sexta-feira, janeiro 20, 2017
Os sinos dobram pela América!
Não só nos dói, mas também nos revolta! O que mais me dói e revolta não é o
vazio do discurso de Trump; o que mais me doi e revolta não é um futuro sombrio
que hoje paira sobre o mundo; o que mais me doi e revolta não é ter a notícia
de que Trump se abarrotou de dinheiro sujo, proveniente de negócios sujos; o
que mais de dói e revolta é o que levou a que Trump seja presidente dos Estados
Unidos, depois de personalidades como George Washington, Franklin Roosevelt,
Harry Truman, Eisenhower, Roosevelt, Kennedy, Obama, etc. Para onde foi o sonho
americano?
Este vazio só é possível pela degradação do papel da política, porque
desprezaram a ideologia, a crença nos valores que podem configurar o sentido de
um horizonte de vida mais humano e mais justo.
Tal como aconteceu antes das duas Grandes Guerras também, hoje, ser de
esquerda ou ser de direita já nada diz aos eleitores: o que conta é o
chauvinismo, o orgulhosamente só, a vidinha de cada um, o poder-se vingar de um
governo que não satisfez o que se pretendia com um voto; o olhar para o
imediato, desprovido de valores e orientado apenas pelo egoismo. O resultado
está á vista! E esta onda de obscurantismo e barbárie também por cá anda.
Os partidos poderiam aprender com tudo isto, mas não aprendem, como não
aprenderam com as razões que levaram ao populismo e à demagogia que fez
desencadear duas grandes guerras mundiais. Então, não foi em nome do povo
alemão que falou Hitler? E não é em nome do povo americano que fala Trump?
Pobre povo, quando o
conceito que o define apenas é instrumental!