terça-feira, maio 08, 2007
Universidades “viradas” Fundações

Depois do Serviço Nacional de Saúde, do sistema de segurança (já repararam nas empresas privadas que surgiram em muitas cidades, caçando multas e rebocando carros mal estacionados?!...), do sistema de reformas, etc., etc. parece que chegou a vez às Universidades.
De acordo com um projecto-lei aprovado num Conselho de Ministros extraordinário que decorreu no passado sábado, as universidades e os politécnicos vão poder transformar-se em fundações regidas pelas regras do direito privado.
Naturalmente, era urgente uma profunda reforma nas universidades públicas. A sua organização, muito dependente de um senado, era medieval. E sabemos que essa assembleia (senado) prestava-se a jogos de poderes e de influências, sendo um dos seus mais evidentes resultados a promoção de uma espécie de dinastia de académicos (passando de pais para filhos a regência de algumas cadeiras, por vezes com programas totalmente ultrapassados).
De acordo com um projecto-lei aprovado num Conselho de Ministros extraordinário que decorreu no passado sábado, as universidades e os politécnicos vão poder transformar-se em fundações regidas pelas regras do direito privado.
Naturalmente, era urgente uma profunda reforma nas universidades públicas. A sua organização, muito dependente de um senado, era medieval. E sabemos que essa assembleia (senado) prestava-se a jogos de poderes e de influências, sendo um dos seus mais evidentes resultados a promoção de uma espécie de dinastia de académicos (passando de pais para filhos a regência de algumas cadeiras, por vezes com programas totalmente ultrapassados).
Mas, de repente, entregar uma das fundamentais incumbências do Estado (a formação científica) a um “conselho de curadores”, sem vínculo laboral com a instituição, inclusivamente com a competência de delegar a realização de cursos em associações ou sociedades privadas, parece-me preocupante!!!
Criará mais excelência ou mais negócios?!...