quarta-feira, maio 29, 2013

 
Começa a ficar claro que caminhamos para o segundo resgate. Vão-lhe chamar outro nome para conveniências de Durão Barroso, Merkel, Gaspar, Moedas e António Borges. É a austeridade em expansão que faz reduzir o Estado, compromete serviços públicos e faz aumentar o desemprego, a miséria e o suicídio. Esta gente nivela tudo por baixo e ataca a Função Pública com a cobertura de muita gente mal informada e invejosa. O desespero vai-se instalando e há-de chegar o dia que todos perceberão que o barco mergulhou no fundo, pior do que na Grécia. Nessa altura aparecerá a vingança e todos compreenderão que o maior responsável duma situação de devaste, como de guerra, é quem segura, por razões partidárias, este governo de gente inqualificável


Não tenhamos dúvidas!!!... É que este podia não ser o caminho.


terça-feira, maio 28, 2013

 
Parabéns pelo merecido prémio. Lembrando um seu sublime poema

à ternura pouca
me vou acostumando
enquanto me adio
servente de danos e enganos

vou perdendo morada
na súbita lentidão
de um destino
que me vai sendo escasso

conheço a minha morte
seu lugar esquivo
seu acontecer disperso

agora
que mais
me poderei vencer?

Mia Couto


 

Coadoção

Não consigo entender o clima de agressividade do Prós e Contras em relação à coadoção.

Estou de acordo com os que dizem que é preciso um pai e uma mãe, mas não é nisso que está o problema. O problema é das crianças indesejadas por pais ou mães biológicas e saber se só podem ser adotadas  por casais heterossexuais; o problema é saber o que se pode fazer pelas crianças da rua, criadas com a indiferença de todos aqueles que não querem a adopção por casais homossexuais e depois, quando essa criança se torna um adulto criminoso, aplaudem o seu encarceramento.

Ser pai ou ser mãe é mais do que ser progenitor: é desejar o melhor possível a uma criança e servi-la de referência aos valores que a ajudam a ser mais humana.

Naturalmente, se esta causa fosse sujeita ao referendo, perdia. A maioria não compreende o que é instituir um gesto humano de superior amor.

A mim também custa aceitar que os pais sejam duas mães ou as mães sejam dois pais. Mas, a questão vai para além dos meus preconceitos, está acima do que me parece certo ou errado: situa-se num gesto sublime de protecção da criança pelo afeto. Só o pode dar quem o sente para dar. E o afeto é o que mais conta na vida de cada um de nós, é o que nos ajuda a crescer, a sermos equilibrados e a ser felizes.

Neste debate dividiu-se o ser humano a meio, mas o ser humano integral constrói-se pelo amor.

O “Prós e Contras” é um palco da representação dos bons sentimentos, mas representar não é viver os bons sentimentos.

Marinho Pinto esforça-se por ser boa pessoa, mas parece não funcionar lá muito bem. Está dividido! Precisa de ser adoptado.


domingo, maio 26, 2013

 

Obrigado Amigos!

Eramos muitos, mesmo muitos, neste reencontro de antigos alunos do Colégio que já não existe e que teve o nome D. João III.

Lá estavam, com cabelos brancos, os que, em tempos, ao lado de Belmiro de Azevedo (que nunca aparece) olhavam para o quadro negro onde gráficos e números, histórias de reis e fórmulas de física, abriam a fé no futuro.

Lá estava a saudade de uma vida, vivida nos espaços onde se fizeram as primeiras paixões.

Lá estavam amigos de sempre que há muito não víamos e fazíamos únicos, como o Heitor a jogar a bola, O Assis, tio do outro, o Alfredo, meu compadre, que escreveu o poema da “muralha de aço”, criou o “Grupo Outubro” e toca viola, como ninguém, e canta.

Apareceu a Clarinha, a Rosa, a
Dina e até a Manuela Madureira, que julgávamos na Suécia, trouxe os mesmos mimos que a sua empresa M Jonsson prepara para a cerimónia de entrega do Nobel, por incumbência do Rei.

A velhice tornou-se, neste dia, adolescência.

Ainda bem que sou do Marco e frequentei aquele Colégio.

Neste almoço de ex-alunos tornaram-se sonâmbulas as paixões do passado, conhecemos os paradeiros de ausentes e sentimos que as mãos já estavam trémulas no abraço que, em cada um, escorria a despedida, sempre com o número de telemóvel a servir de vela para um regresso ao cais.

A amizade tem tempo próprio e é neste tempo-reencontro que lhe reconhecemos um valor sem tempo.


segunda-feira, maio 20, 2013

 

Esquerda ou direita?

O que divide a esquerda da direita é a concepção de poder. Para a esquerda, governar é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem; para a direita, é uma arte do exercício do poder (p.ex., para corrigir o deficit), custe o que custar.

Quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, e, cruelmente, aniquilou os Távora até à terceira geração, tinha por guião o livro de William Petty, a “Aritmética política”, uma espécie de folha excel de Gaspar.

Ambos inspiraram-se numa mesma ideia: “Desta vez é diferente – (para trás) oito séculos de loucura financeira”.

Tanto para um como para o outro, o que interessa é o número de cifrões e não a ideologia, é buscar receitas a pensionistas e à função pública, como Sebastião José de Carvalho e Mello as foi buscar aos Távora e aos Jesuítas.

As consequências dessa “arte de governar” não se afastaram muito das de Nero ou Hitler, Salazar ou Mussolini, só o tom dos discursos de Gaspar é diferente do que supomos ter sido o de Sebastião, ou de Adolfo, ou de António ou do Benito.

Não queremos que governar seja uma arte, como supôs Maquiavel e a exerceu Nero, Marquês de Pombal, Passos-Gaspar, Salazar, Hitler, etc.

Queremos mudar a concepção de governar, porque somos vida e não um número, pessoas e não cifrões, uma nação e não uma fórmula aritmética do Estado.

Queremos a democracia e não o despotismo iluminado, uma alternativa e não a alternância.

Isto não serve, precisamos de outro governo: está em causa a dignidade de um povo, de uma Nação e não a “aritmética política” de um William Petty ou a teoria da “austeridade expansiva” de um aprendiz de Andrew Mellon

domingo, maio 19, 2013

 

Não podem passar impunes!


Gostei de ouvir Sócrates. Confirmou, hoje, o que já se dizia e de certa forma também foi dito por António Costa e Pacheco Pereira, na “Quadratura do Circulo”, e Pires de Lima numa entrevista.
O PSD tinha-se comprometido a aprovar o PEC4 e foi empurrado (fala-se nas pressões de Marco António, por um lado, e António Borges, por outro) em sentido contrário, com vista a abocanhar o poder para impor um projecto ideológico, vingar-se do 25 de Abril e instaurar o neoliberalismo.
Um dia esta gente há-de ser responsabilizada. A fome, a miséria, o suicídio terão de ter voz e espero bem que a tenham rapidamente!

sexta-feira, maio 17, 2013

 

Não podia estar mais de acordo!

“Hoje há um problema de co-governo com a banca. Um governo como o português não toma uma única decisão fora do círculo de decisões que a banca define (…) Esta crise dá oportunidades a todas as pessoas que são corruptas, que têm relações com o poder, a todas as nulidades que estão instaladas. Não há lugar para a decência”.

In, Negócios,17 de Maio 2013 (HOJE)



 
Cheguei tarde á “Quadratura do Círculo”, mas ainda deu para perceber a desconstrução da armadilha montada por esta gente que, passando pelo Goldman Sachs, FMI, BCE e Comissão Europeia, como António Borges, Moedas, Gaspar, Durão Barroso, etc. fabricou um memorando que visou alterar tudo o que foi conquistado com o 25 de Abril.

Uma boa desconstrução deste aniversário do memorando do austericídio feito por Pacheco Pereira e António Costa.

Podem não gostar do 25 de Abril, dos socialistas, dos comunistas, daquilo que quiserem, mas não tinham o direito de fazerem o que fizeram. Ainda espero que sejam julgados por todo o mal que nos fizeram. Se há traidores á pátria, à Terra que é nossa mãe, nos deve alimentar, ajudar a crescer e fazer de nós seres humanos, com a dignidade a que temos direito, que nomes podemos dar à gente que fez da nossa Terra uma madrasta, um lugar onde é insuportável viver?!...


quinta-feira, maio 16, 2013

 

Os escribas da barriga cheia.

Agora há um novo tique nos comentadores e escribas de serviço: todo o pensamento que se destina a minorar o sofrimento do povo ou de manifestação de revolta pela austeridade que leva ao suicídio e faz a miséria imerecida é demagógico.

Mas não é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem a vocação de um governo num estado de direito?

O labéu da acusação de demagogia é um arremesso fácil, mais fácil que encontrar razões ou perceber razões e também faz bem ao ego da barriga cheia. Mas denuncia uma preocupação velha: destruir o mensageiro das más notícias. E isso não será demagógico?

Tal como a guerra colonial não tinha de ser, também não me parece que a via da austeridade compulsiva o seja. E ainda por cima, quando essa história da divida soberana sempre foi muito mal contada.

terça-feira, maio 14, 2013

 

Talvez falte alguma coisinha!

Senhores juristas e alguns senhores magistrados que por aqui passam, façam-me o favor de me explicar, timtim, por timtim, esta coisa:

Artigo 1º da Lei nº 23/2013, de 5 de Março:

«A presente lei aprova o regime jurídico do processo de inventário,
altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de
novembro de 1966, e alterado pelos Decretos -Leis n.os 67/75, de 19 de
fevereiro, 201/75, de 15 de abril, 261/75, de 27 de maio, 561/76, de
17 de julho, 605/76, de 24 de julho, 293/77, de 20 de julho, 496/77,
de 25 de novembro, 200 -C/80, de 24 de junho, 236/80, de 18 de julho,
328/81, de 4 de dezembro, 262/83, de 16 de junho, 225/84, de 6 de
julho, e 190/85, de 24 de junho, pela Lei n.º 46/85, de 20 de
setembro, pelos Decretos -Leis n.os 381 -B/85, de 28 de setembro, e
379/86, de 11 de novembro, pela Lei n.º 24/89, de 1 de agosto, pelos
Decretos -Leis n.os 321 -B/90, de 15 de outubro, 257/91, de 18 de
julho, 423/91, de 30 de outubro, 185/93, de 22 de maio, 227/94, de 8
de setembro, 267/94, de 25 de outubro, e 163/95, de 13 de julho, pela
Lei n.º 84/95, de 31 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 329 -A/95,
de 12 de dezembro, 14/96, de 6 de março, 68/96, de 31 de maio, 35/97,
de 31 de janeiro, e 120/98, de 8 de maio, pelas Leis n.os 21/98, de 12
de maio, e 47/98, de 10 de agosto, pelo Decreto -Lei n.º 343/98, de 6
de novembro, pelas Leis n.os 59/99, de 30 de junho, e 16/2001, de 22
de junho, pelos Decretos--Leis n.os 272/2001, de 13 de outubro,
273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de dezembro, e 38/2003, de
8 de março, pela Lei n.º 31/2003, de 22 de agosto, pelos Decretos
-Leis n.os 199/2003, de 10 de setembro, e 59/2004, de 19 de março,
pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, pelo Decreto -Lei n.º 263
-A/2007, de 23 de julho, pela Lei n.º 40/2007, de 24 de agosto, pelos
Decretos -Leis n.os 324/2007, de 28 de setembro, e 116/2008, de 4 de
julho, pelas Leis n.os 61/2008, de 31 de outubro, e 14/2009, de 1 de
abril, pelo Decreto -Lei n.º 100/2009, de 11 de maio, e pelas Leis
n.os 29/2009, de 29 de junho, 103/2009, de 11 de setembro, 9/2010, de
31 de maio, 23/2010, de 30 de agosto, 24/2012, de 9 de julho, 31/2012
e 32/2012, de 14 de agosto, o Código do Registo Predial, aprovado pelo
Decreto -Lei n.º 224/84, de 6 de julho, e alterado pelos Decretos
-Leis n.os 355/85, de 2 de setembro, 60/90, de 14 de fevereiro, 80/92,
de 7 de maio, 30/93, de 12 de fevereiro, 255/93, de 15 de julho,
227/94, de 8 de setembro, 267/94, de 25 de outubro, 67/96, de 31 de
maio, 375 -A/99, de 20 de setembro, 533/99, de 11 de dezembro,
273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de dezembro, 38/2003, de 8
de março, e 194/2003, de 23 de agosto, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de
fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 263 -A/2007, de 23 de julho,
34/2008, de 26 de fevereiro, 116/2008, de 4 de julho, e 122/2009, de
21 de maio, pela Lei n.º 29/2009, de 29 de junho, e pelos Decretos
-Leis n.os 185/2009, de 12 de agosto, e 209/2012, de 19 de setembro, o
Código do Registo Civil, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 131/95, de 6
de junho, com as alterações introduzidas pelos Decretos--Leis n.os
36/97, de 31 de janeiro, 120/98, de 8 de maio, 375 -A/99, de 20 de
setembro, 228/2001, de 20 de agosto, 273/2001, de 13 de outubro,
323/2001, de 17 de dezembro, 113/2002, de 20 de abril, 194/2003, de 23
de agosto, e 53/2004, de 18 de março, pela Lei n.º 29/2007, de 2 de
agosto, pelo Decreto -Lei n.º 324/2007, de 28 de setembro, pela Lei
n.º 61/2008, de 31 de outubro, pelos Decretos -Leis n.os 247 -B/2008,
de 30 de dezembro, e 100/2009, de 11 de maio, pelas Leis n.os 29/2009,
de 29 de junho, 103/2009, de 11 de setembro, e 7/2011, de 15 de março,
e pelo Decreto -Lei n.º 209/2012, de 19 de setembro, e o Código de
Processo Civil, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 44 129, de 28 de
dezembro de 1961, e alterado pelo Decreto -Lei n.º 47 690, de 11 de
maio de 1967, pela Lei n.º 2140, de 14 de março de 1969, pelo Decreto
-Lei n.º 323/70, de 11 de julho, pelas Portarias n.os 642/73, de 27 de
setembro, e 439/74, de 10 de julho, pelos Decretos -Leis n.os 261/75,
de 27 de maio, 165/76, de 1 de março, 201/76, de 19 de março, 366/76,
de 15 de maio, 605/76, de 24 de julho, 738/76, de 16 de outubro,
368/77, de 3 de setembro, e 533/77, de 30 de dezembro, pela Lei n.º
21/78, de 3 de maio, pelos Decretos -Leis n.os 513 -X/79, de 27 de
dezembro, 207/80, de 1 de julho, 457/80, de 10 de outubro, 224/82, de
8 de junho, e 400/82, de 23 de setembro, pela Lei n.º 3/83, de 26 de
fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 128/83, de 12 de março, 242/85,
de 9 de julho, 381 -A/85, de 28 de setembro, e 177/86, de 2 de julho,
pela Lei n.º 31/86, de 29 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 92/88,
de 17 de março, 321 -B/90, de 15 de outubro, 211/91, de 14 de junho,
132/93, de 23 de abril, 227/94, de 8 de setembro, 39/95, de 15 de
fevereiro, e 329 -A/95, de 12 de dezembro, pela Lei n.º 6/96, de 29 de
fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 180/96, de 25 de setembro,
125/98, de 12 de maio, 269/98, de 1 de setembro, e 315/98, de 20 de
outubro, pela Lei n.º 3/99, de 13 de janeiro, pelos Decretos -Leis
n.os 375 -A/99, de 20 de setembro, e 183/2000, de 10 de agosto, pela
Lei n.º 30 -D/2000, de 20 de dezembro, pelos Decretos -Leis n.os
272/2001, de 13 de outubro, e 323/2001, de 17 de dezembro, pela Lei
n.º 13/2002, de 19 de fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 38/2003, de
8 de março, 199/2003, de 10 de setembro, 324/2003, de 27 de dezembro,
e 53/2004, de 18 de março, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro,
pelo Decreto -Lei n.º 76 -A/2006, de 29 de março, pelas Leis n.os
14/2006, de 26 de abril, e 53 -A/2006, de 29 de dezembro, pelos
Decretos -Leis n.os 8/2007, de 17 de janeiro, 303/2007, de 24 de
agosto, 34/2008, de 26 de fevereiro, e 116/2008, de 4 de julho, pelas
Leis n.os 52/2008, de 28 de agosto, e 61/2008, de 31 de outubro, pelo
Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de novembro, pela Lei n.º 29/2009, de
29 de junho, pelos Decretos -Leis n.os 35/2010, de 15 de abril, e
52/2011, de 13 de abril, e pelas Leis n.os 63/2011, de 14 de dezembro,
31/2012, de 14 de agosto, e 60/2012, de 9 de Novembro».

Como deve ter sido paga ao metro, vejam quanto terá custado!


 
Este governo que nunca ligou puto aos relatórios da OCDE, agora embandeira em arco com a questão da taxa sobre reformas e fim das reformas antecipadas. Não há noticiário que não sejamos bombardeados por essa nova, a R.R, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não se cansa de a anunciar e até Passos Coelho esse rapaz que garantiu dar aos portugueses uma alma farta a pisar favos de mel, corre para Paris para tomar conta do recado para esmifrar ainda mais os que viveram uma vida a trabalhar.


Portugal já não é dos portugueses, já não se subordina às suas próprias leis e foram lançados no caixote do lixo todos os contratos sociais. Estamos pior do que no tempo dos Filipinos!
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=107386

 

Estou cheio!

Estou a ficar cheio de Futebol. Sou ainda do tempo em que os políticos e magistrados não se metiam com a bola. Esta coisa estava entregue a empresários. Depois apareceu a promiscuidade entre futebol e a política e com ela veio o “apito dourado”. Foi o princípio da corrupção em escala, onde bola e política se confundiam e os comentadores da política apareciam ao mesmo tempo a comentar a bola. Tornaram-se figuras da nação Ferreira Torres, Valentim Loureiro, Vale e Azevedo, etc. A justiça revelou-se iniqua e a corrupção triunfou. Hoje pagamos esse custo muito alto, vivemos o vale-tudo, os fins justificam todos os meios na política e nada disso está corrigido. Os donos da bola ainda mandam na política e na justiça e o vale tudo está na imagem pública da governação ao serviço da troika. Abri a televisão e eles por lá andam. Estou cheio!

domingo, maio 12, 2013

 

Uma homenagem Justa!

Foi no Sábado, por volta das 12h, em frente à ex-sede da PIDE, donde Palma Inácio se invadiu no dia esperado. Pedia ao Dr. Cal Brandão: “vá adiando o julgamento, quando chegar um forte temporal eu sairei daqui”.

A homenagem ao Revolucionário, que detestava os políticos que só têm bico, foi também um encontro de amigos em tempo de saudade de tempos vividos nos limites da generosidade.

Poucos, hoje, perceberão isto!


sexta-feira, maio 10, 2013

 
HÁ UM PAÍS imenso mais real

Do que a vida que o mundo mostra ter
Mais do que a Natureza natural
À verdade tremendo de viver.

Sob um céu uno e plácido e normal
Onde nada se mostra haver ou ser
Onde nem vento geme, nem fatal
A ideia de uma nuvem se faz crer,

Jaz --- uma terra não --- não um solo
Mas estranha, gelando em desconsolo
À alma que vê esse país sem véu,

Hirtamente silente nos espaços
Uma floresta de escarnados braços
Inutilmente erguidos para o céu

Fernando Pessoa


terça-feira, maio 07, 2013

 
Para quem estudou pedagogia, para quem foi professor durante 36 anos, para quem sabe o que significa ensinar e aprender, este exame da 4ª classe é inútil e estúpido. Inaugurou este Ministro o estudar para passar. Esta ideia de aprendizagem é bacoca, esta ideia da educação abalroa a própria educação, este conceito do papel da escola é de um tecnocraticíssimo cabotino.


É interessante que um ministro da educação que veio do estalinismo mais radical deu uma volta tamanha que encontrou o conceito salazarento duma escola que verga meninos pelos exames e pela declaração do que ainda não podem conhecer: a honra!

É interessante que num País onde triunfam os que nenhum rigor tomam para sua bandeira de vida, venham dizer que o exame da 4ª classe (como se dizia antigamente) cria rigor?
http://www.noticiasaominuto.com/pais/70648/exames-da-quarta-classe-fazem-lembrar-estado-novo

sexta-feira, maio 03, 2013

 
É uma evidência que toda a gente percebe: Diz Manuela Ferreira Leite: “O Governo está a dramatizar e a teatralizar sobre a decisão do Tribunal Constitucional.(…) Os cortes anunciados pelo Executivo “não vão ser cumpridos, nem são exequíveis (…) o país está a ser destruído”.


Não temos um Presidente da República e é preciso começar a dizer bem alto que a República foi ocupada por vândalos! E desocupá-la!
http://www.publico.pt/politica/noticia/manuela-ferreira-leite-acusa-governo-de-dramatizacao-e-teatralizacao-1590869

quinta-feira, maio 02, 2013

 
Partilho, porque penso ser a intervenção mais objectiva que conheço sobre Gaspar.Há ainda gente que não topou que Gaspar "anda nú": ele é a petulância da ignorância em pessoa!

Está a preparar o seu futuro e a dar cabo do nosso.
Os meus parabéns ao deputado que soube dizer claramente o que todos nós pensamos.
E ouçam-no!
https://www.youtube.com/watch?v=-EGe8XfX44E&feature=player_embedded

 
Diz-me quem sabe do que fala, que o livro de Ferreira de Amaral, “Por que devemos sair do euro” é um livro lúcido e indispensável a quem quiser pensar a crise que vivemos e não apenas “mandar umas bocas”. Corremos o risco da nossa dependência financeira nos tornar numa mera província da Alemanha. E acrescentou: estamos a ser governados por gente que não avalia as consequências das suas decisões e toma decisões sem pensar no País.

Vou comprar, hoje mesmo, o livro.


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