segunda-feira, maio 16, 2016

 
Gosto muito da minha flor. Não sei o seu nome, mas isso pouco interessa. Veio à vida sem ser chamada.Serviu-lhe de berço uma friesta que separava a mica do feldspato. Talvez tenha sido por vergonha ou por se sentir protegida pelo granumgrão que limita o sitio das minhas flores. Sofreu as dores do crescimento no bruto granito e em silêncio, só com a ternura dos fios de água que desciam do telhado, cresceu e fez-se flor. No seu pudor nem as ervas daninhas tocaram e resigna-se às investidas das abelhinhas que lhe roubam o perfume. Gosto de a acariciar com um olhar de proximidade , como acontece quando se ama. E descubro no seu acanhamento mais poemas dos que encontro, ao anoitecer, nas estrelas que brilham no azul que as sustentam.
Bendita seja a minha flor!

domingo, maio 08, 2016

 

Não se apagam as nódoas de sangue!

Foi na tarde de 16 de Março de 2003. Quatro dias depois, na madrugada de 20 do mesmo mês, deu-se o início da trágica intervenção militar no Iraque. Durão Barroso pretende, agora,limpar-se do seu emporcalhamento, arrastando para a cumplicidade Jorge Sampaio.
Barroso saiu-se mal. Sampaio desmentiu-o e fez muito bem.
As nódoas de sangue que Barroso trouxe daquele aperto de mão a George Bush, Tony Blair e Aznar durante a Cimeira da Guerra nunca mais desaparecerão.
O sangue da tragédia continua a correr, com muitos inocentes atirados para a valeta da morte, e essa gente porca, que se vendeu por uns litros de petróleo, já está a ser julgada pela História. Infelizmente, deveriam ser julgados em Nuremberg, como foram outros da mesma laia!

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