sábado, abril 16, 2011
Que tristeza!
Jorge Miranda traz, hoje, um artigo no “Público” excelente.
Quem passou por um partido sente como verdades incontestáveis o que diz o Constitucionalista. Há muito que penso o mesmo e, tal como ele, muitas vezes também me apetece votar em branco. E é por isso que promovi a petição http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM
Não se encontra nos partidos ideias que rasguem horizontes de esperança, que percebam o mundo em que vivemos, o sentido trágico que ganhou uma globalização que nos leva para uma nova barbárie, a perda da nossa independência e soberania, o logro em que se tornou a Europa, as novas formas de escravidão, a perda do papel da escola, da universidade e da reflexão.
Sem reflexão, liberdade de pensar e tempo para “mastigar” ideias, não é possível encontrar respostas para o nosso tempo.
Curiosamente, todos os partidos seguem o mesmo modelo: anunciam acções “edificantes” para propagandearem: “somos os melhores”.
O lodaçal da falta de sentido do papel dos partidos, tem como exemplo patético, a chocante entrada de Fernando Nobre para a lista do PSD, a troco de ser Presidente da Assembleia da República.
Custa-me tanto falar nisto, porque o apoiei e fiz até parte da sua comissão de honra. Mas Fernando Nobre caiu numa insuperável contradição que renega tudo o que disse e o coloca numa situação degradante.
Contra tudo o que afirmou sobre cidadania, F.N. reforçou, com a sua entrada nas listas do PSD para ser Presidente da Assembleia da República, a ideia de que os partidos são os “patrões” dos deputados, das suas vontades e dos seus votos. E espera, de forma arbitrária e inconstitucional que o PSD mande os deputados votar nele, se não, não ficará na Assembleia da República.
É nesta convicção estranha à dignidade da Assembleia, ao dever dos deputados representarem os eleitores, à liberdade e à cidadania que Fernando Nobre alinha.
Ficamos perplexos e já não sabemos o que pensar do homem que estimávamos pela sua generosidade e sentido de cidadania.
Que vergonha e que tristeza!
Quem passou por um partido sente como verdades incontestáveis o que diz o Constitucionalista. Há muito que penso o mesmo e, tal como ele, muitas vezes também me apetece votar em branco. E é por isso que promovi a petição http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM
Não se encontra nos partidos ideias que rasguem horizontes de esperança, que percebam o mundo em que vivemos, o sentido trágico que ganhou uma globalização que nos leva para uma nova barbárie, a perda da nossa independência e soberania, o logro em que se tornou a Europa, as novas formas de escravidão, a perda do papel da escola, da universidade e da reflexão.
Sem reflexão, liberdade de pensar e tempo para “mastigar” ideias, não é possível encontrar respostas para o nosso tempo.
Curiosamente, todos os partidos seguem o mesmo modelo: anunciam acções “edificantes” para propagandearem: “somos os melhores”.
O lodaçal da falta de sentido do papel dos partidos, tem como exemplo patético, a chocante entrada de Fernando Nobre para a lista do PSD, a troco de ser Presidente da Assembleia da República.
Custa-me tanto falar nisto, porque o apoiei e fiz até parte da sua comissão de honra. Mas Fernando Nobre caiu numa insuperável contradição que renega tudo o que disse e o coloca numa situação degradante.
Contra tudo o que afirmou sobre cidadania, F.N. reforçou, com a sua entrada nas listas do PSD para ser Presidente da Assembleia da República, a ideia de que os partidos são os “patrões” dos deputados, das suas vontades e dos seus votos. E espera, de forma arbitrária e inconstitucional que o PSD mande os deputados votar nele, se não, não ficará na Assembleia da República.
É nesta convicção estranha à dignidade da Assembleia, ao dever dos deputados representarem os eleitores, à liberdade e à cidadania que Fernando Nobre alinha.
Ficamos perplexos e já não sabemos o que pensar do homem que estimávamos pela sua generosidade e sentido de cidadania.
Que vergonha e que tristeza!