sexta-feira, outubro 25, 2013

 

Os suaps de amigos.

O Supremo Tribunal Administrativo anulou um contrato swap com uma empresa de Barcelos. Por que não procede o Governo, em nome dos interesses do bem-comum, da mesma forma? A razão percebe-se: a Ministra das Finanças é responsável por contratos do género, dos 230 deputados, 117 do “arco do poder” acumulam funções parlamentares com outras actividades profissionais no sector privado, nomeadamente ligadas a bancos. E, em empresas que prestam serviços de consultoria ao próprio Estado, no índice PSI 20, das 20 empresas cotadas, 16 têm, em cargos de administração, ex-políticos. A inação do governo em relação aos swaps fica, assim explicada e, por isso, impõe 80% dos sacrifícios a reformados, viúvas e funcionários públicos. Nem no tempo de Salazar, houve tanta lata para ultrapassar toda a decência e toda a moralidade. Esperamos que chegue um dia a horinha para esta gente ser julgada, gente que utilizou o voto para exercer um autêntico terrorismo sobre os mais frágeis da sociedade. http://www.publico.pt/economia/jornal/anulacao-de-contrato-swap-pelo-supremo-pode-influenciar-outras-sentencas-27293474

quarta-feira, outubro 23, 2013

 

Os intelectuais avançados

Agora há uma nova categoria de intelectuais: são os intelectuais avançados. Para esta categoria, da qual faz parte Paulo Rangel, “não pode mais olhar-se para a política --- a política de Estados ---com óculos ou lunetas territoriais”. E nesta visão escatológica exigem penitência: baixos salários, desemprego, pobreza a que chamam viver a vida dentro das possibilidades”, mais tempo de trabalho, etc. A amnésia ou a ignorância desta gente não os ajuda a perceber que a globalização financeira é uma outra forma de cruzada ou de colonialismo com dinâmicas de exploração iguais às que se viveram na Idade Média ou nos séculos XVII/ XVIII. Simplesmente, os índios e os indígenas, agora, somos nós, os povos do Sul da Europa. Mas, como aconteceu no passado, há-de chegar o tempo em que tudo isto se inverte,

terça-feira, outubro 22, 2013

 
A democracia não é mero regime de maioria. Basta ler o primeiro artigo da Constituição para se perceber que não democracia sem utopia: “Portugal é uma República soberana (e não um protetorado), baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária” Não esquecer “empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária”. Para o Presidente da República a estabilidade é a estabilidade que reina nos cemitérios. Aí, há a paz dos números, mas para essa não é preciso um presidente: já está garantido o normal funcionamento da instituição.

sábado, outubro 19, 2013

 


A partida foi em Vila Nova de Gaia, mesmo junto ao Quartel da Serra do Pilar. Era um mar de bandeiras, da UGT, da CGTP, a atravessar a Ponte do Infante. Seguravam-nas milhares de deserdados dum sistema que usurpou o nome de democracia. Traziam na alma uma noite escuro de um 25 de Abril traído nas esperanças que despoletou. Traziam revolta, uma revolta profunda por serem deserdados do pão a que tinham direito. Esperam só uma coisa: que o governo se vá embora. Qualquer coisa serve de alternativa a um governo que se tornou radicalmente mau!

sexta-feira, outubro 18, 2013

 

deserdados

Os deserdados da democracia são os filhos da geração do 25 de Abril que, hoje, vivem o seu crepúsculo. Abominam uma Europa tornada num monstro que destrói vidas e semeia sofrimento; odeiam um sistema e um governo que os vilipendia, lhes rouba o direito ao futuro e os obriga a emigrarem para não viverem uma vida precária ou mesmo de pobreza. Sentem que a vida política já não emana do fundo da nação, mas de oligarquias que ignoram as lições da história. Vivemos, hoje, um tempo de agonia que nos faz lembrar outros tempos, tempos que antecederam o nazismo e o fascismo. Se penam que exagero, vejam como esta democracia e este governo se parece com as democracias e os governos no período entre as duas guerras mundiais.

 

O que esquece Durão Barroso

António Costa fez bem em lembrar aquilo que Durão Barroso não quer saber: (...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir. E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável. Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar! A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável. Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos. Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos. Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."

quarta-feira, outubro 16, 2013

 

Os deserdados da democracia

A extrema-direita cresce em toda a Europa. O seu apoio vem de desempregados e trabalhadores que se sentem deserdados da democracia. Só na defesa de princípios e valores, só restituindo alma à democracia, fazendo dela mais que um sistema de governo pela maioria, mas uma maneira humana de viver, é que podemos combater essas doutrinas totalitárias que ameaçam a paz, a liberdade e a democracia. Não é no indivíduo, como pensam os neoliberais, que está o fundamento da sociedade, mas na família e a democracia tem de responder à necessidade de ela viver com dignidade.

terça-feira, outubro 15, 2013

 

Sobre o Orçamento para 2014

O que ouvi da srª Luís Albuquerque foi que nos devíamos demitir da vida, das preocupações com os filhos e os avós, da nossa história e do prestígio que devemos a nós mesmos para que a fome, a miséria, o desemprego e a solidão constituam o argumento de êxito da corja de aldrabões a que a srª Luís pertence. E mais acrescentou que não é altura de recuar nas exorbitâncias pagas a consultores, gabinetes de estudo e assessores que são comissários de interesses privados e, ainda, nas rendas das PPP, dos swaps, da EDP, das petrolíferas e dos roubos do BPN e do BPP.

 
Palavras sábias de Jaques Maritain, problematizando: “Teriam as democracias podido evitar a guerra? Tê-lo-iam certamente podido se houvessem tido a coragem moral e a inteligência, seja de impedir a chegada ao poder de Hitler por meio de uma política humana (…) seja de destronar a Hitler antes que ele se tivesse tornado excessivamente forte(…) As democracias abandonaram, de modo miserável, no mundo, sua própria causa e seu próprio ideal e deixaram-se conduzir à matança, por culpa de uma classe dirigente incapaz e em parte corrupta.” in: Noite de Agonia em França. Faz todo o sentido o que LUis Ferreira escreveu em comentário: “As direitas moderadas acreditaram que podiam controlar as extremas-direitas. Não as controlaram e a Europa entrou em guerra. Como hoje nos Estados Unidos: os Republicanos moderados acreditaram que podiam controlar o Tea Party e são hoje controlados por ele. Ou como na Europa: os partidos democráticos acreditaram que o neoliberalismo podia ser moderado e estamos agora a ser devastados por uma facção extremista cuja agenda não foi sufragada em nenhum país”.

segunda-feira, outubro 14, 2013

 
Estamos a ser submersos por novos bárbaros: os que não respeitam a nossa dignidade, nem o direito, nem a lei, nem os princípios. Vivemos a agonia da civilização que conquistou a dignidade a que a nossa condição humana tem direito. Devia-se inventar uma palavra para esta merdice a que chamam democracia, onde o voto já nada diz e nenhuma vontade representa. Devia-se resguardar a ideia que vem dos gregos de que a democracia é uma maneira humana de viver, onde os cidadãos não são tratados por números e a palavra serve para comunicar e não ludibriar, ajuda a crescer em dignidade e não em miséria, constitui a expressão da inteligência e não da esperteza.

 
O número, como valor absoluto, separado dos princípios e dos valores, é não só o espírito da Troica, deste governo, mas também de muitos comentadores e jornalistas. Admiro esta Senhora! Sobre a questão de saber se estaria ou não de acordo com os cortes nas pensões de sobrevivência a partir de 4 mil euros, respondeu: “estou contra. Não é uma questão de número, mas de princípios”. Nesta agonia de uma civilização dos valores, dos direitos humanos e dos princípios, Maria do Rosário Gama aparece erguida, na posição da dignidade, acima, muito acima, deste lodaçal em que chafurdamos.

sexta-feira, outubro 11, 2013

 
Era impossível, no cair da noite, deixar de acompanhar a solidão do desespero de mãos, marcadas por uma vida de trabalho, a penetrarem nos caixotes de lixo para procurar o que lhes roubaram. Senti que uma tragédia inexplicável se escondia dentro do delírio explicativo dos que a causaram. Os gregos que criaram a democracia viam nela mais do que um sistema de maioria; era uma maneira humana de viver com dignidade. Este governo retirou-lhe o sentido humano e tornou-a num sistema, onde o voto não impede a brutalidade do arbitrário, uma brutalidade que vai fazendo o extermínio da nossa dignidade coletiva. Onde está a redenção do arbítrio brutal que a democracia prometia?

 
A “Quadratura do círculo” é, sem sombra de dúvidas, o melhor programa de análise política. É o único programa, onde aparece gente que se coloca num ponto de vista diferente do pensamento único, onde é colocada luz na forma como estamos a ser governados para ganharmos direito a perceber o que está em causa. Ontem, mais uma vez, Pacheco Pereira nos ajudou a compreender por que há um terrorismo de Estado sobre a Função Pública, sobe os reformados e pensionistas, viúvas e até mortos, onde a Pátria, como organização que dá sentido à nossa história, é espezinhada, vendida em retalho, servida em bandeja aos que precisam de lavar o muito dinheiro sujo que armazenam. Mostrou-nos que não temos um governo, mas uma choldra (como diria Eça) em putrefação. Vai acabar por se ir embora, mas, entretanto, está a dar cabo das nossas vidas, do nosso País, da nossa dignidade coletiva. E, infelizmente, não temos um presidente da república, mas uma jarra que nem serve para ornamentar o Torrão onde nascemos.

quarta-feira, outubro 09, 2013

 

No “festim”, a função pública é o bombo.

Enviei para o Semanário Grande Porto o seguinte texto: Obama chamou-lhes “sacos de murros”, mas, entre nós, há uma expressão mais significativa: “bombos da festa”! Refiro-me aos funcionários públicos. Durante o fascismo, os funcionários públicos tinham a sua carreira profissional protegida e prestigiada. Reconhecia-se a sua elevada competência e serviam de referência para o sector privado. Nesta carreira, estiveram historiadores, romancistas, poetas e artistas. Seria de esperar que a democracia lhes confirmasse esse reconhecimento e dignificasse, como merecem, o seu papel de servidores do Estado, atribuindo-lhes meios técnicos, salários de referência e segurança no desempenho das suas funções. E, ainda, que o saber e a experiência que foram acumulando fossem aproveitados para, independentemente dos partidos que estivessem no governo, assessorarem a gestão da “coisa-pública” com pareceres técnicos e estudos, uma vez que só eles conhecem por dentro os grandes problemas da administração pública. Mas, em nome da confiança política, o chamado “arco do poder” começou a nomear os seus “boys” para cargos de direcção dos organismos públicos e, rapidamente, o poder do Estado foi substituído pelo poder de interesses privados, incrustados aos governos, através de gabinetes de advogados, consultorias e assessorias. Foi dito pelos representantes da Troika que não eram eles que indicavam o plano dos cortes, mas apenas o montantes dos mesmos. O governo fez uma opção: não toca nos privilegiados e nem no tempo de Salazar seria possível tanta malfeitoria aos que menos têm, nomeadamente reformados, viúvos e funcionários públicos. E essa opção tem uma justificação inequívoca: como refere Gustavo Sampaio, no seu livro “Os privilegiados”, dos 230 deputados, 117 acumulam as funções parlamentares com outras atividades profissionais no sector privado, e, em muitos casos, em empresas que prestam serviços de consultoria ao próprio Estado. No índice PSI 20, das 20 empresas cotadas, 16 têm, em cargos de administração, ex-políticos. O número de beneficiários de subvenções vitalícias continua a aumentar. Etc. O “festim” atingiu dimensões obscenas: o Estado passou a pagar exorbitâncias a consultores, gabinetes de estudo e assessores que são comissários dos interesses de grandes empresas, multinacionais, etc. E estas vão premiando ex-governantes com cargos de topo nos seus negócios com uma intenção óbvia. E o cinismo não fica por aqui: os jornais e as televisões transformam estes ex-governantes nos comentadores que sabem tudo o que o governo, os sindicatos e a oposição devem fazer. É neste contexto que os funcionários públicos são humilhados e se vai alargando o pensamento único, o dos que julgam que se pode agarrar na porcaria sem sujar as mãos: alheiam-se do esbulho causado pelas rendas das PPP, dos swaps, da EDP, das petrolíferas e dos roubos do BPN e do BPP. Aceitam, como inscrito nos astros, os cortes na saúde, na educação e os saques feitos aos reformados e até aos próprios mortos, apropriando-se dos sacrifícios que estes fizeram para deixar algum património ao seu companheiro de vida. Colocam trabalhadores públicos contra os do privado e não querem saber da importância da dignificação duma função pública isenta e competente para a qualidade dos serviços que o Estado presta. Repetem que não temos recursos para o estado social que temos e não se importam com as consequências que advêm do Estado estar capturado por interesses privados. Assobiam para o lado perante a crescente erosão dos valores que marcaram a nossa civilização depois do holocausto: os valores onde se apoiam os direitos sociais, políticos e cívicos. E não lhes repugna que a democracia se vá tornando num regime que permite o triunfo dos chicos-espertos e onde a corrupção se esconde na bandeira da “vontade do povo”. O mal-estar social vai crescendo: a abstenção subiu para 47% e quase 7% de votos tiveram de ser considerados nulos, porque, entre outras situações, apareceram com insultos e desenhos pornográficos. E quem não quer viver a vida como precário, adiar constantemente o seu futuro, só tem uma solução: seguir o cínico apelo deste governo: emigrar. Nestas circunstâncias, é inevitável o crescimento da onda de antipartidarismo. Mas o que ele significa de verdade é a revolta contra os senhores da gamela, contra a promiscuidade entre os interesses privados e interesses públicos, contra um governo capturado por interesses privados e que dia a dia se vai tornando mais injusto, agravando cada vez mais o sofrimento dos que mais sofrem. Será que não se percebe isto?

segunda-feira, outubro 07, 2013

 
Acordei com esta questão: se foi dito pelos representantes da Troika que não eram eles que indicavam o plano dos cortes, mas apenas o montantes dos mesmos, por que será que as malfeitorias deste Governo, sobretudo contra reformados e funcionários públicos (os bombos do festim) é tão grande, que, estou certo, nem Salazar as conseguiria impor? Por que não se constitui, como no tempo de Salazar, uma frente comum, de toda a oposição, contra Passos e esse hipócrita que dá pelo nome de Portas? Lendo “Os privilegiados”, encontro uma resposta e cito: “Dos 230 deputados, 117 (do bloco central) estão em part-time, acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no sector privado. Advogados, médicos, juristas, engenheiros, consultores, empresários, etc.(… )Em diversos casos, prestam serviços remunerados a empresas que operam em sectores de atividades fiscalizadas por comissões parlamentares que os mesmos deputados integram (…) Das 20 empresas cotadas no índice PSI 20, 16 contam com ex-políticos em cargos de administração (…) O número de beneficiários de subvenções vitalícias continua a aumentar” Etc.. Percebe-se, enão, que esse governo com a anuência de uma certa oposição não vá às PPP, aos swaps, á EDP ou às petrolíferas buscar o dinheiro que levaram a mais, mas aos reformados e à função pública, a todos aqueles que vivem do seu trabalho. Percebe-se, então, porque cresce a abstenção e um sentimento à anti- partido, muito confundido com o antigamelismo. Percebe-se, ainda, porque a oposição não constitui uma frente comum contra este governo fascizante. Percebe-se, finalmente, porque este governo consegue levar á pática medidas que o “Botas” de S. bento não conseguiria! E mais se percebe, por que é que esta gente que nos esmaga na miséria não receia ficar dependurada por uma corda ao pescoço numa oliveira, como noutros tempos aconteceria!

sábado, outubro 05, 2013

 
Agradeço a todos os meus amigos e amigas os votos de parabéns, mas estou com João de Deus, quando advertiu: “Não faça tal; porque os anos Que nos trazem? Desenganos Que fazem a gente velho: Faça outra coisa; que em suma Não fazer coisa nenhuma, Também lhe não aconselho”. De qualquer forma, obrigados. Agora vou até à Terra. Amanhã é dia de caça e tenho de preparar, com a minha camarada de quase meio século, a faina. Preciso de saber se para a merenda o presunto está no ponto ideal, se as pataniscas de bacalhau estão em numero suficiente para que o meu grupo não me sinta um esmifra e, ainda, encher o garrafão do carrascão da Quinta da Quintã: tem de ir sempre em quantidade de sobra. Até Segunda-feira, portem-se bem e não sejam invejosos!

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