domingo, fevereiro 23, 2014

 

gente estranha a fazer da política uma nojeira

Ia em viagem e, por isso, gramei o “relato” do congresso de Passos Coelho ou melhor, do poder que nos desgoverna. Nunca, nem no tempo dos Filipes, o País esteve entregue a gente tão estranha aos portugueses, tão incompetente e tão descarada como esta. Foi uma relvada, no pior de Relvas, que só serviu para, num estilo de União Nacional, fazer crer que a oposição “conspirava” contra os portugueses. No seu estilo de gelatina, o Professor da TV justificou contradizer o que disse por razões de afetividade: o PSD é para si um filho desavindo, mas, à última hora, sentiu o dever de ir à sua festa. E, de facto, é assim: o partido não é um instrumento de um modo de pensar o melhor para o país, mas um filho de um pai, que, tal como na Idade Média, o considera como uma propriedade sua. Uma oligarquia tomou conta do nosso destino comum, como um feudal trataria o seu couto. Mas o que mais me entristeceu foi ouvir Passos Coelho dizer que um sujeito da Universidade Católica aceitou assumir a direcção de mais um dos organismos de que este PSD é pródigo. Já Não esperava, como milhões de outras pessoas, que a Universidade Católica se fosse tornando, com este senhor e muitos outros, no braço teórico deste fundamentalismo neoliberal, traindo o pensamento social da Igreja e todos os esforços que o Papa Francisco faz para a tornar solidaria com os que mais sofrem: os pobres, os desempregados, os traídos pela história. Pergunto-me até, por que dizem que é católica esta universidade que fornece fornadas de gente para servir o cruel capitalismo financeiro? Vivemos uma crise terrível, de valores, de contradições e de uma política nojenta! E não sei como sair disto.

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