segunda-feira, janeiro 19, 2009

 

Não se percebe!...

Num mundo em que o saber é cada vez mais problematizado, se percebe que o conhecimento avança com a descoberta de erros e em que a interdisciplinaridade parece ser a única chave para a resolução sábia dos problemas, o Sindicato dos Juízes parece ter-se tornado numa nova religião. Não só põe em causa, como heresia, o direito do Colégio da Psiquiatria de Infância tomar posição sobre o "dogma" da douta decisão da juíza que conferiu ao pai biológico, Baltazar Nunes, a guarda definitiva da criança, como também acusa o Colégio de desrespeitar os Tribunais e considera «inadmissíveis» as suas considerações.

Numa sociedade democrática, em que julgavamos viver, parecia-nos que ninguém poderia estar acima da crítica e que o direito a tomar a palavra para manifestar uma posição diferente era a essência da ética da responsabilidade cívica.

Já não sabemos se o Sindicato (ou Associação Sindical, conceito que, sob o ponto de vista semântico, harmoniza-se melhor com o entendimento que os Juízes têm do seu soberano papel) se tornou (como já se tornaram os partidos) numa religião que persegue hereges ou se as colendas e venerandas criaturas da referida instituição não têm outras questões que mais as preocupem!...


Mas é assim (no tom que o Sindicato utiliza) que se vai percebendo o prestígio que hoje tem a Justiça em portugal!

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