segunda-feira, fevereiro 03, 2014

 

A bancarrota que ameaça a democracia.

Passos Coelho tem como único argumento a favor dos roubos a pensionistas, reformados e funcionários públicos a necessidade de corrigir a ameaça de bancarrota. Mas se a bancarrota consiste na falta de cumprimento de uma promessa fixada num papel de crédito, quem, de verdade, provocou a bancarrota foi Passos Coelho ao não assumir as suas promessas no seu programa eleitoral. Ninguém, de bom senso, pode aceitar que o sufrágio eleitoral consista em entregar votos, como quem entrega um cheque em branco, permitindo que da escolha pelo voto saia a legitimidade para a arbitrariedade do governo. Se assim fosse o sistema democrático perderia toda a autoridade moral, o sufrágio consistiria num desprezo pelo contrato social, uma grosseira desconsideração pela inteligência e uma forma de confiar á ignorância, ao arrivismo e à corrupção a gestão da coisa-pública.

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