quarta-feira, fevereiro 26, 2014

 
Se querem perceber por que esta tão “querida democracia” se confunde com a plutocracia; se querem perceber as razões das interferências dos governos noutros governos; se querem perceber o que significa a intervenção da Troika; se querem perceber a necessidade de uma outra ordem no mundo que evite a conspiração de gangsters que dominam as nossas vidas, com apoio até de economistas que vêm de U.C. (contrariando a doutrina social da Igreja e a do próprio Papa Francisco) , então estejam atentos a este site! http://www.youtube.com/watch?v=I6fImpY0jjw

 

Gente de qualidade! O que será isso?

Ontem o líder da bancada do PS na Assembleia da República disse que a lista de candidatos para a Europa era de gente de qualidade. O que significará isso? Qualidade para quê? Pessoalmente, só esperava que o PS apresentasse um programa com candidatos que o aplicasse conforme foi apresentado aos eleitores. Infelizmente, votamos em partidos que, pelos vistos, desprezam os seus programas e as suas ideologias. E estou farto de gente dita de qualidade nesta política assente no individualismo (mesmo dita socialista): são como as maçãs de primeira escolha, de muita qualidade, mas podres por dentro!

domingo, fevereiro 23, 2014

 

gente estranha a fazer da política uma nojeira

Ia em viagem e, por isso, gramei o “relato” do congresso de Passos Coelho ou melhor, do poder que nos desgoverna. Nunca, nem no tempo dos Filipes, o País esteve entregue a gente tão estranha aos portugueses, tão incompetente e tão descarada como esta. Foi uma relvada, no pior de Relvas, que só serviu para, num estilo de União Nacional, fazer crer que a oposição “conspirava” contra os portugueses. No seu estilo de gelatina, o Professor da TV justificou contradizer o que disse por razões de afetividade: o PSD é para si um filho desavindo, mas, à última hora, sentiu o dever de ir à sua festa. E, de facto, é assim: o partido não é um instrumento de um modo de pensar o melhor para o país, mas um filho de um pai, que, tal como na Idade Média, o considera como uma propriedade sua. Uma oligarquia tomou conta do nosso destino comum, como um feudal trataria o seu couto. Mas o que mais me entristeceu foi ouvir Passos Coelho dizer que um sujeito da Universidade Católica aceitou assumir a direcção de mais um dos organismos de que este PSD é pródigo. Já Não esperava, como milhões de outras pessoas, que a Universidade Católica se fosse tornando, com este senhor e muitos outros, no braço teórico deste fundamentalismo neoliberal, traindo o pensamento social da Igreja e todos os esforços que o Papa Francisco faz para a tornar solidaria com os que mais sofrem: os pobres, os desempregados, os traídos pela história. Pergunto-me até, por que dizem que é católica esta universidade que fornece fornadas de gente para servir o cruel capitalismo financeiro? Vivemos uma crise terrível, de valores, de contradições e de uma política nojenta! E não sei como sair disto.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

 

A causa da esquizofrenia

Ouvi dizer que amanhã começa o congresso do PSD. Não sei por que faz um congresso este PSD! Já está tudo previsto! É a afirmação duma iniquidade e ninguém pode perceber que seja necessário juntar gente para nada dizer que dê um sentido à política, à governação. Para quê dizer que o País estará melhor sem saberem o que é um País?!... A democracia, como um sistema humano de viver foi exterminada e, por isso, falam de um País sem perceberem que é a nação, como comunidade de pessoas, que justifica a noção de País. Vivemos o delírio dos equívocos, a representação de tudo num vazio, o amortalharmo-nos num nihilismo, sem esperança e sem sentido. Este congresso, como manifestação do poder na mediocridade no poder, é o produto perfeito duma esquizofrenia! E tudo isto não faria sentido, se a democracia ainda tivesse vida!

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

 

Um golpe de Estado!

Em Maio a Troika (BCE, FMI e Comissão Europeia) vai-se embora, deixando o País muito pior do que o encontrou, com uma dívida ainda maior e sem acesso garantido aos mercados. Estamos, hoje, mais pobres, o desemprego é chocante, foi destruído o estado Social, os direitos laborais e a democracia que o 25 de Abril construiu. Os sinais positivos são semelhantes aos sinais de recuperação da doença que antecedem a morte. Deu-se no nosso País um golpe de Estado e é bom que tomemos consciência disso. Podia não ter acontecido, podia não ter sido assim, se todos nós estivéssemos avisados da incompetência da gente que foi eleita e não houvesse aquele preconceito que leva os cidadãos a votar sempre no arco da direita. Este governo perdeu a sua legitimidade e já nem sequer consegue fazer acordos com a UGT. A União Europeia é uma burla, pois traiu todos os princípios que estiveram na sua origem. Aproximam-se eleições e a propaganda eleitoral dos “rodriguinhos” e do ping-pong retórico insiste em tolher-nos a reflexão. Precisamos de ir ao fundo do problema: e o problema está no sistema partidário feito para promover incompetentes e na entrega da Comunidade Europeia ao imperialismo financeiro. Só há um voto útil: o que seja de protesto contra este pântano fétido, o que fuja à propaganda tóxica do arco do poder.

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

 
“Quando a vida interior se fecha nos próprios in¬teresses, deixa de haver espaço para os outros,( …) Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social» (...) Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da «recaída favorável» que pressupõem que todo o crescimento económico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos factos, exprime uma confiança vaga e ingénua na bondade daqueles que detêm o poder económico e nos mecanismos sacralizados do sistema económico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar. – quem o diz é o Papa Francisco, aquele que nos faz sentir irmão. Leiam a sua encíclica. Vale a pena! http://www.vatican.va/holy_father/francesco/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium_po.html#Não_a_uma_economia_da_exclusão

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

 

O discurso da avestruz

Agora, a tese destes neoliberais fundamentalistas que se querem apresentar como bonzinhos é a seguinte: fosse qual fosse o partido no poder teria de fazer a mesma política. De uma forma mole já confessam o seu fracasso e olham pelo retrovisor para se colocarem ao nível do passado. Mas, quem não se lembra do que prometeram, do que têm dito e, sobretudo, da evidência de que poderia ser seguido outro caminho, não sobrecarregando os mesmos com todos os sacrifícios, indo buscar aos ladrões do BPN, BPP, das PPP, swops outras vigarices, o que roubaram. Este governo aumentou a divida, obriga-nos a pagar juros por tempo insuportável, empurrou os jovens para o exílio, em vez de proteger os mais pobres agravou a sua situação e os sacrifícios a que nos forçou nem com toda a demagogia da propaganda consegue convencer-nos que serão vantajosos para as gerações vindouras. Este governo deixou-nos numa situação financeira que, sem sair do euro, é impossível resolver e não querem enfrentar esta questão de frente, porque não querem perder as mordomias de euro-oligarcas.

 
" Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." Voltaire

 

Há gente para tudo!

http://www.ionline.pt/artigos/portugal-media-televisao/peticao-exigir-fim-comentario-semanal-socrates-na-rtp-rejeitada Esta Petição, a exigir o fim do comentário semanal de Sócrates na RTP, significa o regresso ao obscurantismo medieval. Há gente que ainda não percebeu o que é a democracia! Querem fazer pior do que o que houve de pior no reinado de Sócrates: silencia-lo! Esta petição é a negação do que constitui o fundamental na democracia: o direito á palavra; é a negação do que constitui o fundamental da inteligência: perceber o que há de semelhante no que parece diferente e o que é diferente no que parece semelhante. Percebe-se por quê! Esta gente quer estupidificar a opinião pública, criar condições para a manipulação grosseira e não querem a democracia. Esta petição é a petição do medo dos apaniguados deste desgoverno; medo de que o direito à palavra desconstrua a mentira e de que se alastra a evidência do embuste em que se tornou o reinado de Passos Coelho & Portas. Há gente para tudo, mas de nada lhe vai servir esta estratégia obscurantista!

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

 

Uma roleta para o governo!

Já percebi onde este governo se inspirou para a roleta das faturas. Foi no vício do jogo, esperando que o pedido de faturas se torne compulsivo. A originalidade deste governo está aqui, bem como a sua principal reforma (talvez a única): criou o patriotismo de roleta. Porque não passá-lo para o sistema eleitoral? Fazia-se girar a roleta e pelo número do contribuinte saiba-se quem ficava primeiro-ministro, presidente da república, etc.. Perdendo-se o sentido das obrigações cívicas, do que implica a ideia de pátria e tendo presente que as campanhas eleitorais só trazem frustrações, que se elege quem faz tábua rasa do que promete, fazer da democracia uma roleta só dava vantagens: tornava o jogo democrático muito mais fiável, muito mais transparente e desaparecia esta oligarquia que das autarquias passa para o governo e do governo para a banca. E, de certeza, caia-nos na rifa melhores governantes!

terça-feira, fevereiro 04, 2014

 
Mas tu não mereces esta cidade (este País) não mereces esta roda de náusea em que giramos até à idiotia esta pequena morte e o seu minucioso e porco ritual esta nossa razão absurda de ser ALEXANDRE O'NEILL

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

 

A bancarrota que ameaça a democracia.

Passos Coelho tem como único argumento a favor dos roubos a pensionistas, reformados e funcionários públicos a necessidade de corrigir a ameaça de bancarrota. Mas se a bancarrota consiste na falta de cumprimento de uma promessa fixada num papel de crédito, quem, de verdade, provocou a bancarrota foi Passos Coelho ao não assumir as suas promessas no seu programa eleitoral. Ninguém, de bom senso, pode aceitar que o sufrágio eleitoral consista em entregar votos, como quem entrega um cheque em branco, permitindo que da escolha pelo voto saia a legitimidade para a arbitrariedade do governo. Se assim fosse o sistema democrático perderia toda a autoridade moral, o sufrágio consistiria num desprezo pelo contrato social, uma grosseira desconsideração pela inteligência e uma forma de confiar á ignorância, ao arrivismo e à corrupção a gestão da coisa-pública.

domingo, fevereiro 02, 2014

 

Um texto excelente!

Ontem, Sábado, 01 de Fevereiro, Pacheco Pereira escreveu um texto excelente que vale a pena ler. Vai ao fundo da questão: o pensamento neofascista desta gente. Na moção ao Congresso do PSD, diz Passos Coelho: “há uma apropriação excessiva dos direitos das gerações futuras por parte das atuais gerações.” E é dito por quem não cuida de saber por que é que são os velhos que têm de pagar a renda de casa, a alimentação, os cuidados de saúde e até o vestir dos seus filhos e netos. E é dito por uma geração que viveu sempre dependurada nos seus papás, que entrou para a jota, reivindicou lugares nas listas para deputados, autarcas, fez da política a sua profissão, sempre vivendo á custa do que o Estado cobrou aos mais velhos, aos seus pais e avós. Esta geração de carreiristas pela ingratidão, levada ao poder por Cavaco Silva, nunca fez nada de útil, vê o mundo com o nariz enfiado no prato e, por isso, não compreende o papel da velhice. Com esta gente uma questão terrível se coloca: não só esvaziou a esperança criada pelos mais velhos que suavisava o futuro, como também tornou o passado dos velhos, o que nele pensavam de seguro, numa incerteza e sofrimento. Nesta desumanização, até a esperança que foi criada num tempo que já se foi, se faz sofrimento da condição de ter de viver o presente! Não será isto um neofascismo?!... http://www.publico.pt/politica/noticia/discurso-geracional-e-guerra-aos-velhos-1621906

sábado, fevereiro 01, 2014

 
Este acontecimento é sintomático da ausência de uma cultura da responsabilidade deste governo. Têm muito paleio, aprenderam muitas técnicas de argumentar (ou mais precisamente manipular, aldrabar) , mas são ignorantes quanto aos deveres de quem governa, de quem toma decisões; e, por isso, não tomam como orientação o “Princípio da Precaução”: perante a presunção de riscos sérios ou presumíveis a ausência de certezas científicas confirmadas não serve de alibi para não evitar esses riscos. A crise social é geralmente acompanhada de uma crise de humanismo por quem governa e decide, já dizia Hans Jonas, o criador do princípio da responsabilidade. http://videos.sapo.pt/ezAeb0rYztO6wB4KtsNR

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