quinta-feira, julho 16, 2015
A crise mais profunda da Europa é moral, de falta de
líderes, de ausência de solidariedade e de respeito pelos povos. Todos falam da
crise na Grécia, dos erros do Syriza e das
consequências terríveis da austeridade, mas
ninguém refere a monstruosidade do procedimento que foi tendo a Comunidade Europeia, do egoísmo que foi
promovendo e de como esse egoísmo favorece os nacionalismos da extrema direita,
denunciando as contradições duma Comunidade já desagregada e sem sentido para a
sua própria existência. Fazem lembrar o poema de Brecht: “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz
violentas as margens que o comprimem”.