segunda-feira, dezembro 10, 2007

 

Mais um segurança abatido durante a noite

A máfia do crime fez, a coberto da noite, mais uma morte violenta no Porto. Filipe Meneses encontrou uma solução para os crimes violentos: apoiar um orçamento suplementar para o Governo triplicar o número de polícias.

Na falta de imaginação, Filipe Meneses diz o que Zé gosta de ouvir. Por outro lado, o líder distrital do PS seguiu a estratégia de avestruz: desvaloriza o caso para desculpar o Governo.

Mas o crime não se combate com a retórica de ocasião e muito menos com um polícia atrás de cada cidadão ou com câmaras de vigilância em cada esquina. O problema é mais profundo: tem a ver com a eficácia das leis e dos tribunais no combate à marginalidade, à corrupção, ao negócio fácil, aos “gangs” de tipo mafioso que se foram organizando. E, sobretudo, é preciso credibilizar o Estado de direito e prestigiar a profissão de polícia, assegurando que vale a pena ser polícia numa sociedade democrática.

Este Governo colocou-se contra todas as profissões, desde professores a polícias. Não dialoga com ninguém e impõe a sua vontade contra tudo e contra todos. Quem vive do seu trabalho anda desmotivado, perdeu a confiança nos políticos e nas instituições: está sem capital de esperança acossada pelo fisco e pelo medo. Quem ganhou com isso foram os marginais. Eles sabem que, ninguém acredita em ninguém e, por isso, a coberto da noite em que vivem os portugueses, podem fazer vingança, semear o terror e disso tirar vantagem.

Comments:
"a coberto da noite em que vivem os portugueses, podem fazer vingança, semear o terror e disso tirar vantagem."

Não diria melhor! Grande frase! Retrata bem esta "longa noite" em que Portugal está mergulhado!

Foi para isto que?...

(estou tentado a colocar esta frase na minha folha... com a devida vénia...).
 
Um abraço, Cabral-Mendes.
 
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