segunda-feira, janeiro 30, 2017

 

Já se estranhava!

Estou a ler o “Flor do Tâmega”. Noticia a inauguração da sede em Amarante da candidatura de Avelino Ferreira Torres. E é estimulante a notícia!... Avelino quis que a sua sede, talvez para evitar mau agoiro, fosse feita com o aspergir de água benta pelo padre de S. Gonçalo, mas este não encontrou hissope que se prestasse a tão devoto serviço. A contrariedade não  desanimou Avelino. Bastava-lhe que o dia da inauguração fosse o dia de S. Gonçalo, mais propriamente no dia em que o Santo foi chamado para o céu, onde andaram os helicópteros que Avelino disponibilizou na última campanha para os amarantinos verem os milagres que ele próprio podia fazer cá em baixo, no chão da Rainha do Tâmega, se é que Avelino não é o próprio santo... É certo que não vai casar velhas, guardar passarinhos e passarinhas, como em menino fez Gonçalo Pereira, enquanto os seus pais iam a uma festa, ou até fazer regressar a peixe as milhares de espinhas que ficaram da deglutição dos que retirou do Tâmega para alimentar os esfomeados trabalhadores que construíram a ponte. Avelino promete, agora, mais do que isso: não vai lançar para o ar os amarantinos com helicópteros, mas pôr pontos nos is: substituir a melodia da orquestra que toca nos arcos do convento pelo caterpílar de picaretas, buldózeres, retroescavadoras e toda essa frenética maquinaria que, durante o seu mandato, colocou o Marco de Canaveses no mapa da Europa. Basta ver os mamarrachos que encheram a vila, os estradões sem saída, o preço da água com a privatização da mesma, o seu modo de estar no futebol, o ar que se respira com ausência de esgotos e outras coisas como processos em tribunais prescritos, cenas do teatro vicentino, ameaças e, sobretudo, uma divida astronómica que o munícipe do Marco lá vai pagando com os aumentos em taxas, etc.
Em suma, com Avelino os amarantinos podem sonhar, esperar o milagre dos pontos no is. Até porque há quem diga que são Gonçalo é um mito criado na idade média pelos dominicanos para aliviar a crueldade da Inquisição. E se foi assim, por que não regressar à vida medieval com outro mito, o mito dos pontos nos is, com ”ciência certa” e bancarrota feita?!...

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