domingo, maio 04, 2014

 
A melhor medida cautelar era a saída deste governo. Quem se lembra do que Passos Coelho prometeu durante as eleições, dos seus golpes para subir a líder do Partido e para ser chefe do Governo? Embora o governo de Sócrates fosse mau, quem estava contra Sócrates não imaginava que lhe saísse na “rifa” um governo tão mau, tão incompetente, tão aldrabão e com tanta falta de sentido de Estado e até de dignidade como este grupo de malfeitores. Apareceram com a bandeira de acabar com a dívida pública e subiram-na para quase o dobro, criaram a miséria, obrigaram os jovens a fugir de Portugal, deram cabo da escola pública, do Serviço Nacional de Saúde, desertificaram o interior de instituições, assaltaram os bolsos de velhos e funcionários públicos, fizeram subir os impostos para níveis insuportáveis e tornaram a vida de comerciantes, pequenos e médios empresários num desespero. Procuremos na história quem mais utilizou o preceito maquiavélico de dividir para reinar? Nenhum governante utilizou mais essa estratégica, que destruiu a coesão social, do que Passos Coelho: colocou novos contra velhos, trabalhadores da Função Pública contra trabalhadores do privado, litoral contra o interior e, agora, dividiu a história em duas partes: a da bancarrota e a do seu sucesso com os vampiros da Troika. Pretendem-nos fazer crer que vamos sair da Troika de forma limpa e utilizam todas as derivas semânticas para esconder esse embuste. Mas que significado poderá ter isso no mundo da vida dos portugueses, se a dívida pública com este governo já atingiu 130%? Com o servilismo perante a Troika deste Governo não vamos lá e se o mercado fez descer os juros, isso só significa que a crise na Europa também já afecta esses abutres que vivem de emprestar dinheiro. A economia real não se anima e, nessas circunstâncias, para quê pedir dinheiro aos mercados, dizem os banqueiros que são o pousio dos abutres?!...

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?