quinta-feira, janeiro 31, 2008

 

31 de Janeiro de 1891

Contra a humilhação da Pátria pelo ultimato inglês, o nepotismo e a decadência moral e política do velho regime monárquico, um grupo de sargentos e alguns oficiais, interpretando o sentir da Nação, revoltaram-se no dia 31 de Janeiro de 1891.

Para honrar a memória dessa luta e lembrar que nenhum regime pode estar acima da vontade da Nação, a A25A, a Associação de Sargentos e a Associação 31 de Janeiro promoveram uma romagem ao cemitério do Prado do Repouso.

Junto ao mausoléu dos revoltosos, foram lembrados os ideais da democracia e a frustração que também hoje sente o povo português pelo abandono a que, como naquele tempo, é votado por uma classe de políticos mais preocupada com os seus interesses do que com os problemas da Nação.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

 

Uma ideia a copiar!

O cidadão algarvio, Valentim do Carmo, pagou o ano passado 130 euros de Imposto Único de Circulação do seu barco de pesca e agora vê esse imposto aumentado para 300 euros.

Decidiu, então, reunir com moedas de 1, 2 e 5 cêntimos o novo valor do imposto.

Da recolha obteve 55 quilos de peso do imposto e entregou-os nas Finanças.

Ora aqui está uma ideia brilhante!

Se todos os portugueses fizessem o mesmo, talvez a ideia de “cobrar” o deficit com aumento de impostos trouxesse a este Governo a verdadeira dimensão do peso bruto que isso representa para os portugueses.

 

Mudança de paradigma ou de cosmética?!...

O teste que determinará saber-se se a remodelação governamental significa uma mudança de paradigma ou de cosmética, será feito pelas máximas que denunciam a ideologia interiorizada pelos inúmeros “boys” socráticos.

O exemplo mais claro da ideologia socrática está expresso na máxima de Maciel Barbosa, presidente da ARSN, transmitida pelo JN.

Sendo confrontado com a contestação da população de Felgueiras ao encerramento do SAP local, atira Maciel Barbosa:

«As pessoas têm direito a ter expectativas, mas não têm direito a ter opinião».

Querem ideologia mais “socialista” ou um espírito mais "democrático" para definir o paradigma socrático que dominou até, hoje, este Governo?!...

Vamos esperar pelas próximas máximas de Maciel Barbosa e ficaremos a saber se há uma mudança de paradigma ou de cosmética

segunda-feira, janeiro 28, 2008

 

Que a terra lhe seja pesada!

Foi, hoje, a enterrar o ditador Suharto. Tinha 86 anos e era considerado o mais corrupto dos ditadores, armazenando cerca de 20 milhões de euros em bancos no estrangeiro.

Muitos dos que apregoam a liberdade, como Ronald Reagan e outros apoiaram este corrupto e sanguinário ditador, responsável por mais de um milhão de seres humanos assassinados na própria Indonésia, em Timor e na anexada Papua ocidental.

Que a terra lhe seja pesada, já que em vida não pagou pelos seus crimes!

domingo, janeiro 27, 2008

 

Lições de socialismo!!!... Para quê?!...

Sócrates, assegurou hoje: «ninguém me vem dar lições de socialismo!»

E a sua cara, a sua expressão, os seus gestos e especialmente o seu olhar, estavam de acordo com o que lhe saía em palavras, tal como ensinam os manuais de comunicação e propaganda!

Sócrates tem jeito para interiorizar a figura que os seus assessores de comunicação e imagem lhe encenam. Ainda não chorou, mas já sabe colocar um brilhozinho nos olhos, tremelicar as pestanas e mudar levemente o tom de voz para fazer aquela figura de vitima, condescendente, quase pia, que se “vende” tão bem!

Mas não precisava de levar tão a sério os conselhos dos agentes de propaganda que lhe ajeitam o nó da gravata e lhe ensaiam a figura que “vende” melhor a persuasão: toda a gente sabe, e o dia a dia confirma, que, em matéria de socialismo, Sócrates nunca quis lições nem as aplicaria.


Sócrates, “está noutra”: está mais na linha de Berlusconi e só lhe falta uma equipe de futebol!

 

Um problema de memória ou só fumaça?!...

O nosso amarantino, António Marinho Pinto , actual Bastonário da Ordem dos Advogados, parece ter dito uma blasfémia: “existe em Portugal uma criminalidade do mais nocivo para o Estado e para a sociedade”

Ficaram escandalizados os políticos e seus derivados – e até exigem provas!... Vejam lá!...

Mas o que António Marinho disse, já não terá sido dito por muita outra boa gente?!...Será que não se lembram do que disse Saldanha Sanches, Cravinho, o General Loureiro dos Santos e tantos outros?!....

Percebe-se que um bastonário que não vagueia pelos corredores do poder no rodopio das “grandes” causas, não deva ser directo. Deveria dizer, p.ex., “há fumos de corrupção”!

Utilizando um conceito volátil deixaria de escandalizar essa gente tão séria que nem quer pensar na corrupção e, ao fim e ao cabo, as consequências seriam, como de costume, as mesmas: só fumaça!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

 

O Predador socrático!

O Ministro da Saúde faz-nos lembrar aquele camponês que, olhando para o desfile de juramento de bandeira do seu filho, acusa o batalhão de levar o passo trocado, porque a marcha não batia certo com o pé do seu Zé.

As populações manifestam-se por todo o país contra o fecho de urgências, o Ministro diz que as populações estão mal informadas; entra num hospital uma pessoa com uma crise de vesícula e sai em caixão com um traumatismo craneo-encefálico, o Ministro diz que isso é perfeitamente natural; fecha as maternidades e os bebés nascem nas ambulâncias, o Ministro diz que isso sempre aconteceu; desqualifica (como agora se diz!) a urgência do Hospital de Amarante e desloca para Penafiel médicos e enfermeiros e funcionários administrativos, o Ministro diz que os amarantinos mais tarde compreenderão que o mal-estar que isso provoca é só para bem deles; desloca serviços e quando os seus utentes protestam porque não há uma rede de cuidados integrados de saúde, o Ministro responde-lhes que lá para 2011 terão um novo hospital; queixam-se doentes e seus familiares dos custos que lhes provocam as deslocações a que, agora, são obrigados, o Ministro diz que isso só lhes está a trazer benefícios, etc., etc.


Os ecologistas, que tanto se preocupam com os males que causam às avezinhas a ruptura de ecossistemas provocada pelas barragens e auto-estradas, deveriam olhar para este Predador socrático que dá cabo da população do interior, agrava a nossa qualidade de vida, faz-nos morrer à porta dos hospitais e já devorou o único bem que o Estado proporcionava à gente pobre e que mais sofre: o SNS

terça-feira, janeiro 22, 2008

 

Infelicidade de ser português!

Segundo um estudo hoje publicado, somos, com os húngaros, o povo que se diz menos feliz. E não admira:

Durante nove anos, os governos têm indicado metas da inflação acima das reais para nos roubarem no ordenado; temos as pensões mais baixas da Europa; o único “bem social” que o Estado nos proporcionava, o Serviço Nacional de Saúde, foi, através dum partido dito socialista, o de Sócrates, estilhaçado; o PSD de Filipe Meneses só tem como preocupação a divisão do bolo do orçamento dos contribuintes, querendo dividir com o PS as grandes obras públicas, a Banca e os comentadores televisivos; a alternativa que se aguarda a esta liderança, a de Rui Rio, afirma que “não se queixa de Sócrates”; Cavaco Silva diz que a economia vai bem e ninguém percebe a utilidade da saúde de uma economia que deixa doente a maioria dos portugueses; e estes, enterrados em cartões de crédito que lhe comem o salário, vivem de receios e sem esperança no futuro. Sentem que o seu voto já não é a “arma do povo”, mas a “alma vendida ao diabo”!

Percebe-se, por isso, que Sócrates, com a cartilha do marketing político na mão, seja o único a andar feliz (seguindo-lhe o seu amigo Vara!)
Será o fruto da benemérita Universidade Independente?!...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

 

Um imperativo de cidadania

Presidente da Assembleia da República

A actual política de saúde, em especial o encerramento de serviços e o corte de despesas necessárias ao seu bom funcionamento, tem degradado o Serviço Nacional de Saúde: o acesso é mais difícil e a qualidade da assistência está ameaçada.

O SNS é a razão do progresso verificado nas últimas décadas na saúde dos portugueses. Ao serviço de todos, tem sido um factor de igualdade e coesão social.

Os impostos dos portugueses garantem o orçamento do SNS e permitem que a sua assistência seja gratuita. Não é legítimo nem justificado exigir mais pagamentos.

Os signatários, reclamam da Assembleia da República o debate e as decisões políticas necessárias ao reforço da responsabilidade do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de cuidados de saúde, através do SNS geral, universal e gratuito.

Pode assinar aqui:

http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?sns2008

domingo, janeiro 20, 2008

 
«O mundo gira ao redor dos inventores de valores novos;gira em invisível movimento. Mas à volta dos comediantes,é a multidão que gravita, e também a glória;e diz-se que assim vai o mundo».

Nietzsche. in: Assim Falava Zaratustra
--Publicada por luis lourenço em vitalis a 1/20/2008 03:31:00 AM

sexta-feira, janeiro 18, 2008

 

Lições da História

«A corrupção politica e económica alastrava a partir de Madrid, de uma forma que ultrapassava tudo o que se tinha visto em séculos anteriores.
Os tribunais eram manipulados de tal maneira que uma pessoa pobre não conseguia levar adiante um processo, muito menos obter que lhe fizessem justiça. Entretanto, embora nas províncias houvesse feroz rivalidade entre liberais e conservadores, na capital verificava-se praticamente um acordo de cavalheiros entre os líderes.

Sempre que era necessário avançar com uma medida impopular, os conservadores retiravam-se e adiantavam-se os liberais que agora quase não se distinguiam dos seus adversários. Os dois partidos pareciam aqueles bonecos de madeira que saem alternadamente das suas casotas para indicar o tempo».
Antony Beevor, in A Guerra Civil de Espanha(referindo-se à 2ª metade do século XIX)
Bertrand (Tradução de José Espadeiro Martins)

quinta-feira, janeiro 17, 2008

 

Canção


Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha arder
venha arder em nosso peito

E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece

E saiam todos os sóis
que apodrecem no céu
dos que não quiseram ver
-mas que saiam de joelhos

E das mãos que saiam gestos
de pura transformação
Entre o real e o sonho
seremos nós a vertigem

Alexandre o’Neill

quarta-feira, janeiro 16, 2008

 

MÁSCARAS E SERVIÇO PÚBLICO

Palavra de honra que eu não fazia tenções de, tão cedo, voltar a falar da ASAE. Mas as notícias emocionantes do último fim- de-semana funcionaram como catalisador e espevitaram brilhantemente o meu zelo cívico.

Já aqui há tempos o respeitável inspector- geral da ASAE tinha dito, no Expresso da Meia- Noite, que alguns agentes do seu serviço surgem de carapuça nas feiras porque poderia ser desagradável para eles, que por vezes são vizinhos de gente ligada aos feirantes, serem reconhecidos na vida de todos os dias.

Esta forma de assegurar um bom ambiente convivial de vizinhança e a informação sobre o treino do pessoal da ASAE com serviços secretos e polícias estrangeiras é que produziram em mim o déclic triunfal.

Eis a solução para muitos problemas! Pensei logo nos professores.
Se receberem treino de manejo de armas e de explosivos, operações de comandos, pantominas de assalto e circulação de capuz negro, não apenas ficam ao abrigo da deterioração eventual das suas relações de vizinhança e proximidade, como podem cumprir muito mais eficaz e corajosamente a sua insubstituível missão.
Os professores têm sido vítimas das mais inqualificáveis violências, quer da parte de alunos, quer da parte dos pais deles. Pois bem, se tiverem preparação militar, aprenderem a manejar uma pistola de guerra ou uma bazuca e se apresentarem nas escolas de cabeça coberta e com uniforme acolchoado correspondente, as vantagens saltam aos olhos:

Primeiro, sentirão as orelhas e o nariz muito mais agasalhados, o que não é despiciendo atentas as inóspitas condições de alguns estabelecimentos de ensino.

Segundo, não podem ser reconhecidos, o que facilita as substituições, por exemplo, quando o professor de Matemática falta e a aula de Matemática é dada pelo de Educação Física, com óbvia solução de muitos problemas de gestão de pessoal. Sem contar que ficam ao abrigo das agressões intempestivas dos encarregados da educação. Quando um aluno é castigado, tem más notas ou chumba sem apelo nem agravo, como é que eles vão saber de que professor se trata? Como é que hão-de ir à escola tirar-lhe satisfações, insultá-lo, partir-lhe a cara, ou mesmo fazer-lhe uma espera traiçoeira, pelo lusco-fusco, à porta de casa?

Terceiro, com esse musculado adestramento, os professores podem manter o respeito e a disciplina muito mais facilmente. Não só pela razão saudável de que os alunos ficarão deveras acagaçados ante uma figura mascarada que lhes explica que não foi o Marquês de Pombal quem descobriu o caminho marítimo para a Índia ou tenta dar-lhes a perceber que o nome predicativo do sujeito não é um disjuntor, mas ainda porque é muito mais difícil, se não de todo impossível, ajustarem contas com o docente cá fora. E, quanto aos incidentes ocorridos no próprio espaço da aula, os resultados serão igualmente positivos: se o menino Zacarias tentar agredi-lo, ou se o menino Eleutério se lembrar de dar cabo da carteira ou do computador, ou ainda se se puser a tirar macacos do nariz e a beliscar o rabo do menino Teodoro até espirrar sangue, o professor, convertido em atirador especial, pode puxar da Parabellum e acertar na cabeça do menino Zacarias ou do menino Eleutério sem correr o risco de atingir o inocente menino Teodoro ou a omoplata frágil da menina Cátia Vanessa. Depois de duas ou três cenas deste género, não pode haver quaisquer dúvidas de que o aproveitamento escolar melhorará exponencialmente e de que todos os professores, mesmo os que prestam serviço nas escolas mais problemáticas, podem viver descansados e sentir-se plenamente realizados na carreira que escolheram.

O mesmo princípio pode ser adoptado noutros serviços de interesse público. Ocorrem-me os revisores da Linha de Sintra, os condutores dos autocarros nocturnos e muitos outros.Tudo o que é preciso é que passe a haver regulamentos que tornem isto possível. Depois, não terão sido os professores quem fez os regulamentos, tal como acontece com a ASAE que se limita a cumpri-los. E finalmente viveremos numa democracia digna desse nome e da actuação mascarada de quantos lhe prestam serviço.

Vasco Graça Moura
in DN de 16 de Janeiro de 2008

 

Será de espantar?!...

Segundo o presidente da Eurojust, José Luís Lopes da Mota, «Portugal é conhecido como o país das burlas e fraudes fiscais, sobretudo relacionados com o IVA»

terça-feira, janeiro 15, 2008

 

Educação para a "bola" ou um governo sem "tola"?!...



 

Vitória da massa!

Com 97,76% de votos a favor, Carlos Santos Ferreira foi eleito presidente do maior Banco privado português na Assembleia-geral do Millennium-BCP a decorrer no Porto.

Mas alguém duvidava que fosse de outra forma?!.... É certo que o ex-Ministro e actual docente na U.C. teve a maioria esmagadora de pessoas a votar nele! Mas estas só representam pouco mais que 2% do capital do Banco.

Se há quem pense que o dinheiro arrasta princípios ou via nesta eleição uma luta entre a Opus Dei e a Maçonaria, pois lembre-se do ditado: “Ovelha que fica mansa mama na sua teta e na do governo”. Ou então: "Ovelha que berra, bocado que perde!"

 

lapsus linguae?!...

Neste último dia das jornadas parlamentares do PSD, o líder parlamentar deste partido, Pedro Santana Lopes -- o tal que é assessor de António Mexia (colocado pelo PS na EDP) e fatura a essa empresa do Estado, segundo noticiou a FOCUS, 10mil euros por mês -- afirmou «que os sociais-democratas precisam de rapidamente começar a assumir fracturas em relação ao PS».

Não haverá um lapsus linguae: em vez de fractura querer, Santana Lopes, dizer fatura!...
É que o PSD é a outra face do PS e ambos fazem parte do mesmo centrão que fatura escandalosamente no bolo do orçamento dos contribuintes.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

 

Só o “eterno” era desnecessário!...

Comparando imagens, um repórter fotográfico da revista "Gala" descobriu que o anel de noivado que Sarkozy ofereceu á sua ex-mulher Cécilia é igual ao que recentemente ofereceu a Carla Bruni.

São jóias, em ouro branco e diamantes, que custaram cerca de 20 mil euros.

Faziam parte duma colecção criada por Victoire de Castellane que lhes colocou a seguinte divisa: "Amor eterno entre um vampiro e uma menina."

Esperamos que por cá seja também copiado este tão elegante gesto com uma tão eloquente divisa, onde só o “eterno” parece estar a mais!

 

Pessimismo aumenta

Um estudo de opinião feito a empresários cristãos sobre a confiança nas políticas de Sócrates revela que «este mês, os pessimistas duplicaram de 8 por cento, em Dezembro, para 16 por cento, enquanto os moderadamente optimistas são agora 24 por cento, contra 32 por cento no mês anterior».

Convém salientar que, geralmente, o ponto de vista dos crentes é sempre optimista, o que torna mais significativo este estudo de opinião.

O blá…blá… socrático já não convence ninguém!

sexta-feira, janeiro 11, 2008

 

Perspicácia do legislador








quinta-feira, janeiro 10, 2008

 

A ética, como estratégia de marketing político.

Li, hoje, que uma das justificações de José Sócrates para quebrar a promessa de um referendo ao Tratado Europeu foi a ética da responsabilidade.

Max Weber, quando fez a conferência que deu lugar ao opúsculo “O político e o cientista” não previa que o seu conceito “ética da responsabilidade “ pudesse ser usado como técnica de vender melhor a falta de convicções, ou, como diria o Sociólogo, a falta de uma “ética das convicções”.

Max Weber apelava aos jovens que o ouviam que fizessem da ética uma postura consciente e prudente de vida.

É que, como diria o "discipulo" de Kant, convicções sem responsabilidades são cegas e responsabilidades sem convicções são vazias.


Fazer da ética uma “palavra-armadilha” só serve o puro e descarado oportunismo das obscenas estratégias de marketing político.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

 

Intensidade psicológica.

Filipe Meneses inaugurou, a propósito do Tratado Europeu, um novo estilo de oposição. Afirma: «o PSD foi corajoso ao defender em Outubro a ratificação do novo tratado europeu por via parlamentar, enquanto o PS adiou a decisão e hesitou».

O Líder do PSD está, assim, de acordo com o facto de Sócrates atirar para o caixote do lixo as suas promessas eleitorais, que a Constituição não seja cumprida relativamente ás matérias do referendo e que o Governo entenda que os portugueses não são ainda adultos para se prenunciarem sobre o Tratado Europeu. O que o preocupa é a intensidade psicológica da decisão de Sócrates.

O PSD de Filipe Meneses não é oposição: é o psiquiatra do regime! E, naturalmente, Sócrates agradece.

terça-feira, janeiro 08, 2008

 

Reforma no sistema de saúde

O “Prós e Contras”, de ontem, sobre a Reforma do Sistema de Saúde teve, como era esperado, pouco interesse para o esclarecimento do tema em causa, mas deixou claro alguns conceitos do Ministro da Saúde.

Ficamos a saber que para o Ministro decisões políticas não são decisões que visam o interesse da Polis, mas do partido do Ministro. Foi assim que aconteceu com o caso de S. Pedro de Sul. Antes que o Ministro informasse o autarca de S. Pedro do Sul, já o dirigente do PS, numa entrevista dada a uma rádio regional, anunciava a solução.

Com é, hoje, notório e evidente, os partidos deixaram de se justificar pelo que lhes dava sentido: tomar parte por um conceito ideológico do interesse comum.

Esvaziou-se dos partidos a ideologia que lhes dava sentido. Os partidos tornaram-se grupos de interesses com lógicas muito semelhantes às utilizadas pelas máfias. E só temos este contexto para entender aquilo que o Ministro entende por decisões políticas!


O resto, as comissões técnicas, servem de biombo que esconde a demagogia. Parece ser esse o papel que os políticos reservam aos técnicos especialistas. E o curioso é que eles (pessoas muito competentes, muito inteligentes e académicos) aceitam ser uma espécie de "palhaços da corte"!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

 

Palavras sábias

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos
de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de
dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz
de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se
lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo,
enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da
sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, -
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não
descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem
carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam
na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a
veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao
roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a
indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis
no Limoeiro (...)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este
criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo
primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.

A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao
ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e
pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao
outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo,
apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não
caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

Guerra Junqueiro, in "Pátria" (1896)


Obs: é a segunda vez que coloco este texto, texto que está bem preente no tempo em que vivemos, tempo que está bem longe do 25 de Abril.

Agora, veio por e-mail

domingo, janeiro 06, 2008

 

O problema é da metáfora ou do ministro?!...

O ministro das finanças, Teixeira dos Santos, comparou, hoje, o MilleniumBCP a uma casa assaltada e lamentou que a oposição fosse atrás da polícia, em vez de procurar o ladrão.

Será para levar a sério?!..


É que a metáfora "polícias e ladrões" tem tido outra versão e mais de harmonia com o tema em causa!...

 

Assim, vale a pena!...

Segundo o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, o conselho de ministros, presidido por José Sócrates, na reunião informal de hoje, discutiu o "tema do referendo" ao Tratado de Lisboa, mas nenhuma conclusão tomou.

Por sua vez, no final da actuação de um grupo musical que foi cantar as Janeiras ao primeiro-ministro, José Sócrates disse que tinha "todos os motivos" para acreditar que este ano (2008)será "ainda melhor" que 2007 para os portugueses.

Não perca tempo a procurar vislumbrar as razões ou os motivos de José Sócrtes e clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=eBF1cMyizY8

(e, como bónus, veja os outros vídeos que estão assinalados ao lado, nomeadamente o dos “gatos fedorentos")
http://www.youtube.com/watch?v=xYUDDo5u12E

 
Cada dia nos dê o nosso pão
e comê-lo nos abra aquela casa
de inteligência e coração
onde sentar-se é mesa rasa
de ver quantos não estão
sentados nessa casa.
E comer se ilumina, e abre-se portão,
ou qualquer coisa de brasa
entra no movimento e na palavra,
como se cada gesto e cada som
fosse uma leitura que se abra
dentro da história de não haver senão
a de estarmos à mesa da palavra,
transparentes, à luz de se partir o pão.

Fernando Echevarria

sexta-feira, janeiro 04, 2008

 

Preparar novo rumo (do mesmo)!...

Sabe-se que Sócrates vai reunir-se, informalmente, com todo o Governo, no próximo Domingo, para analisar a situação política.

As declarações de Ferro Rodrigues, Ana Benavente, Manuel Alegre, Mário Soares e outros parecem ter feito alguma mossa e as “campainhas” de alerta soaram a Sócrates. Não foi com certeza Filipe Meneses, sem carisma nem credibilidade!...

Imagino que não vai preparar uma remodelação ministerial. As conclusões que o Primeiro Ministro, vaidoso, autosuficiente e medíocre, vai tirar serão as seguintes: é preciso preparar o "novo rumo"(do mesmo!).


Aí vem mais publicidade, mais marketing, mais sondagens a comprovar a “linha justa” do governo, mais ministros a “monologar” nos meios de comunicação, mais retórica embebida em lamentações de “não se pode fazer tudo o que se queria fazer pelos desempregados, aposentados, bla…blá… blá…”

Mas será que há alguém que ainda vai na conversa desta “gente”?!....

 

DESABAFO DE ANA BENAVENTE

Será este o País que queremos?

1. Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual governo.
Não pertenço a qualquer estrutura nacional e, na secção em que estou inscrita, não reconheço competência à sua presidência para aí debater, discutir, reflectir, apresentar propostas. Seria um mero ritual.
Em política não há divórcios. Há afastamentos. Não me revejo neste partido calado e reverente que não tem, segundo os jornais, uma única pergunta a fazer ao secretário-geral na última comissão política. Uma parte dos seus actuais dirigentes são tão socialistas como qualquer neoliberal; outra parte outrora ocupada com o debate político e com a acção, ficou esmagada por mais de um milhão de votos nas últimas presidenciais e, sem saber que fazer com tal abundância, continuou na sua individualidade privilegiada. Outra parte, enfim, recebendo mais ou menos migalhas do poder, sente que ganhou uma maioria absoluta e considera, portanto, que só tem que ouvir os cidadãos (perdão, os eleitores ou os consumidores, como queiram) no final do mandato.
Umas raríssimas vozes (raras, mesmo) vão ocasionando críticas ocasionais.

2. Para resolver o défice das contas públicas teria sido necessário adoptar as políticas económicas e sociais e a atitude governativa fechada e arrogante que temos vivido?Teria sido necessário pôr os professores de joelhos num pelourinho? Impor um estatuto baseado apenas nos últimos sete de carreira? Foi o que aconteceu com os "titulares" e "não titulares", uma nova casta que ainda não tinha sido inventada até hoje. E premiar "o melhor" professor ou professora? Não é verdade que "ninguém é professor sózinho" e que são necessárias equipas de docentes coesas e competentes, com metas claras, com estratégias bem definidas para alcançar o sucesso (a saber, a aprendizagem efectiva dos alunos)?
Teria sido necessário aumentar as diferenças entre ricos e pobres? Criar mais desemprego? Enviar a GNR contra grevistas no seu direito constitucional? Penalizar as pequenas reformas com impostos? Criar tanto desacerto na justiça? Confirmar aqueles velhos mitos de que "quem paga é sempre o mais pequeno"? Continuar a ser preciso "apanhar" uma consulta e, não, "marcar" uma consulta? Ouvir o senhor ministro das Finanças (os exemplos são tantos que é difícil escolher um, de um homem reservado, aliás) afirmar que "nós não entramos nesses jogos", sendo os tais "jogos" as negociações salariais e de condições de trabalho entre Governo e sindicatos.
Um "jogo"?
Pensava eu que era um mecanismo de regulação que fazia parte dos regimes democráticos.

3. Na sua presidência europeia (são seis meses, não se esqueça), o senhor primeiro-ministro mostra-se eufórico e diz que somos um país feliz.
Será? Será que vivemos a Europa como um assunto para especialistas europeus ou como uma questão que nos diz respeito a todos? Que sabemos nós desta presidência? Que se fazem muitas reuniões, conferências e declarações, cujos vagos conteúdos escapam ao comum dos mortais. O que é afinal o Tratado de Lisboa? Como se estrutura o poder na Europa? Quais os centros de decisão? Que novas cidadanias? Porque nos continuamos a afastar dos recém-chegados e dos antigos membros da Europa? Porque ocupamos sempre (nas estatísticas de salários, de poder de compra, na qualidade das prestações dos serviços públicos, no pessimismo quanto ao futuro, etc., etc.) os piores lugares?Porque temos tantos milhares de portugueses a viver no limiar da pobreza?
Que bom seria se o senhor primeiro-ministro pudesse explicar, com palavras simples, a importância do Tratado de Lisboa para o bem-estar individual e colectivo dos cidadãos portugueses, económica, social e civicamente.

4. Quando os debates da Assembleia da República são traduzidos em termos futebolísticos, fico muito preocupada. A propósito do Orçamento do Estado para 2008, ouviu-se: "Quem ganha? Quem perde? que espectáculo!".
"No primeiro debate perdi", dizia o actual líder do grupo parlamentar do PSD "mas no segundo ganhei" (mais ou menos assim). "Devolvam os bilhetes...", acrescentava outro líder, este de esquerda.
E o país, onde fica? Que informação asseguram os deputados aos seus eleitores? De todos os partidos, aliás. Obrigada à TV Parlamento; só é pena ser tão maçadora. Órgão cujo presidente é eleito na Assembleia, o Conselho Nacional de Educação festeja 20 anos de existência. Criado como um órgão de participação crítica quanto às políticas educativas, os seus pareceres têm-se tornado cada vez mais raros. Para mim, que trabalho em educação, parece-me cada vez mais o palácio da bela adormecida (a bela é a participação democrática, claro). E que dizer do orçamento para a cultura, que se torna ainda menos relevante? É assim que se investe "nas pessoas" ou o PS já não considera que"as pessoas estão primeiro"?

5. Sinto-me num país tristonho e cabisbaixo, com o PS a substituir as políticas eventuais do PSD (que não sabe, por isso, para que lado se virar). Quanto mais circo, menos pão. Diante dos espectáculos oficiais bem orquestrados que a TV mostra, dos anúncios de um bem-estar sem fim que um dia virá (quanto sebastianismo!), apetece-me muitas vezes dizer: "Aqui há palhaços". E os palhaços somos nós. As únicas críticas sistemáticas às agressões quotidianas à liberdade de expressão são as do Gato Fedorento.
Já agora, ficava tão bem a um governo do PS acabar com os abusos da EDP, empresa pública, que manda o "homem do alicate" cortar a luz se o cidadão se atrasa uns dias no seu pagamento, consumidor regular e cumpridor... Quando há avarias, nós cortamos-lhes o quê? Somos cidadãos castigados!
O país cansa!
Os partidos são necessários à democracia mas temos que ser mais exigentes.Movimentos cívicos...procuram-se (já há alguns, são precisos mais). As anedotas e brincadeiras com o "olhe que agora é perigoso criticar o primeiro-ministro" não me fazem rir.

Pela liberdade muitos deram a vida.
Pela liberdade muitos demos o nosso trabalho, a nossa vontade, o nosso entusiasmo.
Com certeza somos muitos os que não gostamos de brincar com coisas tão sérias, sobretudo com um governo do Partido Socialista!

(*) Ana Benavente
Professora Universitária, militante do PS
(PÚBLICO, 02.12.2007)


 

Que sentido moral do Estado?!...

Os administradores da CGD, por onde passa muito dos nossos impostos, os ordenados dos funcionários públicos e dos reformados, emprestam milhões aos especuladores da cotação do MilleniumBCP e, em troca, os beneficiários "trespassam" esses administradores para o MilleniumBCP, onde vão ser milionariamente remunerados.

Esperava-se que o Governo utilizasse a CGD para promover a qualidade de vida dos portugueses, proporcionando com baixos juros a aquisição de casa, obtenção de bolsas de estudo, promoção do investimento produtivo, criação da riqueza que gera postos de trabalho por forma a diminuir o sofrimento dos que mais sofrem, mas não: empresta dinheiro à especulação financeira para jogos de influencia e de poder.


É este o sentido moral do Estado que este governo promove e é este o padrão de sucesso dos administrados da "coisa" pública.

 

Salão Nobre do Conservatório Nacional (Lisboa)

Recebi o seguinte e-mail:

PRECISAMOS DA SUA ASSINATURA. É UMA PARTE IMPORTANTE DO PATRIMÓNIO PORTUGUÊS QUE SE PERDE SE NÃO AGIRMOS URGENTEMENTE !
Foi neste Salão que Guilhermina Suggia, em 25 de Março de 1901, tocou pela primeira vez em Lisboa, integrada no Quarteto Moreira de Sá.
(www.suggia.weblog.com.pt )
Desde os anos 40 do século passado que não se têm efectuado obras no Salão Nobre do Conservatório Nacional, e 62 anos de constante utilização para concertos, audições e aulas deixaram as suas marcas, encontrando-se actualmente o Salão Nobre com um dos balcões laterais suportado por varões de ferro (para não cair), um número considerável de cadeiras totalmente destruídas, tectos com buracos, cortinas rasgadas, camarins em precárias condições, etc. Enfim num adiantado estado de degradação que ameaça chegar ao ponto de não retorno.
Como se trata de um equipamento cultural indispensável não só para as actividades do Conservatório Nacional mas também como pólo dinamizador não só do Bairro Alto mas de toda a cidade de Lisboa, desde há anos que, insistentemente, se reclamam, aos organismos competentes, obras!, tendo mesmo sido publicado concurso público para esse efeito (DR - 3ª Série nº 239 de 15/12/2005 – Recuperação do Salão Nobre, galeria, palco, sub-palco, salas de apoio e cobertura-1ª fase - empreitada 135/05); o qual, no entanto, viria a ser subitamente cancelado (!) , não se sabendo até à data as razões desse cancelamento.
O salão Nobre do Conservatório Nacional com os seus magníficos tectos Malhoa não poderá aguentar mais tempo sem obras de recuperação.
É preciso salvá-lo sob pena de estarmos a pactuar num crime de lesa-património.
E é isso que acabamos de pedir nesta nossa petição:
http://www.gopetition.com/online/14127.html
que, esperamos, sensibilize os nosso governantes, locais e nacionais e seja retomado o concurso público em má hora cancelado (DR-3ª Série Nº 239 de 15/12/2005).
(Caso tenha dificuldades em aceder à petição através do endereço acima indicado, sff tente fazê-lo através de um motor de busca (GOOGLE, por ex.) escrevendo "Salão Nobre do Conservatório Nacional")
Assine-a e divulgue, s.f.f.
Antecipadamente gratos, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Virgílio Marques e Júlio Amorim

quarta-feira, janeiro 02, 2008

 

Calendário venatório.

Fechei a caça á perdiz em Soalhães, terra do nosso amigo Carteiro.

Durante a manhã percorri sozinho a Costa Grande, zona agreste das faldas da Aboboreira.

De nada me serviu entrar no “jogo” da livre confrontação de instintos: o meu, o da minha cadela e o da perdiz. Os esforços da “CÔA”, assim se chama a minha cadela, não foram afortunados. As perdizes revelaram a sua superioridade instintiva e não me deram chance.

É nisto que se revela a elegância deste desporto e não propriamente no matar a rês. Por isso, um dia de caça nunca é um dia em vão: ficamos sempre a lucrar, quer seja com o deslumbramento da natureza ou com o convívio entre amigos.

Terminei a caça lucrando com as duas situações: partilhei com a Côa a verdadeira postura de um filósofo: caminhar na rude montanha em permanente alerta, saber que nunca se sabe o que poderá acontecer, mas sempre disponível para desafiar a solução que salte num horizonte de incertezas. Depois, foi o almoço no interior da serra (onde se pode fumar sem a perseguição da socratina ASAE), com o sr. Luís a colocar no grelhador de febras toda a sua arte, o sr. Coutinho a demonstrar que este ano a sua colheita de vinho é esplêndida, o meu velho amigo, também conhecido por Velhote, a provar que continuam a ser os doces os verdadeiros prazeres da Aldeia e o meu companheiro de doutrina (velhos tempos!) de regulamento na mão, disparando artigos e mais artigos, para nos convencer das potencialidades da nossa Associativa de caça.

Dia de caça sem convívio com amigos não é dia de caça. Ainda por cima em Soalhães, terra que por razões de generosidade (e não para ser de mata e queima) foi doada, em 1373, a Gonçalo Mendes de Vasconcelos pelo rei D. Fernando. O pelourinho e a igreja românica continuam a testemunhar a importância desta Terra e a acrescentar valor ao seu património natural.

Foi, por isso, em cheio que me despedi desta faina venatória. Só me restam as batidas ao javali.

Mas isso é outra conversa.

 

Automatismo inconsciente

O presidente da ASAE surge, hoje, no DN, fotografado a fumar uma cigarrilha no Casino do Estoril, depois da entrada em vigor da lei do tabaco.

Há quem se admire e acuse o presidente da ASAE de um péssimo exemplo. Mas, o presidente só segue o estilo de uma governação. Já se esqueceram que Sócrates fala em rigor e tira um curso por fax?!...

É, assim, esta governação: “olhem para o que eu digo, mas não olheis para o que eu faço”.

Chamam a isto “automatismo inconsciente”, mas também se poderia chamar “grande lata”.


A grande lata vai marcando o estilo do governo socrático. Até se diz socialista!!!...

This page is powered by Blogger. Isn't yours?