sábado, abril 30, 2011

 

Olhos nos olhos

Há coisas que não entendo! No “Expresso” Catroga convida as gerações mais novas a responsabilizar criminalmente Sócrates pela situação do País. Por que não exerce ele esse dever, já que é conhecedor privilegiado dessa situação?

Francisco Louçã, na entrevista que deu na TV conjuga a política na primeira pessoa («meu país… eu quero», etc.) Onde terei eu já percebido esse estilo tão possessivo? Não seria melhor, mais aberto e mais socialista, o pronome envolvente «nós»?

Não entendo!...

Diz quem sabe:

1º Só a corrupção, em cálculos já feitos, é responsável por cerca de 60% da dívida. Toda a gente sabe quem, por exemplo, lucrou com o BPN. Por lá passaram depósitos virtuais. Porque não são responsabilizados os que á custa do BPN fizeram “negócios” fraudulentos?


2º Se os Bancos separassem a carteira de negócios tradicional do chamado investimento de risco, não éramos, agora, obrigados a pagar os riscos ocorridos com os “produtos” financeiros.

3º A Caixa Geral de Depósitos tem sido pessimamente administrada. É preciso que ela seja a o Banco do Estado que dá garantias a quem lá coloca o seu dinheiro e o depósito do seu ordenado. É um erro terrível a sua privatização.
4º- Por que será que só a Função Pública vai ver os seus salários e as suas reformas diminuídas escandalosamente? Foram eles os causadores da crise?
 5º A oposição (toda) não ganha credibilidade, porque não vai às questões concretas que estão na origem desta crise e não faz propostas de reformas que as corrijam.

O chamado arco do poder não está motivado em resolver estas questões e da esquerda também não se conhecem propostas concretas. Por que será?!...

Não entendo!


sexta-feira, abril 29, 2011

 

As diferenças de tempos de antenam marcam as preocupações

a)- Príncipe William e princesa Kate são agora marido e mulher.

b)-O desemprego em Portugal está nos 11,1, enquanto na média dos países europeus é de 9,5%.
Dois acontecimentos. Pela diferença no tempo de antena dispendido em cada acontecimento também se percebe quais são os assuntos que preocupam os meios de comunicação que formatam a qualidade das preocupações dos cidadãos.


quarta-feira, abril 27, 2011

 

Uma boa ideia.

Aqui está uma ideia que me torna feliz. Diz o sociólogo Boaventura Sousa Santos «os portugueses deviam recusar-se a pagar a dívida do Estado»


Mas não só recusar-se a pagar uma dívida que não estava programada, mas também pedir responsabilidades criminais a quem desbaratou os dinheiros públicos.Enquanto a impunidade política for impunidade criminal não credibilizamos os partidos.

Como já referi, os programas eleitorais deveriam ser entregues no Tribunal Constitucional acompanhados pelo nome de quem se podia pedir responsabilidade pelo seu não cumprimento.


Os programas eleitorais não podem continuar a ser os únicos contratos que só servem para aldrabar e vigarizar os contratantes!

terça-feira, abril 26, 2011

 

A ética da responsabilidade não pode ser um conceito vazio

Comecei a ouvir a entrevista de Sócrates, mas o meu pensamento foi para certas questões, com as quais não me conformo nem percebo por que é que a esquerda, tão ciosa da luta pela democracia, ainda não as teve em conta nem parece interessada em lutar por elas.


A democracia é um regime de regras e os programas eleitorais são contratos que os partidos fazem com os eleitores; e se, obviamente, têm a obrigação de honrar esses compromissos, consequentemente pelos mesmos têm de ser responsabilizados.


1ª Por que é os programas dos partidos não são entregues no Tribunal Constitucional com a indicação de um primeiro-ministro responsável pelo seu cumprimento? Se isso fosse feito, acabaria este regabofe deprimente dos programas dizerem uma coisa e no governo fazer-se outro. Qualquer cidadão poderia pedir responsabilidades pelo não cumprimento de contratos.


2º Por que é que não é criminalizado o regabofe das despesas que levaram o País a ficar a dever dinheiro que vai ser pago por muitas gerações vindouras? É um saque obrigar gerações, que ainda não estão cá, a pagar o que não mandaram vir e, por certo, abominam, como são as parcerias público-privadas, a falta de rigor e transparência nos dinheiros dos contribuintes.


3º- Por que é que quem não encontra partido que o possa representar e, acreditando na democracia vota em branco, não há-de ter o direito de ver a percentagens de votos brancos representada por cadeiras vazias no parlamento?

Quanto a esta última, já fiz uma petição http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM que para valer precisa, ainda, de muitas assinaturas.

Quando aos outros pontos, não haverá por aí quem, com mais jeito do que eu para convencer, faça qualquer coisinha para ficar em lei a responsabilização dos políticos pelo não cumprimento de contratos, não acautelarem os direitos das gerações vindouras e desbaratarem os dinheiros públicos? Será que  a esquerda também não quer demarcar a política do roubo e da incompetência?!...

segunda-feira, abril 25, 2011

 

25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.

Sophia de Mello Breyner
(1919-2004)

quinta-feira, abril 21, 2011

 

Poema da Ética



"Eu sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser dá para mudar o final"

 

25 de Abril, bem longe do 25 de Abril

Enviei para o Semanário Grande Porto o seguinte texto:

«Ao 25 de Abril aconteceu-lhe um pouco o que aconteceu a Camões: a falar de Camões muitos tornaram-se ricos e poderosos, enquanto o poeta morreu abandonado e na miséria.
É certo que não vivemos amordaçados por uma ditadura. Mas isso não significa que podendo falar e, vivendo em democracia, os cidadãos possam fazer ouvir a sua voz, lutar contra a impunidade que grassa no poder político e participar nas questões políticas que directamente lhes dizem respeito.

Hoje, só influencia politicamente quem tem poder económico e os que vivem do seu trabalho estão tão abandonados como está o espírito de Abril.
A distância que nos separa de Abril é já quase incomensurável. Estamos hoje quase na bancarrota e nenhum governante é responsabilizado por ter esbanjado o dinheiro dos contribuintes. E não se trata de apenas esperar uma punição no acto eleitoral. O esbanjamento dos dinheiros públicos é um crime que deveria ser julgado, como um roubo, pelos tribunais comuns.

As promessas eleitorais devem ser compromissos de honra e o dinheiro dos contribuintes não pode ser o saco azul das megalomanias, dos gabinetes de amigos, da multiplicação de serviços, do espavento político, das administrações milionárias de empresas do Estado falidas e de todo esse novo-riquismo que vai proliferando desde os últimos anos.

As comemorações do 25 de Abril têm-se reduzido a manifestações de rua. Sem retirar este carácter de festa popular, torna-se cada vez mais necessário aproveitar o “dia da Liberdade” para uma reflexão sobre temas que interessem à democracia e a todos os cidadãos.
Vivemos, hoje, uma profunda crise que nos vai atirando para a bancarrota. Ela tem raízes não só na forma como se organiza o capitalismo financeiro internacional, mas também na forma como se organizam os partidos, na falta de lideranças fortes, na fulanização da política, no esvaziamento do carácter moral de governar, numa profunda crise das instituições e na ausência de sentido de Estado. Por que não discutir tudo isto? Os partidos parecem orientar-se por lógicas muito semelhantes às mafiosas e isso reflecte-se na forma como entendem as instituições, o poder, o governo e os dinheiros públicos.

Se o regresso à ditadura de tipo fascista não parece pensável, vivemos hoje uma democracia doente, dominada por uma oligarquia que tomou conta do Estado.

Sem uma profunda reflexão sobre o papel dos partidos que os obrigue a responsabilizarem-se pelos maus governos que geram e sem responsabilidades criminais sobre o mau uso dos dinheiros públicos, é impossível fazer da democracia um regime orientado por uma ética da responsabilidade.
E é isso que nos falta».

quarta-feira, abril 20, 2011

 

O povo nem sempre se deixa levar!

Segundo o Diário Económico, “A esmagadora maioria dos portugueses considera que o Governo deveria ter reagido mais cedo à pressão insustentável dos mercados financeiros e que o Presidente da República deveria ter sido mais activo ao longo da actual crise financeira. Em ambos os casos, 86% dos portugueses inquiridos pela Marktest dão nota negativa ao comportamento de Sócrates e Cavaco Silva.(…).

E ao contrário do que ainda hoje garante o líder socialista, o PEC IV apresentado pelo Governo não era solução: 67% dos inquiridos garante mesmo que não evitaria um pedido de ajuda externa caso a oposição, a 23 de Março, tivesse viabilizado a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo colocou a votos no Parlamento.”.

terça-feira, abril 19, 2011

 

Prepara-se uma campanha esquizofrénica

Quem não se lembra de Freitas do Amaral ter defendido Sócrates no caso da sua licenciatura e no do Freeport. Agora, em entrevista à RTP1teceu severas críticas ao primeiro-ministro José Sócrates e ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

E esclareceu: Teixeira dos Santos “Em Outubro de 2010, disse uma coisa muito acertada. No dia em que os juros da nossa dívida chegarem aos 7%, nós temos de recorrer à ajuda externa. Eu tenho de concluir que foi o primeiro-ministro que não deixou, porque o primeiro-ministro de repente começou a viver num mundo irreal, e Teixeira dos Santos, por solidariedade ou por amizade, submeteu-se".

Reparem no golpe de cintura com que o Primeiro-ministro pretende vitimizar-se e culpar a oposição da vinda da Troika!...
Será que há quem vá nessa lábia?!... 

Tudo leva a crer que a campanha eleitoral vai ser esquizofrénica na vitimização e culpabilização.

domingo, abril 17, 2011

 

Fico na expectaviva.

Na política, infelizmente, geram-se amores e ódios com muita facilidade e o marketing político é muito agressivo e não olha a meios para atingir os seus fins, criando boatos, empolando frases descontextualizadas, etc. Sócrates e um certo PS, p. ex., é exímio nisso.
Aliás, sempre me fez questão a agressividade do PS (nomeadamente de Mário Soares e de Assis. Este é, para mim, uma espécie de fotocópia do chefe Sócrates). Interrogava-me: será que Fernando Nobre muda tanto de carácter: é um catavento? Mas a sua obra contradiz esta suspeita. Por outro lado, não será que muitos dos ataques que lhe são feitos têm motivos pouco sérios, como o despeito?!... Se eles dizem tão mal do homem da AMI é porque ele não será tão mau assim! Não pode ser muito mau quem é muito atacado por Sócrates.
Pondo de lado tudo isso e o que em matéria de procedimentos continuo a achar errado no Fernando Nobre, devo dizer que gostei da entrevista que hoje deu no Canal 1 da TV.

Fiquei com a sensação que, dentro da sua forma de ver, Fernando Nobre foi igual a si mesmo. Ele continua a considerar que em todos os partidos há gente com boas intenções e, como não está filiado em nenhum, deve manter, com quem lhe pareça poder partilhar boas ideias, as melhores relações.

Tem a ideia de poder desempenhar um desígnio na sua candidatura pelo PSD, acredita em Passos Coelho e aceitou a candidatura na crença de poder ser útil aos portugueses mais desfavorecidos. É a sua crença e contra isso não posso dizer nada.
É uma utopia personalista e humanista que não me desagrada. Sempre detestei os fundamentalismos, a intolerância e o radicalismo e, por isso, caiu-me bem a entrevista.

Fico na expectativa, desejando-lhe que seja feliz nas suas intenções. E já fiz a catarse deste caso. Nunca votaria no Sócrates e também não voto em Passos Coelho (mas não deixo de considerar que a este ainda confiaria o meu carro).

sábado, abril 16, 2011

 

Mensagem da Islândia a Portugal


Vale a pena ler e reflectir

por Nick Dearden [*]
Esta semana testemunhámos duas reacções muito diferentes à dívida europeia. Num extremo da Europa, eleitores da Islândia decidiram mais uma vez não aceitar os termos de pagamento dos seus "credores", os governos britânico e holandês, na sequência do colapso de bancos islandeses em 2008. No outro, Portugal está a ser empurrado para o caminho da terapia de choque pela União Europeia, com o povo desse país excluído de um processo que mudará a sua vida de modo dramático. 

Nem a Islândia nem Portugal terão vida fácil nos próximos anos. Mas há um mundo de diferença entre a recusa do povo da Islândia a "pagar por bancos falidos", nas palavras do seu Presidente, e o sofrimento que está a ser imposto de fora a Portugal. O responsável do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, deixou perfeitamente claro que as negociações sobre o futuro de Portugal "não são certamente para debate público". 

O povo da Islândia não teve uma reacção automática. As pessoas ali estão bem conscientes de que a recusa em pagar a curto prazo é o caminho menos fácil a adoptar. Um iminente processo judicial por parte do Reino Unido e da Holanda, a reacção negativa de mercados de crédito e o ameaçado bloqueio à sua entrada como membro da UE cobrarão a sua portagem. 

Mas para o povo da Islândia a ortodoxia de como se supõe que os países devam tratar de dívidas não é simplesmente enviesada, ela é profundamente injusta, distribuindo de modo não razoável poder e riqueza dentro e entre sociedades. O eleitor de 28 anos Thorgerdun Ásgeirsdóttir disse: "Sei que isto provavelmente nos prejudicará internacionalmente, mas vale a pena tomar uma posição". 

Se o povo de um país que realmente entrou na ideologia do mercado livre, dos mercados de capitais desregulados e dos empréstimos baratos pode recusar-se a pagar pelos crimes dos bancos, então pode-se esperar que aqueles que o fizeram menos bem durante as décadas de boom financeiro sintam-se ainda mais entusiasmados. 

Na Grécia, tal ira começa a transformar-se num desafio construtivo ao poder das finanças. Centenas de académicos, políticos e activistas apelaram a uma comissão de auditoria da dívida. Tal comissão abriria todas as dívidas da Grécia ao exame público – confrontando directamente o modo como o FMI e a União Europeia trabalham por trás de portas fechadas para impingir os seus muitas vezes desastrosos remédios aos países membros. 

Como disseram activistas gregos: "o povo que está destinado a arcar com os custos de programas da UE tem um direito democrático de receber plena informação sobre a dívida pública. Uma Comissão de Auditoria pode começar a corrigir esta deficiência". 
.A resolução popular actualmente está a ser reforçada por um sítio web fenómeno – um filmeviral chamado debtocracy (governo pela dívida) – que varre a população online da Grécia e convence-a de que foi trapaceada. No princípio do próximo mês activistas de toda a Europa e do mundo em desenvolvimento reunir-se-ão em Atenas para estabelecerem em conjunto um programa que desafiará as políticas do FMI na Grécia. 

O acordo de Portugal apenas começa a ser carpinteirado. Tal como na Grécia e na Irlanda, um pacote de salvamento (bail-out) beneficiará primariamente bancos da Europa Ocidental, com €216 mil milhões de empréstimos em aberto a Portugal, ao passo que as pessoas comuns aguentarão um programa de cortes profundos nas despesas, direitos dos trabalhadores reduzidos e privatização generalizada. O responsável do Banco Carregosa , de Portugal, declarou ao Financial Times: "Não é um exagero chamar a isto terapia de choque". 

As comparações com países em desenvolvimento são óbvias e os erros ali já estão a ser repetidos. Muitas vezes bancos foram salvos e as pessoas mais pobres do mundo foram empurradas para uma pobreza ainda mais profunda. Países que vão desde Serra Leoa à Jamaica estão a acumular cada vez mais dívidas, sempre mais, para aplacar a tempestade dos banqueiros. 

Eis porque deve ser traçada uma linha na Europa. Despejar mais dívida por cima das desgraças acumuladas de Portugal nada fará para ressuscitar a economia. A dívida de Portugal é totalmente insustentável – em grande medida resultado de empréstimos privados irresponsáveis ao longo da última década. Aqueles responsáveis estão a ser salvos, aqueles que não são sofrem as dores. Foi isto que a Islândia recusou-se a fazer. 

O povo da Islândia ergueu-se pela sua soberania. O seu futuro parece consideravelmente mais brilhante do que o da Irlanda ou de Portugal. O povo da Grécia está apenas a começar a sua luta. Os resultados terão um impacto monumental sobre o combate contra a pobreza e a desigualdade em todo o mundo.
[*] Director da Jubilee Debt Campaign . 

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/dearden04152011.html 

 

Que tristeza!

Jorge Miranda traz, hoje, um artigo no “Público” excelente.

Quem passou por um partido sente como verdades incontestáveis o que diz o Constitucionalista. Há muito que penso o mesmo e, tal como ele, muitas vezes também me apetece votar em branco. E é por isso que promovi a petição
http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM

Não se encontra nos partidos ideias que rasguem horizontes de esperança, que percebam o mundo em que vivemos, o sentido trágico que ganhou uma globalização que nos leva para uma nova barbárie, a perda da nossa independência e soberania, o logro em que se tornou a Europa, as novas formas de escravidão, a perda do papel da escola, da universidade e da reflexão.

Sem reflexão, liberdade de pensar e tempo para “mastigar” ideias, não é possível encontrar respostas para o nosso tempo.

Curiosamente, todos os partidos seguem o mesmo modelo: anunciam acções “edificantes” para propagandearem: “somos os melhores”.

O lodaçal da falta de sentido do papel dos partidos, tem como exemplo patético, a chocante entrada de Fernando Nobre para a lista do PSD, a troco de ser Presidente da Assembleia da República.

Custa-me tanto falar nisto, porque o apoiei e fiz até parte da sua comissão de honra. Mas Fernando Nobre caiu numa insuperável contradição que renega tudo o que disse e o coloca numa situação degradante.

Contra tudo o que afirmou sobre cidadania, F.N. reforçou, com a sua entrada nas listas do PSD para ser Presidente da Assembleia da República, a ideia de que os partidos são os “patrões” dos deputados, das suas vontades e dos seus votos. E espera, de forma arbitrária e inconstitucional que o PSD mande os deputados votar nele, se não, não ficará na Assembleia da República.

É nesta convicção estranha à dignidade da Assembleia, ao dever dos deputados representarem os eleitores, à liberdade e à cidadania que Fernando Nobre alinha.

Ficamos perplexos e já não sabemos o que pensar do homem que estimávamos pela sua generosidade e sentido de cidadania.

Que vergonha e que tristeza!

sexta-feira, abril 15, 2011

 

Dá que pensar!

Segundo o “Sol”, Sócrates deixa, do seu último mandato, uma factura de 9,5 mil milhões de euros para o novo governo pagar. Como se vê o homem não tem só lábia!

Por que é que não há responsabilidades criminais para este “saque” aos contribuintes?

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=16883


quinta-feira, abril 14, 2011

 

O resgate em dúvida.

Crescem os partidos eurocépticos nas sondagens. Na Finlândia os empréstimos de resgate têm de ser ratificados em parlamento e as sondagens indicam que metade dos finlandeses está contra o resgate. Os 80 mil milhões de euros destinados a apoiar Portugal estão em risco.
Os partidos do centrão não querem analisar as causas e sem conhecer erros não se pode evitar que não se volte a cair nos mesmos. Mas, para além dos erros é preciso encontrar os responsáveis por tais erros e levá-los a tribunal. Se não for assim, os eleitores cada vez acreditarão menos na democracia. Entendê-la-ão como regime da impunidade.

terça-feira, abril 12, 2011

 

Petição A Relevância das Agências de Rating e o Risco de Abuso de Posição Dominante

Petição A Relevância das Agências de Rating e o Risco de Abuso de Posição Dominante

sexta-feira, abril 08, 2011

 

Já está dado o mote da campanha: tudo vale!

Sócrates construi uma narrativa surrealista que vai orientar a sua campanha eleitoral: imagina-se numa auto-estrada em contra-mão e chama irresponsáveis a todos os que vêm em oposição, prepara a armadilha do PEC4 para ser demitido e vitimizar-se e joga com o ilusionismo para tirar um coelho da cartola: não foi responsável pela bancarrota em que o País se encontra. Sócrates, no seu despudor argumentativo, ainda não garantiu que tinha mãe virgem, mas é de esperar!...



Sócrates é único. Para memória futura, precisava de ser conservado, num frasquinho com álcool. Dentro da anormalidade era o mais normal. 

 

Na política o "esbanjamento" dos dinheiros dos contribuintes fica impune?

Sabiam que há escolas com quadros interactivos que custaram milhões, que foi feita formação para trabalhar com os mesmos, que as canetas para neles trabalhar só podem ser adquiridas nos fornecedores, que Sócrates inaugurou essa nova tecnologia com pompa e circunstância e que, depois de tudo isto, os ditos quadros estão empacotados nas escolas, porque não há manuais que se harmonizem com os mesmos?

E além disso sabiam que muitas empresas concorrentes, processaram o Estado por não serem admitidas nos concursos de fornecimento dos quadros e o Estado (em alguns casos já condenado) terá de pagar milionárias indemnizações?

Percebem, então, porque estamos na bancarrota!

Que nome poderá ter quem continua a apoiar o partido donde surgiram estes governantes?

Será que os partidos não podem ser responsabilizados pelos líderes que escolhem?

quarta-feira, abril 06, 2011

 

BASTA!.... NÃO VOTAREI SÓCRATES.

Antes que seja tarde e o ser-se “troca-tintas” tenha direito a prémio, leve para todo o lado este símbolo, com o título em letras gordas:

BASTA!... NÃO VOTAREI SÓCRATES.



Temos de ser milhões com este lema para que os partidos percebam que são responsáveis pela falta de qualidade e embustes criados pelos seus líderes.

terça-feira, abril 05, 2011

 

Um país em forma de assim

«Num país de trafulhas que, se apanhados com a boca na botija (e a mão na massa) ainda passam por vítimas, a minha simpatia vai para o administrador dos CTT Marcos Batista, que pediu a suspensão do cargo "por razões pessoais" mal o jornal "i" descobriu que não é licenciado como declarou no currículo publicado em "Diário da República" aquando da nomeação.
Por pouco era uma atitude decente. Só que Batista não se demitiu nem apresentou voluntariamente na esquadra mais próxima. Apenas suspendeu o mandato, explicando que "sempre [esteve] convencido" que era licenciado. À bolonhesa mas, para todos os efeitos, licenciado, coisa de que o seu ex-sócio, o secretário de Estado Paulo Campos, que o nomeou, certamente também "sempre [esteve] convencido".
No país "em forma de assim" de Alexandre O'Neill, em que "o engenheiro, afinal, não era engenheiro/ e a rapariga ficou com uma engenhoca nos braços", para pagar a um pobre o que baste para completar 189,52 euros por mês, o Estado exige-lhe que preencha os modelos RSI 1/2010. RSI 1/1, RSI 1/2 e RV 1013 e que apresente BI, NIF, declaração médica, comprovativos de rendimentos, de bens móveis e imóveis, cadernetas prediais e declaração de autorização de acesso à informação bancária.

Já em lugares de nomeação política em empresas públicas como o do ex-sócio do secretário de Estado, paga 257 000 euros por ano sem sequer exigir um certificado de habilitações».

Manuel António Pina

domingo, abril 03, 2011

 

Ode ao Futebol, de Tosam - Palavras Vivas stand-up Poetry



Viva o F.C.P. Um jogo impróprio para cardíacos fez do Porto, mais uma vez, campeão.

 

Pobres de nós, entregues a estes cavalheiros!

Sócrates repete a cassete e com o seu ar sofrido faz acreditar as pedras de qualquer calçada que tem razão. É o único intérprete da linha justa para Portugal. Tudo o que de mal acontece no País é da oposição, mas não explica os organismos que multiplicou para satisfazer boys, os gastos sumptuosos com estudos, planos e propaganda, a sua megalomania das obras sumptuosas, nem por que precisou de chamar toda aquela mediocridade que o rodeia no Governo para reinar. A sua lábia é demolidora, capaz de vender carros eléctricos, glutões para lavar mais branco e banha de jibóia para curar todas as maleitas.


ASSIS é bem o duplo de Sócrates. Até na sua passagem, ainda como deputado, pela presidência da Assembleia Geral da Edinorte (o que ninguém investigou e seria interessante saber se havia nisso alguma relação com interesses políticos), uma empresa de Ferreira e Companhia, ex-testa de Ferro de Ferreira Torres e também compadre e (diz-se) sócio de Valentim, demonstrou que o seu caminho de uma moral impetuosa só pode ser ao lado de Sócrates.


Passos Coelho também veste bem, mas não tem pedalada para marcar passo a Sócrates e Assis na caminhada para o Governo.

o PC e o BE (que ainda não curou o seu apoio ao Manel Alegre -agora, tão socrático) insistem em colar o primeiro Ministro a Passos Coelho e isso só serve o descrédito na política que se manifestará numa subida da abstenção.

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