terça-feira, setembro 03, 2013

 

A solidão terrível!

Falta-nos gente com princípios, como foram os políticos no séc. XIX, já poucos no início do séc.XX e sobretudo os que apareceram nos períodos em que foi necessário coragem para manter convicções, coerência para as levar á prática e frontalidade para enfrentar o medo. Agora, temos papagaios sem convicções, oportunistas de todos os matizes e, sobretudo, muitos corruptos. Repetem tudo o que é previsível, segundo o modo de ver mais de harmonia com o camaleonismo de proveito. São novos-ricos que utilizaram os partidos para se sentarem na mesa do orçamento pago pelos contribuintes. Fazem parte do “arco do poder” (como os seus devotos lhe chamam) e essa é a sua ideologia. São pragmáticos, porque vivem com o nariz enfiado no prato. Nada sabem mais fazer do que manipular argumentos, dizendo uma coisa e o seu contrário. São servidos por um exército de “comunicadores” que fazem a ressonância do que eles dizem. E, criminosamente, desprezam o que está a suceder a muita gente, muito semelhante ao que sucede a muita gente na Síria: ficaram sem emprego (e já muitos com cursos superiores), na miséria, com filhos e tornaram-se estrangeiros no seu próprio pais. Andam na rua a falar soizinhos e a destapar caixotes do lixo e outros já se suicidaram. E o governo, cinicamente, até lhes agrade os sacrifícios, em vez de os diminuir o seu sofrimento, como era sua obrigação. Vivemos um clima de guerra e, ainda não percebi por que é que não se dá uma explosão social. Não vivemos numa comunidade europeia, mas numa organização de malfeitores que se orienta pelo princípio darwinista da seleção dos mais poderosos.

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