terça-feira, abril 26, 2016
Camões e o 25 de Abril

Luís de Camões sinto o mesmo que tu sentes lá no Olimpo
entre as ninfas. Por cá, onde não há ninfas, proliferam os filhos da puta que
enchem o bolso a falar de ti ou de Abril, mas atiraram-nos para o sofrimento e a
miséria.
Será que o povo, que arde na mesma volúpia dos filhos da
puta, vai perceber que é preciso retomar o caminho de Abril?
sábado, abril 09, 2016
Um bom amigo!
Fui
visitar ontem a Canelas o Coronel Tomás Ferreira com dois seus camaradas do 25 de Abril, O coronel Martins Rodrigues e o Coronel Boaventura. Não sou capaz de descrever o que senti (sentimos, por certo!) naquele rosto triste cabisbaixo numa cadeira de rodas que ao erguer a cabeça para ver quem ali estava soltou um sorriso que era uma madrugada de Abril, a evocação da história de uma amizade amassada na luta e na generosidade. Custa ver assim um amigo, um capitão de Abril, um homem que ficará na memória da nossa história pelas esperanças que abriu ao povo a que pertencemos.
O Coronel Tomás Ferreira é a imagem do que se tornou Abril! Que tristeza, que ingratidão do destino!...
Pôs-se uma noite pesada no interior de cada um de nós.

O Coronel Tomás Ferreira é a imagem do que se tornou Abril! Que tristeza, que ingratidão do destino!...
Pôs-se uma noite pesada no interior de cada um de nós.
sexta-feira, abril 01, 2016
Não há convicções sem referências!
É hoje lugar-comum falar-se em crise de valores e de
convicções. Mas como se pode resolver esta crise, se, por exemplo, na
Assembleia da República, vale mais o poder do dinheiro nas relações entre
estados do que o valor da dignidade humana?
O que dizem os deputados que votaram contra a moção de
repúdio pela condenação dos activistas angolanos é que o dinheiro e as relações
de influência entre estados, valem mais que um ser humano. Como poderemos
acreditar que esta gente está na Assembleia para nos representar? Farão connosco
o que fazem aos angolanos, porque as suas referências não são os direitos
humanos. Se não há boas referências em democracia para que serve este sistema?
Uma democracia que só tem como referência o deficit é uma democracia frívola,
um embuste!