segunda-feira, julho 31, 2006

 

Basta de crimes!

É escandaloso e chocante que os líderes europeus se calem perante os crimes de guerra cometidos por Israel, com o apoio de Bush e Tony Blair,

Há já quem defenda que o rapto de dois ou três soldados não é o verdadeiro motivo deste conflito, mas outras razões, entre as quais, não será estranha,a desestabilização do Médio Oriente. De facto, ninguém compreende que massacres de civis, a destruição de bairros sociais, de infra-estruturas indispensáveis a uma vida com o minimo de dignidade, como pontes, estradas, depósitos de abastecimento de água e centrais eléctricas, possa ser uma resposta proporcional a esses raptos e aos próprios ataques do Hezbollah.

A incapacidade das organizações internacionais, como a ONU, para pôr termo aos bombardeamentos da aviação israelita a populações civis, tem provocado o descrédito destas instituições e o avolumar de revolta e desejo de vingança.

Como caracterizar os ataques de Israel à luz da legislação internacional? Não se pode responder ao terrorismo com terrorismo de estado e é isso que Israel está a fazer.

Numa guerra a mentira, o embuste e a hipocrisia são armas poderosas. A propaganda de que civis estão a ser utilizados pelo Hezbollah, como escudo humano, não legitima o massacre de mulheres e crianças. Mas mesmo essa propaganda vai perdendo sentido, à medida do conhecimento que se vai tendo de que os bombardeamentos passam ao lado do Hezbollah.

O mortífero bombardeamento de Qana, onde foram mortos cerca de 60 civis, incluindo 37 crianças, fez de nós todos habitantes de Qana. Todos nós partilhamos a mesma revolta e a mesma indignação. È preciso acabar com esta guerra e obrigar Israel a responder pelos crimes que está a cometer, se queremos credibilizar as instituições internacionais. Não há "holocaustos" melhores do que outros.


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