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
Que um vosso esqueleto há - de ser buscado,
para passar por meu, E para outros ladrões,

JORGE DE SENA, Metamorfoses

 

“Dia da Raça”?!...

O Presidente da República chamou ao 10 de Junho, “Dia da Raça”.

Não se percebe de que “raça” quererá falar Cavaco Silva. Por que será que não lhe chamou “Dia de Portugal” ou “Dia de Camões”?!...

É certo que Cavaco Silva já confidenciou que só leu o Canto Nono dos Lusíadas, mas isso já chegava para descobrir que até na Ilha dos Amores os preconceitos de raça tinham desaparecido.

Compreende-se que o regime de Salazar quisesse utilizar o 10 de Junho para fazer propaganda do “império colonial”, fazendo crer que havia a raça do povo português, superior aos outros povos.

Mas, agora, que superioridade podemos propagandear: somos comandados por Bruxelas, temos o maior desequilíbrio entre ricos e pobres, somos governados por um socialismo de tipo africano, não possuímos uma ideia que dê esperança ao futuro dos nossos filhos, continuamos a ser a Nação que, como dizia um Imperador Romano, não governa nem se deixa governar, trocamos o Algarve pelo Allgarve, os valores que dominam entre nós são o do “chico-espertismo” e só ao nível da Selecção é que a bola funciona melhor.

Mas até na bola Deco e Pepe foram nacionalizados e Scolari, o único que faz peito de raça, é o brasileiro mais típico da mestiçagem.

segunda-feira, junho 09, 2008

 

Nem só de barragem se “faz energia”

A senhora que passa junto ao rio Tâmega ficaria submersa, se a construção prevista (no Plano Nacional de Barragens de que Fridão faz parte) de um açude imediatamente a jusante da cidade de Amarante já estivesse concluído.

A foto não deixa dúvidas! Podem certificarem-se disso, clicando: http://poramarantesembarragens.blogspot.com/

E que importância terá a barragem de Fridão para a satisfação das carências energénitas em Portugal?!... Muito pouca, por certo! No entanto, o seu impacto sobre a Cidade de Amarante será enorme. Imaginem a perversão que a quantidade de água parada (até à cota em sublinhado na foto) irá provocar!

Imaginem os cheiros nauseabundos que isso vai desencadear, os prejuízos que isso vai causar para o turismo, a qualidade da vida, património ambiental, histórico e paisagístico da Cidade de Amarante!

Será razoável que deixemos para os nossos filhos, como herança da nossa cobardia e comodismo, essa desgraça económica, social, patrimonial e ambiental?!... O que dirão de nós?!..

Mas os marcoenses também não podem ficar indiferentes. As águas verdes e sujas vão ter um efeito de acumulação em Canaveses e o belo passeio que está a ser feito nas margens do Rio vai desaparecer. Mas ainda o pior é imaginar-se um rebentamento (sempre possível) dos diques que vão conter as águas.

O problema do custo da energia a todos nós preocupa. Mas haverá dinheiro que pague os enormes prejuízos que a barragem de Fridão vai causar ao nosso Futuro, ao futuro do desenvolvimento economico de amarante e ao bem-estar dos amarantinos?!...


E há alternativas : basta que se construam mais 40 eólicas.

Façam isso (e integrem as eólicas num plano nacional que respeite o impacto ambiental) e deixem os nossos filhos sentirem-se honrados com a beleza de Princesa do Tâmega.

Subscrevam a petição em:

http://www.petitiononline.com/PASB2008/petition.html

domingo, junho 08, 2008

 

Por que não nacionalizar?

http://jn.sapo.pt/2008/05/26/opiniao/por_nao_nacionalizar.html

Mário Crespo, Jornalista

Se o mercado não consegue disciplinar os preços, os lucros nem o selvático prendar dos recursos empresariais com os vencimentos multimilionários dos executivos, então por que não nacionalizar os petróleos e tentar outros modelos? Quem proferiu este revolucionário comentário foi Maxine Waters, Democrata da Califórnia, durante o inquérito conduzido pelo Congresso, em Washington, às cinco maiores petrolíferas americanas. Face à escalada socialmente suicidária dos preços dos combustíveis, o órgão legislativo americano convocou os presidentes para saber que lucros tinham tido e que rendimentos é que pessoalmente cada um deles auferia. Os números revelados deixaram os senadores da Comissão de Energia e Comércio boquiabertos. Desde os 40 mil milhões de dólares de lucro da Exxon no ano passado, ao milhão de euros mensais do ordenado base do chefe Executivo da Conoco-Phillips, às cifras igualmente astronómicas da Chevron, da Shell e da BP América. Esta constatação do falhanço calamitoso do mecanismo comercial, quando encarada no caso português, ainda é mais gritante. Digam o que disserem, o que se está a passar aqui nada tem a ver com as leis de oferta e procura e tem tudo a ver com a ausência de mercado onde esses princípios pudessem funcionar.

Se na América há cinco grandes empresas que ainda forçam o mercado a ter preços diferentes, em Portugal há uma única que compra, refina, distribui e vende. É altura de fazer a pergunta de Maxine Waters, traduzindo-a para português corrente:

- Se o país nada ganhou com a privatização da Galp e se estamos a ser destruídos como nação pela desalmada política de preços que a única refinadora nacional pratica, porquê insistir neste modelo?

Enunciemos a mesma pergunta noutros termos:

- Quem é que tem vindo sistematicamente a ganhar nestes nove anos de privatização da Galp, que alienaram um bem que já foi exclusivamente público? Os espanhóis da Iberdrola, os italianos da ENI e os parceiros da Amorim Energia certamente que sim. O consumidor português garantidamente que não. Perdeu ontem, perde hoje e vai perder mais amanhã.

Mas levemos a questão mais longe: houve algum ganho de eficiência ou produtividade real que se reflectisse no bem-estar nacional com esta alienação da petrolífera? A resposta é angustiantemente negativa. A dívida pública ainda lá está, maior do que nunca, e o preço dos combustíveis em Portugal é, de facto, o pior da Europa. Nesta fase já não interessa questionar se o que estamos a pagar em excesso na bomba se deve ao que os executivos da Galp ganham, ou se compram mal o petróleo que refinam ou se estão a distribuir dividendos a prestamistas que exigem aos executivos o seu constante "quinhão de carne" à custa do que já falta em casa de muitos portugueses. Nesta fase, é um desígnio nacional exigir ao Governo que as centenas de milhões de lucros declarados pela Galp Energia entrem na formação de preços ao consumidor. Se o modelo falhou, por que não nacionalizar como sugeriu a congressista Waters? Aqui nacionalizar não seria uma atitude ideológica. Seria, antes, um recurso de sobrevivência, porque é um absurdo viver nesta ilusão de que temos um mercado aberto com um único fornecedor.

Se o Governo de Sócrates insiste agora num purismo incongruente para o Serviço Nacional Saúde, correndo com os existentes players privados e bloqueando a entrada de novos agentes, por que é que mantém este anacronismo bizarro na distribuição de um bem que é tão essencial como o pão ou a água? Como alguém já disse, o melhor negócio do Mundo é uma petrolífera bem gerida, o segundo melhor é uma petrolífera mal gerida. Na verdade, o negócio dos petróleos em Portugal, pelas cotações, continua a ser bom. Só que o país está exangue. Há fome em Portugal e vai haver mais. O negócio, esse, vai de vento em popa para o Conselho de Administração da Galp, para os accionistas, para Hugo Chávez e José Eduardo dos Santos. Mas para mais ninguém. A maioria de nós vive demasiado longe da fronteira espanhola para se poder ir lá abastecer.


JN de 26-05-2008


sábado, junho 07, 2008

 

Viva Portugal!

Portugal foi o melhor. A vitória por 2 – 0 à Turquia é merecida.

Parabéns à Selecção de todos nós!

 
Por toda a parte nos resta ainda uma alegria. A dor pura entusiasma. Quem sofre sobre a própria miséria, está mais alto. E é magnífico saber que só na dor sentimos bem a liberdade da alma.
*
Queridos irmãos! Talvez a nossa arte amadureça,

Pois, como o jovem, há muito ela fermenta já,
Em breve em beleza serena;
Sede, então, devotos, como o grego o foi.
*
Amai os deuses e pensai nos mortais com amizade!
Odiai a ebriedade como o gelo!
Não ensineis nem descrevais!
Se o mestre vos assusta,
Pedi conselho à grande natureza!
*
Por isso foi dada ao homem a língua, o mais perigoso dos bens para que ele dê testemunho de
o que ele é.

Friedrich Hölderlin,

Poemas, Lisboa, Relógio d¹Água, 1991

 

Última sondagem

O centrão, ocupado pelo PS, começa a encolher.
PS (perde a maioria absoluta): 41,8%

PSD: 25%.´

PCP: 11%

BE: 10%.

CDS: 6,9%

À esquerda do PS: 21%, seria o melhor resultado de sempre
À direita: 31,9%, seria o pior resultado de sempre.

sexta-feira, junho 06, 2008

 

Mais um protesto

Mais de 500 camiões participaram, hoje, no Porto, num protesto contra a falta de medidas do Governo para evitar os especulativos aumentos de gasolina.

Junto ao Dragão, por volta das 21h30, pude fazer a foto que testemunha esse protesto.

quinta-feira, junho 05, 2008

 

Uma possibilidade para descarregar a revolta!

A manifestação contra o pacote laboral reflectiu um descontentamento que é, hoje, transversal na sociedade portuguesa.

Quem tem a ideia de que governar à esquerda é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem, sente-se indignado com um pacote laboral que deixa na mão dos patrões o destino de quem trabalha; quem pensa que a esquerda se distingue da direita por envolver os destinatários nas reformas que para eles são feitas, sente-se revoltado com a prepotência pseudo-reformativa deste governo; quem julga que a esquerda em tempos de crise protege os mais pobres e vê este governo tornar os ricos mais ricos e a fazer os pobres pagar a crise dos mais pobres, sente-se indignado com este governo; quem acredita que a Administração Pública deveria ser uma referência de motivação no trabalho e vê professores, funcionários públicos, médicos e magistrados maltratados, desmotivados e desejosos de deixar de trabalhar para o Estado, sente enjoo em ouvir os cansativos auto-elogios da propaganda socrática.

E já que a revolta é muito grande e não têm ao vosso lado este Governo para a descarregar, abram o site que em baixo lhes deixo e carreguem nos botões que lhe aparecem até esvaziarem a indignação que lhes vai na alma.
http://sorisomail.com/jogos-e-animacoes/1503.html

Eu sei que não resolve o problema, mas pode aliviar o stress!

quarta-feira, junho 04, 2008

 

Imaginação a transbordar!

O Governo anda nervoso e exagera na imaginação.

Santos Silva veio à TV com um cardápio enorme de realizações do Governo nunca vistas! Mas como a vida está tão difícil, é caso para responder que se tanta labuta tem tido tão más consequências para a vida da maioria dos portugueses, o melhor seria estarem quietinhos: estragavam menos e poupavam muito mais.

Vitalino Canas censura o comício do BE, Pintassilguistas e Reformadores por criticarem o Governo, mas pergunta-se: esperar-se-ia outra coisa?!...

Manuel Pinho ficou “muito contente”, porque a Autoridade da Concorrência não descobriu cartelização na subida dos preços da gasolina. Mas Pinho esperaria que AdC encontrasse uma troca de correspondência para tal conluio ou apanhasse Ferreira de Oliveira num sótão, à luz da vela, em reunião conspirativa com os administradores da BP e Repsol?!
Pensa ainda ter tido uma ideia fantástica: colocar num site da Internet o preço dos combustíveis. Mas, se navegasse pela Internet verificaria que já existe, há muito tempo, esse site, nomeadamente neste blog(mais gasolina).

Com tão “brilhantes” ideias, não se pode dizer que não haja imaginação a transbordar nesta gente que acompanha Sócrates no Poder.

terça-feira, junho 03, 2008

 

Sócrates, o intelectual profundo!

Sócrates, entusiasmado com mais um dos seus caudais de “inaugurações anunciantes” revelou, ontem, a propósito do anúncio do TGV, as suas profundas leituras de esquerda, afirmando: «Quero citar um grande intelectual português, que um dia disse: já foram ditas todas as palavras, agora é preciso acção».

O tal intelectual português, a que Sócrates se refere, deve chamar-se “Ma(r)x”, o do "bailinho da madeira"!
http://www.youtube.com/watch?v=_99i-Y9luXs&feature=related

O Ma(r)x de que Sócrates ouviu falar, terá dito na "11ª Tese dobre Feuerbach": “Até agora os filósofos preocuparam-se em interpretar o mundo; agora importa transformá-lo

 

A imoralidade da pobreza

Pior do que sabermos que há dois milhões de pobres em Portugal (perfazendo um quinto dos portugueses a viver com menos de 360 euros por mês), que há pessoas com emprego, mas o que ganham não chega para as suas necessidades, que a diferença entre pobres e ricos é já obscena, que se alarga a consciência de que são os pobres a resolverem a crise dos mais pobres, pior do que tudo isto, é a pobreza não ter rosto, ser diluída nos números pelos contabilistas de serviço e esquecermo-nos que onde há pobres há uma ruptura com os elementares padrões da ética que a todos obriga.

Obs: excerto de um texto de opinião que enviei para:
http://www.grandeportotv.com/catalog/welcome.do?hasFlash=yes

 

Petição sobre a FOME

«A ONU convocou um encontro sobre a crise alimentar para evitar um caos global que poderá levar mais 100 milhões de pessoas à pobreza. Os países ricos insistem em soluções "band-aid" que não vão à raiz do problema. Mas nós sabemos que se a crise da falta dos alimentos não for resolvida agora, ela irá afectar radicalmente todos nós. O Secretário Geral da ONU - Ban Ki Moon vai receber esta petição na próxima quarta-feira ás 9:30 da manhã.

Temos uma oportunidade excelente para levar a nossa mensagem directamente aos Chefes de Estado. Precisamos de pelo menos 500.000 assinaturas para eles nos darem ouvidos».

Assine, por favor, a petição!

http://www.avaaz.org/po/global_food_crisis/tf.php?cl_tf_sign=1

domingo, junho 01, 2008

 

Não há fumo sem fogo!

A LUSA noticia:

"A Comissão Europeia aplicou uma multa de 8,6 milhões de euros à Galp Energia por concertação de preços no mercado de betume para asfalto em Espanha, anunciou o executivo comunitário em comunicado".

Em Portugal, a Galp, este ano, teve 69 MILHÕES DE EUROS DE LUCROS EXTRAORDINÁRIOS EM 3 MESES, O TRIPLO DE 2007.

Inocentes questões:

Em Portugal há mais de dois milhões de pobres e cerca de 200 mil têm menos de cinco euros por mês.
Os salários dos pobres não são definidos pelo Governo

Os administradores da Galp ganham por dia mais de mil e duzentos euros
Os salários dos admnistradores da Galp é definido por comissão em que Governo está presente.
http://dn.sapo.pt/2005/07/17/nacional/governo_toca_regalias_administradore.html


A interrogação insuspeita:
Por que será que o Governo faz os menos pobres pagar a crise dos mais pobres e não intervém no aumento da gasolina?

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