terça-feira, dezembro 25, 2012

 
Não ouvi o discurso de Passos Coelho, mas, pelas últimas intervenções, não andará longe deste excerto:

"Não é de patriota nem de político abandonar o futuro às contin¬gências da sorte, não criar para uma obra condições de duração e de estabilidade. Por definição só fica feito o que perdura."

Salazar, 1943


domingo, dezembro 23, 2012

 

Esta Europa é a Europa dos financeiros contra a Europa dos trabalhadores

O que mais me revolta, e um dia terão de ser julgados por isso, é a traição aos mais pobres, aos que vivem do seu trabalho, feita por este Governo e também com responsabilidades no anterior.


Por razões ideológicas, o Governo pôs os mais pobres a pagar um deficit (de que a U.E. também é responsável) com juros de 40% (e não os que o aldrabão que nos governa faz constar), como diz o coordenador deste Observatório das Nações Unidas, o economista Artur Baptista da Silva.

O empréstimo podia ser pedido ao Brasil e a outros povos, mas não o fizeram porque esses países eram de esquerda. Preferiram uma receita do neoliberalismo que faliu e, entre nós, já criou uma bolsa de três milhões de desempregados e todos os dias temos notícia de pessoas que, desesperadas, se suicidam. Eu conheço algumas!

Já todos detestamos os políticos profissionais, parasitas dos contribuintes, e cada vez se põe mais em causa o espírito mafioso dos partidos.

Se não houver uma alteração nestas circunstâncias, se não deixarmos de ser governados por funcionários do B.C.E., se não se fizer uma grande reforma nos partidos, se a Europa continuar a ser apenas Merkel e o seu oportunismo, então o melhor é sairmos da Europa e reflectir porque já há muita gente a pensar que a democracia faliu.

Esta Europa é a Europa dos financeiros contra a Europa dos trabalhadores. Esta crise só serve para nos matar!

Ouçam a entrevista e partilhem por favor. Estamos desesperados!

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2961879

quarta-feira, dezembro 19, 2012

 

No natal não se deveria disfarçar o Natal


Escrevi para o Semanário Grande Porto o texto seguinte:
Não terá sido por acaso que o Papa Júlio I, no séc. III, decidiu que a celebração do nascimento do Menino Jesus passasse a coincidir com a festa do Solstício de Inverno. Na Pérsia antiga, acreditava-se que, nessa altura o deus Mitra tinha feito uma aliança com o Sol para obter o calor e a luz que fazia com que as raízes das plantas rompessem a terra e florissem.

Essa aliança serve de metáfora para a compreensão do sentido cristão do próprio nascimento do Messias. Está na Bíblia que o anjo anunciou a Maria que daria à luz Jesus, o filho de Deus que viria à terra para salvar os homens.

A festa pagã e a celebração cristã integram-se num mesmo horizonte de sentido: dar esperança ao Futuro. Por alguma razão, Mãe e Terra são conceitos conotados e associam-se à ideia de promover a vida. E é isso que representa o Natal: vida que nasce, que se nutre de esperança, cumprindo-se uma boa-nova: o Senhor do Universo fez-se Menino para armar tenda entre nós. E isto significa que não somos uma coisa do mercado, mas temos uma dignidade ímpar, a que nos coloca à imagem e semelhança de Deus, conferindo-nos o direito natural ao mundo que é obra de Deus; ou seja, passamos a ter o direito natural ao pão, ao trabalho, à saúde, a tudo o que é indispensável ao respeito pela dignidade de filhos de Deus.

Se é certo que no Evangelho está escrito “o que fizeres ao teu semelhante é a Mim mesmo que o fazeis”, não se harmoniza com a dignidade humana fazer do Natal um ritual de propaganda assistencialista, lembrando a Idade Média, um tempo em que ser pobre era um defeito que podia ser aliviado pelos que mais tinham, desde que fossem generosos e quisessem salvar a sua alma. E endossava-se para as organizações de assistência social, para as misericórdias e outras instituições a resposta para esse problema, de uma forma que é bem sintetizada no poema de Manuel da Fonseca: ”Oh engano sempre novo/ De tão estranha caridade/ feita com dinheiro do povo/ Ao povo desta cidade”

No tempo do fascismo havia os certificados de pobreza. Hoje, há uma espécie de “cartão de mendigo”, na forma de declaração social ou do fisco, que se coloca a um terço dos portugueses que, na condição de pobreza, vivem sob uma vigilância apertada.

Por mais que se disfarce, o que está em causa neste Natal de tristeza, desânimo, angústia e ausência de esperança é o papel do Estado no respeito pela dignidade do Homem.

As ofertas desta época estão longe do significado que lhes davam os “Reis Magos” e o tempo simbólico do Menino Jesus está mais próximo do tempo de Herodes. Não se cumpre a ordem cruel de matar os meninos de Belém e dos arredores, mas em nome da austeridade, cínica, silenciosamente e não menos cruel, vai-se impondo, sem limites à arbitrariedade de quem governa, uma morte lenta da dignidade a que o homem tem direito.

Neste Natal, é preciso lembrar que o Menino Jesus veio ao mundo para caminhar connosco, sofrer com os que sofrem, lutar com os que lutam para que este mundo seja a Casa de todos nós, a morada onde temos o direito a sermos felizes.

É isso que dá sentido ao Natal e são esses os meus votos!


segunda-feira, dezembro 17, 2012

 

Um caso de polícia.

Os esquemas de corrupção que fizeram os multimilionários que compram clubes de futebol, grandes empresas ligadas ao petróleo, aos químicos, ao aço, etc., com as privatizações dos países que saíram da órbita da União Soviética parecem replicar-se com as privatizações que este Governo está a promover. Hoje, o Público revela os braços do polvo que envolve no negócio da TAP Dirceu, Relvas e a maçonaria. Vale a pena ler o artigo.

Relvas dirá que tem a consciência tranquila, mas tudo leva a crer que a sua consciência seja a de Dirceu, o que, já por si, mereceria uma investigação, se as instituições em Portugal funcionassem.


quarta-feira, dezembro 12, 2012

 

Um dia diferente!

Costumo todos os anos fazer uma caçada com um grupo de amigos na Extremadura, bem perto de Monfortinho. No passado Domingo realizou-se essa faina cinegética que, acima de tudo, serve para revisitar estórias, saborear o frango assado pelo amigo Álvaro (não o ministro, mas o outro, o que é boa pessoa), o delicioso arroz de pataniscas que só o Eng. Moita sabe cozinhar e saborear o excelente vinho do camarada Afonso Bica. Se assim não fosse, o entusiasmo pelas caçadas não ocasionava nem urdia, entre os que a praticam, fortes laços de amizade. Um dos grandes filósofos espanhóis da modernidade, Ortega e Gasset, no seu ensaio “Sobre a caça e os touros ”, já assegurava que “uma das mais ilustres amizades que existiram no planeta Terra, a que se estabeleceu entre o grego Políbio e o Cipião Emiliano, foi ocasionada e aprofundada nas caçadas”.

A caça é isto, o resto é o pretexto.


terça-feira, dezembro 11, 2012

 
Hoje, por volta das 13h., apareceu a minha netinha.

É tão linda!
Ainda não abria os olhos, mas já dava o primeiro espirro.
Talvez tenha querido dizer “não me deixem amarras que a vida é mais cheia quando for eu própria a beber no azul do céu o que eu própria invente”.
Talvez quisesse anunciar que os pássaros e o vento lhe vão trazer os sonhos do poeta
Talvez ela já saiba que só no amor se pastoreia o destino.

Oxalá que o mundo se venha a harmonizar com a minha Ritinha!

É tão linda a minha netinha!
Estou feliz!


segunda-feira, dezembro 10, 2012

 

Um Nobel Da Paz.

Um Prémio Nobel da Paz a uma Europa que vive uma crise profunda de esperança, de ausência de líderes, de rumo, submetida aos interesses financeiros, de joelhos perante os mercados.


A Comunidade Europeia falhou como comunidade. Alguns países que dela fazem parte, como a Grécia, Portugal, Espanha, etc. não têm canhões na rua, mas desemprego, fome, miséria: tudo o que deixa no rosto das crianças, dos homens e das mulheres a marca do egoísmo, da injustiça, da guerra.

A Europa é um projeto falhado, mas este Prémio Nobel pode ser o sobressalto cívico que os eurocratas precisam, para terem vergonha do papel que tem desempenhado.

Esperamos que não sejam só os que passam pelos corredores das instituições da comunidade Europeia, os que são milionariamente pagos pelos contribuintes europeus, a terem proveito orgulho de serem europeus.

Precisamos que a Europa seja a Casa de todos nós, onde sintamos a solidariedade, o valor da dignidade do homem e dos direitos sociais no combate à pobreza, ao desemprego, á miséria que vilipendiam o homem.

Precisamos que a europa seja orientada pela ideia de que a política é um serviço do bem-comum e não a defesa dos interesses dos bancos e da eleição de Merkel.


segunda-feira, dezembro 03, 2012

 
Para compreendermos a “isenção” de certos comentadores políticos e o perfil de quem nos governa, convém ler dois textos publicados, hoje no “Público” : “Passos Coelho criou ONG que era financiada apenas pela Tecnoforma”; “Supremo recusa acesso a avaliação da casa de Cavaco Silva”


Fica-nos três perplexidades: como é possível que quem faz duma ONG um veículo de interesses privados possa chegar a primeiro-ministro ou possa ser comentador privilegiado da governação, como Marques Mendes, Ângelo Correia e outros? Até quando, num Estado dito de Direito, durará esta nebulosa ligação de Cavaco Silva ao BPN? Por que será que a transparência não faz carreira numa sociedade dita democrática?

http://www.publico.pt/portugal/noticia/passos-coelho-criou-ong-financiada-apenas-pela-tecnoforma-1575850

sábado, dezembro 01, 2012

 
Foram para o Inferno Hollande, Obama e Passos Coelho. Cada um resolveu pedir ao chefe dos diabos autorização para fazer uma chamada cá para baixo.

Telefonou Obama. Demorou alguns segundos e pediu a conta: -“mil euros”. - Diz-lhe o diabinho telefonista.

A seguir foi Hollande e esteve mais tempo ao telefone. “Três mil euros”- Disse o telefonista.

Por último, agarrou o telefone Passos Coelho. Falou, falou, quis saber das intrigas dentro do próprio governo, se Gaspar já tinha acertado nalguma estimativa, se Portas já tinha rompido com a coligação, se havia ainda vaias sempre que os ministros saíam de S. Bento, se Miguel Relvas já tinha o fax de outra licenciatura, se Cavaco Silva ainda falava com a boca cheia do pastel que o Álvaro queria exportar, se Moedas, Gaspar e António Borges tinham sido promovidos na Goldman Sachs, se os portugueses já tinham todos emigrado para fugirem à miséria que os saques dos impostos lhes trazia, etc., etc. Depois de tantas horas ao telefone, pediu a conta - ”Cinco cêntimos” - Respondeu-lhe o diabinho.

Perplexo, Passos Coelho exclamou: - “só!!!...”

– E o telefonista, com ar de quem olha para um ignorante, retorquiu:

- “Então o senhor não sabe que as chamadas locais são muito mais baratas! De Inferno para Inferno é praticamente de borla!”


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