segunda-feira, dezembro 31, 2007
Até a esmola paga taxa, quando os admnistradores são de sucesso

* A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta.
Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 – que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.
É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.
*Recebido por e-mail
Os meus votos.

Sabemos o que foi o passado, mas sobre o Futuro nada podemos dizer.
O passado, 2007, foi um ano em que os pobres ficaram mais pobres e um governo, dito socialista, expropriou as finalidades que dão sentido ao exercício de uma profissão e, com isso, rompeu a articulação entre o saber e o viver.
Ter uma profissão significa dar testemunho de um saber que devolve a quem o exerce um sentimento de prazer: ser útil á sociedade.
Em 2007, elevou-se a eficácia e a rentabilidade a valor supremo da actividade humana. Acabaram as profissões e começou a ser um privilégio ter um emprego.
A obsessão por resultados rentáveis a curto prazo transformou o trabalhador numa peça descartável duma engrenagem. Quem trabalha, só aspira à reforma. O amanhã tornou-se num pesadelo: ninguém sabe o que o Futuro lhe reserva.
A memória de 2007 pode bem considerar-se desilusão, frustração, desencanto. O Futuro, o próximo ano, não ganha sentido por referência ao passado, ao 2007.
Precisamos de um 2008 que evite os malefícios de 2007.
Não sei se isso acontecerá, mas são esses os meus votos para todos os que visitam este blog (todos, sem excepção!).
Figura do Ano.

A experiência de um simples funcionário de balcão numa dependência da CGD, em Mogadouro, serve muito bem para desempenhar com competência e zelo o cargo de banqueiro no maior Banco Português: o MilleniumBCP
Devolvam, senhores administradores, a massa que receberam a mais!
sábado, dezembro 29, 2007
Para lá caminhamos

Cidadania
Uma das coisas que eu percebi aqui nos EUA é que o maior sucesso do capitalismo americano foi o de dominar as classes médias e baixas sem precisar de se rebaixar e fazer as coisas repugnantes (e de mau gosto) que os ditadores da América Latina e do bloco “socialista” tiveram de fazer para dominar as classes média e baixa: assassinatos, prisões políticas, tortura, repressão nas ruas com canhões de água e gorilas...
Embora tenham usado a repressão sanguinária sempre que necessário – de Joe Hill e do massacre de Ludlow, até às brutalidades dos anos 60 e 70 em campus universitários, etc. – os robber-barons mudaram eventualmente de estratégia a seguir à segunda guerra mundial.
Como disse Alan Greenspan no final dos anos 80, a força económica dos EUA reside no medo que os seus cidadãos têm de perder o emprego.
Os americanos não refilam porque foram sabiamente isolados por uma campanha de propaganda que promove o individualismo há mais de 20 anos e porque estão endividados ate à raiz dos cabelos. Aqui metem-nos cartões de crédito por baixo da porta por uma razão muito simples: uma população endividada é muito mais fácil de gerir.
As pessoas perguntam-se como é que é possível que haja tantos tiroteios em escolas e universidades, centro comerciais e edifícios de escritórios ou de serviços públicos. Eu acho que os americanos vivem com níveis de stress muito mais altos do que os outros 95% da população do mundo.
E nestas condições a cidadania é uma impossibilidade. Mais de três quartos da população não votam. A televisão bombardeia as pessoas com histórias de terror, algumas exageradas, a maioria inventadas (as abelhas assassinas, a febre aviaria, os terroristas, a droga, etc.).
O resultado é uma população de indivíduos isolados, temerosos, sem poder negocial, ameaçados pela polícia – o programa “Cops” é só isso: uma demonstração de forca da polícia – se fumarem, se beberem, se deixarem uma roda em cima do passeio, ou se disserem um palavrão na rua, e que se viram fanaticamente para a religião e para a pornografia porque precisam de um escape.
A religião é a única actividade comunitária socialmente aceitável na vida deles. Não admira que eles se enfiem na igreja quatro vezes por semana e dêem o dinheiro todo aos padres, pregadores, ministros, e outros aldrabões de varia pena e pelo que lhes vendem a ilusão de uma vida melhor depois de morrerem.
E isto é a visão que o Barroso e os neo-liberaistem têm para a Europa. Quando a gente lhes fala dos crimes hediondos do Pinochet e do Milton Friedman eles dizem-nos que devíamos ir ler o Karl Popper e mais não sei o quê. Que é como falarmos ao irmão Torquemada das execuções de pessoas inocentes, por apostasia, e ele dizer-nos que antes de percebermos a coisa bem temos de ir ler o Aristóteles e o S. Tomás de Aquino...
Filipe Castro
quarta-feira, dezembro 26, 2007
“Isto” está a saque!

Mas a maior vigarice pode estar ainda para vir: o presidente da Administração da Caixa Geral de Depósitos vai, com o seu ajudante Vara, presidir ao Millenium BCP e as consequências estão à vista: o know-how do maior banco público trespassa-se para um banco privado. Daqui por pouco tempo, dirão os “socratinos”: a CGD perdeu influência – o melhor é privatizá-la!
Adivinhando o resultado, PSD e PS, Meneses e Sócrates, travam uma guerra sobre a distribuição dos despojos.
Para quem não acredita, aqui está a evidência: PS e PSD não são partidos, mas grupos de interesses que se locupletam com o Estado.
Isto está a saque.
Até quando!?...
Elogio em boca própria

Elogio em boca própria é vitupério.
Sócrates não é um Primeiro-Ministro, mas um propagandista; não preside a um governo, mas a uma agência de publicidade.
segunda-feira, dezembro 24, 2007
Bom Natal!

Bem pudera Deus nascer
Em cama de pedraria;
Mas p'ra dar exemplo ao mundo,
Nasceu numa estrebaria.
Ó meu Menino Jesus,
Vestido de azul-celeste!
Hei-de pedir à Senhora
Para ser Ele o meu Mestre.
(poema popular)
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Jantar de Natal da Delegação do Norte da A25A

Não somos muitos:
somos os que, de olhos cansados e cabelos brancos,
ainda recordam insónias da cor da liberdade,
ainda sentem a espessa ânsia da madrugada de Abril,
ainda continuam à espera que o Sol doire as faces dos deserdados,
ainda guardam as mensagens de esperança,
ainda permanecem ancorados nas utopias que se perderam.
Não somos muitos:
basta sermos os que resistem
os que no reencontro do barco das madrugadas
mesmo lançados numa praia suja,
sem pássaros nem sonhos,

pintam de cravos
a liberdade e a fraternidade,
Não somos muitos:
basta sermos os que não desistem
os que nunca esconderam o rosto das convicções,
os que foram e continuam a ser Abril.
Viva o 25 de Abril!
quinta-feira, dezembro 20, 2007
A retórica e a realidade.

Esta situação era previsível, basta conhecer os critérios que este Ministério da Educação estabeleceu para os rankings das escolas e para a avaliação dos professores.
A retórica socialista deste Governo é mais uma vez contrariada pela realidade.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
Memória dos afectos num momento poético

A apresentação do livro foi hoje, numa livraria moderna, de gente nova, que existe ao lado do Palácio dos Desportos, também conhecido por Pavilhão Rosa Mota.
Ao momento poético se juntou a memória dos afectos. E para quem, como eu, vinha de Amarante, de um almoço com velhos e leais amigos, sente que a vivência dos afectos abre-nos a um outro lado da vida, onde o rejuvenescimento com amigos faz o esquecimento da carga das desilusões que dia a dia nos envelhecem.
Não admira, por isso, que se fique bem preso ao sentido dos versos que, na “Poética do Instante Filosófico”, o meu amigo Luis Lourenço deixou:
“É a fidelidade aos jardins da dignidade humana
onde se irrigam os princípios e as práticas consentâneas
e se deitam fora as que são cruéis e cobardes e sacanas”.
(…)
A sinfonia da vida uníssona com a verdade
Onde nasce firme e guerreiro o valor da lealdade
Para expulsar tudo o que seja contrafacção ou falsidade”
sexta-feira, dezembro 14, 2007
remodelação

O resto é o que está a mais; e o que está a mais é o primeiro-ministro que corre para ser sempre elogiado pelos mesmos!
Em nome da consciência

- Adolf Hitler
"Não tem que agradecer-me ter aceitado o encargo, porque representa para mim tão grande sacrifício que por favor ou amabilidade o não faria a ninguém. Faço-o ao meu País como dever de consciência, friamente, serenamente cumprido".
- Salazar no discurso de posse como ministro das Finanças de Portugal
"Consciência é uma palavra usada pelos covardes para iludir ou incutir medo aos fortes."
- William Shakespeare
quinta-feira, dezembro 13, 2007
Rosa descorada

Longe vai o tempo em que em Coimbra se levantava a bandeira: «a democracia é a regra do povo, pelo povo e para o povo»!
A rosa descorou e a democracia já não é uma regra, um método de organização política, mas uma técnica de iludir para aldrabar o povo.
É o ferrete da era socrática a marcar a democracia!
terça-feira, dezembro 11, 2007
De consciência tranquila, ao serviço do Povo!

Diz que tem a consciência tranquila, mas nisto não é original: o mesmo foi afirmado por Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, major Valentim e muitos outros. Há quem diga que Al Capone também dizia o mesmo!
O que é original é a razão da tranquilidade da sua consciência: "Vou a julgamento sem que seja apresentada uma única prova".
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Com a devida vénia, transcrevo o seguinte post da “Grande Loja do Queijo Limiano”
Marinho e Pinto, bastonário da ordem ética
Marinho e Pinto, novo Bastonário dos Advogados, eleito por uma maioria expressiva de votos, numa entrevista hoje ao Público, explica a razão de fundo pela qual o antigo bastonário, Júdice, já o considerou uma tragédia ao quadrado. À partida, Marinho e Pinto, não respondeu à letra, o que só o dignifica na função que exerce e augura bons motivos de esperança numa renovação e agitação da anomia vigente.
Marinho e Pinto, diz uma coisa singela que toda a gente percebe, menos certos políticos, acolitados pela inteligentsia dominante e por motivos também óbvios que ficam claríssimos. Diz que há promiscuidade entre os governantes e certos escritórios de advocacia e que isso se traduz em favorecimento monetário. Dinheiro, portanto, é a questão. Como sempre, aliás.
Como se sabe, Marinho e Pinto questionou abertamente o poder político, o Governo , melhor dizendo, para esclarecer quem são os escritórios de advogados que usufruíram de contratos com o Estado-Administração central, em negócios públicos. Quis saber quanto é que o Estado ( Governo) gastou, ou seja, o que lhes pagou concretamente em euros, em contratos de prestações de serviços avulsos, avenças e intermediação em negócios do Estado com particulares ou até com outros estados.
Esta interpelação é considerada pelos bem pensantes, alguns comentadores incluídos, tipo quadratura em círculos, uma afronta, um despautério.
No entanto, Marinho e Pinto, com este discurso aparentemente singelo e que Júdice e apaniguados, considera terrorista, põe o dedo na ferida do nosso Estado a que chegamos.
Como somos uns pelintras, uns pedintes da União Europeia , sem dignidade para podermos ter instituições com um pouco mais de projecção, além dos Diários da República, com intelectuais que nos envergonham e um primeiro-ministro que Vasco Pulido Valente, com muita benevolência, classifica hoje, no Público, como um “herói de plástico, uma invenção” , a figura real de Marinho e Pinto, como bastonário da Ordem dos Advogados e com o discurso que anda a fazer – e que não será por muito tempo, estou certo- é uma bênção nos tempos que correm.
O Bastonário da Ordem dos advogados, diz hoje no Público, coisas sobre aqueles que puseram o “herói de plástico” no lugar em que está: o do ridículo permanente, como figura pública.
“Não gosto de ver situações em que há advogados políticos que têm um pé no escritório, um pé na Assembleia e, ás vezes, têm também as mãos no Governo, com poder para condicionar até designações de membros do executivo…” “estou a referir-me a situações de promiscuidade entre o poder político e alguns escritórios. Quero mais transparência e quero concursos públicos para a contratação pelo Estado de serviços de advocacia.
À pergunta- “devia ser incompatível ser advogado e deputado?”- Marinho e Pinto larga uma bomba nuclear para o nosso sistema democrático de trinta anos:
“ Claro. Quem participa na administração da justiça não pode participar na feitura das leis. É um princípio sagrado. Quem faz as leis não pode ter clientes privados, pois há houve suspeitas de que se fizeram leis para clientes.”
Não é preciso ir mais longe na entrevista. Nem sequer citar, para aplaudir, a parte em que refere que o problema da magistratura, é que há alguns magistrados que têm “ a sensação de poder sem limites e que coloca em causa o Estado de Direito, a República.”
É preciso, sim, perguntar a opinião, acerca disto, da tal promiscuidade de escritórios de advocacia com o Governo, a António Vitorino, Nuno Morais Sarmento, José Miguel Júdice ( precisamente), José Lamego, Ângelo Correia, Duarte Lima, José Pedro Aguiar Branco, Luís Candal ( ou ao mais velho Candal, já agora e para explicar como foi aquilo das amnistias), Jorge Neto, Luís Pais Antunes ( sócio da PLMJ de Júdice et al), Osvaldo Castro, Ricardo Rodrigues, Vitalino Canas. São todos advogados e quase todos são ou foram deputados. Para além destes, conviria saber o que pensam os membros do Grupo de Trabalho- Registo de Interesses, na Comissão de Ética da Assembleia da República, composto por : Ana Maria Rocha, Feliciano Barreiras Duarte, João Oliveira, Pedro Mota Soares e João Fazenda.
in: http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/
Marinho e Pinto, bastonário da ordem ética
Marinho e Pinto, novo Bastonário dos Advogados, eleito por uma maioria expressiva de votos, numa entrevista hoje ao Público, explica a razão de fundo pela qual o antigo bastonário, Júdice, já o considerou uma tragédia ao quadrado. À partida, Marinho e Pinto, não respondeu à letra, o que só o dignifica na função que exerce e augura bons motivos de esperança numa renovação e agitação da anomia vigente.
Marinho e Pinto, diz uma coisa singela que toda a gente percebe, menos certos políticos, acolitados pela inteligentsia dominante e por motivos também óbvios que ficam claríssimos. Diz que há promiscuidade entre os governantes e certos escritórios de advocacia e que isso se traduz em favorecimento monetário. Dinheiro, portanto, é a questão. Como sempre, aliás.
Como se sabe, Marinho e Pinto questionou abertamente o poder político, o Governo , melhor dizendo, para esclarecer quem são os escritórios de advogados que usufruíram de contratos com o Estado-Administração central, em negócios públicos. Quis saber quanto é que o Estado ( Governo) gastou, ou seja, o que lhes pagou concretamente em euros, em contratos de prestações de serviços avulsos, avenças e intermediação em negócios do Estado com particulares ou até com outros estados.
Esta interpelação é considerada pelos bem pensantes, alguns comentadores incluídos, tipo quadratura em círculos, uma afronta, um despautério.
No entanto, Marinho e Pinto, com este discurso aparentemente singelo e que Júdice e apaniguados, considera terrorista, põe o dedo na ferida do nosso Estado a que chegamos.
Como somos uns pelintras, uns pedintes da União Europeia , sem dignidade para podermos ter instituições com um pouco mais de projecção, além dos Diários da República, com intelectuais que nos envergonham e um primeiro-ministro que Vasco Pulido Valente, com muita benevolência, classifica hoje, no Público, como um “herói de plástico, uma invenção” , a figura real de Marinho e Pinto, como bastonário da Ordem dos Advogados e com o discurso que anda a fazer – e que não será por muito tempo, estou certo- é uma bênção nos tempos que correm.
O Bastonário da Ordem dos advogados, diz hoje no Público, coisas sobre aqueles que puseram o “herói de plástico” no lugar em que está: o do ridículo permanente, como figura pública.
“Não gosto de ver situações em que há advogados políticos que têm um pé no escritório, um pé na Assembleia e, ás vezes, têm também as mãos no Governo, com poder para condicionar até designações de membros do executivo…” “estou a referir-me a situações de promiscuidade entre o poder político e alguns escritórios. Quero mais transparência e quero concursos públicos para a contratação pelo Estado de serviços de advocacia.
À pergunta- “devia ser incompatível ser advogado e deputado?”- Marinho e Pinto larga uma bomba nuclear para o nosso sistema democrático de trinta anos:
“ Claro. Quem participa na administração da justiça não pode participar na feitura das leis. É um princípio sagrado. Quem faz as leis não pode ter clientes privados, pois há houve suspeitas de que se fizeram leis para clientes.”
Não é preciso ir mais longe na entrevista. Nem sequer citar, para aplaudir, a parte em que refere que o problema da magistratura, é que há alguns magistrados que têm “ a sensação de poder sem limites e que coloca em causa o Estado de Direito, a República.”
É preciso, sim, perguntar a opinião, acerca disto, da tal promiscuidade de escritórios de advocacia com o Governo, a António Vitorino, Nuno Morais Sarmento, José Miguel Júdice ( precisamente), José Lamego, Ângelo Correia, Duarte Lima, José Pedro Aguiar Branco, Luís Candal ( ou ao mais velho Candal, já agora e para explicar como foi aquilo das amnistias), Jorge Neto, Luís Pais Antunes ( sócio da PLMJ de Júdice et al), Osvaldo Castro, Ricardo Rodrigues, Vitalino Canas. São todos advogados e quase todos são ou foram deputados. Para além destes, conviria saber o que pensam os membros do Grupo de Trabalho- Registo de Interesses, na Comissão de Ética da Assembleia da República, composto por : Ana Maria Rocha, Feliciano Barreiras Duarte, João Oliveira, Pedro Mota Soares e João Fazenda.
in: http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/
Mais um segurança abatido durante a noite

Na falta de imaginação, Filipe Meneses diz o que Zé gosta de ouvir. Por outro lado, o líder distrital do PS seguiu a estratégia de avestruz: desvaloriza o caso para desculpar o Governo.
Mas o crime não se combate com a retórica de ocasião e muito menos com um polícia atrás de cada cidadão ou com câmaras de vigilância em cada esquina. O problema é mais profundo: tem a ver com a eficácia das leis e dos tribunais no combate à marginalidade, à corrupção, ao negócio fácil, aos “gangs” de tipo mafioso que se foram organizando. E, sobretudo, é preciso credibilizar o Estado de direito e prestigiar a profissão de polícia, assegurando que vale a pena ser polícia numa sociedade democrática.
Este Governo colocou-se contra todas as profissões, desde professores a polícias. Não dialoga com ninguém e impõe a sua vontade contra tudo e contra todos. Quem vive do seu trabalho anda desmotivado, perdeu a confiança nos políticos e nas instituições: está sem capital de esperança acossada pelo fisco e pelo medo. Quem ganhou com isso foram os marginais. Eles sabem que, ninguém acredita em ninguém e, por isso, a coberto da noite em que vivem os portugueses, podem fazer vingança, semear o terror e disso tirar vantagem.
Mas o crime não se combate com a retórica de ocasião e muito menos com um polícia atrás de cada cidadão ou com câmaras de vigilância em cada esquina. O problema é mais profundo: tem a ver com a eficácia das leis e dos tribunais no combate à marginalidade, à corrupção, ao negócio fácil, aos “gangs” de tipo mafioso que se foram organizando. E, sobretudo, é preciso credibilizar o Estado de direito e prestigiar a profissão de polícia, assegurando que vale a pena ser polícia numa sociedade democrática.
Este Governo colocou-se contra todas as profissões, desde professores a polícias. Não dialoga com ninguém e impõe a sua vontade contra tudo e contra todos. Quem vive do seu trabalho anda desmotivado, perdeu a confiança nos políticos e nas instituições: está sem capital de esperança acossada pelo fisco e pelo medo. Quem ganhou com isso foram os marginais. Eles sabem que, ninguém acredita em ninguém e, por isso, a coberto da noite em que vivem os portugueses, podem fazer vingança, semear o terror e disso tirar vantagem.
sábado, dezembro 08, 2007
Anedota para compreender uma legislatura

Senhores, se vocês fossem solteiros, com quem os senhores gostariam de se casar???
O primeiro a responder foi Santana Lopes: Eu casaria com a Soraya Chaves, a mulher mais bonita de Portugal!!! Então, um bêbado, lá no fundo, batendo palmas, grita: - Isso mesmo, muito bem, casou pela beleza, vale, muito bem!!!
Logo após, Cavaco Silva deu a sua resposta: -Eu casar-me-ia com a minha actual esposa, pois eu amo-a e ela ama-me!!! O bêbado, mais uma vez: -Muito bem, tá certo, casou por amor, boa!!! Muito bem!!!
E então, o José Sócrates deu a resposta que só um político como ele sabe dar: -Eu casaria com Portugal, meu coração pertence ao país!! O bêbado, mais eufórico que nunca, respondeu lá de trás: - Sim senhor, muito bem, isso é que é um homem honrado: fodeu, tem que casar...!!!
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Sinais do tempo!

O «politicamente correcto» vem duma direcção: Mugabe!
E vindo de quem vem, não está mal!...
terça-feira, dezembro 04, 2007
Para que serve a Escola?

Será que os programas, a organização da escola, a incompetência da Ministra da Educação, a depreciação do papel social dos professores, a desvalorização do estudo, a infantilização das novas didácticas do ensino de português e os níveis de exigência das aprendizagens nada terão a ver com isso?!....
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Parabéns, António Marinho!

Parabéns aos advogados que fazem desta profissão um testemunho de defesa de causas.
Finalmente a Ordemdos Advogados deixou as amarras que a tornavam refém dos grandes escritórios-empresas da advocacia, onde a promiscuidade entre a política, o capital e o direito já se tornava obscena.
Oxalá que o exemplo frutifique!
Parabéns, António Marinho. Um grande abraço e felicidades!