quinta-feira, maio 31, 2007

 

A " contenção salarial "

Ao mesmo tempo que, segundo números da Comissão Europeia, o poder de compra dos trabalhadores portugueses registou, em 2006, a maior descida dos últimos 22 anos, a CMVM anunciou que, entre 2000 e 2005, os vencimentos dos administradores das empresas cotadas em bolsa duplicaram (e nas empresas do PSI 20 mais que triplicaram!).

Isto é, enquanto pagam aos seus trabalhadores dos mais baixos salários da Europa a 25 (e todos os dias reclamam, sob a batuta do governador do Banco de Portugal, por "contenção salarial" e "flexibilidade"), esses administradores duplicam, ou mais que triplicam, os próprios vencimentos, vampirizando os accionistas e metendo ao bolso qualquer coisa como 23,9% (!) dos lucros das empresas.

Recorde-se que o Estado é accionista maioritário ou de referência em muitas dessas empresas, como a GALP, a EDP, a AdP, a REN ou a PT, cujas administrações albergam "boys" e "girls" vindos directamente da política partidária (cada um atribuindo-se a si mesmo, em média, 3,5 milhões de euros por ano!).

Se isto não é um ultraje, talvez os governos que elegemos (e o actual é, presumivelmente, socialista) nos possam explicar o que é um ultraje. O mais certo, porém, é que se calem e continuem a pedir "sacrifícios" aos portugueses.
A que portugueses?

Manuel Pina , Jornal de Notícias, Maio 2007.

Obs: não será, por certo, aos que fazem parte da comissão de honra de António Costa!

 

Quando o Sol não nasce para todos…

A António Costa não se aplica aquele princípio socialista: «o sol quando nasce, é para todos».

A sua candidatura ainda não tem programa, mas já deu à luz uma comissão de honra. Aí figura o jet set lisboeta: são artistas, escritores, gente dos negócios, capitalistas, jornalistas, empresários, banqueiros, universitários, grão-mestre da maçonaria, etc., etc.

Isto é, estão com a candidatura de António Costa à autarquia de Lisboa, os que não precisam de lugar para estacionar o carro, não receiam multas, não andam nos transportes públicos, não têm o problema de procurar uma casa para habitar, de emprego para sustentar a família, de centro de saúde ou hospitais públicos para tratar uma doença, de creches ou escolas públicas, etc.

E se todos os que ficaram na sombra da candidatura socialista, que não fazem parte da fina-flor lisboeta, concluíssem o óbvio: «: «se António Costa não tem um lugar para nós, por que lhe havemos de dar o voto!!!...»

Era o manguito da superioridade moral dos desonrados que o socialista da nova vaga, António Costa, merecia.

quarta-feira, maio 30, 2007

 

Maioria dos portugueses apoia a greve geral

Segundo o barómetro da Marktest, tornado hoje público, a maioria dos portugueses está de acordo com a greve geral. E é significativo que entre os que apoiam esta greve, existem mais votantes socialistas do que sociais-democratas.

Talvez nunca se saiba verdadeiramente a percentagem de adesão á greve. A sondagem confirma, no entanto, o que se esperava: o mal-estar é geral.


Mas, mais de um milhão de trabalhadores não só não podem estar inscritos num sindicato como também não podem fazer greve sem correr o risco imediato de perder o emprego.

São os que constituem o contingente silencioso dos contratados a prazo, de falsos recibos verdes, dos temporários, dos sub-empregados. Esta legião constitui os novos deserdados do mundo: não fazem férias, são ignorados pelas contratações colectivas, não podem estar doentes, nem têm horário de trabalho fixo. E são estes que, paradoxalmente, engrossam os números que interessam ao Governo para propagandear a justeza da sua política. O sucesso deste Governo assemelha-se, assim, ao sucesso dos abutres.

Culpa-se a globalização pela precariedade do emprego, mas a globalização poderia e deveria ter em conta os direitos fundamentais dos trabalhadores, adquiridos ao longo de anos de luta e pelos quais morrerem muitos dos nossos mais generosos antepassados. Bastava que as trocas comerciais não se fizessem com os países que não respeitam os direitos humanos e, muito particularmente, os direitos dos trabalhadores.

Contudo, o caminho da realpolitik na relação entre os Estados vai alimentando, utilizando a expressão de Fernando Pessoa, o «mostrengo que está no fim do mar» alargando a sua noite de breu.

Em vez de se preocupar com a retórica dos números, o Governo socialista pode, como se vê pela sondagem, tirar, desde já, uma conclusão: está a perder o apoio dos que nele votaram e faz a política que interessa à oposição.

À direita só lhe falta um líder do seu meio para ter tudo o que precisa.

terça-feira, maio 29, 2007

 

E acontece num governo dito socialista…..

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) "proibiu (hoje) qualquer tratamento autónomo de dados pessoais, relativos aos trabalhadores aderentes à greve geral».

A CNPD considera que a adesão ou não à greve por parte de trabalhadores da Administração Pública reflecte uma opção por um direito e, por isso, não pode ter um tratamento discriminatório. E, sendo assim, tal tratamento em função da greve, constituiria uma violação dos artigos 13º e 35º da Constituição e do artigo 7º da Lei de Protecção de Dados.

O que me causa “chispa” é que a CNPD tenha de tomar esta posição, contrariando um Governo dito socialista, defensor de uma sociedade justa e das mais amplas liberdades.

 

Para que uma floresta

Para que uma floresta seja esplêndida
Necessita de anos e infinito.
Não me deixeis tão depressa, amigos
Da merenda sob o granizo.
Abetos que dormis nas nossas camas,
Perpetuai na erva os nossos passos.

René Char (tradução de António Ramos Rosa)
__________

Enviado por Amélia Pais

segunda-feira, maio 28, 2007

 

Na defesa da honra...

Suicidou-se, hoje, um ministro, Toshikatsu Matsuoka, por ter sido acusado de envolvimento num escândalo de corrupção.
Imaginem que, por cá, fazia moda esta atitude!!!...
Estou certo que o produto nacional seria melhor repartido.

 

A lata desta gente!!!...

Carmona Rodrigues diz-se "preocupado" com a possibilidade de desemprego de 1.400 funcionários a recibos verdes na Câmara de Lisboa.

E os outros: os que não são “boys”, nem tiveram “jobs”, nem fazem parte das coutadas partidárias e somam meio milhão de desempregados?!...

Ficam a olhar para o camelo que a JSD colocou na margem sul?!...

 

Decisão correcta

Afinal, o dito “justicialismo” está de harmonia com o que pensa a maioria dos lisboetas.

Na sondagem elaborada pela Marktest TSD/DN e divulgada hoje, a maioria dos sondados considera que o PSD tomou a decisão correcta ao afastar Carmona Rodrigues da Câmara Municipal de Lisboa, após este ter sido constituído arguido no processo BragaParques.

Tudo indica que o princípio “não basta á mulher de César ser séria, é preciso também parecê-lo” ainda se mantém e resiste à retórica dos “jogos de poder”.

Também não é certo que António Costa tenha a eleição ganha. Um artigo curioso de Pedro Magalhães, hoje, no “Público”, dá conta disso.

Espero que o resultado das eleições na autarquia de Lisboa constitua o choque que obrigue a uma profunda reforma dos partidos.

domingo, maio 27, 2007

 

O Sporting venceu a Taça de Portugal

Parabéns, Sporting!

O Sporting é o segundo clube com mais títulos na Taça de Portugal (14), à frente do FC Porto com 13 e logo a seguir ao Benfica (24).


 

Soalhães em festa!

Passei pela designada “Feira Cultural” de Soalhães. O conceito de cultura, como produto de feira, é polémico. Vejo-o empobrecedor do valor espiritual de cultura: nunca esquecer que cultura tem raiz em culto ou cultivo. Tem a ver com elegância, riqueza espiritual ou intelectual marcada em comportamentos, instituições, monumentos, modo de saber olhar para a vida, para os outros e para o mundo, sabê-los interpretar para os transformar no sentido de servir o progresso espiritual do homem. É certo que há marcas desta cultura no património de valores artísticos, incorporados em museus, nas boas tradições, etc.

Deixemos, no entanto, esta questão e passemos para o saudável evento que termina, hoje, em Soalhães.

O evento é interessante! E demonstrou que é possível animar a vida das populações com eventos de qualidade, sem ser necessário atafulhar os cidadãos de futebol.

Viam-se as diferentes barraquinhas que representavam as diversas organizações associativas da freguesia, enquanto decorriam jogos e desportos de todo o tipo. E, pelo número de participantes, ficou-nos a ideia de que a freguesia de Soalhães, no Marco de Canaveses, não perdeu a vitalidade que teve, desde que lhe deu foral o rei D.Manuel I, proporcionando-lhe tornar-se sede de concelho que abrangia um território desde Rosem a Várzea de Ovelha. E, assim, se conservou até meados do século XIX, altura em que, junta com as terras de Bem-Viver, formou o Concelho do Marco.

Em contraste flagrante com o espírito deste evento, Avelino Ferreira Torres, num jantar de aniversário do Futebol Clube do Marco, no seu estilo habitual, oferecia pancada ao Presidente da Edilidade.

E porquê?!...

Manuel Moreira tinha-se referido aos volumosos subsídios que o F.C.M. recebeu da autarquia e um “militante” de Ferreira Torres interrompeu o discurso do Edil, acusando-o de estar a fazer política.

Coisa grave!...

Os políticos degradaram o conceito e, agora, são os próprios políticos a servirem-se do guarda-chuva anti-política para “diabolizarem” todo o discurso que não lhes interessa.

E, Avelino, responsável por esses balúrdios que subsidiaram o futebol e ajudaram a falência da Autarquia, não esteve com meias–medidas: «agarrem-me, senão dou duas latadas no Manuel Moreira»

Ainda bem que Soalhães, com estes eventos, marca a diferença. É que poderíamos pensar que o Marco de Canaveses se reduzia à marca deixada por dois julgamentos: um, por tirar aos ricos e dar aos pobres; outro, por tirar aos pobres e ficar rico.

sábado, maio 26, 2007

 

Grau zero

Sócrates continua, nas sondagens, com maioria absoluta e, segundo as mesmas, António Costa ganhará a Câmara.

Entretanto, a vida dos cidadãos cada vez se complica mais. Tudo está mais caro e os impostos subiram. Até aqui, por exemplo, recebia das finanças uns “trocos” pelo acerto da minha declaração de rendimentos com os impostos pagos. Agora, reformado, sou eu que terei de pagar mais oitocentos euros.

Já se esqueceu o diploma de Sócrates, o "apito dourado" pertence a um fenómeno do passado, o desemprego não pára de aumentar e a linguagem usada pelos ministros e pela oposição é de um sujeito corar. Diz-se de manhã uma coisa e á tarde outra, Santana insinua que Marques Mendes é nazi e Marques Mendes afirma que o ministro Mário Lino “não está bom da cabeça”.

Perdeu-se a dignidade e o sentido de Estado. Todas as aldrabices, todos os disparates são aceites como normais. Não se vê uma luz ao fundo do túnel e, talvez, por isso, as sondagens dão maioria absoluta a Sócrates e a António Costa.

António Costa não fará por Lisboa mais do que aquilo que poderia fazer como dirigente socialista e governante. E era necessário que os lisboetas mostrassem um cartão vermelho à forma como os partidos se servem das instituições e muito particularmente das autarquias. Mas, o descrédito não rasga a lucidez que abre caminhos do futuro. Parece que anda no ar o refrão «para pior já basta assim!...

Se Helena Roseta ganhasse a autarquia de Lisboa, estou convencido que seria um estrondo nos partidos. Mas haverá lucidez para pedradas no charco?!....

sexta-feira, maio 25, 2007

 

Dia Internacional da Criança Desaparecida

Hoje, é o Dia Internacional da Criança Desaparecida.

A somar aos casos mediáticos que a comunicação social tem dado conta, há muitos outros que são vividos com um sofrimento silencioso, criando angústias e desesperos incomensuráveis.

Este é um problema que a todos nos deve preocurar
.
http://noticias.sapo.pt/info/745046.html

 

Fenómeno explicado.

Quem anda na rua, fala com amigos, ouve o que se diz nos transportes públicos, na feira do livro, etc. , só pode tirar uma conclusão: ninguém diz bem deste governo.

Paradoxalmente, hoje, o barómetro DN/TSF/Marktest garante que José Sócrates e o PS voltaram, em Maio, a subir. Alem disso, asseguram que a recuperação é significativa e demonstra que se as eleições legislativas fossem hoje, os portugueses voltariam a dar maioria absoluta aos socialistas.

Pedi a um amigo, doutorado em estatistica e ligado a uma empresa de sondagem, que me explicasse este fenómeno. Com um sorriso irónico disse-me: «as sondagens, com contas bem feitas, podem dar o que se queira que dêem!». E sublinhou: «Mas isto só pode acontecer, quando não se prevê eleições. Nessas alturas, há sempre o receio dos resultados desmentirem a ficção».

quinta-feira, maio 24, 2007

 

A bem da Nação

Ninguém sabe se Fernando Charrua, ex-deputado do PSD, professor destacado na DREN, troçou do primeiro-ministro com uma anedota ou simplesmente desabafou: “estamos a ser governados por um filho da pauta”.

Só sabemos que esta questão passou-se, em conversa informal, no gabinete de Charrua, e que houve um delator apressado em “servir a Nação”, levando o caso ao Chefe. Nesta circunstância, uma educadora de infância que sempre esteve na política: pertenceu à juventude socialista, teve um assomo de esquerda que o Sindicato dos Professores do Norte soube aproveitar para se tornar mais abrangente, mestrou-se em ciências da educação (também conhecidas por ciências ocultas), ocupou cargos na autarquia de Narciso Miranda e no “Programa Foco”, atingindo, recentemente, o importante “job” de Directora Regional da Educação do Norte.

Com este currículo, a srª Directora só poderia tomar a “questão” (anedotária) como uma questão de Estado.

E assim, determinada, moveu ao analista político um processo disciplinar.

Três consequências pautam esta questão:

1ª Fernando Charrua ganhou visibilidade como analista político, tornando-se a vitima-herói. Por certo, a sua “anedota” irá enriquecer a sua dedicação ao partido e prevê-se que seja substancialmente premiado.

2ªO delator, pelo serviço que prestou à Nação na figura da Chefe, tornou-se no paradigma da responsabilidade e da competência, um exemplo a ser seguido a bem da Nação. Também será premiado com a subida não só na consideração da directora, mas quiçá nos degraus da hierarquia do Ministério da Educação.

3ªE os funcionários públicos ficarão avisados: passam a saber como o seu desempenho profissional vai ser pautado pelos chefes.


Como se vê: Sócrates com o seu diploma não só promove anedotas como desvenda filhos da pauta.

quarta-feira, maio 23, 2007

 

O rosto do Leviatã

Helena Matos, ontem, no “Público”, depois de se referir á globalização e à demografia como se estes dois conceitos tivessem um sentido único (o que não está, felizmente, demonstrado!), contesta «os chamados direitos adquiridos» e o Estado social, terminando com o seguinte apelo: «O jovem casal não deve dar mais dinheiro à nação, mas sim interrogar-se sobre o que a nação anda a fazer com o seu dinheiro» (referindo-se ao dinheiro que sustenta direitos adquiridos e a solidariedade social).

Este egoísmo, que faz moda entre os novos yuppies , substitui a solidariedade intergeracional pelo enfadonho nas relações entre novos e velhos (que chatice ter velhos!...) e retira ao direito adquirido o mesmo valor moral (o da confiança) que tem a palavra dada com honra. Se os direitos que hoje adquirimos nada valem para amanhã, que sentido tem lutar por direitos ou dar honra à palavra?!...É muito melhor «dependurarmo-nos» no catavento das oportunidades, no tráfico de favores ou noutros processos de rápido sucesso.

Mas, contestar direitos adquiridos ou a solidariedade intergeracional (como defende a economia neoliberal) não será construir uma plataforma niilista de descrença no futuro, ausência de vínculos, esvaziamento de referências, tábua rasa do passado, ingratidão e rebaixamento do património de luta pela dignidade do homem?!...

E uma sociedade niilista não será uma sociedade do desespero, onde «todos estarão contra todos» e onde só a lei do mais forte fará a regra de segurança?!...

Mas isso não será o regresso do velho Leviatã?!

terça-feira, maio 22, 2007

 
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.

Fernando Pessoa

Enviado por Amélia Pais

 

Porque hoje faz anos Charles Aznavour



La bohème

Paroles: Jacques Plante. Musique: Charles Aznavour 1966




Je vous parle d'un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l'humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C'est là qu'on s'est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu'un jour sur deux

Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d'y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l'hiver

La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie

Souvent il m'arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d'un sein
Du galbe d'une hanche
Et ce n'est qu'au matin
Qu'on s'asseyait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l'on s'aime
Et qu'on aime la vie

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l'air du temps

Quand au hasard des jours
Je m'en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d'un escalier
Je cherche l'atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts

La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout.

segunda-feira, maio 21, 2007

 

Oh ! laisse frapper à la porte

Oh ! laisse frapper à la porte
La main qui passe avec ses doigts futiles ;
Notre heure est si unique, et le reste qu'importe ;
Le reste avec ses doigt futiles.

Laisse passer, par le chemin,
La triste et fatigante joie,
Avec ses crécelles en main.

Laisse monter, laisse bruire
Et s'en aller le rire ;
Laisse passer la foule et ses milliers de voix.

L'instant est si beau de lumière,
Dans le jardin, autour de nous ;
L'instant est si rare de lumière première,
Dans notre coeur, au fond de nous ;

Tout nous prêche de n'attendre plus rien
De ce qui vient ou passe,
Avec des chansons lasses
Et des bras las par les chemins,

Et de rester les doux qui bénissons le jour,
Même devant la nuit d'ombre barricadée,
Aimant en nous, par-dessus tout, l'idée
Que, bellement, nous nous faisons de notre amour.

Émile Verhaeren (1855-1916)
Les heures claires

Enviado por Amélia Pais

domingo, maio 20, 2007

 

BICAMPEÃO!



Parabéns F.C.P.!

 

É curioso!...

Na Câmara de Lisboa há uma relação directamente proporcional entre o volume das dívidas e o número de candidatos a disputarem as eleições. Já são nove!

Compreende-se que quem infere que os partidos estão imbuídos de jogos de interesses confusos e, por isso, não governam bem, conclua que o melhor é formar uma lista e disputar as eleições como independente.

Mas, que dizer de um partido que cria um grande desnorte no normal funcionamento das instituições do Estado, provocando a descida de um membro do Tribunal Constitucional para ministro e obrigando a uma remodelação no governo para colocar o seu número dois a disputar a Câmara de Lisboa?!...

Os partidos possuem na sua estrutura organizativa comissões concelhias que, por dever estatutário, têm a incumbência de analisar a situação política da respectiva autarquia, avaliar o trabalho dos seus militantes e propor medidas que corrijam erros, «arrumem a casa», etc. etc. Questões que António Costa tinha obrigação de desempenhar, se cumprisse as obrigações estatutárias de militante do PS na autarquia de Lisboa.

Mas, António Costa esqueceu-se desses deveres e, de «peito feito», descobriu, agora, que tem ideias para «arrumar a autarquia e dar “novo rumo» à Cidade de Lisboa.

E bastou que se apresentasse como a solução única para a Câmara de Lisboa para despertar a atracção pelo poder triunfante e o desprezo pela memória das suas responsabilidades políticas, atraindo para si algumas consciências “bem (in)formadas” nas críticas ao funcionamento dos partidos: Saldanha Sanches e Miguel Júdice.

António Costa, num golpe de marketing político, utiliza, assim, Saldanha Sanches para dizer que na sua campanha há mãos limpas, esvaziando a importância das criticas do Fiscalista à corrupção nas autarquias ou á embrulhada das contas da campanha eleitoral de 2005 pelos círculos Europa e fora da Europa, incluindo a “bichice” do Brasil; vai servir-se de Miguel Júdice para garantir que o PS tem melhor candidato que o PSD, esvaziando as criticas do Ilustre causídico aos problemas da Justiça dum governo que teve como número dois António Costa.

Saldanha Sanches e Miguel Júdice, nada quiseram saber das responsabilidades morais de António Costa, como governante e dirigente partidário, na desorientação e descalabro financeiro da autarquia de Lisboa.

Tanto um como o outro nada quiseram saber do papel dos partidos na degradação da credibilidade das instituições e no funcionamento do sistema democrático.

É curioso!...


E se os eleitores fizerem a António Costa o gesto sugerido por Rafael Bordalo Pinheiro!!!...

sábado, maio 19, 2007

 

Teixeira Pascoais na Livraria de Mário Perdigão

Na Livraria Latina (no encontro da Batalha com a Rua Santa Catarina) inaugurou-se, hoje, uma exposição de aguarelas, acervo literário e objectos pessoais de Teixeira de Pascoais.

Esta iniciativa integra-se no 65º aniversário da Livraria e, por isso, constituiu também uma homenagem a Mário Perdigão, livreiro e primeiro editor do Filósofo-Poeta.

Lá estava “A Águia” a lembrar a “Renascença Portuguesa” e a cruzada saudosista do poeta, as aguarelas e ensaios, fazendo hino à harmonia cósmica que, na obra de Pascoais, coloca o Homem no centro de uma especulação filosófica sobre a transcendência da Vida e do Mundo.

Percorrer a exposição é sentir que o Marão e o Tâmega integram o fascínio e o mistério vivido em Gatão por Teixeira de Pascoais.

Diz-se que Amarante é a princesa do Tâmega! Não admira: é o húmus donde brotou uma das figuras mais proeminentes da literatura e da cultura portuguesas do século XX que esta exposição, desenvolvida pela minha amiga Teresa, bem soube retratar.

Não a perca!

sexta-feira, maio 18, 2007

 

Há mais de 21anos que não havia tantos desempregados!

Segundo o INE, a população desempregada é, hoje, de 469,9 mil indivíduos, o que traduz um acréscimo neste primeiro trimestre de 9,4 por cento; ou seja, no primeiro trimestre deste ano há mais 40,2 mil indivíduos sem trabalho que nos primeiros três meses de 2006.

No Norte do País, as mulheres e o grupo entre os 24 e os 35 anos de idade, continuam no topo da lista do desemprego

J. Locke (1634-1704), um dos filósofos que influenciou o pensamento socialista, escreveu: «
nas acções do homem livre, o trabalho tem um valor moral particular: realiza o dever de autopreservação
»(in: “Dois tratados sobre o governo”, LivroII). Isto é, considera o direito ao emprego, como um direito natural do homem. Entretanto, nunca as grandes empresas tiveram tanto lucro.

Como se distancia este socialismo de Sócrates das suas raízes!!!...

quinta-feira, maio 17, 2007

 

Nada se perde, tudo se justifica…

O Dr. Rui Pereira argumenta com o «dever público» o facto de deixar de ser juiz do Tribunal Constitucional para resolver o problema de Sócrates, ocupando a vaga de António Costa no ministério da Administração Interna.

A semântica para os políticos é como aquele princípio de Lavoisier «nada se perde, tudo se transforma» e tudo ganha significado (a bem da Nação).

A bem da Nação, o sentido de serviço público deixou de ser um cargo da maior relevância do Estado, como é o lugar de Juiz no Tribunal Constitucional, e passou para a polivalência do tapar buracos no Governo de Sócrates. Agora, o deixado por António Costa e amanhã, logo se verá! E o fatalismo da Nação é a penúria do PS.

O que é preciso é ter lábia para tudo justificar e ficar convencido que os cidadãos são estúpidos!

Para bem do socialismo democrático, só espero que António Costa perca as eleições.


Aliás, a vitória de António Costa, como se verifica, só interessa à sobrevivência politica de Sócrates.

E o que é que Sócrates tem a ver com o socialismo?!...

 

Lembrança

Só ela compreendia o som
dos meus silêncios. Temia
às vezes que o tempo hostil
fugisse enquanto conversávamos.
Depois disso esvaiu-se-me a memória
e vejo-me agora a falar
dela contigo, entre espirais de fumo
que anuviam a nossa comoção.
Esta é a parte de mim que encontro
mudada: o sentimento, em si, informe,
neste agora que é apenas saudade.

Eugénio Montale, trad. Ivo Barroso
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Enviado por Amélia Pais

quarta-feira, maio 16, 2007

 

Crise profunda de representação

Os partidos, nos seus mecanismos internos de funcionamento, criaram lógicas de sucesso político que se alimentam da mediocridade e já nada têm a ver com padrões de mérito na defesa do interesse público.

Criaram cotas para mulheres, mas as que mais se preocupam com os valores da cidadania, a defesa do bem-comum e a dignidade da mulher cada vez se afastam mais dos partidos.

Significativamente, como tem sido noticiado, até já se suspeita que o “jogo do bicho” da máfia brasileira serviu a “aparelhagem” partidária para recrutar financiadores de campanhas eleitorais em troca duma representação consular “bicheira” do Estado.

Geralmente, quem está inserido na sociedade e procura defender uma causa não está num partido. Os partidos tornaram-se grupos de interesses que se assemelham cada vez mais a uma rua de má fama, por onde gente de bem não quer passar. As consequências desta situação estão, hoje, na escolha de candidatos para a autarquia de Lisboa, amanhã, para a do Porto e assim sucessivamente.

A Câmara de Lisboa caiu, porque já quase ninguém da sua gestão deixou de estar sob suspeita criminal. Curiosa e significativamente, os partidos parecem ter ficado perplexos e desnorteados. O PS teve de retirar do Governo o seu número dois para o candidatar à autarquia e só encontrou no Conselho de Estado quem pudesse, com credibilidade, ocupar o lugar deixado vago no Ministério. O PSD só na terceira escolha encontrou quem fosse candidato à autarquia de Lisboa e este candidato foi um ex-candidato derrotado á Câmara de Setúbal.

Os mesmos vão-se revezando em diferentes lugares. E, sendo assim, quem poderão representar!...

Uma oligarquia apoderou-se dos partidos e estes perderem a vergonha, o sentido e significado do seu papel. O descrédito é profundo e não se vê saída para esta situação.

Naturalmente, se vivesse em Lisboa só votaria em quem estivesse à margem do tacticismo partidário que vai descredibilizando a democracia.

A crise de representação é profunda. Precisávamos urgentemente duma reforma dos partidos, mas quem a poderá fazer?!...

terça-feira, maio 15, 2007

 

PARA ALÉM DO CASO DA PEQUENA MADELEINE...

«A pequena Madelein McCann continua desaparecida, desde o dia 03 de Maio, como muito bem se recordam. E se não se recordam, os "media", de todo o mundo, relembram-no a todo o momento.
(…)
Mas, os "media" de todo o mundo, e principalmente os nossos órgãos de comunicação social, esqueceram-se de noticiar dois casos que aconteceram nos últimos dias, também no Algarve, se calhar porque os detidos não eram ingleses e a jovem desaparecida tinha nacionalidade portuguesa.

É assim: nos passados dias sete e oito de Maio, a Polícia Judiciária através da Directoria de Faro, procedeu à detenção de dois indivíduos suspeitos da prática de crimes de abuso sexual a crianças.
(…)
Mas, ainda não ficamos por aqui: No dia sete de Maio, desapareceu de Portimão, a jovem Inês Carolina Fernandes Luís, de 13 anos de idade, que ter-se-á ausentado do Algarve na companhia do seu "namorado" rumo a Lisboa.

Ora, caros amigos e amigas. O que é que está a acontecer no Algarve, e, mais importante do que isso, o que está a acontecer com os nossos camaradas da comunicação social, presentes no local, que se esqueceram de noticiar estes factos?»

Ler In: http://etcetal.blog.com/

segunda-feira, maio 14, 2007

 

ALENTO


Quando nada mais houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.

E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.

Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir.

Caio Fernando Abreu
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Enviado por Amélia Pais

sábado, maio 12, 2007

 

O escorregão na Rua 31 de Janeiro

Os doze camiões com 240 toneladas de nitrogénio líquido que abasteceram a máquina do sistema Polar Snow que converteu o ar e a água em neve, não foi capaz de galvanizar o entusiasmo dos mirones.

Escorregava-se muito devagar naquela pista, sem entusiasmo nem grandeza. A Empresa Municipal do Porto Lazer (criada após o encerramento do Rivoli) que produziu este evento com cerca de trezentos funcionários e muitos milhares de euros, bem pode diminuir os funcionários e poupar muito dinheiro aos contribuintes (como está na moda!), parando para imaginar melhor e mais barata forma de ajudar os portuenses a passar o tempo.

A Rua homenageia os patriotas sargentos que pretenderam implantar no dia 31 de Janeiro de 1891 a República. Salazar, que não gostava da revolução, bem quis apagar esta memória, colocando-lhe o Santo António no seu toponímico. Rui Rio, que está em rupura com o passado da Cidade, é natural que queira retomar a ideia de lhe mudar o nome, denominando-a RUA DA ESCORREGA!... Mas, se assim quiser, que associe o novo toponímico à sua passagen pela autarquia, designando-a RUA DA ESCORREGA DO RIO.

É que, para bem do futuro da Cidade, pode acontecer que tal alteração seja premonitória!

 

Marcha contra a fome

Os responsáveis pelo Programa Alimentar das Nações Unidas promovem, amanhã, uma marcha internacional de solidariedade contra a fome, intitulada "Walk the World 2007".

A iniciativa envolve 365 cidades em cerca de 100 países em todo mundo e visa, não só angariar fundos, mas também sensibilizar as pessoas para o problema da fome, que afecta cerca de 850 milhões de pessoas no mundo, 400 milhões das quais crianças

No Porto, a marcha realiza-se no Cais de Gaia.
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Bastam 27 euros para alimentar e educar uma criança por ano dentro do Programa Alimentar das Nações Unidas e três inscrições chegam para alimentar uma criança durante um ano

Uma boa iniciativa, com consequências muito mais humanas que as que resultam de 250 toneladas de nitrogénio para encher, hoje, no Porto, a Rua 31 de Janeiro de neve.

São opções!....

Infelizmente, não poderei estar presente. Vou estar na Quinta do Angrinhal, no casamento do Luís Migueis, um velho amigo. De qualquer forma vou fazer tudo o que estiver meu alcance para me solidarizar com os objectivos da Marcha.

sexta-feira, maio 11, 2007

 

Fiquei perplexo!

Hoje, a Rua 31 de Janeiro estava a ser coberta de gelo. Amanhã haverá descida no gelo e outros jogos.

Na Praça da Batalha também estava a ser montada uma pista de gelo.

Não percebi a ideia!


O evento é da iniciativa da Optimus com o apoio da Câmara do Porto, Fundação Porto Feliz.

Pensei que não seria difícil imaginar outra forma de gastar melhor milhares de euros!....


Assim também pensava muita gente anónima que comigo se cruzou a subir a Rua da Revolução do Porto.

Sinais dos tempos!!!

quinta-feira, maio 10, 2007

 
Tudo indica que José Ramos-Horta (já com 73% dos votos)será o vencedor das eleições presidenciais em Timor-Leste.

Oxalá que Timor não perca os seus laços com Portugal!...

quarta-feira, maio 09, 2007

 

Incomensurável diferença e, no entanto,...

É impossível imaginar o sofrimento que se passa com MADDIE, uma criança de quatro anos raptada do seu quarto (na Praia da Luz - Algarve), a dor dos seus Pais e como essa dor se reflectirá no futuro dos seus irmãos.

Fazemos eco do lancinante apelo
: «POR FAVOR AJUDEM.. .Façam como se fosse vossa irmã….vossa filha... POR FAVOR ajudem a descobrir onde está esta menina»!!!
http://www.virtualglobaltaskforce.com/

Imagina-se a alegria de Esmeralda ao ver chegar o seu Pai, Sarg. Luís Gomes, o pai que a ama e que esteve preso por fazer o que julgava ser um imperativo de amor pela sua filha de coração.

A nossa alegria por sentir que este dia é para Esmeralda e seus pais adoptivos um dia feliz.


(Incomensurável diferença e, no entanto...) O absurdo percorre, como um pesadelo, os dois casos.

terça-feira, maio 08, 2007

 

Fim da UnI

O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago retirou, hoje, à Universidade Independente (UnI) o reconhecimento como instituição de interesse público, um requisito fundamental para esta poder continuar a funcionar.

No seu entender, está "inequivocamente provado que a UnI não demonstra possuir as condições mínimas exigidas pela lei para continuar a ser reconhecida como instituição de interesse público".

Espera-se que o Ministro tire conclusões desta situação: ninguém consegue perceber que a UnI tenha sido várias vezes inspeccionada e as conclusões dessas inspecções nunca tenham sido levadas a sério.

Foi necessário que o escãndalo da suspeita de contrafacção de um diploma para um primeiro ministro rebentasse!

 

Universidades “viradas” Fundações

Sócrates está determinado em esvaziar as funções sociais do Estado, tornando-o numa espécie de órgão de ornamentação da Pátria.

Depois do Serviço Nacional de Saúde, do sistema de segurança (já repararam nas empresas privadas que surgiram em muitas cidades, caçando multas e rebocando carros mal estacionados?!...), do sistema de reformas, etc., etc. parece que chegou a vez às Universidades.

De acordo com um projecto-lei aprovado num Conselho de Ministros extraordinário que decorreu no passado sábado, as universidades e os politécnicos vão poder transformar-se em fundações regidas pelas regras do direito privado.

Naturalmente, era urgente uma profunda reforma nas universidades públicas. A sua organização, muito dependente de um senado, era medieval. E sabemos que essa assembleia (senado) prestava-se a jogos de poderes e de influências, sendo um dos seus mais evidentes resultados a promoção de uma espécie de dinastia de académicos (passando de pais para filhos a regência de algumas cadeiras, por vezes com programas totalmente ultrapassados).

Mas, de repente, entregar uma das fundamentais incumbências do Estado (a formação científica) a um “conselho de curadores”, sem vínculo laboral com a instituição, inclusivamente com a competência de delegar a realização de cursos em associações ou sociedades privadas, parece-me preocupante!!!
Criará mais excelência ou mais negócios?!...

segunda-feira, maio 07, 2007

 

Um jantar de perdizes e um poema dos amigos











Um caçador furtivo, lá para os lados do Marco,
Lá para os lados de S. Lázaro, lança o seu arco.
Certeiro e seguro fere com a sua seta um coração
E os dois são embalados pela paixão.
Do seu beijo mais profundo
Nascem dois amores,
Dois grandes amores.
São felizes e cultivam as diferenças.
Filósofos ambos,
Um gosta de cantar, usufruir a sua liberdade,
Outro gosta de pescar, caçar e construir amizade.
Os contrários não se esgotam por aqui.
Homem e mulher eles se completam e se individualizam
Na especificidade do género e da raça humana.
São nossos amigos e nós deles.
Há amizades que envelhecem
Sempre jovens e sempre finas como o fino vinho.
Este pseudo poema é uma louca homenagem
E uma ode à Amizade, aos Amigos
E a estes Amigos.

Laura e Aroso

domingo, maio 06, 2007

 

Eleições em França e na Madeira

O Partido Socialista promete o que não dá e faz aquilo que a direita sempre quis fazer. Depois, só resta o desespero. E o desespero está onde falta a segurança e a estabilidade. Foi, sobretudo, responder a isto que deu a vitória a Sarkozy e a Alberto João Jardim.

O que hoje aconteceu ao PS em França e na Madeira vai acontecer amanhã em Portugal.

É preciso que o PS saiba redefinir os seus próprios valores e orientar a sua acção política pela fidelidade a esses valores e não se assemelhe a um albergue espanhol. Será ele capaz?!...

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