segunda-feira, maio 20, 2013

 

Esquerda ou direita?

O que divide a esquerda da direita é a concepção de poder. Para a esquerda, governar é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem; para a direita, é uma arte do exercício do poder (p.ex., para corrigir o deficit), custe o que custar.

Quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, e, cruelmente, aniquilou os Távora até à terceira geração, tinha por guião o livro de William Petty, a “Aritmética política”, uma espécie de folha excel de Gaspar.

Ambos inspiraram-se numa mesma ideia: “Desta vez é diferente – (para trás) oito séculos de loucura financeira”.

Tanto para um como para o outro, o que interessa é o número de cifrões e não a ideologia, é buscar receitas a pensionistas e à função pública, como Sebastião José de Carvalho e Mello as foi buscar aos Távora e aos Jesuítas.

As consequências dessa “arte de governar” não se afastaram muito das de Nero ou Hitler, Salazar ou Mussolini, só o tom dos discursos de Gaspar é diferente do que supomos ter sido o de Sebastião, ou de Adolfo, ou de António ou do Benito.

Não queremos que governar seja uma arte, como supôs Maquiavel e a exerceu Nero, Marquês de Pombal, Passos-Gaspar, Salazar, Hitler, etc.

Queremos mudar a concepção de governar, porque somos vida e não um número, pessoas e não cifrões, uma nação e não uma fórmula aritmética do Estado.

Queremos a democracia e não o despotismo iluminado, uma alternativa e não a alternância.

Isto não serve, precisamos de outro governo: está em causa a dignidade de um povo, de uma Nação e não a “aritmética política” de um William Petty ou a teoria da “austeridade expansiva” de um aprendiz de Andrew Mellon

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