sexta-feira, janeiro 29, 2016

 

A parcialidade da Troika


O relatório do Tribunal de Contas Europeu deveria fazer pensar a oposição antes do seu blá…blá… sobre o orçamento do Governo. A Critica desse Tribunal deixa claro a parcialidade da troika: “enquanto a Hungria foi obrigada a cumprir 60 condições, a Portugal foram impostas 400 medidas, isto apesar de os países enfrentarem circunstâncias similares”. A pressão que a Troika continua a fazer sobre Portugal, com fugas de informação, amaças ditas de agências de rating, etc. tem uma justificação. Os técnicos da Troika, ao serem colocados nos cargos que ocupam pelos interesses financeiros que representam, receberam uns óculos com que fazem a interpretação das contas do orçamento português. Toda a gente sabe que é com interpretação de contas que se fazem as manobras nas análises. Não há só uma maneira de ver um copo meio-cheio. O que eles vêem é configurado pelos óculos que lhe foram colocados nos cargos milionariamente pagos. Antes de mais querem agradar aos seus patrões e o quer os seus patrões é que um governo não governe para diminuir o sofrimento dos que mais sofrem, mas para resolver os problemas dos bancos e de gente como Soares dos Santos.

quarta-feira, janeiro 27, 2016

 

Estou mesmo velho!

Este quadro de Van Gogh nunca me impressionou tanto como hoje! Não me sai da cabeça a frase de um cabotino que chamava aos velhos “geração grisalha”. Não é o conceito que choca, mas o desprezo pela velhice. Por certo nunca ouviu falar da “ Arte de envelhecer e de fazer amigos” de Cícero. Não me cabe fazer o elogio da velhice nem é isso que vejo no quadro de Van Gogh. Vejo nesta pintura o fim de tudo representado num velho. Uma espécie de luto pelo esvaziamento do que faz merecer uma vida. Chegados a velhos, há a sensação de que as utopias, as esperanças, os valores e os horizontes que fizeram a razão de existirmos deixaram de ter crédito. E isso é como se morrêssemos antes de nos apagarmos na vida.
Estou mesmo velho!

domingo, janeiro 24, 2016

 

Triste e não desilusão!

Estava escrito nos astros. Tino de Rãs iria receber os desencantados do PS e do PC. Foi premiado por ser o candidato da escapadela folclórica.
Sampaio da Nóvoa não conseguiu fazer passar a sua mensagem com o ruído dos seguristas e também por alguma desorganização da sua máquina.
Os seguristas vão ficar na história como os coveiros da candidatura de um homem bom, inteligente, com sentido de Estado e de esquerda.
O PC, que tanto queria derrotar Marcelo, foi um seu aliado, recusando apoiar Sampaio da Nóvoa na primeira volta. Teve o prémio que merecia. A retórica que, agora, desenvolvem é insuportável. Seria melhor que o directório do PC  se calasse e fizesse luto em vez da narrativa metafísica que metamorfeiam em amanhãs dourados.
O BE teve um bom resultado, mas é circunstancial: tem a ver com o crescimento do papel das mulheres (credíveis) e o equilíbrio do seu combate político. Se estes factores esmorecerem, não é com as causas fracturantes que o BE crescerá!
Depois deste trabalhinho os barões do PS não vão provocar divisões e muito menos fazer qualquer guerra: é gente habituada a encher a boca com heróicos chavões, mas depois metem o rabo entre as pernas à espera de algumas migalhas do poder e elas só caiem se se portarem bem.

É triste criar esperanças que se esvaíram porque a ambição estúpida se sobrepôs à racionalidade. Não quiseram perceber a alma dos eleitores e era tão fácil compreendê-la!

 

O voto é uma arma e parece um ritual!

Acabei de votar na Escola onde passei uma boa parte da minha vida. Talvez, aqui no Porto, seja nela que se concentram o maior número de mesas de voto. Foi com saudades que percorri os seus longos corredores e recordei alguns amigos que que já não estão entre nós. Senti uma enorme solidão física e psicológica. Pouca gente a votar a esta hora e em cada rosto se percebia que o seu voto era mecânico, fazia-se como de costume, sem a intencionalidade que uma campanha deveria criar. Vamos ver se este mundo que vivi não corresponde à realidade do mundo que esperava. Espero bem que sim!

sábado, janeiro 23, 2016

 

AAMC

Tomaram, hoje, posse os novos Corpos Sociais da Associação dos Amigos do Concelho do Marco. A dirigir a Direcção ficou António Moreira Ferreira, na Assembleia Geral João Baptista Magalhães e no Conselho Fiscal Alberto Monteiro Araújo. Logo surgiram propostas de iniciativas que, levadas a cabo muito contribuirão para uma cidadania mais activa, mais próxima dos problemas do nosso Concelho, do nosso País e do nosso tempo.

Sinto-me feliz pelo entusiasmo da direcção da Associação dos Amigos do Marco que ajudei a criar. Esperamos que mais marcoenses se inscrevam na Associação da sua Terra e as  iniciativas da AAMC sejam bem sucedidas.

sexta-feira, janeiro 22, 2016

 

Sondagens e uma contradição que talvez não seja!

Foi esta a sondagem que ontem, durante a arruada, conheci.

Não percebo por que há tantos cidadãos dispostos a votar em Marcelo Rebelo de Sousa. Marcelo é a imagem do que aconteceu com o seu candidato: "foi e já não é". De repente, ficou mais à esquerda do que os candidatos de esquerda. E há muita gente que não tira conclusões! O que fizeram ao ditado: "quando a oferta e grande, o pobre desconfia". Ninguém muda tão rapidamente de convicções e posturas e quando isso acontece desconfia-se da honestidade dessa criatura, passando a suspeitar de que poderá ter em breve uma recaída. Maria de Bélem é como já alguém disse « um "nonsense" os resultados mostrarão isso e os seus apoiantes de referência cairão num descrédito completo se é que já não estão nele - à direita ninguém os quer e à esquerda muito menos». E talvez aconteça como diz! Nunca percebi a postura daquelas personalidades do PS que estiveram na primeira fila da apresentação de Sampaio da Nóvoa no Tivoli, no Porto, e, quando Maria de Belém apareceu para complicar a vida a António Costa sem se perturbar com os efeitos na credibilidade do Partido, apareceram na primeira fila na campanha de Maria de Belém.  Muita gente se interroga: o que os distinguirão de Marcelo? Talvez isso ajude a compreender a razão do aparecimento de uma segunda candidatura no PS

quinta-feira, janeiro 21, 2016

 

Em campanha

Ontem, desde as 10 horas da manhã, eu, o Coronel José Valdoleiros e o Dr. António Ferreira, percorremos o Concelho do Marco, distribuindo a propaganda do nosso candidato, Sampaio da Nóvoa. O Presidente da Junta de Freguesia de Ariz (PSD), o amigo Joaquim, teve a simpatia de nos tirar esta foto, que deixamos com um abraço de agradecimento. Fomos bem recebidos e, agora, só esperamos que este esforço de militância por uma causa que achamos justa (eleger o melhor candidato a Presidente da República ) tenha correspondência em votos.

quarta-feira, janeiro 20, 2016

 

Um testemunho excelente de um professor Universitário


Porque voto Sampaio da Nóvoa.
Eu sei onde esteve Sampaio da Nóvoa. Esteve na universidade, onde se destacou como investigador, professor e autor de obras de referência na sua área de especialidade. Aí, não foi um académico superficial e mundano, não saltitou entre a universidade e a política; afirmou-se pelo trabalho, progrediu por concursos e provas públicas; serviu a causa pública e não os seus interesses particulares. Pelo seu prestígio, e não por tarimba partidária ou favorecimento do Estado, foi eleito reitor, tendo levado a cabo, com êxito e de forma largamente consensual, a união de duas grandes universidades de Lisboa. Foi um reitor competente, ousado, justo e interveniente, mudando a face da sua universidade e ganhando projeção no país. Muito antes de ele se candidatar a Presidente da República, já o seu nome aparecia na opinião pública informada como o de alguém que podia contribuir para recuperar a política para um círculo mais vasto do que o da vida fechada dos partidos e dos grupos de interesses instalados, para um nível de reflexão mais elevado do que o dos factos políticos artificiais e da chicana partidária. É por isso que voto nele.
António Manuel Hespanha

 

Para que se saiba!


A cidadania era para os gregos um espírito de vida em comum. A areté (virtude) dos cidadãos manifestava-se na defesa do bem-comum e, por isso, se tornou raiz de uma democracia activa, onde é possível tomar a palavra para defender uma causa, eleger quem pudesse representar as melhores qualidades que queremos para presidir ao destino da República.
Por conhecimento directo do seu carácter, por conhecer a sua obra, a sua postura cívica e a sua dedicação às causas da liberdade e da justiça social, estou com Sampaio da Nóvoa. E sinto isso não só como um imperativo cívico, mas também como uma necessidade de dar um novo sentido á nossa vida colectiva.
Precisamos de ter como representante do Estado português um homem culto, com carácter e empenhado na construção de um país mais solidário, mais justo e mais humano.

Foi com gosto que, dentro das minhas limitações, aceitei ser seu mandatário no Marco e é com empenho que estou com Sampaio da Nóvoa na sua candidatura a Presidente da República.
Já há, como sempre houve contra os melhores de entre nós, uma campanha negra contra um académico, com dois doutoramentos, que leccionou no estrangeiro e foi reitor da Universidade de Lisboa. Tudo, porque disseram que tinha uma licenciatura em Teatro, quando, entre nós, só, agora há esse grau académico nesse ramo do saber. Podíamos  lembrar outras campanhas negras, muito mais graves, como, por exemplo, foi a difamação que acusava Sá Carneiro de caloteiro. A calúnia foi sempre a arma dos medíocres, dos sem vergonha. E houve sempre correios da manhã para vender papel à custa dos mixordeiros.
Vou votar Sampaio da Nóvoa e tomo a liberdade de lhes apelar que considerem e façam como eu!

domingo, janeiro 17, 2016

 

Que lata!...


Se há político que não tem moral para criticar uma candidatura com base na acusação de dividir o PS, é Manuel Alegre.  Para além da candidatura de Sampaio da Nóvoa corresponder ao que Alegre já defendeu, falo na denúncia dos partidos se enclausurarem em si próprios e não se abrirem á sociedade civil, e que agora parece contrariar, seria interessante ouvir o que durante a sua falhada candidatura a presidente da república,  Manuel Alegre disse da outra candidatura, a que parecia natural no PS, a de Mário Soares ( o que aliás levou a um corte de relações entre ambos)! Percebo que os barões do PS se sintam desconfortados com a candidatura de Sampaio da Nóvoa, um intelectual independente que não precisa da política para ser notado, mas não era preciso fazer dos eleitores burros e desmemoriados para entregar a presidência da República a um outro barão do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, que também dá o dito por não dito.

terça-feira, janeiro 12, 2016

 

Sampaio da Nóvoa

É uma incógnita, mas Marcelo pode ganhar á primeira volta. Não é porque os eleitores admirem as suas virtudes de plasticina: é porque, os eleitores (que não têm tempo para ouvir os noticiários e são muitos!)  não conhecem outros candidatos, passam-lhe os olhos com indiferença. 
Aos directores da campanha de Sampaio da Nóvoa faltou um mapa de Portugal para colocar em cada concelho uma cruzinha, consultarem o Google para saberem os dias de feiras ou mercados dessas autarquias,  e planearem contactos para atempadamente promoverem a passagem de Sampaio da Nóvoa por ali, recebido por gente que o apoie, com banda de música ou de tambores, a percorrer essas feiras ou mercados para não ser indiferente.

A campanha de Sampaio da Nóvoa está muito feita para os holofotes dos noticiários e parece informada por um amadorismo revoltante. Digam isto a quem de direito. É que há muita gente amargurada: querem Sampaio da Nóvoa na Presidência da República e percebem que Maria de Belém só veio para complicar, representa a estratégia da oligarquia dos donos do PS (os que não querem que digam mal dos partidos, porque sem partidos são um zero, à esquerda), é o déjà vu com todos os defeitos que detestamos.

domingo, janeiro 10, 2016

 
    Maria de Belém para se diferenciar de Sampaio da Nóvoa recorreu ao estafado argumento da sua falta de experiência política. Estou mesmo a ver que entrou na política por um dom qualquer, sem necessidade de começar a fazer essa experiência. Por outro lado, esquece que os que têm, como ela, muita experiência política melhor seria que não a tivessem, pelo descrédito que dão da política e da democracia. Lembremos as oligarquias formadas no bloco central, dos barões ou senhores da ...política, da promiscuidade de interesses em que chafurdam. E para não falar sem exemplos, vem a propósito dizer que essa “experiência” serviu a Maria de Belém para fazer consultadoria para o Espírito Santo Saúde, remunerada, ao mesmo que presidia à Comissão Parlamentar de Saúde.
    Maria de Belém apareceu como candidata, quando Sampaio da Nóvoa já estava no terreno. Veio para dividir, servindo os interesses dos barões que se sentiram mal com o governo de Costa, e, agora, recorre a "tiradas” que pretendem atirar para canto gente limpa que não pertence ao grupo dos “donos da política”.
    Precisamos de outra gente! Por isso, apoio Sampaio da Nóvoa.

sexta-feira, janeiro 08, 2016

 

Debate de Marcelo contra Marcelo


Marcelo Rebelo de Sousa sempre fez da comunicação um negócio. Comunicava (ou melhor, monologava)  vendendo sozinho factos políticos, acontecimentos torcidos,  conceitos por ideias de valor variável. Agora, encontrou-se confrontado no negócio com o seu duplo Marcelo. E eles não se entendem! Percebe-se que estão em concorrência, que o negócio comunicacional entre Marcelos é vender gato por lebre. Maria de Belém conseguiu desocultar  esta situação, tal como Sampaio da Nóvoa o tinha feito, mas de uma forma muito mais clarividente.

Marcelo contra Marcelo faz de Marcelo Rebelo de Sousa  uma personagem burlesca duma ópera bufa. Se fosse eleito, na presidência da república seria, umas vezes, o presidente contra o Marcelo; outras, o Marcelo contra o presidente. Mas alguém pode sentir-se representado num presidente de duplo rosto, com máscara, aos ziguezagues  na direcção do Estado?

Por este caminhar, nem á segunda volta vai. E seria interessante!



quinta-feira, janeiro 07, 2016

 

O debate entre Sampaio da Nóvoa e Marcelo Rebelo de Sousa merecia um estudo profundo,  académico. Demonstrou-se à evidência que é abissal o que distingue um intelectual que procura guiar-se pela verdade para avançar na verdade e um professor que não se orienta por uma bússola, segue as conveniências e se  alimenta das circunstâncias para tornar relevante a iniquidade. O professor Marcelo foi ao tapete, ficou nervoso e agressivo, mas nunca mais se levantou.

Estas diferenças não são de estilos, mas de posturas, de formas de estar na vida, com autenticidade ou com oportunismo, e que a retórica, por mais manipuladora que seja, não consegue esconder. Com mais dois debates como este, Marcelo Rebelo de Sousa nem à segunda volta iria.

domingo, janeiro 03, 2016

 

O meu Amigo partiu!

O meu amigo partiu. Não soube dizer-lhe adeus.Andava preocupado com a sua saúde, mas estava longe do seu olhar.
O meu Amigo vivia a vida com a sofreguidão de adolescente, mesmo quando o desespero de uma doença brutal lhe bateu á porta. Nunca o senti envelhecer,  nunca a doença e o sofrimento lhe retiraram o sonho de um mundo mais justo e mais humano.
O Teixeira Pinto era mais a vida, os ideais de justiça, os outros, que ele próprio. Talvez não tenha falecido, escondeu-se no vulcão das suas convicções, amarado aos seus ideais.
Fazes-me falta Amigo! Precisava de ti, logo de manhã, no Asa de Mosca. Fiquei mais pobre, já não tenho com quem trocar um sorriso por um aperto de mão, sufocar uma tristeza, abafar um protesto, manifestar o desprezo pelos que, do nosso tempo, com esgares de dementes vivem só para a orgia do poder.
Precisava de Ti, António, para entre a desilusão dos sonhos que fizeram a nossa vida na República 24 de Março, na resistência ao fascismo, nas manifestações com porrada da polícia, nos receios da PIDE, nas tertúlias dos almoços, nos encontros de café, no deambular pela baixa, no desencanto de cravos esmorecidos de Abril, etc., continuar a erguer contra a desilusão uma faúlha de esperança! A quem hei-de, agora, dizer o que me vai na alma, quando o jornal, o Notícias que tu lias, me falar do insuportável?!...
Precisava de Ti, António, não merecia que fosses embora tão cedo, logo que o dia começou a espreitar.
Fica com um abraço para sempre, António Pinto!

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