segunda-feira, janeiro 28, 2013

 

A fórmula não é nova, mas é significativa.

Guilherme Pinto é o Presidente da Câmara de Matozinhos. Perdeu as eleições da comissão política concelhia do PS. Não era difícil: bastava ao candidato que concorresse contra ele saber aproveitar as frustrações, causadas aos militantes do PS, com a gestão de Guilherme Pinto na autarquia e prometer resolvê-las. Foi isso que fez António Parada. Ganhou a comissão política e, dentro do espirito oligárquico que se cultiva nos partidos (quem ganha uma comissão política passa a ser o candidato á autarquia), é agora o candidato natural à Câmara.

Entretanto, Guilherme Pinto, confiante de que terá criado menos frustrações aos eleitores de Matozinhos do que aos militantes do seu partido, ameaça candidatar-se à Câmara como independente.

Como resolver esta questão?

O Presidente da Distrital do PS ( e também, por isso, dirigente natural do PS) não quer que sejam os eleitores a resolvê-la e sugere uma distribuição do bolo do orçamento dos contribuintes: António Parada fica como candidato do PS à Câmara (foi eleito presidente da Comissão política!) e Guilherme Pinto (se aceitar!) é candidato a deputado.

Então não se vê, em tudo isto, claramente, o papel dos partidos?


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