quinta-feira, maio 24, 2007

 

A bem da Nação

Ninguém sabe se Fernando Charrua, ex-deputado do PSD, professor destacado na DREN, troçou do primeiro-ministro com uma anedota ou simplesmente desabafou: “estamos a ser governados por um filho da pauta”.

Só sabemos que esta questão passou-se, em conversa informal, no gabinete de Charrua, e que houve um delator apressado em “servir a Nação”, levando o caso ao Chefe. Nesta circunstância, uma educadora de infância que sempre esteve na política: pertenceu à juventude socialista, teve um assomo de esquerda que o Sindicato dos Professores do Norte soube aproveitar para se tornar mais abrangente, mestrou-se em ciências da educação (também conhecidas por ciências ocultas), ocupou cargos na autarquia de Narciso Miranda e no “Programa Foco”, atingindo, recentemente, o importante “job” de Directora Regional da Educação do Norte.

Com este currículo, a srª Directora só poderia tomar a “questão” (anedotária) como uma questão de Estado.

E assim, determinada, moveu ao analista político um processo disciplinar.

Três consequências pautam esta questão:

1ª Fernando Charrua ganhou visibilidade como analista político, tornando-se a vitima-herói. Por certo, a sua “anedota” irá enriquecer a sua dedicação ao partido e prevê-se que seja substancialmente premiado.

2ªO delator, pelo serviço que prestou à Nação na figura da Chefe, tornou-se no paradigma da responsabilidade e da competência, um exemplo a ser seguido a bem da Nação. Também será premiado com a subida não só na consideração da directora, mas quiçá nos degraus da hierarquia do Ministério da Educação.

3ªE os funcionários públicos ficarão avisados: passam a saber como o seu desempenho profissional vai ser pautado pelos chefes.


Como se vê: Sócrates com o seu diploma não só promove anedotas como desvenda filhos da pauta.

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