quarta-feira, janeiro 14, 2015

 

Uma pequena nota de reflexão


Todos nos sentimos franceses nesta hora(até os terroristas doutros matizes), mas a emoção não deveria deixar de nos obrigar a pensar. As religiões são sistemas de crenças como as ideologias e tal como estas, para se imporem já, como nos ensina a História, recorreram diferentes vezes á força militar.

Não preciso de invocar a autoridade de um cardeal como faz hoje, no Expresso, um tal Henrique, para estar convencido que o multiculturalismo (que muito defendi) é um risco para a sociedade ocidental. Hoje defendo o interculturalismo, sempre como matriz de integração a cultura do País de acolhimento. E não penso apenas nas comunidades muçulmanas, com a sua maneira de ver o mundo, a vida e os outros, que leva, a partir da sua crença,  a construir uma missão histórica, como foi a destes terroristas islâmicos. Vivemos num mundo que tem como única determinante do progresso a económica. E a ela associa o factor ideológico (como é o neoliberalismo) e até o militar, quando se torne necessário.

Muitas vezes me pergunto: que influência irá ter sobre nós o profuso investimento de capital chinês, vindo de uma cultura que não tem a mesma concepção que nós temos de direitos humanos, sociais e políticos?!... Não terão também a necessidade de impor o seu modo de ver o trabalho, o homem, os direitos humanos aos portugueses?!

Estou convencido que o desleixo dos nossos governantes, da sua ignorância e falta de sentido de Estado relativamente a esta invasão financeira chinesa irá ter a curto espaço de tempo um efeito  cruel, muito parecido com o que descobrimos no islamismo. Esse efeito vai-se sentir (e já se sente nos direitos sociais) a curto espaço de tempo.

Morrer com um tiro é mais espectacular que morrer na miséria, mas a morte é da mesma forma abominável.

Não será que daqui por algum tempo vivemos como vivem muitos chineses nas zonas mais remotas da China?

Se não nos queremos deixar levar pelas emoções desta hora, temos de reflectir sobre estas questões.

Com este governo estou muito apreensivo! E não sou só eu!....

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