quinta-feira, janeiro 30, 2014

 

Isoterismo na praxe?

Vivemos um tempo que desconhece o sentido das tradições, porque não sabe contextualizar. E há por aí, muita gente, muito pedante e ignorante, que se dedica ao desvario pseudo-intelectual. E, como está na moda, as organizações secretas, é legítima a pergunta: terá sido a praxe no Meco inspirada numa iniciação isotérica, paramaçónica? Reparem neste poema isotérico de Fernando Pessoa Iniciação Não dormes sob os ciprestes, Pois não há sono no mundo, .................................................... O corpo é a sombra das vestes Que encobrem teu ser profundo. Vem a noite, que é a morte, E a sombra acabou sem ser. Vais na noite só recorte, Igual a ti sem querer. Mas na Estalagem do Assombro Tiram-te os anjos a capa. Segues sem capa no ombro, Com o pouco que te tapa. Então Arcanjos da Estrada Despem-te e deixam-te nu. Não tens vestes, não tens nada: Tens só teu corpo, que és tu. Por fim, na funda caverna, Os Deuses despem-te mais. Teu corpo cessa, alma externa, Mas vês que são teus iguais. .................................................... A sombra das tuas vestes Ficou entre nós na Sorte. Não ‘stás morto, entre ciprestes. ..................................................... Neófito, não há morte.

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