quinta-feira, setembro 10, 2015

 

A realidade está contra a coligação, mas também contra o líder do PS

Paulo Portas vai evitar fazer o debate que estava marcado para hoje na TV24 com Heloísa Apolónia. A coligação já percebeu que a realidade do País está contra si e vai fazer tudo para evitar mais debates.
Mas há um paradoxo que compromete as consequências dos debates. É que a realidade não estando com a coligação também descredibiliza os partidos do arco do poder. Mesmo os que nunca viveram por dentro desses partidos a realidade das práticas políticas, tal como são descritas no texto “os predadores”  que a “Sábado” desta semana traz com o título “Os jogos obscuros dos partidos”,  já  há muito que as conhecem. Não ignoram, porque elas brotam, como cogumelos no estrume de cavalos, a nível local. Desde há muito que se sabe que a nível local, regional e nacional a escolha de líderes é feita com troca de favores, “sindicatos” de votos”, aparelhismo, promessa de empregos, etc., e nada tem a ver com escolhas de mérito.
Assim, se a realidade está contra a coligação também a realidade do sub-mundo dos chicos-espertos do PS, PSD e CDS não deixa credibilizar o líder do PS. E, por isso, as sondagens dão um empate técnico e a dimensão da abstenção cresce e é preocupante, ameaçando o próprio regime.
Esta é uma questão que deveria ser debatida, mas para os debates só são requisitados os predadores dos partidos, (como o Luís Marques Mendes que agora na TVI procura dar a volta ao resultado do debate de ontem) e estes não querem pôr em causa os seus interesses.

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