domingo, junho 14, 2015
Há varias guerras!
As grandes
potências quiseram sempre tomar conta do mundo. A Alemanha fez as duas grandes
guerras com exércitos de milhões de combatentes. Destruiu povos, semeou a miséria
por todo o mundo, milhões de pessoas perderam a vida em campos de concentração,
outras com doenças e pela fome. A Alemanha perdeu as duas grandes guerras e perdoaram-lhe
os milhões com que deveriam indemnizar os povos que mais sacrificou,
nomeadamente os gregos. No século XX as guerras fazem-se com armas sofisticadíssimas
e são sempre cinicamente feitas em nome da liberdade e da democracia. O islamismo
aproveitou essa circunstância para diabolizar o ocidente e declarar a guerra
terrorista contra as primaveras da democracia nos países muçulmanos.
Temos de
pensar em tudo isto. Sabemos que a democracia foi pensada como o governo dos
cidadãos para os cidadãos e o melhor governo é o que diminui o sofrimento dos
que mais sofrem. Mas a democracia pode ser só formal, o resultado de uma
máquina de publicidade e manipulação que
coloca no poder quem serve os investidores nessa máquina e não os cidadãos.
Essas máquinas
exercem o seu poder de condicionamento dos eleitores pela mentira, publicidade
e muito dinheiro colocado na propaganda eleitoral. E, dessa forma, colocam no domínio dos povos os seus lacaios.
Os gregos
não foram na conversa, escolheram um governo que os representasse. A democracia
grega tornou-se insuportável para as potências financeiras, porque era a escolha
de cidadãos para servir cidadãos, e declararam-lhe guerra. A Grécia,
entretanto, vai resistindo, como resistiu a França à Alemanha, mesmo com o
governo de traição de Vichy, como são os governos de lacaios.
Podemos
fazer o mesmo, resistir ao imperialismo financeiro como resistem os gregos, desde
que saibamos escolher quem defenda os nossos interesses e não seja o ventríloquo
das máquinas que manipulam a informação e constroem o espectáculo milionário de
ilusionismo eleitoral que permite a escolha de lacaios, como demonstra ser o governo
que temos.
Reparem que
o receio de seguirmos o caminho dos gregos,
já se evidencia na campanha contra o Syriza. Em nenhuma ética se pode
apoiar a ideia de um credor condenar um povo à miséria durante muitas gerações.