segunda-feira, abril 30, 2018
Viva o Primeiro de Maio!
Viva o Primeiro de Maio!
Vivam os trabalhadores que em Chicago no
primeiro dia de Maio, em 1886, levantaram bem alto a luta pelos seus diretos,
nomeadamente de 8 horas de trabalho diário. Honremos os que morreram nessa luta
e todos os que ainda hoje são mortos por defenderem que não há trabalho sem
direitos.
Hoje o capitalismo não é idêntico ao de
1886. Perdeu o rosto e tornou-se financeiro e global. Mas o trabalho sem
direitos ou com poucos direitos regressou com os recibos verdes, o trabalho temporário,
etc.
Precisamos de refletir sobre a miséria
imerecida do nosso tempo! Os ideais do Primeiro de Maio precisam de se ajustar
aos novos tempos do imperialismo financeiro global, que, num darwinismo social,
torna os ricos cada vez mais ricos e em menor número e os pobres cada vez mais
pobres e em maior número.
Comemorar o Primeiro de Maio sem uma
reflexão sobre os novos problemas que se colocam ao mundo do trabalho é
esvaziar o sentido deste dia. Oxalá que os discursos de amanhã não sejam tão
longos como repetitivos. Oxalá que amanhã se honre a luta dos que deram
dignidade a todos os que vivem do valor do seu esforço físico.
Viva o primeiro de Maio!