terça-feira, maio 28, 2013

 

Coadoção

Não consigo entender o clima de agressividade do Prós e Contras em relação à coadoção.

Estou de acordo com os que dizem que é preciso um pai e uma mãe, mas não é nisso que está o problema. O problema é das crianças indesejadas por pais ou mães biológicas e saber se só podem ser adotadas  por casais heterossexuais; o problema é saber o que se pode fazer pelas crianças da rua, criadas com a indiferença de todos aqueles que não querem a adopção por casais homossexuais e depois, quando essa criança se torna um adulto criminoso, aplaudem o seu encarceramento.

Ser pai ou ser mãe é mais do que ser progenitor: é desejar o melhor possível a uma criança e servi-la de referência aos valores que a ajudam a ser mais humana.

Naturalmente, se esta causa fosse sujeita ao referendo, perdia. A maioria não compreende o que é instituir um gesto humano de superior amor.

A mim também custa aceitar que os pais sejam duas mães ou as mães sejam dois pais. Mas, a questão vai para além dos meus preconceitos, está acima do que me parece certo ou errado: situa-se num gesto sublime de protecção da criança pelo afeto. Só o pode dar quem o sente para dar. E o afeto é o que mais conta na vida de cada um de nós, é o que nos ajuda a crescer, a sermos equilibrados e a ser felizes.

Neste debate dividiu-se o ser humano a meio, mas o ser humano integral constrói-se pelo amor.

O “Prós e Contras” é um palco da representação dos bons sentimentos, mas representar não é viver os bons sentimentos.

Marinho Pinto esforça-se por ser boa pessoa, mas parece não funcionar lá muito bem. Está dividido! Precisa de ser adoptado.


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