sexta-feira, janeiro 31, 2014

 
Não estará o Poeta da “Mensagem” a dar voltas ao túmulo? Reparem, agora, neste poema e talvez lhes venha á mente o mesmo pensamento que eu tive: será que o fundamentalismo praxista terá levado a procurar, no esoterismo de Pessoa, o ritual para-maçónico (Rosa-Cruz) dum crime (involuntário)? O CONTRA-SÍMBOLO Uma só luz sombreia o cais Há um som de barco que vai indo. Horror! Não nos vemos mais! A maresia vem subindo. E o cheiro prateado a mar morto Cerra a atmosfera de pensar Até tomar-se este como porto E este cais a bruxulear Um apeadeiro universal Onde cada um espera isolado Ao ruído — mar ou pinheiral? — O expresso inútil atrasado. E no desdobre da memória O viajante indefinido Ouve contar-se só a história Do cais morto do barco ido Fernando Pessoa

quinta-feira, janeiro 30, 2014

 

Isoterismo na praxe?

Vivemos um tempo que desconhece o sentido das tradições, porque não sabe contextualizar. E há por aí, muita gente, muito pedante e ignorante, que se dedica ao desvario pseudo-intelectual. E, como está na moda, as organizações secretas, é legítima a pergunta: terá sido a praxe no Meco inspirada numa iniciação isotérica, paramaçónica? Reparem neste poema isotérico de Fernando Pessoa Iniciação Não dormes sob os ciprestes, Pois não há sono no mundo, .................................................... O corpo é a sombra das vestes Que encobrem teu ser profundo. Vem a noite, que é a morte, E a sombra acabou sem ser. Vais na noite só recorte, Igual a ti sem querer. Mas na Estalagem do Assombro Tiram-te os anjos a capa. Segues sem capa no ombro, Com o pouco que te tapa. Então Arcanjos da Estrada Despem-te e deixam-te nu. Não tens vestes, não tens nada: Tens só teu corpo, que és tu. Por fim, na funda caverna, Os Deuses despem-te mais. Teu corpo cessa, alma externa, Mas vês que são teus iguais. .................................................... A sombra das tuas vestes Ficou entre nós na Sorte. Não ‘stás morto, entre ciprestes. ..................................................... Neófito, não há morte.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

 

Ter sentido de Estado!

Brito Camacho (in: “Portugal na Guerra”) coloca uma questão que é atual: “O que se deve tem de ser pago; mas aqueles por conta de quem se passa a fatura têm o direito de saber até que ponto os seus recursos podem honrar, sem perderem a sua própria dignidade, os respetivos compromissos” Os homens com sentido de estado eram assim: sabiam pensar!

 

É preciso pôr travão ao "jogo do gamão"

Perante o facto incontroverso e incontrovertível, como diria um velho professor de Coimbra, de que o poder se tornou num “jogo do gamão”, vivemos o despertar de plataformas de entendimento, uma espécie de “entente” contra o golpe de estado do neoliberalismo. Nessas plataformas, umas mais á direita e outras mais á esquerda, estão todos os que querem uma reforma dos partidos (a mãe de todas as reformas) do sistema político e um novo paradigma da governação, que retome a ideia de serviço e de que só há boa-governação quando se diminui o sofrimento dos que mais sofrem. Estou com estas preocupações! Também penso que os partidos não se reformam por dentro e que é insuportável uma democracia orientada por grupos de interesses que se apropriam dos dinheiros públicos, se vão descartando dos velhos, dos funcionários públicos, dos jovens e espoliam o contribuinte do direito a um estado que honre compromissos e seja socialmente providencial, promovendo o ensino, a segurança e a justiça e defendendo os cidadãos da pobreza, da doença, do desemprego e da velhice. Estou com estas plataformas, mas como “gato escaldado de água fria tem medo”, espero que não venham a ser instrumentos de figurões que pensam liderar frustrações para as utilizarem na conquista de um lugar na mesa do orçamento. Tenho, por isso, pena, muita pena que movimentos de esquerda não percebam que nas fraturas que vão acontecendo no seu seio não se explicam só por meras questões de ambições pessoais, mas sobretudo refletem um desconforto imenso por se perceber que os partidos só pensam no poder para terem acesso ao “jogo do gamão”. E era preciso que a prática dessas organizações partidárias se harmonizasse com a retórica, afirmassem claramente que tomavam parte (donde vem a ideia de partido) por uma visão do mundo, do homem e da vida mais justa, porque mais criadora de felicidade, e se abrissem a estas preocupações, promovendo frentes comuns na luta contra este “golpe de estado” que nos desgoverna. Receio que a alguns movimentos aconteça o mesmo que aconteceu ao PRD e de frustração em frustração acabemos por deixar que o sentimento da nação se disponibilize para aceitar o messias que vai endireitar o mundo, um desses sebastiões que fazem o caudilhismo.


sexta-feira, janeiro 24, 2014

 

integrados na cabotinice!

Nunca gostei das praxes académicas, nunca tive capa nem batina, atirei com ovos chocos aos que eram investidos nessas cerimónias que lhes permitia utilizar grelos, fitas, cartolas e não sei se mais alguma coisa, nunca andei nesses cortejos da queima e foi contrariado que vi a minha prol seguir outro caminho. Sempre achei que esse ritual era elitista e cabotino, que devíamos a formatura aos contribuintes e que o estudante é apenas um trabalhador intelectual. Hoje sinto que estive no caminho certo. As praxes, pelo que ouvi, há pouco, no canal duma TV, caminharam, a par desta política de troikanos, para a manifestação da crapulice mais abjeta, sem nenhuma réstia de respeito pela dignidade humana.

 

Grande António Sérgio!

António Sérgio, esse intelectual da Renascença que, falando do seu tempo, parece referir-se ao que hoje passamos, dizia que a política não se faz com figurões e que não há democracia sem a fiscalização da opinião pública. E esta não é a opinião de toda a gente, mas a do pensamento crítico, a dos intelectuais que exigem da democracia competência. E isso faltava e falta a Portugal, entregue nesse tempo, como hoje, a uma mediocridade rasca que nos partidos do arco do poder olha pelos seus interesses (e não pelos interesses do bem-comum) de uma forma desvergonhosa!

quinta-feira, janeiro 23, 2014

 

O embuste é monstruoso!

Ouvi a Ministra das Finanças e fico espantado! Segundo a senhora Luís os velhos e funcionários públicos viveram acima das possibilidades e nunca mais poderão viver assim. Os que roubaram milhões no BPN, no BPI, noutros bancos onde o governo injetou milhões e gente do mesmo género, respeitaram a disciplina das contas, nunca viveram acima das suas possibilidades e, por isso, podem esperar enriquecer ainda muito mais. A distribuição da fasquia das possibilidades é a marca deste governo. Os resultados positivos também. No mundo da vida o fundo do túnel não aparece para os que fazem parte da fasquia dos que todos os dias são roubados. Entretanto, a campanha de mistificação, com muita colaboração numa comunicação social vendida, continua como um rolo compressor que tudo esmaga: as eleições estão á porta! E, como na Europa todos andam ao mesmo, o embuste é monstruoso!

quarta-feira, janeiro 22, 2014

 

Um velho paradigma!

O paradigma é velho! Salazar preocupava-me com as metas das finanças e não com os cidadãos. O povo vivia na miséria, andava descalço, a mortalidade infantil era enorme, o analfabetismo chocava os povos civilizados e morria-se a caminho para os hospitais. Salazar argumentava que a primeira república tinha atirado o país para a bancarrota e lançava para o exílio todos os que diziam que não se cumpre metas do deficit a cavar sepulturas. Com Salazar a paz vivia-se nos cemitérios. O mesmo paradigma regressou: argumenta-se com a bancarrota dos governos anteriores e já não só nos enganam com a espécie de democracia, mas também no género: é Luís, mas é ministra!

sexta-feira, janeiro 17, 2014

 

Leiam a publicação!

Fui, hoje, ao Porto-Canal, com o Gil Mendes, falar sobre a publicação: “Memória de uma causa: o direito á cidadania”. Senti-me pouco á vontade para enfrentar as câmaras da TV e não cumpri os objetivos que tinha planeado: dizer que é pela memória que interiorizamos padrões de conduta, damos sentido ao futuro, estabelecemos os laços afetivos que nos ligam à família e á comunidade a que pertencemos (um povo sem memória é um povo órfão, desorientado, sem referências); que não há democracia sem o exercício da cidadania e que é pelo direito a tomar a palavra que obrigamos os governantes a legitimarem o seu poder pelo cumprimento dos programas que sujeitaram a votos; finalmente, prestar homenagem a um homem de causas, que se determinou para a política pela doutrina social da Igreja, que foi um dos fundadores da SEDES e do PSD, esteve com D. António Ferreira Gomes e morreu desiludido com a degradação da política, o Dr. Horácio Salgado Rodrigues. Não consegui transmitir o que pretendia. Infelizmente, senti-me a dizer generalidades. Se puderem peçam á Associação dos Amigos do Marco (ver site) o livro e leiam-no. Pode ser que a publicação ajude a preencher o vazio que deixei.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

 

Só poeira!

Um prémio para o maior bluff da história da Europa. E ele não o desmereceu: Durão Barroso elogiou o que chamou “coragem” de Passos Coelho. Mas é coragem roubar reformas, vencimentos aos funcionários públicos, pôr velhos contra novos, destruir afectos intergeracionais, esvaziar o estado social em proveito de privados, obrigar a emigrar, a empobrecer e criar a sensação de que o Futuro é um buraco negro??
Qualquer malfeitor não faria pior!!!...
As eleições para a U.E. são em breve, mas os fins não justificam todos os meios e não fica bem  deitar tanto poeira aos olhos dos cidadãos.

terça-feira, janeiro 14, 2014

 

Bullying

Suicidou-se um jovem de 15 anos, em Braga, por não suportar o bullying. O governo de Passos e Portas, nestes últimos anos, levou ao suicídio jovens e empresários que não suportaram o bullying dos impostos, cortes e empobrecimento.

Não se escolhe um governo por masoquismo, mas Passos /Portas e seus apaniguados elogiam os portugueses por, segundo o seu cinismo, saberem sofrer a miséria, o desemprego e a fome. Mas alguém normal pode achar que lhe venha alguma honra por sofrer bullying. Reparem no jovem de Braga e percebem ao que pode levar o sofrimento!

 

Todos iguais!

Os aiatolas xiitas só querem que os seus discípulos coloquem bombas à volta da cintura e se desfaçam contra os amigos dos americanos. Em troca têm, no outro mundo, 30 virgens. Os aiatolas do neoliberalismo só querem que a pobreza faça desenvolver o capital. E, em troca do empobrecimento, da miséria e do desespero prometem a riqueza do País, nome, eufemisticamente, dado a meia dúzia de milionários.
Para uns e outros, o bom governo não é diminuir o sofrimento dos que mais sofrem, mas fazer aumentar destroços humanos, cavar o sofrimento e a miséria. Não lhes interessa a dignidade do ser humano, mas o fanatismo que os leva fazer dele um instrumento ao serviço da desumanização.

Só o que espanta, é que haja quem ainda pense votar nestes aiatolas!

 
A austeridade não é para todos: uns são mais iguais do que outros. Até quando teremos de suportar o clientelismo de boys?

Lista de 29 assessores / adjuntos de Ministérios,
todos de idade inferior a 30 anos, havendo 14 "especialistas"
com idades entre os 24 e os 25 anos.*

*MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)

Cargo: Assessora
Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ?

Cargo: Adjunto
Nome: João Miguel Saraiva Annes
Idade:28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 ?

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1)

Cargo: Adjunto
Nome: Filipe Fernandes
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 ?

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4)

Cargo: Adjunto
Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida
Idade: 26 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ?

Cargo: Assessor
Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ?

Cargo: Assessor
Nome: Filipe Gil França Abreu
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ?

Cargo: Adjunto
Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2)

Cargo: Assessor
Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Assessor
Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 ?

MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5)

Cargo: Especialista
Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Adjunto
Nome: Ademar Vala Marques
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Especialista
Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Especialista
Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Especialista
Nome: André Tiago Pardal da Silva
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8)

Cargo: Adjunta
Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago Lebres Moutinho
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Cristóvão Baptista
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: André Filipe Abreu Regateiro
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte
Idade: 25 anos (deve ser mesmo boa)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Folgado Verol Marques
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3)

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo
Idade: 25 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Antero Silva
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?

Cargo: Especialista
Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 ?

MINISTÉRIO DA SAÚDE (1)

Cargo: Adjunto
Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,37 ?

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2)

Cargo: Assessoria Técnica
Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.198,80 ?

Cargo: Assessor
Nome: Ricardo Morgado
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 4.505,46 ?

SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1)

Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: Filipa Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 2.950,00 ?*

ATÉ QUANDO VAMOS PERMITIR ISTO?!*


 

Os aiatolas do poder.

Ontem nos “Prós $ Contras” lá apareceu um dos aiatolas do neoliberalismo. Utilizam sempre a falácia da frase gasta – “sem competição não há economia e sem economia não há distribuição e é preciso reduzir salários criar desemprego para que a economia cresça”. Mas esquecem sempre de dizer que a natureza do neoliberalismo é o egoísmo individualista e que neste egoísmo (que já se manifesta na substituição da solidariedade pela competição, no reduzir salários e aumentar o desemprego; ou seja, no provocar desumanidade) o distribuir é sempre uma operação de diminuir e o que eles querem é sempre somar. Por isso, o neoliberalismo teve sempre como consequência o darwinismo social: os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres e em maior número.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

 
Se o PS não fosse uma abstracção, mas alguém concreto e me pedisse para dizer o que sinto, responderia: façam uma reforma no partido que abra as portas a lideranças de mérito, com ideologia e não com o vício dos rodriguinhos palavrosos que vem das jotas. Já repararam que é insuportável aquele jogo retórico de ping-pong entre Passos e Seguro?
Os problemas que decidem a vida dos portugueses estão no mundo da vida e não no que pensa Passos sobre Seguro ou Seguro sobre Passos. 
Os portugueses querem saber porque os massacram com uma vida de sofrimento, que mal fizeram para verem os seus filhos emigrar, ficar sem emprego ou suicidarem-se! Porque há este darwinismo social que torna os pobres cada vez mais pobres e em maior número e os ricos cada vez mais ricos. 
Os portugueses querem entender porque são tão mal tratados e não os estados de espírito da gente rasca que os governa ou de quem lhes faz uma oposição também rasca.

 

Treze falácias,

Há sujeitos que não são economistas, mas fazem dos dados económicos do governo dogmas. Estou-me a lembrar de um jornalista do Expresso que aparece muito na SIC e já fez com que deixasse de comprar esse jornal. Bagão Félix, que não é esquerdista, diz o seguinte: “quando entravam mais contribuições do que se pagava em pensões. Aí o Estado não se queixava de aproveitar fundos para cobrir outros défices (…) é uma falácia dizer-se que o sistema público de pensões é insustentável”. 

Leiam o que Bagão Félix diz (in Público”!

“Em 13 pontos, o ex-governante tece críticas à forma como o Governo tem apresentado as sucessivas alterações às pensões, nomeadamente no que diz respeito à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e ao número de pensionistas que serão afetados com a respetiva “calibragem”.
“Escreveu Jean Cocteau: ‘Uma garrafa de vinho meio vazia está meio cheia. Mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade’. Veio-me à memória esta frase a propósito das meias mentiras e falácias que o tema pensões alimenta”, começa por escrever o antigo ministro Bagão Félix, num artigo de opinião que esta segunda-feira assina no jornal Público.
E, prossegue, “eis (apenas) algumas: ‘as pensões e salários pagos pelo Estado ultrapassam os 70% da despesa pública’” mas, explica, “o número está, desde logo, errado: são 42,2% (Orçamento do Estado de 2014)”.
“Outra falácia”, continua, prende-se com o facto de o Governo referir que “‘o sistema público de pensões é insustentável’. Verdade seja dita que esse risco é cada vez mais consequência do efeito duplo do desemprego e – muito menos do que se pensa – da demografia”.
Como quinta falácia, o ex-governante refere-se ao facto de o Governo afirmar que “’a CES não é um imposto’. Então façam o favor de explicar o que é! Basta de logro intelectual. E de ‘inovações’ pelas quais a CES (imagine-se) é considerada em contabilidade nacional como ‘dedução a prestações sociais’”.
Mas ainda há mais. Lembra Bagão que, segundo o Governo, “’95% dos pensionistas da SS (Segurança Social) escapam à CES’. [Mas] nem se dá conta que é pela pior razão, ou seja, por 90% das pensões estarem abaixo dos 500 euros”. Pelo que, conclui, “seria, como num país de 50% de pobres, dizer que muita gente é poupada aos impostos. Os pobres agradecem tal desvelo”.
Estas são apenas algumas das ‘Falácias e mentiras sobre as pensões’ identificadas no texto do antigo ministro que remata, sublinhando que “a política mesmo que dolorosa, também precisa de ter uma perspetiva afetiva para os atingidos”, sobretudo quando “no Governo há ‘assessores de aviário’, jovens promissores de 20 e poucos anos, a vencer três mil euros mensais” e que, ao contrário dos pensionistas, “só pagam IRS”. Trata-se, questiona, de “ética social da austeridade?”.

 

Os mercados estão a dar cabo da democracia e da economia!

Al Gore, que não é esquerdista, disse, hoje, que os mercados estão a dar cabo da democracia e das economias. Vamos ver se os jornais referem isto amanhã! Como esta gente dos jornais e comentadores de algibeira falam de ouvido e seguem à risca o que as mentes dos E.U. dizem, pode ser que o tema comece a ser levado a sério. E já agora, retirem do caixote do lixo da história Keynes (um grande economista e não um dos merceeiros que, pelo blá..blá… tomou conta do governo de um Estado), pois ele já previu isto, durante a preparação do Plano Marshall. Deixem o caixote vazio, pois é lá o lugar de Arnaut, Gaspar, Barroso, Luís Albuquerque e toda essa gentalha que gosta de gamela farta, só para eles!

 

Nada de novo no terreno dos vendidos!

Muita Gente estranha o facto de só Luís Albuquerque elogiar a Troika. Mas isso não é novo! Quando toda a gente estava contra os Filipes, Miguel de Vasconcelos defendia-os. Assim acontece com Luis Albuquerque. O que seria desta técnica medíocre sem a Troika? E já viram o futuro que a espera?!... Vai seguir o caminho de Arnaut, Gaspar, etc. Quanto ao povo português, só lhes resta um exame de consciência: não votar em gente que não só não quer saber dele, como também infernaliza a sua vida. E sempre com a ideia de que o povo é burro e qualquer demagogia serve para o enganar.

 
Há por aí uma grande agitação pelo facto do Papa Francisco não nomear cardeal D. Manuel Clemente. Mas onde está o problema?!... Como D. Manuel Clemente a Igreja já tem cardeais a mais e precisamos de outro paradigma para o cardinalato, mais ligado ao modo de ver o mundo, os filhos de Deus e a vida, mais de harmonia com S. Francisco e menos com as honras do poder, que a felicidade da imagem revela!

 

Sobre a liberdade de que esta gentalha fala tanto.

O liberalismo privilegiou a liberdade, mas o meoliberalismo fê-la derivar para questões económicas. Quando Look lutou pela liberdade, via nela um direito a escolher o melhor. Este já era o sentido de Descartes: a liberdade liberta, torna o homem mais digno, porque tem o poder de não se submeter. E o cristianismo associou sempre a liberdade à vida digna do “filho de Deus”. O pecado era um mau uso da liberdade. O neoliberalismo tornou-a num conceito instrumental, um mero poder de opção e fez dela uma lei do mercado. Mas não tenho liberdade, se não tenho condições para saber o que devo escolher. E não há mercado livres, se o poder económico ficou entregue aos monopólios. E os reguladores são o seu braço armado.

sábado, janeiro 11, 2014

 

Cada ayatola a sua verdade!

Este governo é de xiitas do neoliberalismo e nele cada aiatola faz a sua interpretação da bíblia neoliberal e espera que a realidade se vá ajustando á sua crença. O aiatola Passos Coelho profetiza tempos de favos e mel, o aiatola Pires de Lima diz que temos de passar por “cautelar” , mas que é uma coisa boa e o aiatola Portas faz saber à sua seita que a crise política do verão acabou por resultar num Governo "mais forte" e que "a economia beneficia com isso".
Quem dúvida fica sujeito a reequilibração: pode ter de suportar cinquenta gibatadas, se não quiser perder as trinta virgens que o esperam na outra vida, já que nesta, com estes aiatolas, está fod…..!

quinta-feira, janeiro 09, 2014

 
Quem ouviu o discurso de recandidatura de Passos Coelho, quem ouve Portas a falar da recuperação económica, quem ouve o paleio de jornalistas vendidos, comentadores de ocasião e outra gentalha desta espécie, tem de concluir: Nunca houve na história de Portugal tanta intoxicação da opinião pública. Nem durante as duas Guerras Mundiais, nem durante a guerra colonial, nem nos relatos sobre a resistência à invasão da Índia! Este governo e os seus megafones (jornalistas, comentadores, etc.) dizem: “o passado era insustentável, agora, estamos a construir o futuro e vem aí uma época dos favos e mel”.
A evidência entra pelos olhos dentro: nunca estivemos em tão medonho buraco.

A oposição (o PS conseguiu o assunto fundamental: colocar Eusébio no panteão) desmonta mal o embuste, mas quem tem de fazer face à vida, no dia-a-dia, percebe-o. Sente que a realidade, o desespero em que vive, nada tem a ver com a propaganda. Estou certo que a evidência do que se passa no mundo da vida fará, mais cedo ou mais tarde, rebentar uma revolta que está comprimida em todos nós!

quarta-feira, janeiro 08, 2014

 

Passos trabalha para o coveiro!

Passos Coelho, acompanhado de Portas, está a fazer um dos seus barítonos discursos ao País! - Depois da Troika ir embora, os sacrifícios reverterão para a nossa economia!
 Ouve-se uma voz na multidão:
 - Trabalharemos o dobro!
 Passos continua:
 - E temos de entender que haverá menos alimentos!
 A mesma voz:
 - Trabalharemos o triplo!
 Passos prossegue:
 - Não abandonaremos as dificuldades!
 - Trabalharemos o quádruplo!
 Passos vira-se para o seu assessor de imprensa e pergunta:
 - Quem é esse patriota que vai trabalhar tanto?
 O assessor pergunta a uma das pessoas da multidão que, sem hesitação, respondeu: - O coveiro!

terça-feira, janeiro 07, 2014

 
Não sei se se pode falar em democracia, quando é evidente uma má relação entre o Estado e a Nação. Foi do conceito de nação que emergiu a democracia, mas o Estado está a cavar os descartáveis da democracia com tanta arbitrariedade. Veja-se o que acontece com os velhos e os funcionários públicos. Jacques Maritain interrogou-se: “por que é que as democracias que saíram da primeira grande guerra não evitaram a segunda guerra”. Parece-me que os erros são semelhantes e as consequências não vão ser diferentes. Falta-nos quem analise esta questão. Os teóricos que por aí abundam não tiram o nariz do prato e não é assim que se tiram conclusões universais, que se pensa à luz de princípios e valores. Vivemos, hoje, uma situação tão estranha, tão estranha, que tornou esta crise económica, moral e política numa crise psiquiátrica. Os loucos tomaram conta do nosso destino e, por isso, o arbitrário é proclamado como normal.

domingo, janeiro 05, 2014

 

Peço desculpa, mas não vou na corrente!

Peço desculpa, mas penso que não estão a honrar a memória de Eusébio, mas a aproveitarem-se dela. O exagero de tanta reportagem, de tantas celebrações fúnebres, torna Eusébio cansativo, retiram-lhe o poema que ele era em vida como pessoa e como futebolista. Estão a instrumentalizar um homem genuíno, que nunca na vida se emproou e a fazer-lhe o que dele procurou fazer o fascismo. Recentemente faleceu um homem que fez diminuir a mortalidade infantil em 70%. Os seus trabalhos de planeamento familiar foram enaltecidos em toda a Europa e referenciados pela comunidade científica. Portugal tornou-se com Albino Aroso uma referência no mundo! Os políticos de carregar pela boca que nos levam para o abismo, os meios de comunicação de carregar pela boca que nos procuram manipular, quase ignoraram esse grande Homem. É que a memória de Albino Aroso põe-nos a pensar no mundo da vida, nos direitos do homem, e não serve para alienar emoções, esquecer problemas que a razão deveria pensar. E é, por isso, que este desgoverno, que não representa a Nação, quer que pensemos em Eusébio pelo lado que ofusca os problemas da vida com que Albino Aroso se preocupou.

 

A propósito do Dia de Reis

A propósito do Dia de Reis: Vivemos o espirito monarca. O rei reina (ou o seu grupo) e os súbditos obedecem. A vontade do Rei produziu o Estado e Luís XIV afirmou: “O Estado sou eu!” A Nação representa a vontade de uma comunidade, de um povo que se orienta pelo princípio da igualdade, da liberdade e da fraternidade. Foram estes princípios que geraram a Revolução Francesa. Foi na base destes princípios que se construiu a democracia. Este governo colocou o Estado contra a Nação. Destruiu o princípio da igualdade, da confiança, do respeito pela universalidade da lei. Colocou velhos contra novos, funcionários públicos contra privados e trata discricionariamente os cidadãos. O seu princípio é igual ao princípio de Luiz XIV: a necessidade faz lei e quem dispõe dos aparelhos do estado impõe a sua vontade. É uma espécie de declaração de guerra á Nação. Já nada tem a ver com a democracia. O seu ponto de vista é igual ao de um general alemão durante a primeira guerra Mundial: “As nossas tropas ocuparam Luxemburgo e eu sei que isso é contrário ao direito das nações. Foi uma necessidade que podemos repará-la logo que o fim militar seja atingido” O espírito de Guerra e de Estado monárquico é o mesmo deste governo: os roubos aos reformados e aos funcionários públicos é uma necessidade: os fins justificam os meios. Este governo separou o estado da nação, resgou os compromissos com a democracia e faz de todos nós uns camelos. Nunca os reis magos pensaram que era possível dominar tantos camelos! Bem, agora, há a comunicação social e muitos jornalistas a propagandear o benefício das maldades!

 

Eusébio | O Pantera Negra | HD

Sobre Eusébio nada melhor do que ouvir o poema de Manuel Alegre. Partiu, sem dizer adeus, o Mágico do futebol. Onde estiver saiba que, independentemente do clube da nossa simpatia, o admirávamos!

sexta-feira, janeiro 03, 2014

 
Gostava que um poema brotasse, caminhasse subtil fosse bem vindo, fizesse passar a vontade de rir de agarrar livros, chorar e rir Gostava que 2014 não fosse um arrepio uma vontade de fugir um desespero noturno um vaguear solitário uma rota do absurdo Gostava que 2014 Acendesse sonhos de azul Sorrisos de meninos Mas o pranto de um exílio Só me acrescenta A dor de ser gente jbm

 

Está construído um embuste!

Pacheco Pereira é, sem sombra de dúvida, o único intelectual livre (como devem ser todos os intelectuais). Ontem na “Quadratura do Circulo” desmontou o embuste que está a ser criado e, no qual ,alinham os comentadeiros (essa profissão de vendedores de banha de gibosa) que nos entram todos os dias dentro de nossa casa. De facto, o que o Presidente da República quer, o que quer o governo, o que querem os eurocratas e esta gente que vive das tetas da Comunidade é que, até ás próximas eleições, passe a imagem de que tudo está a correr bem na Europa. Mas o que acontece é o contrário: caminhamos de mal para pior! A Europa não é uma comunidade, não tem um rumo, permitiu que a divida soberana fosse tornada num mercado especulativo, privilegiou os povos do Norte e dividiu a Europa entre povos do Norte e povos do Sul. A crise continua a ser suportada pelos rendimentos do trabalho, pelo roubo aos reformados, viúvas e aposentados. Agora, até criaram um imposto só para aposentados(Vejam o que diz Ferreira leite (na TV24)!. Todos os sinais que apregoam de melhoria são um embuste. António Costa e Ferreira leite (num outro programa) também foram no mesmo sentido que Pacheco Pereira. É preciso denunciar isto, mas quem mais o fará? Sabem que os deputados europeus e os eurocratas não sofrem os descontos nos vencimentos que o governo decreta para quem vive do trabalho em Portugal? A Comunidade Europeia traz vantagem a alguns, mas já não serve para todos nós!

quinta-feira, janeiro 02, 2014

 
Não temos um presidente da república, mas um homem que disfarça mal o seu compromisso com quem deu cabo do País: o BPN, a ruina da agricultura, da pesca, a falta de visão estratégica para Portugal, etc. Depois, só se poderia esperar que fosse o cinturão protetor destes incompetentes que, à margem da lei, olham para os pensionistas, reformados s e funcionários públicos como Hitler olhava para os judeus e ciganos. Anuncia o resgate e Portas meteu no bolso o relógio da sua demagogia. Só a Alemanha, para salvar a face da sua declaração de guerra aos países do sul, paradoxalmente, nos pode ajudar. Perdemos a dignidade, somos um farrapo no bico dos abutres!

quarta-feira, janeiro 01, 2014

 
Para mim, a nível nacional, é a figura do ano. A nível global é, sem dúvida, o querido amigo Francisco, o que mais do que um Papa, é um irmão
http://venerandomatos.blogspot.pt/2013/12/ainda-ha-portugueses-dignos-jose.html

 

Há sempre duas histórias!

Não há só uma história: há também a história dos descartáveis, mas só uma pequena minoria se interessa por ela! Para os que fazem parte desta minoria, levanto a minha taça de um Novo ano e reconforto-os com a evidência da outra história: os cavalos também se abatem!

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