sábado, julho 22, 2006

 

Caiu em desgraça

A Ministra da Educação foi, até há dias, elogiada por toda a direita, desde António Borges a Paulo Portas. Mimavam-na com qualificativos que iam desde “destemida”, “determinada”, certeira no combate ao sistema e aos seus protagonistas (estes, só eram os professores — a cambada de incompetentes), etc., etc.

Mas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Agora, todos os jornais, todos os “fazedores de opinião” da direita a criticam, acusando-a de incompetente, incapaz de saber assumir erros e de pusilanimidade. Até o grupo parlamentar do PS parece tê-la deixado no Parlamento sozinha e numa situação que só lhe faltou chorar.

A somar a tudo isto, segundo alguns especialistas em Direito Administrativo, os exames nacionais do 12º ano poderão ser impugnados pelos alunos do ensino secundário devido à excepção (ilegal) criada para alguns estudantes nas provas de Química e Física.

Nós, sempre dissemos o que dizemos hoje: precisamos de um outro ministro da educação que conheça os reais problemas da escola, que valorize a função social de ensinar para fazer cidadãos responsáveis e profissionais competentes. E que esse ministro não guinde a lugares de responsabilidade no ministério os que apenas têm lábia e cartão do partido e se rodeie de quem tenha dado aulas, saiba o que diz, quando fala da escola, para ajudar o ministro a resolver os problemas complicados do ensino, em Portugal.

Comments:
Creio que é conhecida a minha posição quanto a esta Ministra: arrogante, prepotente, manipuladora da comunicação social...penso que estará lá até acabar o trabalho sujo de humilhar os professores e tomar medidas que fazem evocar velhos tempos.Mas metem-se nojo os recém-aparecidos políticos e comentadores e jornalistas que sempre a elogiaram e agora sobem, como ratinhos em fuga, ao convés, porque o barco se afunda...E toca de ar uns coices num leão que lhes parece moribundo.
Não, também não é com esses que irei...Como Régio digo:«não sei por onde vou/não sei paara onde vou/SEI QUE NÂO VOU POR AÍ...
Mas fico cada vez mais desconsolada com esta gentinha toda que manipula e nos toma por parvos.
Desculpe o mau humor...
 
Estou plenamente de acordo.
 
eu acho ou parece-me que ele sempre foi uma desgraça. Primeiro precisa de aulas de como gerir recursos humanos, talvez aí possa aprender alguma coisa com os países do norte da europa. eu que sou crente Deus tarda mas não falha!
 
quando digo ele queria dizer obviamente ela. Peço desculpa pelo erro a teclar
 
a sra ministra não sabe que aniquilando os professores aniquila a réstea de esperança para os jovens se reconciliarem com a escola? Não sabe que colocar o Grande Irmão na escola é fazer descer aos infernos os professores e dar péssimos modelos aos alunos? a sua costela estalinista anda mal avisada ao rodear-se de acólitos idiotas que nunca ensinaram numa escola problemática e que nutrem o mais profundo desprezo pelos meninos e meninas das classes pobres de cultura deste exaurido país.
 
Só espero que a ministra, tão afanosa a trabalhar -e la não pára para pensar - vejam-se as provas de aferição de 4º e 6ºano em 2007 - que não são bem exames, porque ninguém reprova -mesmo que muitos alunos não saibam ler,escrever, contar...talvez aí seja culpa dos professores e então eles não progridam na carreira- não se lembre da sugestão de uma mãe, engenheira, de 30 anos, que se dizia ter sido muito boa aluna em português - embora dissesse há-dem em vez de hão-de - um dia destes (exactamente no dia do debate com a ministra,nesse horroroso espectáculo que pudemos apreciar devidamente em directo - no opinião pública da Sic: e que sugeria que os professores deveriam também ver por onde andam os alunos à noite:bares, discotecas, Docas 24 de julho...só faltava, não?-serem guarda-nocrurnos para além de que sejam guardas diurnos na escola transformada em prisão dos cachopos e cachopas, limitando-lhes o direito ao convívio e ao recreio...Raios os parta a todos, mesmo!Para não dizer pior...
 
Amélia, gosto de si, do sentido de dignidade que dá a uma profissão admirável, indispensável ao desenvolvimento de um mundo mais justo, mais fraterno e mais humano. Profissão tão maltratada e injustiçada por gente medíocre, egoista e perversa, que olha para o dedo, quando se aponta a floresta.
 
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