quinta-feira, janeiro 15, 2009

 

Guerra na Faixa de Gaza

Regras da propaganda

1º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a um apoio ao Hamas.

2º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a um apoio ao fanatismo religioso.

3º- Associar qualquer condenação ao crime que está a ser levado a cabo em Gaza a anti-semitismo.

4º- Aproveitar o facto de Palestina não ser, porque não a deixam, um Estado estruturado, para dar a Israel (”um país”) uma legitimidade diferente da de qualquer grupo palestiniano (”um gangue”).

5º- Aproveitar os crescentes conflitos com os árabes para apelar ao sentimento de proximidade cultural com Israel e de distância cultural com os palestinianos, como se isso desse qualquer tipo de autoridade moral a um ataque.

6º- Usar o facto de Israel ser uma democracia para legitimar qualquer acto, como se a democracia desse às bombas de um país uma natureza diferente. E nunca permitir que alguém recorde que o Hamas, também ele, foi eleito. Quem o disser, apesar de ser um facto, é apoiante do Hamas.

7º- Aproveitar o facto de Israel não deixar que haja testemunhas em Gaza para desumanizar esta guerra, para a tornar “limpa”.

8º- Desacreditar todas as testemunhas, como foi feito com os médicos noruegueses.

9º- Deslegitimar qualquer imagem de mortos, tratando-a como propaganda e manipulação.

10º- Feito isto, criar um paralelo entre o número de rockets lançados para Israel com o número de mortos na Palestina, em vez de, como obriga a lógica e a honestidade, comparar mortos com mortos e feridos com feridos.

11º- Usar qualquer imagem falsa dos acontecimentos para desacreditar todas as imagens que nos chegam, através de correspondentes, de Gaza. Assim, as pessoas deixam de acreditar mesmo no que vêem.

12º- Manipular as palavras: um ataque do Hamas é um ataque, um ataque de Israel é uma reacção. O ofensiva de Israel é uma guerra, os ataques do Hamas são terrorismo. Uma morte de um israelita civil resulta de um atentado, uma morte de um palestiniano civil é um “inevitável dano colateral”.

13º- Quem não usar a palavra “terrorismo” para falar do Hamas é um fanático. Quem usar a palavra “terrorismo” para falar de Israel é um fanático. A posição equilibrada e neutral exige linguagem desequilibrada e parcial.

14º- Impor a ideia de que qualquer morte de um civil palestiniano não é premeditada.

15º- Tratar todos os palestinianos civis como supostos militares do Hamas.

16º- Quando assim não pode ser justificado (caso de crianças pequenas), responsabilizar o Hamas por cada morte, já que usarão os civis (numa das regiões mais densamente povoadas do Mundo) como escudo humano. Desresponsabilizar, mais uma vez, Israel por qualquer consequência dos seus actos.

17º- Fazer esquecer todos os precedentes e todo o contexto de cerco e bloqueio, fazendo passar a ideia que estamos perante um paralelismo de situações entre Israel e a Palestina, em que o primeiro se limita a reagir aos actos da segunda.

18º- Fingir que este conflito sempre foi com o Hamas, esquecendo toda a história das últimas décadas, dando assim a ideia de que os palestinianos estão do lado de Israel e Israel do lado dos palestinianos.

19º- Tratar a disponibilidade dos israelitas para combater como sinal de resistência e patriotismo.

20º- Tratar a disponibilidade dos palestinianos para combater como sinal de fanatismo.

Obs: com a devida vénia, retirado dehttp://arrastao.org/

Comments:
Lamento dizer que isto é propaganda pura e simples a favor do Hamas!

Israel tem abusado do direito de legítima defesa, tem de facto. Mas na génese da sua postura actual, esteve um permanente, continuado, irresponsável atentado à sua segurança.

Temos que ser isentos, verticais. Houve excessos do Hamas! agora há excessos de Israel!
Mas não vale a pena chorar sobre leite derramado. É preciso evitar esta atrocidade, este continuado atentado aos direitos dos civis inocentes!

Mais importante do que saber quem tem mais razão (se calhar ambos a têm, ainda que em grau diverso!) é preciso cuidar do futuro, evitar este continuado guerrear estúpido e imbecilizante!
 
Lamento dizer-lhe que a defesa do poderoso governo do estado de Israel nos termos em que o faz e sem ter em conta as consequências desta guerra de desproporções incomensuráveis é arrepiante.


Israel possui lobys em todos os sitios ligados ao mundo fnanceiro, uma propaganda que constroi mentiras atrás de mentiras e uma ambição imperialista que é evidente, mas não consegue calar a voz dos judeus que não desjam para os outros o terror nazi que sofreram.

Veja a contestação que os próprios judeus fazem a esta guerra, pagando o direito ao exercício da cidadania com a prisão. Por alguma razão isso acontece!

A guerra entre Israel e o Hamas tem tido consequências moralmente repugantes e não é verdade que os acordos com o Hamas tenham sido quebrados só pelo Hamas. Há já abundante informação sobre isso.
 
Meu caro:

Não estou a defender quem quer que seja!

Tão somente repudio os branqueamentos sectários que omitem as responsabilidades a quem as tem. Há-as de ambos os lados!!!

Doa a quem doer!!!
 
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