quarta-feira, junho 28, 2017
Debate na AACMC

Este debate
com o Dr. Pedro Soares é mais uma oportunidade oferecida a todos os marcoenses
pela AACMC, independentemente do partido a que pertencerem, para uma reflexão e
confronto de ideias.
No dia 21
teremos o terceiro debate, no mesmo local, pelas 15h, com o Eng Rui Sá do PCP
e, para terminar, no dia 29 do mesmo mês, teremos uma reflexão sobre espaço
público, centralidade e comércio vivo com o Prof. Dr. Carlos Silva da U.M e o
Antropólogo Dr. Fernando Matos Rodrigues, entre outros.
Apareça e traga um amigo, também!
Em democracia não há outra forma de lutar por uma sociedade melhor, senão pelo uso da palavra. Usar a palavra significa expressar ideias que reflectem convicções que configuram uma forma de ver a vida, o homem, a sua relação com os outros e o mundo. As melhores convicções são as que se sujeitaram ao confronto com outras ideias e receberam as contribuições da melhor reflexão. Uma palavra que não é a cópia de uma convicção, que não leva consigo uma ideia, que não traduz o que foi reflectido, é uma palavra vazia. Costuma-se até dizer: “fala muito, mas é vazio de ideias, é um papagaio, um parlapatão, um palavroso”. Os debates servem para promover confronto de ideias, apurar as melhores. E as melhores são sempre as que contribuem para um mundo mais justo.
Este debate com o Dr. Pedro Soares é mais uma oportunidade oferecida a todos os marcoenses pela AACMC, independentemente do partido a que pertencerem, para uma reflexão e confronto de ideias.
No dia 21 teremos o terceiro debate, no mesmo local, pelas 15h, com o Eng Rui Sá do PCP e, para terminar, no dia 29 do mesmo mês, teremos uma reflexão sobre espaço públco, centralidade e comércio vivo com o Prof. Dr. Carlos Silva da U.M e o Antropólogo Dr. Fernando Matos Rodrigues, entre outros.
Apareça e traga um amigo, também!
segunda-feira, junho 26, 2017
Não digam que não Vos avisamos!
Estou
preocupado, como muita mais gente que é marcoense e gosta da sua Terra! Sabemos
que isso pouco interessará aos do
politicamente correto. Mas, porque o Marco de Canaveses é a nossa terra, a
terra onde nascemos, crescemos e fizemos amigos, temos razões de coração, as
que brotam dos caminhos, ruas e locais
que contam estórias da nossa vida, para tomarmos posição cívica nesta hora de
proximidade de eleições.

Tudo isto
nos dá alguma moral para fazermos esta reflexão.
O lema da
Associação dos Amigos do Marco foi sempre este: “Sem cidadania não há
democracia”. E só há uma maneira em democracia de exercer a cidadania: é tomar
a palavra para dizer o que está certo ou errado. Em democracia há o
contraditório e nada do que se diga pode ser declarado intolerável. E quando
isso acontece, a democracia está perdida.
Recentemente
foi publicado “Os inimigos íntimos da democracia” de Tzevetan Todorov, discípulo de Roland
Barthes. É um livro que vale a pena ler.
Acusa como principal inimigo da democracia a ideia de que só a economia deve
dominar a vida social.
Quem assim pensa esquece que o cidadão tem uma vida psicológica e afectiva que faz parte da vida democrática. É por ela que sente pertencer a uma comunidade e ganha a dimensão de político. Tratar os cidadãos como meros instrumentos da produção de riqueza é não perceber o que é a democracia.
Quem assim pensa esquece que o cidadão tem uma vida psicológica e afectiva que faz parte da vida democrática. É por ela que sente pertencer a uma comunidade e ganha a dimensão de político. Tratar os cidadãos como meros instrumentos da produção de riqueza é não perceber o que é a democracia.
Os inimigos
íntimos da democracia desprezam a representatividade como essência da
democracia. Sem nos sentirmos representados em quem escolhemos, não podemos
confiar em quem escolhemos. Representar os eleitores é ser capaz de compreender
os profundos anseios das populações e dar-lhes resposta. É o povo o real
titular do poder político que o delega em quem o possa representar. Os
“políticos de aviário” não percebem isto e, por isso, o descrédito da
partidocracia!
Hoje, reduziu-se
a política a um mero espectáculo, centralizado numa só pessoa, egocêntrico. Até
nas medalhas que, a granel, são distribuídas nos aniversários das autarquias
não há a preocupação de interpretar um reconhecimento social de virtudes
democráticas. O que parece imperar nesse gesto é o ego de quem as coloca no
pescoço dos medalhados, parecendo querer-lhes dizer: “vejam como “eu” vos dou
importância! Não se esqueçam de retribuir com a admiração que me devem!”
Talvez por
isso, já ninguém se lembra dos medalhados do ano anterior e, assim, se vai
banalizando uma cerimónia que antigamente tinha sentido e hoje se perdeu!
Tudo isto
tem a ver com a profissionalização da política, com a completa desvinculação
dos que são eleitos à comunidade que os elege. Alguns até nem são da terra, são
atirados para um concelho como os mercenários eram atirados para uma guerra.
Autarquia
significa o governo dos próprios pelos próprio e a perversão da democracia
aconteceu logo que foi alterada a necessidade dos candidatos terem nascido ou
serem recenseados nas autarquias a que concorrem.
Estamos à
beira de mais um ato eleitoral: as autárquicas! A desilusão tem crescido e as
divisões internas de alguns partidos que
concorrem no Marco tornam previsível uma enorme abstenção. Dizem-nos que as
sondagens já o confirmam.
A abstenção
não se combate com apelos ao voto, mas com a credibilidade dos candidatos, a
capacidade dos partidos apresentarem listas que formem uma equipa reconhecida
pelas suas virtudes políticas de honra, fieldade e ligação à sua terra. Mas
para isso é preciso que o candidato seja capaz de resistir à pressão dos jogos
de interesse que o obrigam a colocar ao seu lado quem lhe vai retirar a
credibilidade que tem.
No meu
entender, só a candidatura do PCP e a do BE, (se houver!), não sofrem essa
pressão. Geralmente estas candidaturas são formadas por personalidades generosas,
que fazem um sacrifício em serem candidatas. Personalidades geralmente de
grande prestígio profissional (não são políticos de aviário), mas que o
eleitorado, por preconceitos, não vota nelas. Falta-lhes a base social de apoio
que lhes permita ganhar as eleições. E é pena, porque nas autarquias que gerem,
têm sabido corresponder às expectativas dos seus eleitores.
Quem se
disponibilize para servir como autarca uma terra, não pode aceitar que empurrem
para a sua equipa os videirinhos, os chico-espertos, os que não dão garantias
de espírito de serviço, que andam sempre á procura dos ventos de feição e só
querem os primeiros lugares de uma lista pelos proventos que isso possa dar a
si e à sua família. O candidato que não contrariar a pressão destes arrivistas
cria a incredibilidade que favorece a abstenção e, com esta, pode acabar por
dar a vitória ao paraquedista, ao candidato que cai numa terra para colher os
votos dos desiludidos, dos que dizem: “vamos dar oportunidade a este que é
diferente”.
Pertenço a
um grupo de marcoenses que gosta da sua Terra e, por isso, fiz, em nome deles,
esta reflexão. Espero que tenha valido a pena! De qualquer forma, não digam que
não Vos avisamos!
João
Baptista Magalhães
Sócio nº 1
da AAMC
terça-feira, junho 20, 2017
Pedrógão do sofrimento!
Que se pode dizer a quem perdeu os filhos, toda a família? O que foi de errado já nada conserta! Que lhe interessa uma ministra que fala sem olhar para quem a interroga, que lhe interessa que António Costa diga o que lhe convém dizer sem deixar que a pergunta incómoda possa aparecer? Que importa as edições especiais dos telejornais, chamando os mórbidos dos papalvos para o espectáculo da morte e do sofrimento, se o pesadelo se colou à vida de quem sobreviveu?
Amanhã será para muitos um outro dia, mas o silêncio dos mortos ficará para sempre nos soluços da grande noite, a que sucedeu para sempre à tragédia daquele dia.
Muitas promessas serão feitas, muitas coisas garantem serem corrigidas, muitos se cobrirão de glória sem que a mereçam, haverá quem enriqueça sentado na tragédia, mas tudo isto e muito mais que irá acontecer vai resvalar na indiferença de quem já não consegue desprender-se da noite, pesada noite, que nunca mais se transfigurará em esperança: uma imensa incredibilidade será a mortalha da vida dos que sobreviveram à estrada da morte.
Para quê dizer-lhes que estou solidário, que sofro com eles, se nada disto pode secar as lágrimas dum sofrimento horrível?
segunda-feira, junho 19, 2017

sexta-feira, junho 16, 2017
Pode-se discordar do seu ponto de vista, do seu paradigma de análise, mas é inquestionável o seu rigor, a sua coerência, a limpidez do seu discurso e da sua postura política. Pôs o dedo na ferida da democracia: os poderes fátuos, os lóbis que desprezam o interesse-comum. E chamou a atenção para a necessidade de profundas reformas, que permitam uma melhor representatividade dos cidadãos. Defende a regionalização, não apenas como descentralização de poderes, mas como forma de uma melhor representatividade política, que torne possível resolver a uma escala local o que continua a depender desnecessariamente do poder central. Muitas perguntas lhe foram feitas, o que revela o interesse da sua comunicação e significa que abriu portas para o confronto de ideias. A democracia é isso: debater ideias para encontrar as que melhor poderão servir o País e, sobretudo, diminuir o sofrimento dos que mais sofrem. Não há outra forma para a luta política em democracia.
A democracia tem os seus próprios inimigos: os que fazem dela um mero espectáculo, as figuras queirosianas, espécie de conselheiros acácios, que enchem a boca com os seus “notáveis” feitos de uma mão cheia de nada. E ainda, os fundamentalistas, os que acham que o único pensamento de “ciência certa” é a dos ocasionais directórios dos seus partidos.
Esta conferência foi a iniciação de um ciclo, onde contamos dia 8 de Julho com o Dr. Pedro Soares do BE, no dia 15 do mesmo mês, com o eng. Rui Sá do PCP e terminará com o FASE (Forum ambiente, sociedade e economia) Prof Dr. Manuel Carlos Silva da U.M.e Dr, Fernando Matos. A Associação dos Amigos do Marco já subscreveu o manifesto do Forum e estará representada pelo seu Presidente amanhã no seminário que A FASE promove no Porto.
terça-feira, junho 13, 2017
Ciclo de Conferências
A Associação dos Amigos do Concelho do Marco promove no Auditória
Municipal o seguinte ciclo de conferências, sobre o tema: “A economia, o
desenvolvimento regional e as autarquias”
Dia 15 de Junho 21 h. Rui Rio (PSD)“A Economia e o Desenvolvimento
Regional
Dia 08 de Julho 16 h. Pedro Soares (BE) “O Desenvolvimento
Regional e as Autarquias
Dia 15 de Julho, 16 horas (Rui Sá (PCP) “O desenvolvimento
Regional e as Autarquias”
Está-se a fazer diligências para encontrar personalidades
ligadas aos partidos com representação parlamentar que faltam.
Terminará o ciclo, em dia e hora a combinar, o Presidente do
FASE (Forum Ambiente, Economia e Sociedade). A
Associação dos Amigos do Concelho do Marco subscreveu o seu manifesto.
segunda-feira, junho 12, 2017
Não há outra forma! Em democracia só pelo debate de ideias podemos encontrar as melhores soluções para os problemas da nossa vida colectiva. E debater ideias não é ouvir o que já pensamos, mas confrontar as nossas razões com as razões dos outros. Este papel coube, desde a sua fundação, há 19 anos, a Associação dos Amigos do Concelho do Marco de Canaveses.
Na próxima quinta-feira, dia 15 de Junho, pelas 21 horas, no Auditório Municipal, teremos o primeiro de um ciclo de debates sobre o tema: "Economia e desenvolvimento regional".
Será palestrante o Dr. Rui Rio, ex-Presidente da Câmara Municipal do Porto e figura de relevo do PSD - Partido Social Democrata.
Seguir-se-ão outros debates, estando já marcado para dia 08 de Julho, um outro, com Pedro Soares do BE. Oportunamente anunciaremos os restantes.
Não perca! Apareça! Um cidadão marcoense bem informado, defende melhor os seus interesses e os interesses da nossa vida colectiva.