sexta-feira, janeiro 09, 2015
Desprezaram as ciências humanas e elas são fundamentais para evitar erros do passado.
Num livro que vou publicar de homenagem
a um médico, da minha terra e meu parente, que participou na Grande Guerra,
escrevi :
"Temos atrás de nós um século de guerras mundiais, de atrocidades que julgávamos impensáveis e já estamos sentindo outras ameaças, igualmente de terror e barbárie. Irrompem as injustiças sociais e o islamismo totalitário e cruel entrou numa cruzada que faz do mundo um covil de feras e abutres, em nome de um deus que, pela sua própria natureza, quer a paz e a fraternidade.
"Temos atrás de nós um século de guerras mundiais, de atrocidades que julgávamos impensáveis e já estamos sentindo outras ameaças, igualmente de terror e barbárie. Irrompem as injustiças sociais e o islamismo totalitário e cruel entrou numa cruzada que faz do mundo um covil de feras e abutres, em nome de um deus que, pela sua própria natureza, quer a paz e a fraternidade.
Neste absurdo, uma questão se levanta:
por que não se aprende com o passado, para evitar os seus erros?
Vivemos a época da globalização e
dizemos que a sociedade do nosso tempo é a sociedade da informação. Por que
será que a informação global não gera a tolerância entre culturas, religiões e
etnias?
A incapacidade para organizar a
informação está a fazer surgir um novo tipo de ignorância: a dos que têm muita
informação mas não sabem interpretar o que ouvem ou leem.
Os ensinamentos da história, ao
colocar-nos num modo de ver e num quadro ou contexto que constituem o tempo
duma experiência humana, tornam-nos conscientes das causas que determinaram
esses acontecimentos e factos. Ao percebermos as suas circunstâncias,
entendemos que tais acontecimentos e factos não ficaram no passado, influenciam
o tempo em que vivemos e alertam-nos para que circunstâncias idênticas possam
gerar acontecimentos e factos semelhantes.
A História não se repete, mas as causas
que originam os acontecimentos derivam sempre de circunstâncias parecidas que,
sendo bem compreendidas, constituem avisos que não só ajudam a evitar os erros do passado no presente, mas
também a escolher as melhores opções no rumo a dar à construção de um futuro
mais humano e mais justo".
Este governo despreza os professores e
despreza as forças de segurança. Para esta direita que está no poder só conta o
dinheiro, mas uma sociedade que assim pensa é uma sociedade sem futuro, como
estamos a presenciar. Precisamos de quem valorize as ciências humanas, quem privilegie
a história, a sociologia e a filosofia à contabilidade; quem pense em resolver
as questões sociais, em vez de pensar como esmagar a vida dos mais pobres para
resolver os problemas dos mercados.